Last escrita por gelatinaverde_


Capítulo 2
This is Halloween


Notas iniciais do capítulo

YOOOOOOOOOOOOOOOOO! Aqui estou eu novamente e queria agradecer pelas pessoas que deixaram reviews ontem, eu realmente pensei que ninguem ia comentar aqui D:
Bem, esse capitulo meio que a introdução para todo mistério que Last tem. E se ficou meio confuso, kipi caumi and espera um pouquinho kkkk. O outro capitulo vai ser melhor explicado
Boa leitura ;3



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~ This is Halloween.



As memórias daquela noite ainda vagavam pela minha mente quando eu fechava meus olhos. Era noite de Halloween.

O cheiro de bebida velha fazia com um ar ficasse pesado e irritável de se respirar. Praticamente me joguei no sofá que havia na lateral daquele bar e me esparramei no mesmo, tirando meus tênis e os deixando ali mesmo, ignorando o fato que haviam pessoas bebendo do meu lado.

Eu realmente gostava de ficar ali naquele lugar. Ali era meu lar, fui criada ali e por mais que odiasse ter que aceitar isso era a mais pura verdade.

Aquele bar era a única referencia que eu tinha para casa.

– O que você pensa que está fazendo aí? – perguntou Lola me olhando. Estava tão distraída que nem percebi que ela tinha chegado.

– Deitada. - respondi. – E pretendo não sair daqui tão cedo.

Ela me deu uma olhada tão feia que acho que ela poderia me matar apenas por um pensamento. Lola era a drogada que morava ao lado da minha casa e também era minha melhor amiga. Era morena com longos cabelos pretos que na maioria das vezes fedia a maconha, mas era uma fofa.

Ao seu lado estavam meus dois outros amigos, Luke e Victor.

Luke era irmão gêmeo de Lola. Eles eram idênticos fisicamente, porém Luke era a versão politicamente correta de Lola. Era um palhaço e sempre me fazia rir com suas piadas sem graça.

Agora Victor era o idiota na qual eu venho alimentando uma paixão platônica desde o primário. Digo idiota porque realmente ele é o maior idiota de todos os tempos.

Victor era uma espécie de Oliver Sykes malfeita. Tinha o mesmo estilo, porém tinha cabelos pretos bagunçados e olhos cor de mel. Ele era lindo, porém toda sua frieza e mau humor acabava com isso.

E com meus sentimentos.

– Eu não acredito que você vai ficar deitada nesse sofá enquanto há uma noite de Halloween maravilhosa lá fora nos esperando. - resmungou Luke. – Pare de ser um vegetal.

– Não. Vão embora. - resmunguei bocejando enquanto me esticava para me espreguiçar.

– Acho que a Melanie vai querer ser tirada daqui da pior maneira possível. - por fim falou Victor sorrindo maliciosamente. Lola e Luke fizeram o mesmo e eu gelei.

– Não ousem faz...

Não pude terminar a frase porque em questão de segundos Luke praticamente me colocou em seus ombros e me deixou de cabeça pra baixo, correndo para fora do bar.

E me levando para qualquer lugar estranho com mais dois esquisitos.

[…]

– Catania? – perguntei ainda tentando digerir o que eu tinha acabado de ouvir. – Vocês querem passar o Halloween na Mansão Catania.

– E tem algo mais épico do que isso? – perguntou Victor com animação surpreendente em sua voz.

– Pedir doces, vestir fantasias, zoar criancinhas. Fazer coisas que pessoas normais fariam no Halloween.

– Nós não somos pessoas normais, Melanie.

Eu já estava sopitando de tanta raiva do Victor. Ele parecia não entender o nível de perigo que íamos correr se fossemos em uma mansão como a Catania.

Diziam que ali havia uma espécie de maldição na qual quem pisava ali não sai com vida e que as pessoas que ousaram fazer isso nunca mais voltaram. Eu não acreditava nesse tipo de superstição barata, mas também não ia arriscar minha vida só por conta disso.

– O que ganharíamos indo lá, Victor? – perguntei e ele pareceu se irritar com a pergunta.

– Eu só quero lembrar que alguma vez na vida eu arrisquei essa minha droga de vida. - explicou ele. – E não é bebendo com um bando de animais que eu vou conseguir isso.

Por um lado ele tinha um pouco de razão, por mais que eu odiasse admitir isso. Você vive apenas uma vez e do que adianta viver se não tiver lembranças boas da vida?

Por mais bobas, por mais idiotas ou por mais perigosas que fossem?

Entreolhamo-nos. Lola estava com a mesma expressão rabugenta que ficava quando Victor colocava alguma ideia maluca na cabeça, Luke estava pensativo e depois de um tempo me olhou e praticamente me implorou para que eu aceitasse a ideia e Victor tinha o olhar vago sobre mim, como sempre.

Eu odiava ter que concordar com Victor, mas dessa vez eu não tinha escolha.

– Eu aceito ir a mansão Catania. - falei e Victor fez uma dancinha tosca comemorando a vitória. – Com uma condição.

– Diga.

– Se algum monstro ou qualquer criatura do mal tentar me pegar, eu chuto essa coisa que você tem no meio das pernas.

– Como se ele tivesse alguma coisa no meio das pernas Melanie. - zombou Lucas rindo, Victor lhe deu um soco nas costas e eles ficaram em uma lutinha infantil enquanto caminhávamos em direção a Catania.

[…]

E agora estamos presos no meio de uma mansão cansados e perdidos.

Ótimo, meu Halloween não poderia ser melhor.

– Dê um sorriso para a câmera, Lola. - pediu Luke ficando na frente de Lola a câmera do seu celular ligada. Ela mostrou o dedo do meio e chutou a canela do irmão. - Doeu!

– Para você não ficar no caminho dos outros, idiota. - falou Lola revirando os olhos ao ver que Luke pulava com apenas uma perna.

– Maldita! - resmungou Luke a olhando feio. Então, ele veio na minha direção. - E então Melanie, o que acha da nossa visita a Catania?

– Legal. Mas poderia pedir ao Victor para admitir que estamos perdidos aqui dentro? - pedi, fazendo bico para a câmera. Luke assentiu e riu. – Obrigada.

– Nós não estamos perdidos, Melanie. - falou Victor pela segunda vez naquela noite. – Que tipo de idiota se perde dentro de uma casa?

– Você. - respondi e pude ouvir ele bufar.

– Primeiro, quando se está com um Carter você nunca fica perdido. - falou Victor. – Segundo, se achar que está perdido recomendo você voltar ao começo da frase.

– Ui, Google Maps. - falei ironicamente ficando na sua frente e ele revirou os olhos. – Se você é tão fantástico assim porque não achou a saída até agora?

– E porque você não tenta achar sozinha? – perguntou Victor se aproximando de mim. – Esqueci. Você é criança demais para achar a saída sozinha e choraria se ficasse sozinha por muito tempo. Você é patética, Melanie.

– Victor, para com isso. - mandou Lola, porém era tarde demais.

Eu odiava ser chamada de criança ou de patética e eu tinha certeza que aquele era minha maior fraqueza.

O que pensa que está fazendo aqui? Você é patética garota, seu lugar não é aqui. Seu lugar é lá, junto com os mendigos e o resto da sujeira do mundo”

Não tenho muitas lembranças dos meus pais, porém essas foram as palavras que meu pai usou para me abandonar no mundo quando teve a chance. E todas as vezes que alguém me chamava assim as lembranças daquele velho bêbado e barbudo no qual eu chamava de pai vinha a minha mente.

E eu, naturalmente desabava de tanto chorar.

Exatamente como eu queria fazer agora.

Mas eu não daria esse prazer ao Victor, não daria mesmo.

– Não Victor, o único patético aqui é você. - falei, segurando as lágrimas e apontando o dedo indicador no rosto de Victor. Ele apenas afastou meu dedo com a palma da mão e me empurrou para o lado, continuando seu caminho.

– Está tudo bem amiga. - falou Lola passando o braço pelo ombro e me trazendo para si. Abracei sua cintura forte e ela afagou meus cabelos.

– Sabe o que eu acho? – falou Luke virando a câmera para si com um sorriso bobo. – Que todas as lendas sobre a mansão Catania são meras lendas para crianças dormirem.

De repente, ouviu-se o barulho de uma porta ranger, como se a fechadura estivesse enferrujada e alguém fizesse força para abrir e em seguida passos de sapato vindo na nossa direção no assoalho.

Senti meu corpo gelar.

Calma Melanie, deve ser apenas um gato preguiçoso a procura de ratos.

– Nunca te ensinaram que toda lenda há um fundo de verdade? - perguntou uma voz trêmula e misteriosa atrás de nós. Senti minhas pernas falharem por conta do medo.

– Então cara, minha mãe me ensinou a não falar com gente estranha. Tipo você. - falou Luke – E eu costumo obedecer, então boa noite para você, falou e valeu.

Luke andou alguns passos a frente, porém algo aconteceu. Não vi se ele pisou em falso, mas ao dar o segundo passo sua perna ficou presa em uma corda que o suspendeu para cima e o deixou amarrado de cabeça para baixo.

Ma que porra é essa? – perguntou Luke tentando se desamarrar da corda que prendia seus pés, porém suas mãos também foram amarradas. – Me solta daqui!

– Luke! – gritei Lola prestes a sair correndo, porém alguém com uma capa preta tampando o rosto a puxou pela cintura e colocou uma navalha em seu pescoço

– Um passo e eu mato seu amiguinho. - avisou a voz misteriosa próximo ao seu ouvido. Minha respiração estava ofegante e meu coração acelerado, eu estava com medo. Muito medo.

– Melanie, por favor, não mexe. - pedi com a voz falha, provavelmente estava chorando.

– Solta eles! – gritou Victor correndo até nós.

E foi aí que tudo aconteceu.

– Não! – gritei o mais alto que pude, porém isso não foi o bastante para impedir o que estava prestes a acontecer.

Não sei se foi meus nervos estavam a flor da pele ou se foi culpa da minha visão embaçada por conta das lágrimas que caiam sem cessar que não pude ver direito o que aconteceu.

Só sei que meu impulso foi gritar histericamente ao ver a cena.

As cordas que estavam amarradas em Luke eram espécies de fios que ligados a algum lugar da casa quando ativados emitam uma carga elétrica muito alta quando ativada.

Ou seja, eletrocutaram Luke.

Ou seja, Luke estava morto.

– Luke! – gritei correndo e me atirando no chão quando ele caiu dos fios que o amarravam. – Você não pode morrer agora, seu idiota, acorda! – mandei o sacudindo, porém não obtendo resposta.

Mesmo que fosse idiota enquanto Lola o balançava eu tive esperança de que ele estava brincando e acordaria a qualquer momento fazendo alguma de suas gracinhas.

Porém isso não aconteceu.

Ele estava morto.

Meu melhor amigo estava morto e eu não podia fazer nada para que ele voltasse a vida.

– Por que você fez isso? – gritou Lola tentando sair dos braços dele, chorando. Me partia o coração ver ela assim.

– Eu queria me divertir, assim como vocês. - falou ele.

– Isso não é um jogo ou qualquer coisa do tipo. - falou Victor perplexo. – Era a vida do meu melhor amigo em jogo!

– Ah, vamos brincar comigo. - falou o encapuzado. - Vamos brincar de Halloween?

Eu estava tão nervosa que não conseguia raciocinar direito. Era para ser uma noite de Halloween na qual nós iriamos nos divertir, zoar criancinhas e nos encher de bebida para ficarmos loucos pelas ruas.

E não a noite em que iriamos morrer.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, pq eu demorei um tempao para formatar sa porra pq eu tava apanhando da nova forma de formatação desse site e-e
Luke morreu tadinho, ninguem mandou ser tão hue. Se fumdeu u-u
E amanha tem mais ;3
Te mais, bejos



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