My Mind escrita por Akira H


Capítulo 4
Daltonismo - Heiwajima Shizuo


Notas iniciais do capítulo

A quantos anos não atualizo isso? Pra falar a verdade eu nem lembrava direito dessa coleção de oneshots que eu tava fazendo... Desculpa....

Espero que não tenha caído a qualidade nesse capitulo que estou publicando hoje, senti a urgência de escrever assim que vi que ainda era uma fic em andamento. Logo eu tento revisar esse capitulo, desculpa pelos vários erros ou se ficou muito confuso...

Depois me falem se ficou muito OOC eu fiz o possível pra ficar algo que o Shizu-chan pensaria, mas... ok, estou inseguro depois de tantos anos, mas vou deixa-los lerem logo lol



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Esses olhares, esse horror, esse ódio... Quando deixei de ser normal? Já fui normal? Não sei. Há muito tempo deixei de fazer esses questionamentos tão desnecessários. Sou assim e talvez nasci assim, mas com certeza posso afirmar que vou morrer assim... Se eu morrer. Afinal, nessa porra de vida, em que eu tenho certeza?

O mundo me observava com esses olhos acusatórios. Cada conclusão que tiram ao me ver se repete a cada momento em que minha violência explode. Esse sentimento que explode em mim e não sei como controlar. Posso controla-lo?

Minhas duvidas sobre meu próprio ser só aumentaram a medida que cresci e tentei desesperadamente integrar a sociedade. Quando foi que esse olhar que vejo no rosto alheio começou a se refletir em meu espelho?

Odeio-me na mesma proporção que as pessoas me temem. Temo minha raiva da mesma forma que os outros temem minha força. Kasuka sempre me diz que está tudo bem, que eu sou normal, que não sou esse monstro que todos dizem ser... Naquela época em que éramos só nos dois, ainda tão novos para entender o mundo, acreditei nessas palavras.

Mas os olhares, os comentários, as vozes... Todos esses fatores externos apagaram a esperança em mim. Kasuka, nos não somos o que nascemos para ser e nem o que desejamos ser, somos o que os outros acreditam. Se todos disserem que o céu é azul, então ele será... Ninguém se importara com os daltônicos que não entendem essa palavra, para eles o céu permanecera verde, mas mudará de nome, ou talvez o azul torne-se verde ou o verde torne-se azul.  Ah, que se fodam as cores.

Se falarem que sou um monstro, então talvez eu o seja. Todos vão ver um monstro até que esse verde se torne azul. Talvez eu seja um monstro, mas talvez eu seja humano. Meu toque de humanidade é seguir esse raciocínio que todos os de minha espécie tem. Sou um monstro porque sou humano, sou humano porque acredito que sou um monstro.

Agarro-me nesse ultimo resquício de humanidade. Olho-me no espelho e sei que pessoas boas não são assim, mas se eu deixar vivo esse desejo de me tornar bom então talvez eu não seja totalmente desumano.

Os outros veem minha raiva como um vermelho sangue, algo cruel e horrível. Kasuka, você se assustaria se eu falasse que vejo como azul? Não sei, talvez você nem se importasse, entre nos você sempre foi o mais calmo e nunca me julgou. É um azul escuro, por vezes claro. É um sentimento amargo que invade minha boca, provavelmente a culpa, mas logo vem essa sensação de alivio. Minha culpa me torna humano, mas meu alivio me torna um monstro. Então, o que sou?

Minha violência e raiva não são apenas uma cor, é algo tão misto que meus olhos e sentidos não conseguem captar essa mistura.

Olho no espelho e vejo um ser. Nem humano, mas nem um monstro. Então o que sou? Não que isso vá mudar muito o meu dia a dia. Já me acostumei com essa rotina tão simples que chega a ser prazerosa. Trabalho com Tom-san, converso com a Celty, bato no Izaya, visito periodicamente Shinra para cuidados médicos... Uma rotina não tão normal como eu sonhava, mas que por vezes chega a ser acolhedor.

Aquele ser que se reflete no olhar da população passou a se refletir em meu espelho e adentrou metade de minha alma. Aquela parte da alma que observa e absorve o mundo exterior, então o único que me resta é me agarrar a essa alma interna que nasceu humana. Essas cores talvez sejam a prova disso, do mesmo modo que podem ser a forma de destruí-la.

Todas essas coisas se chocam em minha cabeça... Não podemos todos nos calar de uma vez? É tão irritante que me dar dores de cabeça...

Kasuka, em um mundo de pessoas normais, talvez nos tenhamos nascido daltônicos.


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Notas finais do capítulo

Está confuso de entender a ideia? Eu não sei, escrevi tão rápido e sem revisão nenhuma, sinto muito...

Por favor, deixe comentarios~~~

Não prometo nada, mas ainda acho que vou continuar atualizando aos poucos essa fic. Ainda falta alguns que eu gostaria de fazer, como o Walker, a Erika, o Dotachin e o Kida~~



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