A Pedra escrita por Rikki-Chan


Capítulo 7
Capítulo 7 - Older Sister


Notas iniciais do capítulo

Espero q gostem!
;*
divirtam-se



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Encontramos outro lugar para descansarmos, perto de uma cachoeira. Segundo Aldwin, o barulho da agua abafaria o nosso próprio barulho.

Iriamos continuar assim que anoitecesse, pelo que entendi, tínhamos vantagem no escuro.

-Angr não enxergam bem quando é noite. Digamos que, nos sentimos mais confortáveis assim. - foram as palavras de Lensor, pensem o que quiserem.

Tentei dormir um pouco dentro de uma caverna, onde era mais escuro, e consegui por um tempo, mas logo desisti e resolvi dar uma volta.

Pensei o menos possível no que aconteceu no ultimo acampamento, precisava me manter focada em voltar para casa, mas realmente me sentia inclinada em pedir uma explicação à Christabel da próxima vez que a visse, apenas por curiosidade.

Segui o som da agua caindo, até chegar à cachoeira.

Sentei na beira de uma pedra e observei o arco-íris que se formava onde a luz do por-do-sol atingia a cascata.

Tão diferente, tao tranqüilo. Esse mundo, não sei como pode ser possível sua existência, mas eu diria que era algo como o paraíso. Apesar de querer voltar logo para casa, poder ver tais paisagens não era tão ruim assim.

-Lindo, não? - Goldie se aproximou atrás de mim.

Levei a mão ao peito.

-Que susto!

Ela riu, se sentando ao meu lado e me entregando uma fruta, parecida com tangerina. Agradeci a ela.

-Não me viu chegar?

-Não, estava distraída. Sim, é lindo.

Ela me encarou, com os olhos azuis transbordando de curiosidade.

-No seu mundo não tem lugares como estes?

-Hm, não. Só se você for a uma represa, reserva florestal ou algo assim. Não se vê cachoeiras no dia-a-dia – respondi, com a boca cheia.

-Sei. Mas, onde vocês conseguem peixes?

-No super-mercado.

Ela pendeu a cabeça para o lado.

-O que é super-mercado?

-É um lugar onde vamos para comprar coisas.

-Ah.

O silencio se instalou entre nós, mas não por muito tempo.

-Mas onde conseguem as coisas para colocar no super-mercado? - ela perguntou.

-Das industrias, plantações.

-O que são industrias?

Suspirei.

-É o lugar onde fazem as coisas.

-Ah – ela parou para pensar, por um tempo - Você mora em um castelo?

Franzi a testa.

-Não! Moro em um apartamento.

-O que é apartamento?

Abracei as pernas, depois de jogar a casca da fruta fora.

-É uma casa pequena em um prédio onde tem varias outras casas. Prédio é como um castelo.

-Ah. Que mundo estranho.

Sorri.

-Não é tão ruim, tirando a violência.

Ela assentiu.

-Você quer voltar logo para lá. - não foi uma pergunta.

-Sim, lá é o meu lugar, não aqui.

Ela deu de ombros.

-Talvez seja os dois.

-Não. Só lá, onde minha família e amigos estão. Não sei porque estou aqui, mas não pretendo ficar por muito tempo.

-Sabe, você também pode ter amigos aqui.

Olhei-a, surpresa, esfregando o chão com os

pés.

Nesse momento percebi que Goldie tinha razão. Eu não queria estar ali, mas não tinha escolha. Já que era obrigada a passar por isso, não precisava faze-lo sozinha. Era o que aquela garota, de orelhas pontudas e caninos, sentada ao meu lado, estava me dizendo.

Pousei minha mão em seu ombro, para que ela olhasse para mim.

-Você tem razão. Com certeza eu posso. Obrigada.

Ela sorriu abertamente, revelando os ditos caninos brancos.

-Isso quer dizer que somos amigas?

Também sorri, balançando a cabeça positivamente.

Ela me envolveu em um abraço fraternal, de irmãs. Talvez, ela poderia ser a irmã que eu nunca tive.

-Acho que ganhei uma irmã mais nova – exclamou.

Me soltei dela, pendendo a cabeça para o lado.

-Perdão? - Ela não podia ser mais velha que eu, não com esse rosto de criança.

Ela pareceu hesitante.

-Quantos anos você tem? - perguntou.

-16.

Goldie mordeu o lábio inferior.

-Quer saber quantos anos eu tenho?

Ergui as sobrancelhas. Pensando bem, ela realmente podia ser mais velha que eu, afinal, tudo nesse lugar é estranho. A questão é: eu quero saber quantos anos ela tem?

-Não. Só me diga: você é muito mais velha que eu?

-Bem – pausou – sim.

-Muito?

Assentiu.

Balancei a cabeça, como que para espantar toda essa loucura.

-Não. Não quero saber.

Ela soltou uma risada.

-Talvez mais tarde.

Concordei.

Ficamos um tempo observando os últimos raios de sol sumindo atrás do vale, e a escuridão tomando conta do nosso caminho até lá. Mas, fomos interrompidas por uma voz, que vi ser de Aldwin, nos chamando para continuar.


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Notas finais do capítulo

Goldie!!!
rsrsrs
Reviews!! =)
beiijos