Naquela noite Anthony estava na torre da Grifinória com Peter, comemorando a vitória de Harry, mas o próprio Harry não estava lá.

– Ele está demorando né? – perguntou Peter

– Está mesmo – ele se levantou – vou procura-lo

– Não vai precisar – avisou Peter apontando a entrada da torre

Anthony se sentiu feliz e foi se servir de um pouco de cerveja amanteigada.

– Anthony! – chamou uma garota loira vindo até Anthony

– Oi? – ele se virou tomando mais um gole de cerveja amanteigada

– Oi, sou Megan, Megan Mitchell – comprimentou Megan

– Oh – disse tomando mais cerveja amanteigada

– Minha prima me mandou te entregar isso – ela lhe entregou um pergaminho

– Sua prima? – perguntou confuso

– Isabelle – explicou – Isabelle Mitchell

– Ela mandou para mim? – perguntou sorrindo

– Mandou – ela observou Peter

– Oi – comprimentou Peter chegando perto de Anthony

– Oi – respondeu meio tímida

– Sou Peter Watson, muito prazer – disse sorrindo

– Megan – disse sorrindo

– Megan! Vem aqui! – gritou uma menina do outro lado da sala

– Tchau – disse Megan – foi ótimo conhecer vocês

– Cuidado para não babar – disse Anthony a Peter, que ainda observava Megan

– Cala a Boca Tony! – respondeu Peter – olha o Harry vai abrir o ovo!

– Eu quero ver! – disse Anthony indo até lá

Os dois foram até onde estava, no momento em que Harry abriu um barulho alto e parecido com um agouro invadiu a sala

– Fecha isso! – berrou Fred

– Que é isso? - perguntou Simas Finnigan, olhando o ovo enquanto Harry tornava a fechá-lo com um estalo. - Parecia um espírito agourento... quem sabe você vai ter que passar por um deles da próxima vez, Harry!

– Era alguém sendo torturado! - arriscou Nevilie, que ficara muito pálido e largara os pães de salsicha no chão. - Você vai ter que enfrentar a Maldição Cruciatus!

– Deixa de ser babaca, Nevilie, isso é ilegal - disse Jorge. - Não usariam a Maldição Cruciatus contra os campeões. Achei que Lembrava um pouco o Percy cantando... quem sabe você vai ter que atacar ele quando estiver debaixo do chuveiro, Harry.

Anthony ria alegremente com a piada de Fred. Depois da meia-noite Anthony e Peter foram dormir.

– Boa noite – disse Peter

– Boa noite – respondeu Anthony

– Cadê o Arthur? – perguntou olhando a cama vazia

– Sei lá – Anthony virou para o lado

Anthony estava cansado, se divertiu muito, quando ia conseguir dormir, lembrou do bilhete de Isabelle, se sentou novamente, pegou a varinha e murmurou ‘Lumus’ e leu o bilhete

Tony,

Lembra quando eu respondi ‘talvez’ para sua pergunta sobre nós saírmos? Então... eu pensei melhor e... seria ótimo sair com você um dia desses. Nos vemos por ai...

Com carinho,

Isabelle Mitchell

Anthony terminou de ler e um sorriso preencheu seu rosto, no dia seguinte com certeza iria conversar com ela. Guardou o bilhete na gaveta ao lado da cama e murmurou: ‘nox’ guardou a varinha e se deitou novamente.

Ele estava cansado, mas agora estava muito mais feliz... mas naquela noite teve um sonho...

Tinha um bebe de olhos verdes e cabelos negros intensos, dentro de um berço, brincava com uma coruja de pelúcia, uma mulher entrou no quarto, mas não conseguia ver seu rosto, a mulher depositou um beijo em sua testa, e saiu... depois um homem de aparência jovial, que reconheceu com Remo Lupin entrou sentou-se ao seu lado e começou a ler um livro, a visão estava embaçada e não se ouvia direito. Depois que o homem saiu ao lhe beijar na testa, outro chegou, ele reconheceu como Sirius Blake, lhe mostrou revistas de mulheres de biquíni, a mesma mulher chegou nesta hora dizendo ‘não mostre isso ao meu filho...’ ouve uma estranha clareza e o mesmo bebe foi visto no colo de um homem, não se conseguia ver seu rosto, viu de novo Remo em um lugar diferente, ele e o homem que carregara o bebe no início conversavam ele só ouviu uma frase daquele homem desconhecido ‘Só o mantenha seguro, ele irá a Hogwarts com Harry...’ o homem se levantou, quando iria ver seu rosto...

Anthony acordou respirando pesado e suado, o que foi isso? Pensava ele, quem eram aquelas pessoas? Como assim ‘ele irá a Hogwarts com Harry...’ selevantou de sua cama, nervoso e ainda respirando pesado. Olhou pela janela estava amanhecendo, desceu até o salão comunal da Grifinória e se sentou em frente a lareira, estava nervoso. Andou de um lado para outro, se sentou de novo e pensou ‘foi só um sonho...’ mas, não conseguia acreditar que fosse só um sonho, seu cérebro não conseguia acreditar que fosse só um sonho.

– Tony? – disse alguém ao pé da escada

– Ah – ele olhou para a escada – oi Peter

– Acordou cedo? – perguntou confuso – por quê?

– Acordei no meio da noite, não consegui mais dormir

– Oh – Peter se sentou ao lado de Anthony – tudo bem?

– Ótimo! – respondeu olhando a lareira

– Tem certeza? – perguntou observando Anthony de perto

– Claro! – respondeu

– Ok – disse rendido – vou tomar café, você vem?

– Não estou com fome – respondeu ainda olhando o fogo

– Ok – disse e se sentou de novo – definitivamente você não está bem, o que foi?

– Tive um sonho esquisito

– Que tipo de sonho?

– Um sonho estranho

– Ok entendi, foi estranho, agora explica melhor

– Não, idiotice, foi só um sonho

– Ok – disse se levantando – você vem tomar café?

– Serio, não estou com fome

– Tem certeza?

– Tenho – respondeu impaciente – desculpe, só não estou com fome, pode ir, vou depois

– Ok – e saiu em direção ao retrato da mulher gorda – nos vemos depois

– Ok – disse observando o fogo de novo

Anthony passou a manhã quieto, pensando, não conseguia entender o que o sonho significava, e por um momento alucinante, pensou que aquela mulher fosse sua mãe e que aquele bebe fosse ele mas, isso também significava que Remo não era seu pai verdadeiro...

Depois do almoço, se sentou à beira do lago negro e continuou pensando, observando o lago mas, uma coisa o tirou de seus pensamentos

– Tony – chamou Isabella parada ao seu lado

– Oi – respondeu sorrindo

– Posso me sentar aqui?

– Claro! Sente-se

– Então...

– Sua prima me entregou o bilhete – cortou Anthony – desculpe ia falar alguma coisa?

– Ia perguntar se minha prima lhe entregou o bilhete – respondeu com um risinho

– Oh – disse Anthony – seria ótimo nós saírmos, talvez na próxima visita a Hogsmeade

– Seria ótimo – respondeu sorrindo – tenho que... ir, minha prima está me esperando

– Aproposito, diga a ela que Peter só fica falando dela para mim – disse sorrindo

– Ela vai gostar de saber – respondeu saindo

Essa conversa com Isabelle fez a tarde de Anthony ficar muito mais feliz, a noite chegou logo, mal conseguia comer no jantar porque seu pensamento estava naquele sonho. Mais tarde no salão da Grifinória, todos tinham subido para seus quartos, e Anthony continuava sentado perto da lareira preso na linha dez das vinte e cinco da tarefa de Runas Antigas.

– Ainda está acordado? – perguntou alguém perto da escada

– Oi Harry – disse e desistiu de tentar fazer a tarefa – não consigo dormir

– Por que não? – Harry se sentou perto da lareira também

– Não sei – respondeu – acho que não quero ter o mesmo sonho que ontem

– Sonho? Que Sonho?

– Besteira – respondeu

– Qual é? Me conta

– JÁ teve um sonho, que parecia tão real, que você duvida da realidade? – perguntou pensativo

– Bom... antes de descobrir que era um bruxo, costumava sonhar com uma motocicleta voadora... – Harry sorriu ao lembrar – depois descobri que foi assim que fui levado até a casa dos Dusley

– Eu não sei que foi um sonho ou uma lembrança, mas, é meio que impossível ser uma lembrança.

– O que aconteceu? No sonho?

– Tinha um bebe – começou ele – tinha os olhos verdes e o cabelo preto, de início pensei que fosse eu, tinha uma mulher, mas, eu não via seu rosto, Remo e Sirius estavam lá, e aquela mulher disse que era minha mãe... depois tinha um homem que eu não conseguia ver seu rosto também... me levou para a casa do Remo... disse para me manter seguro, até eu voltar a Hogwarts. Estou confuso, foi muito real... se... for uma lembrança, significa que Remo não é meu pai verdadeiro e que ele e Sirius sabem quem é minha mãe

– Uau – disse Harry pensativo

– Você tem sorte Harry – disse Anthony olhando o chão

– Eu? Porque? – perguntou confuso

– Tem uma família

– O que? – perguntou ainda mais confuso – meus tios me odeiam

– É mas, você sabe quem você é, sabe que é Harry Potter, sabe quem são seus pais, o nome deles, como eles morreram e se orgulha de tê-los como seus pais, não é?

– Sim, mas...

– Exatamente

– Como assim? Fui criado pelos meus tios, e, eles me odeiam, mesmo, eu dormia debaixo da escada

– Não é disso que eu estou falando.

– Então? O que?

– Harry, você sabe quem são seus pais, seus parentes, e tem o Sirius

– Você tem o Lupin, tem pai

– Não, você não entendendo, Harry eu queria saber o nome da minha mãe, ela pode estar viva, morta, sendo um fantasma, mas, eu queria saber... o único parente que eu tenho é o Remo, e, eu nem sei se ele é realmente meu pai, eu queria... ser igual a você, pode ser órfão, mas, sabe como ficou assim... sabe como eles morreram para salvar você, e eu? – Anthony tinha lagrimas nos olhos

– Desculpe – disse Harry em uma voz calma – eu não sabia disso

– Tudo bem

– Não está não – Harry o puxou para um abraço

Naquele momento em que eles se abraçaram, Harry se sentiu feliz e Anthony se sentiu em família.

– Bom... – disse Anthony saindo do abraço – obrigada Harry, vou tentar dormir

– Eu também – respondeu Harry também de pé – boa noite

– Boa noite

Anthony subiu as escadas em direção ao seu quarto, se deitou e finalmente conseguiu dormir.

Harry chegou em seu quarto se perguntando, como Anthony se sentia, porque era tão fácil conversar com ele?

...Megan Miitchell