'O Sole Mio escrita por Elizabeth Darcy


Capítulo 6
Um grande dia


Notas iniciais do capítulo

Título enorme eu sei.
Agora já passou o Natal e ninguém ficou esperando capítulo nenhum porque tinha que aproveitar e curtir a família, ok? Só confirmando.
Bem, sabem que presente de natal só se abre na manhã do dia 25 ou depois, ou seja, nunca que eu teria dado meu singelo presente antes, ele então resolvel atrasar um pouco por causa dos filmes românticos que eu vi hoje, então chegou agora, mas da um desconto, foi antes da uma da manhã.
Então feliz natal! Kkkkkkkkk
Capítulo revisado, mas que precisa ser complementado!
Godere.



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E 'il caldo che non lascia dormire o tutti che il bene avrà sempre alzarsi presto nemmeno bisogno? – É o calor que não deixa ninguém dormir ou todos tem sempre essa boa vontade de levantar cedo mesmo não precisando? - Emma perguntou cochichando a Pietra.

Penso che sia entrambe le cose. – Acho que são ambos. - Respondeu depois de rir delicadamente. - Mas acho que você tem que ficar conosco no inverno antes de ter alguma boa conclusão.

– E tutti in posa in inverno? – E todos levantam no inverno? - Retrucou com um tom que denotava incredulidade.

E 'comune per le mogli allo stesso tempo aumentano i mariti, il resto di noi presto per necessità. – É comum que as esposas levantem no mesmo horário dos maridos, o resto de nós levanta cedo por necessidade.

Forse mi ricorderò di chiedere questo dopo il vostro matrimonio. – É muito amor para uma casa só viu. Quer saber, depois dessa, nem sei se quero encontrar o homem que vai me fazer levantar cedo por querer! Minha cama vale mais que isso.

– Talvez, me lembrarei de perguntar isso depois do seu casamento. - Disse Pietra bem humorada.

Se eu me casar, pode perguntar mesmo, te convido a passar as férias na minha casa se eu mudar de ideia sobre a minha cama.

A conversa poderia ter continuado por mais tempo e Emma teria prometido até suas calças por causa das coisas que afirmava, enquanto do outro lado se encontrava uma Pietra que acreditava que haveria uma pessoa no mundo que além de ser o amor da vida de Emma, conseguiria fazer com que ela fosse menos individualista. Era quase como se realmente tivesse certeza que essa pessoa existia para a amiga e estava mais perto do que se esperava de Emma. Porém em uma tentativa de fazer o dia transcorrer, elas foram interrompidas por Danilo que pedia para Emma se apressar ou todos se atrasariam para seus compromissos e isso não era nem uma primeira boa impressão para Emma na faculdade nem algo que Raoul estivesse disposto a tolerar passivamente.

Em poucos minutos depois de chegar ao banheiro Emma saiu praticamente pronta - base, sombra, rímel, batom e claro, um bom penteado simples, uma trança -, só precisava de sua pasta que deixara no quarto porque o resto já estava feito, dentes escovados, brincos colocados, o seu camafeu no pescoço com a foto da família para trazer sorte e um pulseira que uam vez ela considerou ser da sorte. Quando desceu por sorte - se é que isso realmente existisse - não encontrou nenhum dos dois irmãos a esperando, mas mal pode suspirar de alívio, pois eles haviam chegado e agora ela seguia os dois para fora da casa depois de se despedir de todos e prometer vir para o jantar, já que o almoço estava fora de cogitação.

Não houve, caros leitores, comentário pertinente sobre o percurso até a faculdade, porque além de terem sido vários quilômetros de silêncio quase puro a não ser pelo som do rádio, Emma decidiu por direcionar toda a ansiedade que sentia - por dentro ela se sentia como uma garotinha em seu primeiro dia de aula na escola, não dormira bem, estava nervosa e com o estômago apertado, afinal de contas, esse era um passo tão grande como foi entrar na escola quando pequena e então na faculdade pela primeira vez - prestando bastante atenção no percurso caso um dia não tivesse uma carona para levá-la, o que com certeza foi uma sabia decisão. Depois de um pequeno desvio do percurso normal que Raoul fazia, agora ele parava o carro em frente da universidade de Florença no portão principal.

– Hai bisogno di aiuto per trovare l'edificio, Emma? – Precisa de ajuda para encontrar o prédio, Emma? - Perguntou Raoul enquanto Emma tirava o cinto e abria a porta traseira do carro.

Lo apprezzo, ma non mi serve. – Eu agradeço, mas não precisa. - Respondeu e naquele momento quis ser o mais gentil que conseguia com Raoul e o irmão, ela era sua corona e realmente pensou sobre aquilo de não brigarem mais, talvez desse certo. - Só suas irmãs teriam uma chance de me ajudar, mas acredito que posso me virar bem, não tem muitos prédios abertos nas férias, não é?

Non so quanto considera "molti", ma ha certo meno del solito. – Não sei o quanto considera como "muitos" mas com certeza tem menos que o habitual.

– Então vocês vão vir me pegar as seis? - Emma perguntou antes de fechar a porta e deixá-los ir.

– Estaremos aqui as seis. - Confirmou Danilo. - Hey, Emma! - Ele chamou quando ela se afastou. - Você tem dinheiro para o almoço?

– Sim, Danilo, eu tenho cartão de crédito! Acha que eu tenho quantos anos? Quinze? Eu sou independente!

– Só estava sendo precavido - ele deu de ombros com um sorriso no rosto assim como o irmão.

– Então até as seis. - Emma não esperou ouvir as despedidas deles, se virou e foi em direção aos portões.

Chegar ao prédio de história e arte não foi difícil, depois de receber as instruções em italiano de um dos seguranças, resolveu seguir o fluxo dos alunos ali, Emma jamais se enganaria seguindo o homem tem tinha um livro com a estátua de Davi de Michelangelo na capa e a frase "storia dell'arte" em dourado destacado logo abaixo da imagem, errar o caminho só se ele errasse. No fim, o homem realmente sabia aonde ia e consequentemente Emma chegou ao lugar correto e pegou uma das cadeiras no meio da sala, já que as da frente estavam completamente ocupadas.

Pouco depois a sala de sessenta lugares já estava ocupada e uma mulher de aproximadamente setenta anos entrava silenciosamente na sala, a sra. Chamarelli como se apresentou, e logo começou a tratar do objetivo do curso. Havia vinte vagas supostamente destinadas a alunos presentes naquela sala e desses vinte, sete poderiam ingressar nas vagas destinadas ao P.H.D. na área de História da Arte e terem o renome que aquela faculdade garantia, quando todas as portas e oportunidades se abriam para você, sem contar as cartas e recomendações que você poderia ter.

Era o sonho de todos ali, mas o caminho dele não era tão simples. Durante as quatro semanas por um período integral todos receberiam palestras de doutores em diversas áreas e teriam todo o acervo da biblioteca pública para auxiliá-los e assim produziriam trabalhos acadêmicos conforme o uso da informação. Ao fim, todos teriam um certificado por terem comparecido as palestras e com certeza seria algo que todos queriam ter no currículo, mas a vaga era ainda mais almejada por todos ali, um bom trabalho e empenho poderia fazer com que algum deles um dia viesse a ser um especialista já que as melhores oportunidades estavam na carreira acadêmica. E para Emma não era diferente, ela queria aquilo, podia se contentar com apenas um certificado, mas nunca deixaria de batalhar pela chance de trabalhar com o que ama e amar o que faz. Então sim, ela se dedicaria dia e noite pelo seu texto e se fosse o que a bancada de história da universidade queria, e então ela estaria dentro, mas nunca sem se empenhar.

Por cerca cinco horas seguidas, já que dois intervalos de vinte minutos não faziam quase nenhuma diferença, o Dr. Pascal Idest, P.H.D em história italiana fez o que seria uma introdução, relembrou todos os principais fatos e acontecimentos no Império Romano e então pelas transformações muito específicas da idade moderna para então chegar ao tempo de Mussolini - sendo que o que ele demorou nos último tópico não foi nem um terço do tempo usado no primeiro tópico e rendeu muitas informações valiosas.

Mas Emma mesmo depois de mais de uma hora - o horário de almoço no restaurante próximo da universidade onde serviam assados maravilhosos - não encontrava em nenhum dos tópicos aquilo que poderia escrever e realmente se ligar ao tema, escrever algo nunca era fácil ou meramente acadêmico, ela precisava sentir-se ligada ao tema, disposta a ir até a essência, e não era ali que ela iria encontrar.

Sem mais tempo, precisou sair da imersão de pensamentos em que se encontrava para correr de voltar para as palestras da tarde, Mais cinco horas ouvindo sobre pinturas e depois esculturas, Emma nunca achou que conseguiria se cansar daquilo, mas depois da quarta hora, até ela estava cansada e com vontade de parar de digitar no notebook todas as informações que eram ditas. Se havia algo que ela não queria falar pelos próximos dias eram sobre telas e vasos!

{♥♥}

Já havia passado três dias e Emma não, tinha encontrado o tema para o trabalho, ela não tinha tempo para ser perdido. Tinha entendido que ao aceitar o convite teria que se empenhar de corpo e alma por aquilo, "nada de tempo perdido, nenhuma informação era descartável, nenhuma explicação era simplesmente uma explicação e nenhum fato era isolado", se você fez os cinco anos de um aluno que se forma com honras na universidade de História, aquele era seu lema - principalmente se você tivesse sido assistente do reitor de história do Imperial College London, o mesmo homem que a fez virar noites trabalhando no discurso dele para um evento em troca de conseguir um ingressoAgora era o momento de por a prova. Mesmo com toda essa dedicação, nada adiantava muito, nada disso era suficiente, prestar atenção em cada palavra da palestra sobre pintura, ou sobre escultura daquela tarde tornava aquilo útil, faltava a essência, faltava o tema. E Emma teria que ser rápida, menos de quatro semanas de dias completamente lotados não iriam ser de quase nenhuma ajuda, o tempo estava definitivamente contra ela.

No segundo dia Emma tentou durante três horas - vagas - procurar na enorme biblioteca da universidade algo interessante e não faltaram assuntos, mas nenhum que ela pudesse se empenhar e produzir algo em tão pouco tempo. Se na faculdade Emma levou anos para escrever e organizar o trabalho de conclusão de curso, como ela poderia fazer algo em menos de um mês? Claro que dessa vez ele não teria mais de cem páginas, ela suspeitava que não chegaria a cinquenta, isso é pouco espaço então o tema tinha que compensar. A esse ponto ela já se via desesperada por não encontrar nada, e não ter nem sombra do que usar. Já era a segunda palestra da manhã de quinta feira quando tudo aconteceu, foi o Dr. Tarenti começar a falar sobre o contexto social influenciar as artes e todo o resto e a resposta que Emma tanto queria e precisava se formou. Ela queria gritar "Eureka" ali mesmo! Emma estava hospedada com uma das mais tradicionais famílias da região, se não da Itália, e isso era tudo o que ela precisava! Se tinha um tema que ela precisava tratar era aquela mesa da cozinha, era aquela casa, aquela família, aquela história com mais de trezentos anos de informações. É, ela estava morando com seu trabalho do conclusão e nem suspeitava.

Mesmo com o áudio precário do notebook Emma gravou toda a palestra e anotou tudo o que pode, não queria perder um "a" de tudo o que era dito. Quando todos foram liberados para o almoço ela pensou em seguir até a central da empresa dos Mantovani, mas não sabia o endereço e isso era um problema, provavelmente nunca conseguiria voltar até a universidade se se perdesse no centro de Florença. Primeiro fez uma pesquisa na biblioteca novamente e ela realmente foi muito útil depois que Emma descobriu sobre o que gostaria de escrever, três livros pareceram ser o começo perfeito: A Arte dos Vinhos, Estudo Sócio e Antropológico sobre a Unidade Familiar Italiana, e Arquitetura da Florença Moderna.

Não se conteve e precisou ligar para Francesca, mesmo não entendendo nada de história e arte, a amiga tentar ajudar o máximo possível Emma encontrar um bom tema e tinha se prontificando a ajudá-la a montar o texto em um italiano perfeito. " Muita sorte eu ter feito dois semestres de italiano na faculdade para concluir a matéria de língua estrangeira, ou eu estaria morta!" pensou Emma ao ouvir que a tese deveria ser escrita naquela língua para facilitar a escolha dos trabalhos pela bancada.

– Ciao? Emma?– Atendeu Francesca no outro lado da linha.

Scoperto! – Descobri!

Che...? – O que? - Perguntou confusa.

La mia tesi! Io scriverò la storia della famiglia Mantovani!– Minha tese! Vou escrever sobre a história da família Mantovani!

Noi possiamo certamente aiutare con quello! – Com certeza podemos te ajudar nisso! - Respondeu depois de rir da escolha feita por Emma.

– Ma è giusto! – Mas é o certo! - Ela explicou todos os motivos que tinha para escrever sobre eles e como isso era como uma pequena homenagem a Dona Mantovani que a tinha acolhido ali e com Emma podia quase se sentir parte daquela família mesmo estando ali a menos de uma semana.

Sicuramente sarebbe un bel regalo per mia madre, ma poi dobbiamo fare una sorpresa! – Com certeza será um lindo presente para minha mãe, mas então teremos que fazer surpresa! - Ela falou depois de pensar um pouco na ideia.

Esattamente perché ti sto dicendo, ho bisogno di sapere se sai se ci sono archivi di famiglia da qualche parte. – Exatamente por isso que eu estou te falando, preciso saber se você sabe se existem arquivos da família em algum lugar. - Falou incerta, com medo que assim como Pietra, essa irmã também não pudesse fazer muito.

Io non sono la persona migliore per questo, ma so che dà l'azienda ha registrato in tutto vigneti di Mantovani qui e in soffitta c'è anche tanto. – Eu não sou a melhor pessoa para isso, mas sei que na cede da empresa tem registrado tudo sobre os vinhedos dos Mantovani e que aqui no sótão de casa também há muita coisa. – A mente de Emma logo começou a procurar um jeito de ter acesso aos, documentos da empresa e sabia que para isso teria que recorrer a ele.

E 'fantastico, è che se chiedo Raoul che consente di visualizzare i file? – Isso é ótimo, será que se eu pedir ao Raoul ele permite ver os arquivos?

– Não, nada de Raoul, ele não vai deixar você mexer em nada e até pode contar a mìa mamma. Você tem que pedir ao Ignazio, ele é mais velho que o Raoul e pode mexer em todos os arquivos da empresa sem prestar contas, e tudo sem entortar o nariz para você, na verdade acho que ele vai gostar muito de te ajudar no projeto, mas não conte a ninguém mais sem me perguntar, é realmente difícil manter segredos aqui nessa casa.

Capito ...

Ora penserò a un modo per scendere dalle cose soffitta senza destare sospetti. – Agora eu vou pensar em um jeito de descer as coisas do sótão sem levantar suspeitas.

Grazie, Francesca, devo andare, otterrà un'altra lezione – Muito obrigada, Francesca, eu preciso desligar, vai começar mais uma aula...

Bacio, Emma.

Bacio.. - E então a chamada ficou muda indicando que ela havia desligado.

Correu pelos corredores até alcançar o terceiro prédio, e mesmo assim não podia desfazer o sorriso bobo que se formava pela vitória sobre aquele problema, ela tinha descoberto! Por pouco que não chegava atrasada para a palestra, só havia um porém, alguém minha me apossado do seu lugar. Ela pareceu uma criança da quinta série, mas não se importou, queria o lugar de volta, não tinha sido simples conseguir a segunda cadeira e parecia que era mais difícil ainda mantê-la.

Mi scusi, ma questo posto ha dona. – Com licença, mas esse lugar tem dona. - Ela disse e viu um homem vestido de camisa social e sapatos de couro a olhá-la tentando compreender o que ela dizia em italiano e ela resolveu repetir em inglês.

– Ah sim, me desculpe, não havia nada aqui dizendo que estava ocupado. - ele respondeu sério, tinha olhos claros e aparentava ter quase trinta anos, muito bem gastos, se me permitem dizer. Mas não se levantou da cadeira .

– Na verdade, minhas coisas estão embaixo da cadeira. - Ele abaixou e depois constatou que havia um caderno e uma bolsa ali onde ela havia dito.

– Eu não vi... Emma Scott. - Ele leu na capa do caderno e então o deixou na mesa e se levantou e foi embora.

" Ok, que encontro mais... Casual" Emma riu da própria piada e se sentou observando o professor ainda organizar as coisas na mesa no tablado da sala.

Gianluca Mantovani - o caçula entre os filhos, mas o sexto, seguido pelas duas irmas, Francesca e Pietra.


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Notas finais do capítulo

Gente, informação: A Emma precisa produzir um trabalho já que esse é um curso, mesmo que de verão, se fosse já o doutorado e phd, ela faria uma monografia, mas isso é mais tarde.
Não desejei feliz Ano Novo ainda porque eu pretendo postar antes, o capítulo ficou um pouco sem graça, mas ele é necessário e é o que vai resultar em algo muito importante logo logo.
Obrigada a Vi pela foto e por tudo mais, quero agradecer os comentários, favoritacoes e visualizações de todos e dar boas vindas as leitoras! Espero que eu esteja agradando! Não se acanhem em falar comigo! Sendo um pouco chata quero pedir também que vocês vejam meu blog e minhas outras histórias, ok? Se não for pedir muito.