'O Sole Mio escrita por Elizabeth Darcy


Capítulo 14
Ho pensato che non possiamo discutere, ho solo chiesto di parlare con voi.


Notas iniciais do capítulo

Quem diria, eu voltei bem cedo, não é? Como o feriado de pascoa esse ano ta bem longo eu me dei ao luxo de escrever, quem sabe não chego no capítulo 20? Bem, acho que isso não vai ser tão simples, mas talvez eu tente.
A tradução do título do capítulo: Achei que não fossemos discutir, eu só pedi para falar com você.
Godere.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/444321/chapter/14

Não importava se o cabelo de Emma estivesse completamente desajeitado depois de um dia com aquele tinha perdido seu prendedor de cabelo e nada podia ser feito com apenas dois grampos - nada que não demorasse no mínimo meia hora, ou precisasse de shampoo ou laquê resolveria seu problema mesmo - ela se sentia entorpecida desde a descarga de adrenalina que tinha tido naquela tarde. Apenas seguia o movimento do carro olhando para um ponto qualquer.

"Porque sentira tanto medo?" Era uma das perguntas que não conseguia calar com uma boa resposta, não era uma adolescente fazendo algo errado, Raoul não era seu chefe, menos ainda seu amigo a ponto dela se importar com a opinião dele. Mas também não via um motivo para contar a ele, nada garantia que seria mais simples assim, mas talvez fosse mais justo, se Raoul aceitasse, ela não precisaria se esconder como uma criança que tinha aprontado, como adulta Emma sentia que precisava encarar seus problemas de frente.

Emma estava começando a se atentar nos dedos de Raoul que tamborilavam no volante e pelo retrovisor as vezes ele lhe lançava olhares interrogativos que ela não sabia explicar. Bianca também não tinha vindo com eles, e não havia nada o que se falar, ou alguma vontade. Não entre os dois.

Quindi hai incontrato qualcuno al college, Emma? – Então, você conheceu alguém na faculdade, Emma? - Perguntou Danilo tentando quebrar o gelo.

Ho fatto alcuni amici, persone provenienti da tutto il mondo qui.– Fiz alguns amigos, as pessoas vieram de toda a parte do mundo para cá. - Respondeu vagamente.

– La gente dovrebbe essere interessante allora. – Devem ser pessoas interessantes então.

– É, eu gosto do humor da Marsha, e do Christopher com os livros dele, Dylan e Bryan são estranhos, mas eu não ligo, depois de ser assistente de quatro professores de história você se acostuma em ter pessoas diferentes perto de você. O mais engraçado é que eu não conheci nenhum italiano. - Respondeu pensativa antes de rir da conclusão.

– E eu e Raoul somos o que? Húngaros? - Danilo perguntou divertido.

– Ma tu non sei parte del programma estivo dell'Università. – Mas você não fazem parte do Programa de Verão da universidade. - comentou com um tom de obviedade.

– Io non sono un fan di conversioni globali di paleontologi, ma grazie per l'invito, Emma. – Não sou fã de conversões mundiais de paleontólogos, mas obrigado pelo convite, Emma.

– Solo se mi invitano ad andare in piscina durante il fine settimana, questo posto è così caldo! – Somente se você me convidar para ir na piscina no final de semana, este lugar é tão quente! - Logo abaixo o tom - Como ele consegue andar de terno o dia todo? - Perguntou fazendo referência a Raoul, hoje ele não usava apenas a camisa social com as mangas dobradas e sem a gravata; mas sim o terno completo.

Non ho idea. – Não faço a mínima ideia - segredou o irmão mais novo soltando o botão da camisa. - Ele parece ser feito de gelo. - brincou aproximando- se de Emma para que Raoul não ouvisse, por mais que isso fosse apenas a intenção.

E che non si scioglie. – E que nunca derrete. - Ela completou a brincadeira. - Nem mesmo a 35ºC.

Ho visto il peggiore dei tempi ... – Eu já vi tempos piores...

Può per favore smettere di parlare, come non ho potuto sentire? – Podem por favor pararem de falar como se eu não pudesse ouví-los? - Interveio Raoul em seu humor quase típico.

Scusate. - Emma murmurou e voltou a se sentar corretamente e olhar pela janela pelo resto do caminho.

Tão cedo quanto chegaram, Emma cumprimentou a todos, principalmente a mamma Mantovani pelo belo sanduíche e a Francesca e Pietra que lhe mandaram olhares secretos e Emma apenas respondeu com um aceno de "está tudo bem". Subiu para o quarto e largou suas coisas próximas da escrivaninha e se certificou que as coisas que Francesca havia lhe deixado levar do sótão ainda estavam lá, intocadas.Pegou a nessecer e uma muda de roupa mais fresca e foi em direção aos banheiros.

As perguntas ainda sem respostas voltaram a sua mente, se perguntava o porque fazia tudo aquilo. Sim, ela estava tentando resgatar e compilar uma história que não devia ser perdida, sobre uma família unida que ela admirava. Sim, era uma forma de presentear dona Mantovani, a mulher que a acolheu quase como uma filha e em tão pouco tempo tinha se tornado importante para Emma. E talvez, no fundo de tudo, mostrar a Raoul que ela era capaz de algo, e de algo que o deixava irritado, mas que ele teria que aceitar.

A verdade é que Emma não sentia medo da opinião dele, talvez fosse prudente teme-la um pouco, mas foi a opinião dos irmãos que a tinha assustado, se eles previam uma negativa de quem não gostava de aceitar mudanças ou receber surpresas, era porque esta não seria diferente. Mas havia também aquela voz que queria contestá-lo, e perguntar por que ele insistia em ser tão obtuso, se seu trabalho não valesse algo tão importante como aquela vaga que ela tanto almejava, ela o controntaria com todas as letras.

Ao fim, talvez Emma tivesse chegado a conclusão que era melhor contar a Raoul, seu caráter não deixava temê-lo daquela maneira como fazia, assim como sabia que era inevitável contar a ele, mas se Raoul descobrisse por conta própria, ela não teria como explicar a ele todos os motivos que tinha para fazer aquilo, ou teria coragem suficiente para continuar naquela casa, vendo não um olhar de desprezo como no início, mas de uma raiva que ela não poderia contestar. Ela perderia qualquer chance de entrar no mestrado, não haveria tempo para uma nova tese completa e bem trabalhada.

Contaria a Raoul, tão cedo como fosse possível, explicaria a pesquisa e ele a aceitaria. Não tinham resolvido serem amistosos um com o outro e parar com as discussões inconclusivas? Aquela seria uma bela prova. Não precisava nem pedir a entrevista em que tinha interesse para o projeto, apenas teria permissão para o que já estava fazendo.

{♥♥}

A presilha prata com pequenas pedrinhas roxas cabia na mão de Raoul e ele passava os dedos pelo desenho que as pedras formavam. Aquilo com certeza pertencia a Emma, ele já a vira usando várias vezes. Por maks usual que fosse, o ligar quema encontrou era singular, havia sido chutada até seu pé quando, passava pela recepção do andar omde funcionava o escritório do vinhedo. E tinha algumas hipóteses conspiratórias que rondavam sua mente.

Bateu três vezes ns porta e chamou pelo irmão. Ignazio veio abrir a porta do espaço da casa que costumava usar como escritório quando era impossível trabalhar no mandar de baixo. Ficou surpreso ao ver o irmão realmente procurando-o e logo o deixou entrar.

Poi parlare di ciò che si vuole? – Então, sobre o que quer falar? - Perguntou voltando a sentar a frente do notebook.

A proposito di questo. - Mostrou a pequena presilha. - Presumo que possa me dizer o que você estava pensando ao levar Emma até o escritório.

– Está me perguntando sobre isso Raoul? Parece um maníaco paranóico sabia? - Falou Ignazio depois de um breve momento interpretando o que aquilo significava e pensando em uma resposta coerente. - Sim, eu levei o que a mamma pediu para Emma e perguntei se ela gostaria de conhecer o escritório e ela aceitou, não há nada de errado nisso.

E come io non l'ho visto lì? – E como eu não a vi lá? - Perguntou desconfiado, mesmo a resposta lhe parecendo coerente.

– Humm - Franziu as sobrancelhas - Ela foi ao banheiro antes de voltarmos, você não passou muito tempo na entrada para vê-la chegar. - Ignazio estava feliz oor não mentir sobre esta parte, Emma estava no banheiro quando Raoul falou com ele, mas não na forma como ele narrara.

– Ignazio, la prossima volta, mi dicono, sembra che agiscono dietro le mie spalle, sia come una famiglia unita se ogni nascondendo qualcosa? – Ignazio, na próxima vez, conte-me, parecem que agem pelas minhas costas, como quer uma familia unida se cada um esconde algo?

Saresti così arrabbiato come lo ero io solo ora, se non per questa clip, si sa mai e non si preoccupi per niente.– Você ficaria tão bravo como estava agora a pouco, se não fosse por esta presilha, você nunca ficaria sabendo e não se preocuparia a toa.

Smettila Tralascio cose che non si vede l'importanza. – Pare de omitir de mim coisas que você não ve importância. - Terminou aborrecido e saiu em direção ao quarto com os dedos brincando com os dentes do pequeno pedaço de metal decorado e torcido.

{♥♥}

Emma continuou decidida a contar a Raoul e encarar os fatos depois de voltar para o quarto e secar os cabelo enquanto olhava as vinte páginas que já tinha escrito sobre os dados que tinha compilado. Tinha feito muito para desistir daquilo, tão facilmente, era provável que nem um processo a parasse agora. Logo todos desceriam para o jantar e Emma preferiu conversar com Raoul antes de beberem vinho, coisa que ainda a deixava um pouco abalada à noite.

Primeiro arrumou suas roupas e a colocou a toalha molhada no lugar de sempre e conferiu suas coisas, gostava de manter a ordem para facilitar a limpeza das empregadas e passsr uma expressão de respeito a casa de dona Mantovani. Respirou fundo e foi ao quarto ao lado bater à porta. O Raoul que a havia deixado tirar os sapatos duas vezes no carro não podia ser tão mão a ponto de não escutá-la, não? Dona Mantovani tinha criado filhos melhores que isso.

Nenhuma resposta veio as suas batidas, mas antes que Emma abrisse a porta, Raoul subia as escadas que dava para os banheiros vestido com um terno completa, mas diferente do que usara de dia, e os canelos levemente molhados.

Hai bisogno di qualcosa, Emma? – Precisa de algo, Emma? - Perguntou de uma forma suave, diferente do que costumava ser o tom entre as conversas entre eles.

Io in realtà volevo parlare con te ... – Na verdade, eu queria falar com você... - Ela se virou deixando qie ele abrisse a porta e entrasse no próprio quarto enquanto ela continuava no batente da porta.

Mi dispiace, ma non ho tempo di discutere con voi adesso. In realtà, me ne vado, ho una cena di lavoro. – Me desculpe, mas eu não tenho tempo para discutir com você agora. Na verdade, estou de saída, tenho um jantar de negócios. - Ele pegou o relógio na cômoda junto com o celular, a carteira e a chave do carro antes de voltar a fechar a porta e ir em direção as escadas da direita.

Mamma não irá gostar. - Provocou.

Ma è necessario, non c'è niente da fare contro. – Mas é necessário, não ha nada a ser feito contra.

– Il mio problema è anche importante ... – Meu assunto também é importante...

– Non ora, lui, mi dispiace, ma non voglio ora discutere qualsiasi questione. – Não agora, Emma, me desculpe, mas não vou discutir agora qualquer assunto que seja.

Noi non discutiamo se non fossi così testardo. – Nós não discutiramos se você não fosse tão cabeça dura. - Respondeu o acompanhando.

Io non sono testardo, in realtà chi è invadente e ppragmatica. - Eu não sou cabeça dura, na verdade, você que é insistente e pragmática. -Raoul não perdeu nem o tempo de olhá-la e seguiu escada a baixo com Emma ao seu encalço.

Ho pensato che non possiamo discutere, ho solo chiesto di parlare con voi. – Achei que não fossemos discutir, eu só pedi para falar com você.

Non questa volta, per il momento. - Não tenho este tempo, no momento. - Respondeu com a polidez que deveria usar no escritório, vaga e respeitisa - Além, do mais, Ignazio já me falou... - Emma parou de repente, estava completamente confusa.

– Cosa Ignazio dirvi? – O que Ignazio te falou? - Perguntou por fim, mas Raoul já tinha saído de seu campo de visão e talvez até da casa.

Emma - Lucy Griffiths


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A presilha que eu me refiro aqui é a que eu conheço como Bico de pato, ou bico de Cisne. Ela é alongada e tem vários detinhos bem pequenos nas bordas, espero que vocês tenham entendido qual é, me digam como vocês conhecem ela?
Eu preciso refazer o planejamento da fic, e dependendo de como esta sair, talvez eu poste mais ainda hoje, mas vocês tem que me prometer deixar comentários!
A referência a húngaros é para a Vi, mesmo que o resto nao entenda o porque, mas só para deixar escrito.
Se divertiram nk capítulos? Finalmente peguei o jeito de novo de escrever.
Recomendem, comentem e favoritem, vão me deixar muito felizes!
Beijos e até quando der.
Ps.: Marlia, me enrolei e não li seus capitulos! ; ( Juro que vou tentar fazer isso até o fim do feriado!