White lines escrita por raypadackles


Capítulo 1
Uma cidade qualquer.


Notas iniciais do capítulo

Sandy Whitman POV ON



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/444319/chapter/1

Eu já estava na estrada fazia umas 14 horas e tudo o que eu queria no momento era um restaurante e um motel o mais rápido possível! Depois de mais algumas horas dirigindo o meu Ford Mustang 66 preto avistei uma pequena cidade a qual nem fiz questão de ler o nome na placa da entrada.

“Maravilha poderia comer e dormi logo!” Pensei comigo mesma, ao esboçar um sorriso. Mais alguns quilômetros e já avistei uma lanchonete e em poucos minutos já havia estacionado o meu bebê, levei alguns segundos para pegar minha bolsa que tinha alguns cartões de créditos, distintivos falsos e uma quantia significativa em dinheiro e sai do meu carro indo em direção à lanchonete, mas logo algo prendeu minha atenção naquele estacionamento semi-vazio. Um Chevy Impala 67 preto estacionado a poucos metros de mim. Seja quem for o dono desse carro, havia ganhado pontos comigo pelo simples fato de ter um Impala. Depois de alguns segundos de transe, finalmente alcancei a porta da lanchonete abrindo-a e adentrando o lugar. Assim que entrei na lanchonete só confirmei o que havia dito antes, ela estava semi-vazia, a não ser pela minha humilde presença, as dos funcionários e de mais dois homem sentados na ultima mesa do fundo.

Depois de uma pequena e rápida analise no local, fui para uma das ultimas mesas. Logo uma moça loira e simpática se aproximou de mim com um bloquinho e lápis na mão, então presumi que era a garçonete (Jura Sandy, que descoberta!!).

- Boa noite! Posso ajudá-la em algo, senhorita? – A garçonete perguntou sorridente assim que parou em minha frente.

- Quero 4 X-bacon, 1 para comer aqui e 3 para viagem, duas tortas de limão para viagem e para tomar agora um refrigerante de laranja – Disparei, olhando a garçonete anotar tudo e depois me olhar com um sorriso e saindo da mesa falando um “Ok”. Apenas sorri para a mesma e voltei minha atenção à minha bolsa pegando meu tablet e comecei a pesquisar mais sobre o caso que havia em Detroit e escutei alguns cochichos ao meu lado, o que me fez olhar para onde vinha as vozes e vi os dois caras que estavam sentado na ultima mesa.

Um era mais alto que o outro, tinha cabelos escuros e um pouco grande, num tom de castanho e cá entre nós, era incrivelmente bonito, mas o outro o superava. Ele era um pouco mais baixo que o moreno, tinha cabelos mais curtos e loiros. Depois que o mais baixo percebeu meu olhar e me encarou por alguns segundos com um sorriso malicioso se formando em seus lábios, dei por mim e virei rapidamente minha cabeça para frente, “consente-se Sandy, hora de caçar, não de paquerar!”.

Logo a garçonete trouxe o meu pedido e eu literalmente devorei o meu X-bacon. Levou apenas alguns minutos para que eu terminasse meu “lanchinho” e continuasse minha pesquisa sobre o caso, mas logo senti meu celular vibrar e quando peguei o mesmo, um sorriso abriu-se imediatamente assim que vi quem era.

- Diga aí gata! – Disse extremamente feliz, fazia tempo que não falava com Michele e era a terceira vez que pegávamos casos diferentes. Ficar longe dela era novidade para mim... Uma novidade que não iria mais se repetir!

- Fala aí, lindíssima! Ta aonde? – Mich falava quase que mais empolgada que eu. Como sentia falta dessa pirralha me azucrinando.

- Tô em uma lanchonete qualquer, numa cidade qualquer perto de Detroit e você? Como foram as coisas por ai?

- Aposto que estava mais preocupada em comer e nem se deu o trabalho de ler o nome da cidade! – Escutei a risada debochada de Mich, o que me fez rir também. Como era possível essa coisinha pequena me conhecer tão bem assim? – Esta feito, sweet! O maldito espírito que assombrava os Petters foi para o quinto dos infernos!

- Hum, olha só que eficiente! Que tal vir me ajudar com o meu caso, huh? – Eu disse com um tom de esperança na voz. Fazia um tempo que a Mich enlouqueceu com a idéia que precisava caçar só, que estava grande demais pra ficar na aba da minha saia e bla bla bla. Já era o terceiro caso que ela estava só, quase 4 meses sem vê-la, apenas falando por telefone e meu coração de irmã mais velha precisava ver como ela estava, se estava mais magra, machucada, inteira... Sei la!

- Hum... Não sei! – Ela falou em um tom que eu bem conhecia, estava querendo me provocar. Ow pivetinha... – Ta ta, se é pro bem geral da nação, eu te ajudo com esse maldito!

Assim que ela acabou de falar, soltei um gritinho meio alto que fez ecoar no ambiente quase vazio em que eu estava. Senti alguns olhos sobre mim, mas apenas ignorei! Foda-se a vergonha, provavelmente nunca mais veria aquelas pessoas novamente mesmo.

- Ok, vamos fazer assim: Eu vou sair daqui dessa cidade amanha pela manhã bem cedo. Eu preciso dormi, ainda sou humana né? Passei horas dirigindo, poxa! – Soltei uma risadinha e escutei a Mich também rir no outro lado da linha – E você? Pode ir hoje para chegar mais cedo, arrumar um hotel muito confortável para que sua irmãzinha só faça chegar, deitar e dormi? – Minha voz saiu mais fina e melosa do que eu queria, mas talvez funcionasse não é?

- Nem é folgada você... – Mich bufou e logo sabia que tinha a convencido de alguma maneira – Esta bem, eu vou hoje mesmo, pra ser mais exata, agora mesmo. Não agüento mais essa cidade, na boa... É muito velho e muito caipira junto. – Não consegui me controlar ao escutar a voz da Mich em um tom de engraçado e soltei uma risada e logo a escutei retrucar – É, vai rindo ai vai! Não foi você que teve que aturar ser a “novidade” da cidade. Enfim, eu já terminei por aqui e estou abastecendo o carro. Vou ver o hotel e te ligo para te dar mais detalhes, ta?

- Ok! Vai com cuidado e pelo amor de Deus, pega um quarto com duas camas de solteiro! Não quero ser nocauteada enquanto durmo.

- Pode deixar senhorita! – Mich Falou em um tom divertido e logo quando ia desligar escutei-a falar – Ei, San..

- Oi Mich!

- Toma cuidado ta? Te amo, gorda! – Quando Mich queria, ela conseguia ser fofa e irritante ao mesmo tempo, é um dom dela.

- Não se preocupa, eu sei me cuidar! Toma cuidado também! Também te amo obesa! – Desliguei o celular e respirei fundo. Viver sobre riscos me deixava tensa, principalmente quando não tinha a Mich por perto para poder protegê-la.

Levantei-me e fui ao balcão, pegando mais 4 refrigerantes e 1 café, pagando a conta e saindo da lanchonete. Entrei em meu carro, arrumando as coisas no banco do passageiro quando olhei no retrovisor e vi os dois caras que estavam sentados perto de mim entrando no Impala. De boa, com um carro daquele os caras ainda tem a audácia de serem gostosos? Ai ai...

Dirigi até o motel mais próximo, que por ironia era o único na cidade minúscula e ficava na saída da mesma. Entrei no estacionamento, deixando o meu bebê o mais próximo possível do meu quarto. Desci do carro pegando minhas milhares de coisas e entrei no local indo ao balcão da recepção.

Um rapaz loiro e com um sorriso amarelo me atendeu, pedi um quarto, ele me deu a chave, enfim, o mesmo ritual de sempre e fui imediatamente para o meu quarto.

Meu Deus como eu necessitava dormir! Joguei minhas coisas em uma cômoda ao lado da cama, apenas deitei na mesma e apaguei.

Acordei com o barulho do celular despertando, olhei para o mesmo e vi que já eram 5:00 AM. Levantei-me o mais rápido que consegui, vasculhei minha mala atrás de uma roupa descente para poder viajar confortavelmente.

Por fim peguei um short jeans folgado, uma camiseta preta de gola V e minha preciosa jaqueta de couro preta e segui para o banheiro. Depois de minha higiene matinal, já estava prontíssima para partir rumo a Detroit, encontrar minha little bitch e acabar com aquele maldito espírito.

Arrumei minhas coisas em minha bolsa e sentei-me na cama pegando os dois pedaços de torta e o ultimo refrigerante que havia sobrado, comi rapidamente, peguei minhas coisas e assim que abro a porta do quarto dou de cara com um dos caras que estavam no restaurante encostado na porta do quarto em frente ao meu. Ele estava se despedindo de uma loira aguada, apenas de camiseta e cueca samba-canção. A loira deu alguns beijos nele e sussurrou algo em seu ouvido e foi embora. Balancei minha cabeça rindo, virando de costas para ele e fechando a porta do quarto, pude sentir os seus olhos queimarem minhas costas de tanto encarar. Assim que me virei para olhá-lo, vi um sorriso malicioso em seus lábios. O cara acabou de acasalar com a piranha lá e já esta querendo dar em cima de mim? Pelo amor do santo Deus.

Revirei meus olhos em sinal de reprovação e segui o meu caminho rumo à saída. Enquanto caminhava vi o mais alto passar por mim e escutei chamar o mais baixo, algo do tipo “Dean, temos que ir embora! O caso em Detroit lembra-se?”. Parei no mesmo momento perto das escadas e fui um pouco mais para o lado para sair do campo de visão deles. Espera aí... Dean, já escutei esse nome antes... Detroit? Calma Sandy, isso é apenas uma mera coincidência. Então escutei o mais baixo responder: “Qual é Sammy! Salvamos o mundo de coisas que eles nem sonham que existe e nem podemos nos divertir um pouco?” Ok, não era coincidência, estava nítido que eles eram caçadores! Girei meu calcanhar e fui em direção dos dois homens parados na frente da porta.

- Oi, eu escutei vocês falarem algo sobre Detroit... Estão indo pra lá? – Disse olhando para o mais alto e em seguida para o mais baixo, os dois pareciam surpresos, um olhou para o outro e logo o mais alto me respondeu.

- Sim, estamos. Por quê? – “Sammy” respondeu, pude perceber que parecia estar suspeitando de mim.

- Porque também estou indo pra lá e bom, é minha primeira vez, não sei que caminho pegar e queria saber se vocês podem me auxiliar na estrada. – Fiz uma cara de santa, ou pelo menos tentei. Lembrei do olhar e o sorriso do mais baixo minutos antes e olhei para ele com um sorriso com um tanto de malicia. Eles apenas se entreolharam e o mais alto, Sammy, voltou a falar.

- Não acha perigoso pedir para dois estranhos te ajudarem a chegar a uma cidade? Quer dizer, podíamos ser... – Sammy falou e quando ele se moveu, levantando o braço e levando sua mão em seus cabelos, sua blusa fina e branca de gola V deixou mostrar um pouco de pele e percebi uma tatuagem em seu peito. E advinha? Era um pentagrama. Confirmado, caçadores a vista.

- Caçadores? – Interrompi Sammy, que logo olhou assustado para mim. O mesmo puxou uma arma de suas costas, o que me fez fazer o mesmo, puxando a minha arma do bolso de dentro da minha jaqueta.

- Calma esta bem? Eu também sou caçadora! – Disse levantando minhas mãos e desengatilhando a arma e colocando-a do chão. Em seguida levantei meus cabelos e mostrei minha tatuagem de pentagrama em minha nuca. O cara alto desengatilhou a arma e guardou-a.

- Qual o seu nome? E o que você quer com a gente? – Foi à vez do mais baixo falar. Virei meu rosto pra ele e em seguida me abaixei pegando minha arma e guardando-a.

- Sandy! E eu escutei que estão indo para Detroit, que por acaso ou não, também estou indo para lá ver sobre o caso. Então pensei que vocês poderiam ter algum tipo de informação que poderia me ajudar, ou vise-versa.

- Desculpa gatinha, mas não aceitamos parcerias em nossas caçadas. – O mais baixo falou formando um sorriso sarcástico no rosto seguido de uma piscadinha. Ele até que poderia ser bonito, mas minha vontade era de meter um soco nele e quebrar todos os seus dentes. Sorri com meu pensamento, mas logo voltei a encará-lo séria.

- Entendi gatinho! Então, tenham uma boa caçada para vocês. – Disse em um tom irônico, chegando mais perto dele, dando o sorriso mais sarcástico que conseguia e em seguida piscando para o mesmo. Virei-me e fui em direção às escadas, parando na frente da mesma e virando-me para os dois novamente que ainda me olhava – Ah, mas tenho que avisar: Talvez quando chegarem lá, não tenha mais caso! – Virei-me novamente para a escada e desci tranquilamente indo em direção à saída do motel e em questão de segundos já estava fora do mesmo. Entrei em meu carro, dando a partida e indo em direção à estrada.

Capitulo 2 – Reencontros.

Sandy Whitman POV OFF

Já eram 03:20PM quando Sandy chegara a Detroit e tudo que ela mais queria era falar logo com a sua irmã e saber em qual hotel ela estava para chegar, deitar e dormir como havia falado antes. Ela tirou o celular do bolso e discou o telefone da irmã, que depois de dois toques a atendeu.

- Diga aí gorda! Chegou? – Michele atendeu com um tom alegre. Ela estava ansiosa para rever a irmã e poder encher o saco dela como sempre fazia.

- Oi sua obesa, cheguei sim. Em qual hotel você esta? – Sandy também estava alegre e ansiosa por poder ver a irmã novamente, mas no momento tudo o que mais queria era uma cama.

- No Vergun Motel’s e advinha? Duas camas de casal querida!

- Awwwwwwn sério? – Sandy praticamente gritou de alegria ao escutar a ótima notícia. – Onde que fica? Vai me guiando!

Michele passou as coordenadas para Sandy pelo celular e depois de aproximadamente 20 minutos ela já tinha chegado ao tal motel, mas assim que deu uma olhada no estacionamento não pode acreditar no que viu. Um Chevy Impala 67, preto estacionado próximo a entrada.

- Tá falando sério? Por favor, que seja apenas uma coincidência. – Sandy murmurava enquanto pegava sua bolsa e saia do carro. Quando entrou no Motel perguntou por “Danna Sparks” e o recepcionista lhe indicou o quarto em que sua irmã estava, o nº 4. Ela bateu na porta e logo Michele abriu a mesma. Sandy simplesmente jogou todas as suas coisas no chão e pulou em cima da irmã lhe dando um abraço apertado.

Fazia tanto tempo que as duas não se viam e ambas mudaram um pouco em 4 meses. Michele que antes tinha o cabelo comprido, até a metade das costas e preto, agora estava com o cabelo na altura dos ombros e com as pontas mais claras e Sandy que antes tinha o cabelo curto na altura do pescoço deixara seu cabelo crescer e agora estava quase na metade do braço. As irmãs Whitman’s sempre foram muito atraentes e chamava atenção de qualquer homem que tivesse uma boa visão. Michele a mais nova tem a pela mais clara que Sandy, olhos grandes e de um tom castanho esverdeado, cabelos lisos e um rosto totalmente angelical, já Sandy era 4 anos mais velha que Mich e tinha a pele levemente bronzeada, olhos iguais da irmã, cabelos lisos com as pontas onduladas e seu rosto era igualmente angelical como sua irmã.

- O que você fez em seu cabelo, sua louca? – Sandy falava e mexia no cabelo da irmã ao mesmo tempo, parecendo um pouco surpresa.

- Mudei minha lindinha! – Michele a respondeu arrumando o cabelo e com uma cara de “oi sou metida”, mas logo começou a bagunçar o cabelo da irmã – E você! Finalmente deixou o cabelo crescer, esta linda!

- Não é que deixei sua besta! É que diferente de você não tive tempo de ir a um salão. – Sandy disse saindo de perto da irmã que antes estava bagunçando seu cabelo e pegando as suas coisas que ainda estavam no chão, sendo seguida por Michele que a ajudava pegar as malas.

- Fazer o que se sou rápida em resolver os casos e você não. – Michele falou enquanto entrava no quarto com algumas malas e em seguida fechava a porta do mesmo. Quando olhou para Sandy a viu mandando o dedo do meio para ela e Mich apenas riu da infantilidade da irmã.

As duas conversaram durante horas, falaram sobre os casos e em como sentiam falta uma da outra. Sandy também falou sobre os caçadores que havia encontrado na cidade em que estava e na possibilidade deles estarem no mesmo motel que elas. Michele odiava intrusos em seus trabalhos, tanto quanto Sandy.

- Então não temos tempo a perder San! Vamos começar a pesquisar sobre esse maldito espírito e acabar com ele antes que esses idiotas o faça! – Michele falava enquanto ia em direção ao seu notebook que estava em uma mesinha de madeira e sentando-se na cadeira enfrente ao mesmo e começou a digitar, provavelmente pesquisando sobre o tal espírito.

- Eu já pesquisei um monte de coisas e olha o que tenho aqui – Sandy levantou-se da cama e foi em direção a mesa da irmã com algumas folhas de papel nas mãos, colocando as mesmas na mesa e ficando parada ao lado da irmã. – Já foram 15 mortes em apenas um mês, seja quem for esse espírito está muito irado! Todas as vítimas são mulheres entre 20 e 22 anos, estudou na mesma escola e freqüentavam o mesmo restaurante todos os sábados.

- Então o espírito pode ter algo relacionado ou com o colégio, ou com o tal restaurante.

- Foi exatamente isso que pensei Mich, então pesquisei mortes violentas no restaurante ou na história do mesmo e nada. O que nos leva diretamente para... – Sandy olhou para irmã e quando ia terminar a frase Mich levantou o rosto com um sorriso e respondeu para a irmã.

- Escola! Eita irmã eficiente hein! – Mich levantou-se da cadeira e fechou seu notebook – Vamos à escola amanhã de manhã, fingimos ser do FBI. Hoje vamos pesquisar sobre mortes violentas da escola, esta bem? – Mich erguia o notebook em direção da irmã que logo o pegou e guardou na bolsa.

- Já fiz isso meu amor, acha que ia fazer o trabalho pela metade? – Sandy sorria orgulhosa de si mesma enquanto pegava dois papéis da mesa e entregava a irmã. – Heather Filliphs foi morta na quadra do colégio. Ela sofria bullying e advinha por quem? Por um grupo de meninas que faziam ginástica com elas! E advinha quem são? – Michele estava impressionada com a eficiência da irmã e lia o papel atentamente.

- As meninas que foram mortas! Aqui diz que eram 21 alunas contando com Heather, então 5 podem morrer a qualquer momento! – Michele dizia horrorizada. – Mas o que não entendo é que... Ela foi morta a 4 anos, por que começou a matar agora?

- Bom minha irmã, essa é uma pergunta que não vou poder te responder! O importante é que temos que queimar os ossos dessa desgraçada e hoje à noite! – Sandy falava enquanto pegava sua jaqueta de couro e sua bolsa. Jogando sal, álcool e fósforos na mesma e claro que algumas armas, vai que a Heather fizesse a honra de aparecer?

As duas saíram do motel e foram em direção ao cemitério. Levaram pouco tempo para achar o túmulo da Heather e logo desenterraram e queimaram os ossos da mesma. Quando estava saindo do cemitério Sandy e Michele avistaram o Impala preto que Sandy havia comentado com a irmã mais cedo e ambas pararam e se encostaram no capo do carro, Sandy segurando a pá e Michele com a mochila nas costas. Os dois rapazes logo reconheceram a menina que antes havia discutido no corredor do motel e em questão de segundos o mais baixo já tinha saído do carro e ido ferozmente na direção da moça. Assim que viu a raiva do irmão, o mais alto logo se apressou a segui-lo a fim de alcançá-lo e evitar uma tragédia.

- Ora ora, olha só quem chegou, e atrasado! – Sandy falava em tom de deboche e com um sorriso sarcástico no resto. – A Heather já se foi querido e advinha que mandou ela pro inferno? É, euzinha aqui! – Enquanto Sandy terminava de falar, o loiro já havia parado em sua frente.

- Você é realmente rápida, eu tenho que admitir! – O grandão falou assim que parou ao lado do loiro raivoso. Ele deu um sorriso tímido para as irmãs Whitman, mas esse momento “amistoso” foi logo interrompido quando o loiro se pronunciou.

- Cala a boca Sam! Essa pirralha roubou o nosso caso.

- Dean, ela não roubou nosso caso. Ela já estava nele, só que não com a gente. – O alto tentava amenizar a ira do mais baixo, mas era nítido que não iria adiantar. – Ela só o resolveu antes de nós!

- Isso mesmo, bem antes de você! – Sandy enfatizou “bem” olhando o Dean com um sorriso satisfeito em seu rosto, mas o mesmo apenas bufou e revirou os olhos.

- Então... – Agora era a vez de Michele se pronunciar. Ela havia ficado parada ali apenas observando toda a confusão. – Quem são vocês?

- Meu nome é Sam e esse encrenqueiro aqui é meu irmão, Dean Winchester – Sam falou tocando no ombro do irmão. As irmãs Whitman se entre olharam como quem diziam “no way”. Eles estavam ali mesmo? Sandy havia comprado uma encrenca com os irmãos Winchester? Isso é... Incrível! Logo um sorriso entusiasmado surgiu nos lábios da Whitman mais velha.

- Pera aí... Vocês dois são os famosos Winchester? Que trancaram Lúcifer em uma gaiola e as porra toda? – Michele disparou as perguntas com uma curiosidade enorme e mal acreditando que os dois maiores caçadores de quem já ouviu falar estavam em sua frente. Sam levou sua mão, que antes estava no ombro do seu irmão, até seu cabelo o bagunçando-o. Ele estava tímido? É isso mesmo?

- Qual é, Mich! Quantos Dean e Sam Winchester existem pelo mundo? É claro que são eles! – Sandy revirou os olhos e andou um pouco mais para frente, ficando em frente aos garotos. – Mas esse mundo é mesmo pequeno hein!

- Pois é, tão pequeno que fez com que você roubasse nosso caso. – Depois de uns minutos em silêncio, foi à vez de Dean se pronunciar. Ele sorria sarcasticamente. Sandy andou em direção do mesmo, parando ao seu lado e colocando seu braço encostado no ombro de Dean.

- Come on, Dean! Vai guardar rancor? Não veja isso como um “roubo” e sim um favor!- Sandy sorria abertamente. Ela realmente estava entusiasmada com aquele encontro. Ela pensou nas milhares de histórias que aqueles dois tinham pra contar e nas coisas que ela poderia aprender com eles.

Logo a cara de emburrado de Dean se desfez. Ele virou-se, ficando de frente com a morena, aproximando seu rosto do dela, até que seus narizes se tocassem. Fitou por alguns segundos a boca da mesma, mas logo fixou seu olhar nos olhos castanhos esverdeados de Sandy, fazendo com que a mesma paralisasse ali mesmo e sentisse um frio percorrer sua espinha. Sam e Michele se olharam ao ver aquela cena e ficaram apenas quietos, pasmos, observando.

- Guardar rancor de uma gostosa que nem você? Isso seria um pecado! – O sorriso malicioso que Sandy havia visto horas antes quando saiu do seu quarto de motel daquela cidade qualquer, voltava a reinar nos lábios de Dean. Saindo do transe, dando algumas piscadas, Sandy apenas o empurrou e caminhou em passos apressados, voltando para o lado de sua irmã.

- Nossa, prefiro que fique com aquela cara de cu enraivado do que ter que ouvir suas cantadas baratas – Sandy falava e logo depois revirava os olhos.

- Desculpem-me por meu irmão.. – Foi à vez de Sam se pronunciar, meio tímido e olhando as duas irmãs a sua frente sem jeito. – É que ele vive em constante cio! Não pode ver um rabo de saia que já quer se meter embaixo – O alto virou-se para Dean, com uma cara de reprovação.

- A culpa não é minha se ela é gostosa, Sammy! Culpa os pais dela! – Dean fazia uma cara de indiferença enquanto falava.

- Ok Dean, chega! Bom, meninas.. – Sam virou-se para as irmãs, ignorando totalmente a cara de “como é que é?” que Dean havia feito por Sam ter alterado a voz para ele. – Vocês já sabem nossos nomes e sobrenomes, mas creio que eu e meu irmão estamos em desvantagem aqui!

- Me perdoe por isso – Michele sorria meio sem graça para Sam. – Meu nome é Michele e essa é a minha irmã mais velha, Sandy Whitman!

- Whitman... Eu já escutei esse sobrenome antes! – Dean fez uma cara pensativa enquanto pronunciava suas palavras. – Sam, me ajuda aqui... Qual o nome daquela caçadora que ajudou o papai com um wendingo?

- Junie, eu acho... Por que? – Sam olhou curiosa para seu irmão e logo em seguida para as meninas, sem entender completamente nada.

- Junie era o nome da nossa mãe! – A voz de Sandy saíra seca, fria e ao mesmo tempo meio chorosa. Ao escutar a irmã, Michele se aproximou mais da mesma e segurou-lhe a mão. Michele sabia como o assunto “Mãe” era frágil para Sandy.

- Era? Eu.. Sinto muito! – Dean se aproximou de Sandy e Michele, dando-lhe um sorriso fraco. Sam apenas fez o mesmo que o irmão. – Eu e o Sam sabemos como é perder nossos pai, parentes e entes queridos. Já perdemos a conta de quantos já se foram por causa desse maldito trabalho.

- Não... Tudo bem! Eu estou bem. Nós estamos – Sandy forçava um sorriso enquanto apertava a mão da irmã, que apenas ficou ali a olhando com um sorriso em seu rosto. Ela sabia que não estava nada bem com Sandy quando o assunto é a perda de sua mãe, mas ela era orgulhosa demais para deixar transparecer a dor que sentia. Sandy é o tipo de pessoa que quer se mostrar forte o tempo inteiro. – Enfim, nós precisamos ir! Já esta tarde e eu estou realmente cansada!

- Ok, nós também precisamos de um descanso, mas antes vamos encontrar um amigo que também esta na cidade. Até depois. – Sam sorria, vendo as irmãs Whitman acenarem um “Tchau” e entrando no carro.

Dean caminhou com seu irmão até o Impala, mas antes de entrar virou-se em direção ao Mustang que ainda estava parado ali por alguma razão desconhecida.

- EI SANDY. – Dean sorria abertamente esperando que a Whitman mais velha olhasse para ele, e assim que ela o fez ele acenou, e logo falando – OBRIGADA PELO CASO!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Como eu disse antes, essa é a minha primeira fanfic então me perdoem caso eu tenha feito algo errado HSIUAHDIUHAS Espero que gostem e logo mais atualizo a mesma e quem sabe até reescrevendo alguns capítulos!
Qualquer errinho ou crítica/elogio me procurem no twitter: @realgpadfan



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "White lines" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.