Capítulo 1 – Uma amizade duradoura.

Na manhã em que conheci o Nico, eu havia colocado a roupa menos perfeita possível para a aula. Silena, minha prima, com certeza iria me matar assim que eu pusesse os pés no colégio. Isso é muito legal.

Desci as escadas com a mochila em punho. Passei direto pela minha mãe, que provavelmente, conversava com meu tio Poseidon.

–Olá, gata borralheira. – Riu Annabeth dentro de sua Ferrari preta. Tive vontade de mata-la ali mesmo pra ficar com o carro, mais não o fiz.

– Escuta aqui... – Abri a porta do carona e joguei minha mochila na traseira. Annie fez uma careta. – Gata eu sou mesmo. E eu não borro merda nenhuma, Flw?

Ela assentiu, desdenhosa.

–Sabe ...- Ela começou. – Você precisa de um incentivo pra se arrumar mais.

Revirei os olhos. As meninas sempre reclamam de minhas roupas. Elas não sabem o quê é estilo próprio, não? Elas são um bando de P-U-R-P-U-R-I-N-A-D-A-S. PIOR! PURPURINADAS ROSA CHOQUE!

Quando Annabeth estacionou o carro, eu detonei a pouca dignidade que ela tem: Coloquei a música mais perfeita do mundo, cujo nome é What Does The Fox Say?

– Dog goes woof

Cat goes meow

Bird goes tweet

And mouse goes squeek

Cow goes moo

Frog goes croak

And the elephant goes toot

Ducks say quack

And fish go blub

And the seal goes ow ow ow - Cantei feito uma retardada. Coisa que sou mesmo.

–THÁLIA GRACE! – Ouvi annabeth cantar/Gritar.

– Quié? – Gritei enquanto subia no teto do carro, dançando feito uma retardada, coisa que, repito, sou mesmo.

Finalmente pulei do carro e desliguei a música. Só que meus benditos tênis pisaram numa poça de lama eu me preparei pra cair de bunda nela.

Mais eu não caí.

Tentei fracassadamente fechar os olhos, ato que meu cérebro não processou corretamente (Eu falando como a Annabeth modo on). Então um garoto que meu cérebro não processou corretamente quem era também, me agarrou pela cintura e tentou impedir minha aterrisagem duramente dura.

Encarei os olhos dele. Eram ligeiramente castanho escuro, cor que eu amo. Seus cabelos eram mais escuros que os meus, coisa meio rara. Era Gato. Olhava-me de cima abaixo como se eu fosse bonita (Mais eu sou mesmo!) demais pros olhos dele.

Só então capitei que estava no colo dele. E ele estava sentado na poça de lama. Ou seja, ele não é tão forte como aparenta.

Sorri retardadamente. Descolei minha bunda da lama lamacenta fria e o encarei.

– A julgar pelo ato que o senhor cometeu... - Imitei Annie. – Você é um tremendo babaca.

Ele riu sarcasticamente. Levou a mão até a lama e.... Ah senhor. Ele não vai fazer isso.

Ele fez.

– Thália Grace. – Exclamei rindo enquanto me desviava da lama.

– Nico Di Ângelo. – Ele sorriu afetavelmente.

E assim começou uma amizade duradoura.