Apenas uma História escrita por Story Dreams VC


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem dessa "entrada" na história!Ja Nee~



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Os Séculos Negros. A época em que o portal para o inferno fora descoberto e os demônios começaram a circular livremente pela terra. Quando o Sol e a Lua eram vermelhos como o sangue, o céu era negro com carvão, e os mares cinzas como fumaça.

Claro, dessa época nasceram histórias. Histórias cruéis, para ensinar. Ensinar a nunca mexer com demônios, avisos sobre o perigo que as florestas guardavam, sobre o chamado perigoso que os poços sussurravam. Mas com o tempo, essas histórias foram mudando.

Depois de um tempo, os demônios ensinaram tanto aos humanos, que eles conseguiram ficar piores que os mesmos. Muitos eram os humanos que não conseguiam mais ser influenciados pelas forças demoníacas pelo fato de seu coração já ser pior que o de um demônio.

Com o tempo, os demônios cansaram, viram que não possuíam mais alimento naquele lugar. Não possuíam mais o medo, a dor, nada. Foram sugados novamente para o portal, sem forças para resistir, voltando para os castigos eternos do inferno.

E as histórias? Foram modificadas a ponto de se converterem em doces contos de fada com finais felizes. Em livros infantis sobre fadas e duendes. Os demônios foram esquecidos. A Terra virou o próprio inferno.

Mas anos depois, casos de garotas de capuz vermelho desaparecendo, adolescentes achadas mortas quando estavam a caminho de uma festa a meia-noite e boatos de uma música que faz crianças desaparecerem começaram a surgir...

–x-

– Eu simplesmente ODEIO vocês! – A garota gritou e bateu a porta de seu quarto com o máximo de força possível e se jogou em sua cama, deixando por fim as lágrimas rolarem por seu rosto.

Depois de um tempo, seu celular começou a tocar em cima da cômoda. Já estava pronta para cancelar quando viu quem era, então resolveu atender.

– Lindsay? E então? Tenho certeza que conseguiu convencer seus pais...

– Estou proibida de sair por uma semana, Jenny – A garota loira disse amarga – Tudo porque a vadia da namorada do meu pai acha que minhas médias não são boas o suficiente para ter um futuro descente.

– Mas você tem uma das melhores notas da turma! – Jenny exclamou do outro lado da linha, e Lindsay bufou.

– Exato, mas ela é uma vaca, uma vadia, uma filha da pu...

– Calma, calma. Você sabe como fica quando está estressada... Você... Relaxar...

– Jenny, a ligação está cortando, não estou ouvindo... – A ligação caiu, e ela bufou enquanto tacava o celular na cama – Que droga... Eu daria de tudo para ir nessa festa...

– De tudo? – Uma voz sussurrou e parecia vir da janela.

A garota levantou da cama de um salto e olhou em volta, procurando o dono da voz. Foi então que das sombra de sua cama, surgiu aos poucos uma silhueta negra, que foi tomando forma, até se transformar em uma linda mulher de longos cabelos negros, olhos azuis e lábios vermelho sangue vestindo um longo vestido negro como a noite.

– Não chore minha querida... – A mulher se aproximou de Lindsay, limpando suas lágrimas.

– Q-Quem é você...? – Perguntou chocada a garota.

– Eu sou o que vocês humanos chama de fada. Pode me chamar de Madrinha – Ela sorriu mostrando seus dentes perfeitamente brancos em um sorriso angelical.

– Fada Madrinha?! Não... – A garota balançou a cabeça – Isso só existe em...

– Contos de Fada? – Completou a mulher – Bem, eles foram criador por alguma razão.

A mulher fez um movimento delicado com a mão na direção da garota, e suas roupas normais vivaram repentinamente um vestido preto justo, que ia dois palmos acima do joelho e um saltinho, também preto. Seu rosto molhado pelas lágrimas secou, ficando maquiado com lápis de olho e sombra preta, e batom em um leve tom de rosa. Seus cabelos bagunçados viraram um lindo coque preso por um enfeite de prata em forma de flor.

A garota piscou várias vezes enquanto se olhava no espelho, tentando descobrir se tinha caído no sono e estava sonhando. Mas antes que chegasse a alguma conclusão, a mulher falou, interrompendo seus pensamentos.

– Vá logo! Você tem até a meia noite...

– Olha Fada Madrinha, sei que no seu tempo era assim, mas nós estamos no século 21. Agora festas acabam as duas da manhã.

A mulher suspirou, contendo sua irritação, para não deixar aparente, mas logo sorriu.

– Tudo bem minha querida. Você tem até as duas da manhã. Seus pais agora deixarão você ir, e quando você voltar, esquecerão que esse dia ocorreu, por isso não conte nada, e também...

– Sim sim sim. Muito obrigada! – Lindsay pulou de alegria e antes da mulher terminar sua frase, já estava saindo pela porta do quarto e falando com seus pais.

A mulher perdeu seu semblante angelical e em seus lábios brotou um sorriso arrogante e seus olhos cintilaram de maldade.

E então, desapareceu.

Eram quase duas da manhã. A garota segurava um drinque azul em suas mãos e de vez em quando dava uns goles. Usava um vestido vermelho como o sangue que batia dois palmos abaixo dos quadris. Seus cabelos negros estavam soltos e ondulados e seus olhos verdes observavam o local, como se procurasse alguém.

– Não acredito que vim nesse lugar à toa... Eu senti que... – Ela parou de falar ao ver uma garota loira de vestido preto sair às pressas da festa, e por alguma razão decidiu que era certo segui-la.

Mantendo uma certa distância, a morena continuou a seguir a garota, até que as duas se encontravam fora da casa de onde vinha a festa e iam se afastando cada vez mais. Depois de um tempo a morena olhou em seu relógio de pulso as horas. Faltava um minuto para as duas. Para onde será que...

Exatamente as duas da manhã, um grito apavorado ecoou, fazendo a garota correr o mais rápido que conseguia com seu salto. Ao virar a esquina, encontrou com a loira tentando fugir de alguém... Ou seria algo?

Uma mulher gorda de pele completamente negra e gosto desfigurado voada com suas asas roxas e podres na direção da loira. Sua longa língua vermelha lambia os beiços enquanto seu olhar era faminto.

A morena se botou entre a loira e a criatura e por impulso, como se uma voz em sua cabeça a guiasse, pegou sua pulseirinha de ferro e tacou em direção a mulher. Assim que o fez, se arrependeu, parando para pensar como aquilo iria para-la. Mas antes de se virar para correr, a pulseirinha bateu na pele da mulher, e ela gritou de dor, desaparecendo me meio a um monte de cinzas.

Ofegante devido a adrenalina, a morena olhou para a loira, que estava caída no chão, aos prantos, sussurrando diversas vezes a palavra obrigada. Ela ia se agachar para reconforta-la, quando olhou para o local onde antes estivera as cinzas do mulher.

No ar, uma fina linha de fumaça rodopiava. E estranhamente pensou ter visto uma frase.

Você pagará por se meter em meus contratos.

Mais tarde ela saberia que o preço era alto demais...


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Notas finais do capítulo

Provavelmente postarei três vezes na semana, depende de como vou escrevê-la xDEspero que tenham gostado!