Apaixonada por um Brasileiro Idiota escrita por Ella Gregory


Capítulo 12
Ice Cream


Notas iniciais do capítulo

Hey lindos! Como vão? Aqui estou eu, postando um capitulo super-ultra-fofo (ok, sem dramas).
Não vou conversar muito com vocês nas notas hoje pois estou com tipo, muita pressa!
Mas fiquem com o POV do fofo do Jhony! *-*
Assim que puder respondo os coments, amo vocês!
Boa leitura!



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JHONY POV

– O que aconteceu aqui? - Perguntei para ninguém em particular quando cheguei na mesa, onde estavam as garotas e também de onde Pitt tinha saído apressadamente.

– Seu amigo acabou de magoar minha amiga aqui. - Annie respondeu rispidamente, abraçando Hanna que estava... chorando?

– O que Pitter fez? - Me sentei em uma cadeira vazia, preocupado.

– Dormiu com todas as garotas da faculdade, foi isso o que ele fez! - Hanna respondeu, claramente abalada.

Ah, então ela descobriu o passado de meu amigão... Bem, eu sempre achei a atitude dele ridícula.

Bem que eu te avisei, Pitter...– Pensei.

– Eu ainda não entendi. - Franzi a testa.

Hanna estava chorando de umas - muitas - coisas que ele fez, sendo que eles nem se conheciam?

– Pitter é um bastardo! - Hanna voltou a chorar.

– Olha Hanna, Pitter era mesmo um bastardo, mas depois que ele te conheceu ele nunca mais sequer falou com uma garota! Tirando a sua mãe ou a moça do mercado...

Annie bufou irritada.

– Isto não tem graça.

– Mas eu não estou fazendo graça. - Retruquei.

– Como eu vou saber se ele vai ser fiel? - Hanna nos ignorou.

– Pitter é fascinado em você Hanna! De uma chance a ele e escute o que ele tem para falar! - Disse encarando Annie, pedindo claramente para ela me ajudar, mas é claro que ela ficaria contra mim!

Eu acho que meus argumentos não serviram para nada, entretanto, Pitter não poderia dizer de que não o ajudei.

Hanna se recusara a ficar para o resto das aulas. Até mesmo Annie não conseguiu interferir a escolha da amiga que estava realmente triste. Uma garota, que também estava na mesa, se dispôs a levar Hanna para casa. E Annie, a estudiosa, achou melhor ficar e assistir as aulas.

Não era muito bom perder o primeiro dia de aula.

Tinha mandado uma mensagem para Pitter perguntando onde aquele 'bastardo' estava e logo ele me respondeu. Assim como Hanna, ele não iria ficar para o resto das aulas.

Ainda estava com Annie na lanchonete, faltava 20 minutos para as nossas aulas começarem.

Estava fazendo o possível para não entrar em uma discussão com Annie.

– Melannie você me faz um favor? - Perguntei.

– Não.

– Pelo amor de Deus, eu só queria te levar para a casa! - Tive que apelar.

– Pitter não está com o carro? - Ela perguntou, brincando com uma linha solta de sua calça jeans.

– Por isso mesmo que eu quero te acompanhar! Você não sabe qual ônibus tomar.

– Hum... Ok. - Ela deu de ombros.

– Você vai fugir de mim quando as aulas acabarem? - Perguntei desconfiado. Era bem possível que Annie fizesse isto.

Ela rolou os olhos.

– Tenha um pouco de confiança em mim, garoto!

– Impossível.

******

Não via a hora para que as aulas acabassem. Estava ficando sem paciência com o professor Wedson, que ficou os 50 minutos de aula repassando o cronograma do ano e fazendo mapeamentos.

Uma aula desperdiçada.

Por falta de sorte acabei sentando com a garota mais atirada da classe. E que não sabia nem o que era equação. Nem para ser inteligente, Senhor! Mas como tutor da classe eu não poderia trocar, tinha que ajudar a pobre garota.

Também estava anciso para ver se Annie iria mesmo me esperar para ir embora comigo. Ok, por mais que Annie fosse mal-agradecida, chata e orgulhosa eu não deixaria a garota aqui na escola sem saber o caminho de casa! Eu poderia odiar ela, mas não sou um canalha. Queria também um tempo sozinho com ela, depois do pedido de desculpas nunca mais ficamos a sós, Hanna e Pitter sempre estavam conosco nos usando como vela.

E agora que Pitter e Hanna brigaram eu não iria ver Annie com frequência. Meu amigo era a minha desculpa para ir na casa de Annie. E como eu iria fazer agora? Tinha que conseguir o numero dela ou me oferecer para dar carona para a faculdade. Tinha que bolar algo.

Finalmente o sinal tinha tocado. E eu sai em disparada para a sala de Annie antes que ela saísse.

Parei na porta sem fôlego. Se recomponha Jhony, ela não precisa saber que você saiu correndo por ela.

Os alunos saiam e nada de Annie. Coloquei minha cabeça na porta e ouvi ela conversando com o professor.

– Você será uma ótima tutora, Melannie. - O professor disse.

– Eu vou dar o meu melhor, estou muito feliz por ter me convidado para o cargo, professor Geraldo.

Ela estava sorrindo? Ual!

– Seu histórico é excelente! Eu confesso que estou inconformado com a sua escolha de faculdade. Você poderia escolher outras muito melhores em seu País, Melannie.

– É uma longa história professor. Vou pegar a papelada ainda hoje e amanhã eu trago para o senhor. - Annie mudou de assunto ligeiramente.

Ual, nunca imaginei que Melannie Berlitz se dedicava aos estudos. Na verdade não consigo visualizar Annie como arquiteta, decorando ou fazendo alguma casa, é bem dificil. Mas por que ela venho para o Brasil? Annie é bolsista, mas ela é rica.

Annie se virou e levantou uma sobrancelha quando me viu. Apenas dei um sorriso.

– Você vai ser tutora de que?

– Você ouviu minha conversa? - Saímos da sala.

– Mais ou menos. Então? - Perguntava enquanto caminhávamos pelo corredor em direção a secretaria.

– Literatura, regras ortográficas e essas coisas. Por que? Está precisando?

– Mesmo se eu quisesse eu não poderia ir. Não é bom para a reputação de um tutor frequentar aulas extras. - Esclareci.

– Mas você está nas aulas extras de pré-calculo. - Ela disse.

– Por que eu sou o tutor de pré-calculo. - Olhei para ela que estava com uma sobrancelha levantada.

– Eu mereço. - Nós já tínhamos chegado a secretaria.

Annie pedia os papeis de admissão e eu a observava. É, ela parecia uma pessoa inteligente agora; Calças Jeans, regata preta, cabelos amarrados e all-star.

Ela parecia inteligente e irresistível.

– Oi Jhony. - Uma garota me cumprimentou.

– Oi.

– Vai para a festa de volta as aulas neste Sábado? - Ela se inclinou na mesa.

– Não. Annie estava apoiada sobre o balcão observando o breve dialogo entre eu e a garota, ela estava parecendo se divertir com a situação. De qualquer maneira eu não iria a essa festa e Annie estava ouvindo tudo, assim ela poderia ver que não sou como Pitter era.

– Aff, você não mudou nada. - Ela se endireitou e saiu.

Bufei. Era impressionante como as garotas não se davam respeito. Iriam para cima de qualquer cara sem nem mesmo saber o nome dele.

– Vamos babaca? - Annie perguntou, seu jeito "amigável" como sempre.

*****

Annie, como era de se esperar se recusou a tomar o ônibus, argumentando que jamais iria sair viva de lá. Não discuti, afinal a faculdade não era muito longe de casa e ir a pé significava mais tempo com Annie.

– Então, quais são seus dias de tutora? - Tentei puxar assunto com Annie. Nós estávamos em um silêncio profundamente irritante.

– Segunda e Quinta. E você?

– Quarta e Sexta.

– Oh não, nem me lembre que Sexta-Feira, tenho aula com você. - Ela choramingou.

– Pensei que você iria gostar de seu tutor ser seu vizinho. - Brinquei.

– Depende... Se você passar as respostas das provas, podemos entrar em um acordo.

Paramos em uma sorveteria, onde Annie pediu três bolas de sorvete de chocolate e eu apenas um picolé.

– Você não precisa de respostas, Annie. Você é inteligente. - Disse a ela enquanto andávamos com nossos sorvetes.

Mesmo não olhando diretamente para mim, eu a vi revirar os olhos.

– De verdade Annie, eu não consigo nem imaginar você como arquiteta. - Admiti.

– O que você acha que eu deveria ser então? - Ela parou de andar e me encarou, ainda tomando seu sorvete.

Ah, se ela soubesse de como eu a imaginava eu perderia minhas bolas ali mesmo.

– Sei lá... Advogada? - Dei de ombros e voltamos a andar.

– Advogada? Nossa. - Ela riu maleficamente.

– Por que escolheu arquitetura? - Perguntei.

Queria saber mais sobre Melannie, queria saber o por quê ela escolheu Aldenlir entre tantas faculdades melhores em seu país, queria saber o por quê de descontar seu estresse em outras pessoas e queria saber por quê ela tinha surtado quando disse que ela não tinha namorado.

– Não sei. Uh, graças a Deus estamos quase chegando. Preciso saber como Hanna está.

Ok, eu não iria pressiona-lá se ela não queria falar. Eu precisava me aproximar de Annie e não me afastar, como vai acontecer se Hanna e Pitter terminarem.

– Precisa de carona amanhã? - Quem arrisca não petisca.

– Não. Hanna vai levar o carro. - Ela garantiu.

Virando a esquina estava o condomínio. Andamos até lá em silêncio. Não queria deixar Annie agora e por isso não conseguia puxar qualquer tipo de assunto.

Droga, por que Annie não pode simplesmente dizer sim como qualquer outra garota? Seria muito mais fácil me desligar dela. Mas não, a cada dia que passa Annie está cada vez mais ignorante.

– Bem você está entregue. - Disse a ela quando chegamos em sua porta.

– Obrigado... hum... pelo sorvete e pela "carona". - Annie disse friamente.

– De nada. Diga a Hanna que Pitter é um cara do bem. - Respondi enquanto Annie abria sua porta.

– Uhum... - Ela murmurou. - Já pode ir.

Me virei para descer as escadas, mas voltei de volta para a porta onde Annie estava entrando.

– Annie.

– Oi? - Ela parou.

Sem pensar nos meus atos puxei Melannie para mim e a beijei.


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