Damon e Dean não se falam durante o trajeto inteiro até o clube, mas Damon se põe a pensar em tudo que aconteceu com ele quando morreu e lembrou que Dean teve uma experiência parecida com essa, mas de modo mais...

–O que afinal as diabetes fazem? – Damon olha para Dean enquanto entram no clube o vê petrificar.

–O que você sabe sobre isso?

–O que elas fazem de “especial”?

–Você não foi para o inferno?!

–Bom... Não.

–Só digo uma coisa: O que acontece lá embaixo fica lá embaixo.

–Então você também traiu Anna. – Damon lança um olhar superior e Dean perde a fala.

Os dois sentem o ar quente e abafado vindo do fim do corredor, então disparam em direção à porta, chutando-a com força. Um vapor quente jorra para fora da porta o que causa extrema irritação e ardência nos olhos e uma poça quente atinge a panturrilha inteira dos dois. Quando finalmente conseguem semicerrar os olhos, veem uma figura humana grudada numa parede embaixo do chuveiro fervendo. Damon se aproxima o mais rápido que pode, sentindo sua perna queimar, enquanto Dean reclama e procura um lugar mais alto para se esquivar do fervor.

–Elena?! – Damon a vê nua e acorrentada na parede.

–Cara, ela tá... – Dean fita o olhar em Elena.

–Nua, eu sei. Vira pra lá! – Damon o repreende e Dean vira as costas, espiando uma vez ou outra.

Damon desliga o chuveiro e procura algo para abrir as correntes, então volta até a porta e arranca o trinco de aço, batendo-o contra as correntes desejando que isso fosse o mais rápido possível.

–Tem uma bomba aqui. – Dean comenta serenamente.

–Fica olhando pra ela então. – Damon ironiza.

–Ela é uma gracinha! Tem apenas 44min de vida.

–Dean!

–Quer ajuda?

–Cale a boca!

Damon bate com mais força e arrebenta a corrente, então Elena cai em seus braços, ainda desacordada. Os dois saem do banheiro e as pernas de Elena visivelmente mostram as bolhas causadas pela alta temperatura. Damon a deita no carro e a veste com sua camisa para não ficar uma cena muito constrangedora quando acordar. Dean entra no carro. Um gato pula no capô e Dean berra escandalosamente, tendo um aparente ataque cardíaco.

–Tudo bem com você? É só um gato. – Damon ri.

–Não! Não é só um gato! Acelera acelera acelera! – Diz ele em desespero.

–Você luta com demônios e tem medo de gatos?

–ACELERA! – Dean se abaixa e empurra o pé de Damon no acelerador.

–Isso está um pouco constrangedor Dean, você está com a cabeça no meio das minhas pernas.

–Foi mal. – Dean se endireita no banco, corado.

O celular de Damon toca, e o visor marca como ‘número desconhecido’.

–Klaus? – Damon sugere.

–Está ficando bom em adivinhações... Mas faltam dois.

–Como assim? – Damon faz uma lista rápida de pessoas e nela só consta ainda Katherine.

–John. Esqueceu? Eu quero ele! Você tem exatamente 37min para fazer isso, caso ao contrário... A cidade inteira explode com você e todo mundo aqui.

–Nunca gostei dessa cidade mesmo. – Damon debocha – Sempre achei que deveria viver no litoral. – E desliga.

–Mudanças de planos? – Dean o olha.

–Drásticas. Você vai arrumar gelo para as pernas de Elena e vai procurar por Bonnie. Eu vou arrumar um jeito de trazer John pra ele.

–Impossível fazer isso em meia hora!

–Em Mystic Falls, nada é impossível.

Alaric e Anna estão lutando braviamente contra dois capangas monstruosos com apenas uma barra de metal e um canivete. O homem alto e forte os joga contra a parede de concreto, enquanto o mais baixo causa dores internas apenas com um olhar maníaco. Alaric e Anna correm por entre os obstáculos da pista e se escondem atrás do carro explodido, analisando rotas de fuga.

Sam e Stefan dividem os golpes. Stefan utiliza seus métodos vampirescos de rapidez e força para despistá-los enquanto Sam os perfura com diversas coisas. Mas são demônios, o que não se torna fácil de eliminar.

–Alguém chamou os caça-fantasmas?

Alaric, Anna, Stefan e Sam se voltam para a voz que ecoara pelo autódromo inteiro. E lá estava Bobby, juntamente com Ariel, carregando armas poderosas e fatais para os demônios. Ariel chuta a Colt para Sam, que de primeira atira na cabeça de dois demônios. Bobby e Ariel finalizam com tiros de longa distância nos outros dois, pondo um fim na luta.

–Bobby! – Sam o abraça – O que está fazendo aqui? Como sabia que...

–Meu caro, onde há demônios, há o velho Bobby. – Ele sorri e ajeita o boné.

–“Oh, Ariel! Que bom revê-lo, eu pensei que tinha ido embora para sempre.”- Ariel debocha.

Alaric e Anna se aproximam mais confortáveis em andar pelo asfalto sem temer ser morto.

–Então é isso? Acabou? – Stefan pergunta intrigado.

–Sim, queria mais? – Ariel ironiza. – Eu não repetiria isso em voz alta.

–Sam, cadê o Dean? – Bobby pergunta.

–Resgatar as duas garotas que restam...

–Dean sempre se metendo onde há mulher. – Comenta.

–Como é que é? – Anna cruza os braços, interessada no assunto.

–Ah, Anna! Quanto tempo! Nem te vi aí... – Bobby ironiza.

–Acho melhor encontrarmos o resto do pessoal. – Stefan procura uma chamada não atendida de Damon no celular, mas não há nada.

–Será que ainda estão vivos? – Alaric pergunta dramático demais.

–Pois então... Estamos até acostumados em ver alguém morrer, daqui a pouco eu não vou mais ter medo da morte. – Sam comenta.

–Quer testar? Ainda te devo uma bela surra pelo que fez. – Stefan o encara.

–Dispenso. – Responde receoso.