Céu e Inferno escrita por HR


Capítulo 13
Capítulo 12 - Tornando-se uma dupla


Notas iniciais do capítulo

Fiz uma cena de The Vampire Diaries para que eu consiga encaixar tudo. Baseei-me no episódio 09 da 5ª temporada.
Esse capítulo, como verão, foi mais focado em Damon e Dean trabalhando juntos, espero que gostem.



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Dean acompanha Damon na vingança que armara. Eles levam o corpo desacordado de John até uma clínica psiquiátrica abandonada perto do hospital. Antigamente, era um hospício bem popular, mas que começou a ser denunciado por maus tratos e até assassinatos. Os dois amarram-no numa cadeira que parecia ser usada por algum dentista. O celular de Dean toca. É Sam, e por isso resolve atender.

Dean? Onde você está? Está com Damon?

–Então... – Dean vê Damon fazendo um sinal de segredo – Não, não estou com ele. Fui arejar um pouco a minha cabeça, é muita coisa pra um dia só. Mas como está Elena?

Ela está se recuperando... Desligaram os aparelhos dela, você acredita?! Os enfermeiros afirmam não terem visto nada, mas isso não me cheira muito bem. Pode ser alguma presença que passou despercebida pelo hospital.

–Quando você souber de algo me liga, meu suco acabou de chegar. – Dean desliga o celular.

–Suco? – Damon pergunta incrédulo.

–Eu precisava inventar algo antes que você faça John gritar de dor e eu tenha que dizer que o grito vem das laranjas sendo trituradas.

–Tudo bem, vê o que há naquelas gavetas. – Damon aponta para uma estante com várias gavetas.

Damon revista uma pequena pia que havia ali e vê gotas de sangue secas. Logo ao lado, num balcão, há várias seringas. Todas, com uma etiqueta ao qual havia escrito seus nomes e funções. John acorda e se debate na cadeira, mas Damon o amarrou firme, completando com verbena nos elásticos cirúrgicos que prendiam seus pulsos.

–Olá, John. – Damon o cumprimenta, sarcasticamente. – Você vem sempre por aqui?

–Pra onde vocês me trouxeram? O que querem afinal?

–Encontrei luvas. – Dean joga um par de luvas para Damon que o olha incrédulo – O que foi? Vai que algum líquido estranho cai na sua pele “maravilhosa”, como você diz...

–Obrigado por me feminizar. – Damon comenta irônico, enquanto pega um estilete na primeira gaveta e aproxima do pescoço de John. – Agora é com você... Ou você é bonzinho e responde às perguntas, ou então vou torturar você até a morte.

–Sutil. – Dean fica impressionado, enquanto observa a situação de braços cruzados.

–O que você quer saber? Você já sabe que fui eu quem desligou os aparelhos de Elena. – Ele sorri, descaradamente.

–Pois então... Por que você fez isso? Só porque você queria poupar Elena de se tornar vampira? Só porque você não quer que ela vire psicopata? Fique tranquilo. Ela pode ter o seu sangue, mas não tem a mesma mentalidade que você.

–Pelo jeito você leu o meu diário. – John ergue as sobrancelhas e sorri.

–Eu não, sua filha. E sinceramente, ela já te odiava... Agora então...

–Eu adoro tortura, quando vamos começar? – John pergunta empolgado.

–Pode ser agora? – Dean pergunta num tom brincalhão, mas Damon leva a sério.

–Já está mais do que na hora de começar.

Damon enfia o estilete no ombro de John, que agora berra. Dean providencia algum pano e faz uma mordaça em John para que seu berro fique abafado. Damon então pega uma seringa diferente, escrito “ácido” e pinga algumas gotas na lateral do rosto de John, que agora chega a lacrimejar de dor e tenta se livrar como pode - mas não pode -.

Enquanto isso no hospital Sant’ Angel...

Stefan está segurando a mão de Elena que agora se acalmara e já acordara há um tempo, mas que continua fraca. As enfermeiras estão tirando sangue de Elena para fazerem exames, enquanto a mesma, aperta com força a mão do namorado.

–Odeio agulhas. – Murmura fracamente, fazendo Stefan abrir um pequeno sorriso.

Quando a enfermeira vai embora, Elena afrouxa a força da mão e agora fecha os olhos, procurando descansar, mas não consegue. Um flash passa pela sua cabeça e ela lembra da batida com o carro, mas não lembra como foi parar no hospital. Na sua mente, agora ecoa a voz de Damon se perdoando pelo que tivera feito, mas Elena se recorda apenas das primeiras palavras, depois apagara de vez e não ouvira mais nada. Então, abre o olho, assustada.

–Stefan, eu sei quem desligou... – Murmura.

–Você lembrou de algo? Quem foi?

–Damon. Ele estava aqui no quarto, ele foi o último que esteve aqui.

–Ele esteve aqui? – Stefan pergunta incrédulo. – Mas por que ele faria isso?

–Ele pode ter tentado me matar no acidente e não conseguiu, então...

–Stefan? – Bonnie entra no quarto. – A enfermeira disse que seu tempo está quase acabando.

–Você está morrendo? – Elena pergunta, preocupada.

–Não, é o tempo de visita meu amor. Você precisa realmente descansar essa sua cabecinha... – Stefan sorri e beija-a de leve. – A gente se vê. Tudo bem? E eu vou dar um jeito nessa situação.

Elena afirma com a cabeça e Stefan sai sorrindo, na companhia de Bonnie. Stefan conta a história de Elena para Bonnie que fica chocada. Alaric, por sua vez, é o único a discordar do tal “acontecido”. Sam liga para Dean novamente.

–Damon, relaxa as doses aí, Sam está ligando. – Dean avisa e então atende. – Sam? O que houve agora? Elena está bem?

Sim, ela está se recuperando... E você nem sabe! Aquele covarde do Damon foi quem desligou os aparelhos dela. Ele foi o último no quarto e as enfermeiras não viram nada, só pode ter sido ele! Se ver ele, diga que está correndo risco de vida, porque irritado é pouco para a situação de Stefan.

–Nossa... – Dean diz, perplexo.Damon ouve a conversa e fica boquiaberto com tamanho absurdo – Mas pode deixar, se eu o ver, aviso que ele é um cara morto. – Dean desliga – Você é um cara morto.

–Não. O único morto vai ser esse idiota se ele não responder o que eu quero! – Damon tira o pano de John da boca. – E então, vai me dizer qual é o seu plano?

–Matar vampiros, já disse!

–Vampiros e a sua filha. – Dean completa.

–Mas como pretende matar os vampiros? – Damon pergunta curioso.

–Não vou anunciar tão fácil.

Damon procura nas seringas algo mais potente. Pega uma delas e se aproxima de John, de um jeito ameaçador, balançando a seringa para John. Damon pergunta novamente, e ele, novamente se recusa a responder qualquer pergunta. Damon olha para a seringa de um jeito sarcástico.

Fascite Necrosante. Deve ser interessante... – Damon aproxima a seringa do braço de John.

–Não! – Ele grita – Eu falo.

–Estou ouvindo. – Damon afasta a seringa e olha atentamente para John.

–Eu criei uma nova espécie de vampiros. Avengist.

–Você meio que lançou uma marca de vampiros? – Dean pergunta incrédulo.

–Eu fiz com que se alimentassem de sangue de sobrenaturais. Eles podem sugar sangue humano sem problemas, mas quando experimentam o sangue de um vampiro, por exemplo, aí o negócio fica interessante...

–Estripadores. – Damon murmura. – E pretende acabar com os vampiros assim?

–Os meus criados já estão realizando suas funções por aí... Logo, não haverá mais nenhum vampiro, nem lobisomem, nem bruxas, somente a paz reinando na humanidade.

–Claro, a paz mundial. – Damon ironiza.

–São quantos? – Dean pergunta.

–Criados? – John solta uma gargalhada – Não sei...

Damon injeta sem pensar duas vezes, a bactéria “Fascite Necrosante” na artéria de John. Dean coloca o pano de volta na boca de John, que agora berra. Damon sente uma fisgada no ombro ao apertar a seringa e então, para. Em pouco tempo, John começa a soar bastante e a berrar mais frequentemente.

–São quantos?! – Dean repete, tirando o pano da boca de John.

–Não sei! Eu criei três, mas eles podem se procriar se fizerem uma troca de sangue entre eles... – John geme.

–Onde eles estão? – Damon pergunta.

–Isso eu não posso dizer...

Damon revisa suas seringas novamente e avista outro diferente “Ebola”. Pega-o e prepara a seringa, mas dá para Dean aplicar por conta do desconforto no ombro. Dean meio inseguro aplica a seringa na mesma veia que Damon aplicara e John, se rebate novamente na cadeira.

–Ok! – Ele berra – Eles têm um abrigo perto da colina, entre um mercado populoso e o matagal.

–Obrigado pela informação. – Damon diz, sorri, e então quebra o pé de uma mesa, transformando numa estaca, cravando no coração de John sob os olhos assustados de Dean.


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Notas finais do capítulo

*Avengist : Avenge = Vingança; Gist = Ponto principal/Essência.
Não tem uma tradução exata, mas seria algo como “Essência da Vingança”. Eu precisava inventar uma palavra para isso e resolvi montar essa. Até que gostei, e vocês ?



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