Os cabelos encaracolados loiros e os olhos azuis me olhavam por cima do braço apoiado na cadeira do ônibus.

---- Não quero contar--- o loiro repetia para mim---não agora.

Meus cabelos ruivos escuros, tingidos, caiam-me sobre o rosto.

---Mas um dia você vai me contar?--- fiz bico tentando convencê-lo.

--- talvez.

--- vai! me conta, mano.--- eu não podia acreditar que me irmão estava me escondendo algo .---tem a ver comigo...

--- sim...

O silencio reinou e passamos o resto da viagem sem papo. Dois dias depois nos saímos novamente. E a conversa se repetiu:

--- então mano você ta gostando de alguém? – ele ponderou.

---não quero falar.

--- me diz .

--- ta , sim , pronto agora você sabe.

De traz pra frente...

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