8. COMO UM PÉSSIMO DIA PODE SE TORNAR O MELHOR

Bella PDV

- Eu acho melhor você ir trocar essa blusa – Edward me orientou.

- Claro, claro. Me espera aqui.

- Aqui, aqui. Ou aqui lá fora? – ele perguntou gesticulando com as mãos.

- Aqui né Edward. Por que eu te mandaria lá pra fora? Eu tenho educação, ok? – ele me olhou confuso. Eu fui para o quarto.

Troquei minha blusa por uma regatinha branca. Voltei e Edward estava na sala assistindo TV, pulei no sofá caindo ao seu lado.

- Ta assistindo o que? – perguntei,

- TV – ele respondeu sem tirar os olhos da televisão.

- Haha... engraçadinho.

- É assim que você faz comigo.

- Eu não vou fazer mais isso, ok? – eu disse mostrando a língua pra ele. Ele riu e me puxou para encostar a cabeça em seu ombro. Ficamos assim durante algum tempo. Entre um intervalo e outro ele mexia em meus cabelos.

- Bom Bella, agora eu tenho que ir, o dever me chama.

- Fica mais um pouco – pedi fazendo beicinho.

- Não Bella, já são 14:30, meu horário de almoço acabou a meia hora atrás, eu tenho mesmo que ir – ele disse olhando o seu enorme – eu friso o “enorme” – relógio de pulso – Você me leva até a porta? – disse levantando-se.

- Claro – eu sorri.

Fomos até a porta e eu a abri pra ele.

- Então a gente se vê amanhã? – perguntei meio insegura, apoiada na porta e olhando para o chão.

Ele segurou em meu queixo fazendo com que eu encarasse aqueles olhos verdes.

- Claro Bella. Eu pretendo que isso se repita amanhã – ele disse sorrindo e depois beijando minha testa. Eu correspondi o sorriso.

Ele se virou para sair, então eu vi o chupão em seu pescoço. Que por sinal estava bem roxo.

Ri comigo mesma e fechei a porta, encostei-me a ela e fui escorregando até ficar sentada com os joelhos dobrados. Parei um minuto para pensar... Eu fiquei com Edward Cullen e amanhã ele quer mais uma dose de Bella Swan.

CARA ISSO É SURREAL.

O restante do meu dia foi uma bosta! Eu não tinha nada pra fazer dentro daquela droga de apartamento. Pensei na possibilidade de sair, mas para onde?

Eu podia ir até a empresa com a desculpa de ver as meninas, ai eu já aproveitava e via Edward. Onde será que estão as chaves da minha picape? Picape? Minha picape? Droga ela ficou abandonada depois do acidente. Eu tenho que encontra-la.

Coloquei uma calça jeans, uma blusa de moletom, meu all star, peguei minhas chaves e desci. Como não peguei nenhum dinheiro tive que ir a pé. E foi uma péssima idéia, eu devo ter demorado mais ou menos uma hora para chegar até o local. É claro que ao chegar lá minha picape á havia sido levada embora, segui até o estabalecimento mais próximo e conversei com um rapaz no caixa.

- Hum... com licença!

- Sim – um rapaz de aproximadamente 26 anos, branco, com o os olhos cor de mel e cabelos escuros me atendeu sorridente.

- Por acaso você sabe pra onde levaram a picape que bateu contra aquele poste ontem? – perguntei apontando para o lugar onde eu havia sofrido o acidente.

- A claro, uma empresa de guincho veio a buscar ontem, umas duas horas do acidente. Coitada da garota parecia ser tão nova e estava toda ensangüentada – nossa eu estava tão mal assim?

- Sim eu sou nova mesmo e não se preocupe nada de grave aconteceu comigo – eu disse sorrindo.

- Oh, era você?! Se eu soubesse que você era tão linda, eu mesmo a teria ajudado – aff me erra cara.

- Pois é, mas você não me ajudou então obrigada pela informação – eu disse me virando para sair.

- Ei, espera. Me desculpe...? – ele olhou para mim como se perguntasse meu nome.

- Isabella, meu nome é Isabella. Mas por favor me chame de Bella – a sorte dele é que hoje eu estava de muito bom humor.

- Prazer Bella, meu nome é Ruan – ele estendeu a mão para mim sobre a nacada.

- Prazer Ruan – eu apertei sua mão.

- Hum... eu simpatizei muito com você Bella, me liga! – ele me entregou um papel com seu número. Achei melhor pegar, não é sempre que um homem bonito me da bola assim.

- Claro, claro – eu peguei o papel e sai da loja. Não queria ser se fácil, eu costumo bancar a difícil.

Amanhã eu iria ligar em todos os guinchos da cidade, atrás da minha picape.

Resolvi dar uma volta pela cidade fazia algum tempo que eu não fazia isso. Acabei perdendo a noção do tempo, ao passar por uma padaria vi que já eram 21:30 da noite.

Assim como eu vim, tive que voltar a pé. Em conseqüência cheguei 22:30 em casa, ao abrir a porta Alice veio correndo em minha direção e me abraçou.

- Ah Bella eu estava tão preocupada, pensei o pior, onde você estava? Por que não levou o celular? E por que não deixou um bilhete avisando aonde ia?

- Alice calma. Eu estou bem não estou?

- É estááááá – ela desabou a chorar em meu ombro.

- Eu falei pra ela que você estava bem Bella, mas ela não quis acreditar e já queria acionar os militares, eu tive que esconder o celular e o telefone dela.

- Você ainda não me contou o que aconteceu – Alice olhou pra mim com os olhos brilhando por causa das lágrimas.

- MINHA PICAPEEE – gritei – Ela morreu – falei cabisbaixa.

- Bella aquela tranqueira nunca esteve viva. Não sei como você não deu fim nela – Rose disse.

- Não fala assim da Agripina. Ela era minha companheira camarada.

- Bella você colocou um nome naquela coisa velha?

- Era uma forma carinhosa de chama-la.

- Bella cala a boca. Você conseguiu ficar mais idiota do que já era antes do acidente – Rose disse revirando os olhos.

- Cala boca você Rosalie. Ninguém falou contigo – ela simplesmente me mostrou o dedo do meio. A MINHA marca registrada.

- Aaah, Beeellaa! Você ficou sozinha com o Edward né? – Alice falou eufórica mudando totalmente de assunto.

- Fiquei e daí?

- Fala o que aconteceu dã. Rolou alguma coisa?

- Nããããooo, claro que não – falei tentando parecer natural, mas eu acho que saiu meio exagerado – O que poderia ter acontecido?

Eu não iria falar pra elas duas que eu tinha ficado de novo com Edward. Elas iriam ficar perguntando coisas do tipo: “como foi?”, “como isso?”, “como aquilo?” e blá blá blá. É definitivamente eu não vou contar, não por enquanto.

- Vai fala Bella – Rose disse estalando os dedos em meu rosto, tirando-me de meus devaneios.

- Fala o que fia? Não aconteceu nada, ele só ficou aqui, me ajudou e depois foi embora.

- Aff Bella como você é mole. Se fosse eu, não teria perdido tempo...

- É, mas não foi você então...

- Ah eu DÚVIDO que você não ficou com ele – Rose desacreditou.

- Fala Bella, você ficou sim. Olha a sua cara você definitivamente não sabe mentir! – Alice falou.

- Ai gente...

- FALA, FALA – elas disseram batendo palminhas e em coro.

- Ta, ta. Eu falo inferno – falei fechando a cara.

- Aê, conta tudo – Alice disse se jogando no sofá.

- Ah não foi nada de mais. Eu e ele estávamos na cozinha, ai eu fui pegar o leite na geladeira e quando eu me virei esbarrei nele, então...

- Então você o agarrou, tirou sua camisa. E virou uma tigresa! – Rose me interrompeu.

- Cala a boca. Poço terminar de falar? Por que se for pra você ficar me interrompendo toda hora eu desisto. Pois não tem condições de falar...

- Ta Bella continua – Alice falou.

- Então onde eu parei mesmo?

- Na parte que você esbarrou nele.

- Ah sim. Então conforme eu esbarrei nele o leite caiu em minha blusa, então ele veio me limpar e tal... e quando eu vi, já estava beijando ele.

- Só isso? – Rose falou incrédula.

- É, você queria o quê? Que eu saísse arrancando a roupa dele?

- É!

- Rose eu não faço esse tipo. Ou melhor, eu não faço o seu tipo de pessoa.

- E o que você está querendo dizer com isso Bella?

- Eu? Nada... – falei ironicamente.

- Mas vocês ainda estão ficando? – Alice perguntou interessada.

- Sabe que eu não sei. Ele falou que queria que se repetisse amanhã...

- Então ta ficando sim. Porque se não, ele não teria falado nada.

- Será Alice?

- Eu acho que sim.

- Mas você quer ficar com ele? – Rose perguntou.

- Quero... ah sei-lá... acho que sim.

- Quer ou não quer?

- Quero! – e muito, diga-se de passagem.

- Será que dessa vez vai dar certo Bella? – Alice perguntou com expectativa.

- Calma Alice, eu nem fiquei com ele direito, você já ta pensando em casamento! E eu nem sei se a gente ta ficando mesmo.

- Ah vai saber se da certo... – ela disse arregalando os olhos.

- Tomara né Bella. Porque meu Deus, faz quanto tempo que você terminou com o Jake? Uns seis meses?

- É por ai...

- Então já ta na hora de renovar o currículo né querida, porque você estava me saindo uma encalhada de mão cheia – Rose disse me esnobando.

- Ta valeu Rose... mas mudando de assunto, como foi a noite de vocês?

- A minha foi tranquila. Eu jantei e conversei com Jasper e depois fui embora.

- A minha foi intensa. Mas o que zuo foi que a transa vazou...

- A transa o que Rosalie? – perguntei. Que merda é essa de “a transa vazou”?

- Vazou ué...

- Claro, mas o que significa isso?

- A transa vazou, quer dizer que ela ta vazada.

- UAU que super explicação, depois dessa eu vou durmir.

- Mas já Bella?

- Minha cabeça está latejando de dor Alice. E amanhã eu vou ter que ir trabalhar... então é melhor eu ir dormir cedo hoje.

- Não tão cedo, já são quase 11 horas.

- Então fui... Boa noite pra vocês.

Fui pra o quarto, coloquei meu pijama e deite. Parecia que tinha alguém martelando em minha cabeça. Maldita hora que aquele carro dos infernos entrou na minha frente. E bendita hora que o Edward apareceu lá para me ajudar.

Edward...

Eu ainda não acredito que eu fiquei com ele de novo, e dessa vez eu estava sóbria.

Será que ele vai me cumprimentar como? Será que ele gostou de ficar comigo? E se quando eu for cumprimenta-lo ele não estiver sozinho?

Eu fui caindo na inconsciência com essas indagações, martelando minha mente.

Acordei na quinta de manhã ainda com um pouco de dor de cabeça. Fui até o banheiro me olhei no espelho, o hematoma em minha testa ainda estava visível.

Tomei um banho lavei meus cabelos, me arrumei e segui em direção a cozinha. Eu iria perguntar a Alice se eu poderia pegar carona com ela e com Jasper até a empresa, já que a minha querida picape está abandonada em algum ponto desta cidade!

Agripina deve estar sentindo minha falta, assim como eu sinto dela. Mas ela não vai ficar abandonada por muito tempo. Sábado eu irei ver o estado dela e mandar arrumar.

Alice estava encostada na pia, com uma xícara de café na mão. Rose estava sentada comendo uma barra de cereal.

- Bom dia gente.

- Bom dia Bella. Vai tomar café agora? – Alice perguntou tomando um gole de seu café.

- Bom dia Bella – Rose disse logo em seguida.

- Não, não Alice obrigada. Alice deixa eu perguntar uma coisa, Jasper irá vir te pegar para ir ao trabalho né?

- Vai sim porquê?

- Não então... como eu não sei ainda onde minha picape se encontra e ele deve estar um pouco amassada, eu estava pensando em ir com vocês.

- Vamos sim. Vai ter espaço de sobra no carro. Rosalie vai com Emmet hoje. Ele vai aparecer aqui, daqui uns dez minutos, você já está pronta?

- Estou, só falta pegar minha bolsa no quarto. Mas eu queria saber se antes de ir para empresa vocês poderiam me levar a um lugar...

- Que lugar? – Rosalie e Alice perguntaram juntas.

Edward PDV

Eu não conseguia parar de pensar em Bella, já era de manhã eu fitava o teoto. Eu estava só de cueca, pois não tinha o costume de dormir com roupa. Olhei em meu relógio de pulso, estava quase na hora de ir trabalhar, então alguém abriu a porta bem devagar.

- Edward já está acordado? – não é possível...

- Bella? O que você está fazendo aqui? – perguntei surpreso.

- Perguntei aos rapazes se você já estava acordado e eles disseram que eu podia entrar – ela disse entrando, fechando e trancando a porta atrás de si.

- E o que você quer comigo – falei sem querer. Um pouco rude.

- É assim que você me trata Edward? – ela disse aproximando-se – Eu estava morrendo de saudades, e é assim que você me recebe D.? – disse engatinhando sobre a cama e parando apoiada nos joelhos de frente pra mim.

- M-me desculpe – foi só o que eu consegui pronunciar.

Ela abaixou até o meu ouvido e falou mordendo o lóbulo de minha orelha.

- Infelizmente eu vou ter que te castigar Edward, o que você acha disso? – falou enquanto abria os botões de sua blusa branca.

- Eu adoro ser castigado – eu disse já entendendo suas intenções. Ela sorriu e sentou em meu colo e foi me deitando devagar na cama.

- Agora fique quietinho, porque eu tenho que fazer o meu trabalho ok Edie? – a partir de agora vou sentir orgasmos quando ouvir Bella me chamar de Edie.

Bella me beijou com cautela, explorando toda a mica boca e sugando meu lábio inferior com vontade. Depois desceu distribuindo beijos por meu corpo. Primeiro pelo meu pescoço, depois em meus ombros, meu tórax, passeando com a língua por minha barriga e parando ao chegar perto de lá.

Nesse exato momento eu já estava mais duro que rapa dura. Eu suspirava só de imaginar enterrando meu coleguinha em Bella. Ela deve ter percebido minha excitação – quem não perceberia – pois passeou com suas mãos pequenas e delicadas sobre o meu volume depois o mordeu por cima da cueca. Soltei um gemido, não aguentava mais, precisa me fundir a Bella.

Percebendo meu desespero Bella abaixou minha cueca, revelando meu membro sedento por ela, mordeu os lábios e começou um sobe e desce com as mãos no meu menino, e ela fazia movimentos perfeitos, eu já estava sentido o prazer máximo chegar, mas queria que Bella também sentisse o que eu estava sentindo.

Levantei-me e puxei Bella, dessa vez a deitando na cama, terminei de tirar sua blusa que já estava aberta.

- Será que você poderia ser uma boa menina e tirar o sutiã para que agora eu possa fazer o meu serviço? – eu disse enquanto chupava sua jugular.

Mais que depressa Bella arrancou seu sutiã expondo seus seios redondinhos e rosados. Perfeitos por sinal.Abocanhei um dele sem demora alternando entre chupões e leves mordidas. Bella ofegava muito alto, desci com uma das minhas mãos e abri o botão de sua calça, interrompi um momento meu trabalho nos seios de Bella, desci o zíper da calça dela e comecei a abaixa-la, ela me ajudou levantando o quadril. Terminei de tirar sua calça e a joguei por qualquer lugar no quarto. Assim como ela distribui beijos por todo o seu corpo, arrancando gemidos delas.

- Agora eu quero sentir o seu gosto – eu disse abrindo suas pernas devagar.

Beijei primeiro sua barriga e fui descendo os beijos até chegar no lugar mais esperado, depositei um beijo lá, e depois comecei a estimula-la com um dedo, Bella ofegava e rebolava em resposta.

- Huuum... Bella apertadinha – eu disse tirando o dedo e o chupando – Fala pra mim o que você quer fala – eu disse usando o meu tom mais sexy. Bella suspirou e disse:

- Eu quero mais de você em mim Edward...

- Eu quero que você fale – eu disse, depois descendo e estimulando Bella com a língua. Ela arqueou o corpo e disse:

- Eu quero você dentro de mim Edward e quero agora – eu sorri vitorioso e abri a gaveta ao lado pegando um preservativo, aproximei mais Bella de mim. E me preparei para o momento mais esperado.

Então ouvi algumas batidas na porta, resolvi não ligar eu não trocaria aquele momento por nada, as batidas continuaram então olhei para a porta e quando olhei para Bella novamente ela não estava mais lá.

Abri os olhos devagar, alguém realmente estava batendo na porta. PORRA!

Seja lá quem for que interrompeu o melhor sonho da minha vida e na melhor parte. Vai pagar.

- Edward acorda! – era a voz do Zé ruela do Jasper. Tinha que ser ele mesmo, desgraçado, eu vou fazer picadinho dele. Quem ele pensa que é pra me acordar desse jeito?

- O que você quer inferno? – falei MUITO mal humorado.

- Seu pai ligou e falou que quer falar com você

- Porquê ele não ligou no meu celular? – falei seco.

- Ele disse que ligou milhões de vezes, mas você não atendia. Ele disse que quer falar agora com você.

- Ta eu já entendi.Agora me deixa em paz – filho de uma mal comida. Como ele pode me acordar agora? Justo quando ia rolar, um rale e rola, o bambi do Jasper faz uma coisa dessas comigo.

Levantei-me na intenção de pegar meu celular e ver o que tanto meu pai queria comigo, quando eu percebi que minha cueca estava um pouco molhada. Olhei para baixo para ver o que era. Puta que pariu será que eu mijei na calça? Passei a mão na cueca e percebi que aquilo não era nada parecido com urina.

EU TIVE O MELHOR ORGASMO DA MINHA VIDA SONHANDO?

É Edward isso porque você não conhece a garota direito. Está tendo sonhos eróticos com ela, e tendo orgasmos surpreendentes. Cara eu preciso de terapia urgente.

Essa Bella está mexendo comigo como nenhuma outra mulher fez antes. A criatura não sai da minha mente. Principalmente depois daquele beijo na cozinha de sua casa...

Eu preciso ver Bella, eu preciso sentir seus lábios de novo o quanto antes. Não vejo a hora de chegar na empresa, arranjar um canto vazio pra aproveitar melhor os “momentos” com ela. Quem sabe aquele armário de vassouras que Jasper e Alice estavam... 

Peguei meu celular que estava no criado mudo, disquei o número de meu pai. Ele atendeu no segundo toque.

- Edward? – ele perguntou, com certeza ele viu meu número no identificador de chamadas.

- Pai você queria falar comigo?

- Quero sim. Por que você não atendeu o celular? Eu liguei milhões de vezes.

- Eu estava dormindo – falei seco devido ao fato de que ele interrompeu meu sonho na melhor parte. Eu com certeza guardaria raiva dele e de Jasper por essa interrupção.

- Ah sim. Então Edward eu vou precisar de um favor seu.

- Manda.

- Lembra as sua prima Tânia que mora no Alasca?

- Lembro, o que tem ela? – Tânia era uma prima muito fresca que eu tinha.

- Ela e uma amiga, estão vindo para cá.

- E daí?

- E daí que o vôo delas vai chegar daqui a mais ou menos, uma hora, uma hora e meia no máximo.

- E?

- E que você vai busca-las no aeroporto, pois eu não posso ir.

Eu fiquei mudo por um tempo, esperando ele desmentir esse absurdo, mas nada.

- Você escutou o que eu falei filho?

- Escutei. Agora já passou a graça, passou não. Não teve graça, agora pode falar pai qual a piada?

- Piada? Que piada Edward? Eu estou falando sério – e pela voz realmente estava falando sério.

- Ah não! Eu não quero buscar elas. Pede pra outra pessoa. Pro Emmett pro Jasper, sei lá.

- Não Edward, eu quero que VOCÊ vá busca-las.

- Paga um táxi.

- Que parte do: EU QUERO QUE VOCÊ VÀ BUSCA-LAS, você não entendeu?

- Mas pai...

- Sem, mas Edward. Na hora em que você quer dinheiro, você não hesita segundos em pedir, agora quando eu lhe peço um favor você só sabe resmungar.

- Mas eu tenho umas coisas pendentes para resolver hoje na empresa – falei desistindo de discutir, pois quando meu pai quer algo não há como pestanejar.

- Não tem problema, você resolve depois.

- Ta eu vou, fazer o quê? – falei derrotado.

- Ótimo, não se esqueça daqui à uma hora mais ou menos elas chegam.

Encerrei a ligação, sem nem mesmo me despedir. Tantas pessoas para ele pedir isso e ele pede justo pra quem? Pro trouxa molambo do Edward, tudo sobra pro meu lado é impressionante.

Só por quê eu queria ver Bella o quanto antes, essas duas idiotas aparecem para atrapalhar minha vida. O que elas tem que xeretar por aqui?

Fui tomar banho resmungando dessa chegada inusitada de Tânia pra cá. Tomei meu banho calmamente, há que eu não teria que ir ao trabalho hoje. Terminei o banho, enrolei a toalha em minha cintura e fui na sala ver se alguém ainda estava na sala, mas não havia ninguém. Todos já tinham saído para trabalhar.

Voltei ao meu quarto, coloquei uma calça jeans, uma camisa pólo, um tênis e sai. Olhei no relógio e constatei que eu tinha um tempinho antes das garotas chegarem. Então passei em uma cafeteria, comprei um expresso e voltei para o meu carro.

Fiquei lá sentado tomando meu café e automaticamente lembrei de Bella e da implicância dela por eu ter levado café pra ela tomar. Dei um sorriso e pensei em ligar pra ela, mas como eu iria ligar? Primeiro eu não sabia seu número e segundo eu não queria parecer um desesperado e corre atrás de uma garota que conhece a menos de uma semana. Mas mesmo assim eu precisa ver Bella hoje de qualquer jeito.

 Depois que eu despachasse Tânia e sua amiga no hotel que elas estão hospedadas, eu passo na empresa. Mesmo que hoje eu não precise trabalhar, eu vou mostrar a Bella que eu realmente estou a fim de continuar ficando com ela. Pois se eu sumir logo depois de ter falado que eu queria que se repetisse – o beijo – ela pensar que eu não quero nada com ela.

 É está decidido, eu vou a empresa ver Bella.

Fui para o aeroporto, parei do outro lado da rua para espera-las. Elas que me procurassem e que se dane se elas não acharem, eu vou embora e as deixo ai. Quem mandou atrapalhar meu dia?

Passaram-se 15 minutos e eu avistei Tânia e sua amiga, paradas na porta do aeroporto no meio de dois táxis. Tânia olhou ao redor e para minha frustração ela logo reconheceu meu carro. O volvo prata é minha marca registrada, lógico que depois do meu cabelo.

Elas atravessaram a rua, com suas milhares de malas. Eu sai do carro para recebe-las.

- Tânia! – cumprimentei simpático.

- Edward! Quanto tempo – ela disse me abraçando – Nossa você não mudou nada.

- Ainda bem. Continuo o mesmo gato de sempre – falei brincando.

- Haha, claroo. Mas deixa eu te apresentar. Irina, Edward. Edward, Irina – ela falou gesticulando com as mãos.

- Prazer Irina – falei estendendo a mão.

- O prazer é todo meu – ela me cumprimentou apertando maliciosamente minha mão, e pelo que pude perceber. Cobiça, muita cobiça em seus olhos.

- Ah chiquito você poderia colocar nossas malas no carro? – chiquito era meu apelido quando criança, não me perguntem o por quê. Eu não faço a mínima idéia, quem me colocou esse apelido foi Emmet e ele acabou pegando. Leia-se: odeio esse apelido.

- Tânia, por favor, a muito tempo não me chamam de chiquito e eu prefiro que continue assim. Agora quantas malas você tem ai?

- Bom chiqui... Edward, aqui são cinco malas – Tânia disse apontando para elas.

- Cinco malas no total? – perguntei já com medo da resposta.

- Não... cinco malas só minhas. Quantas você tem ai Irina?

- - Eu tenho três. Eu sei nem precisa dizer, eu trouxe pouquíssima bagagem – ela disse com uma voz nojenta. Coitado do meu volvo, onde eu vou enfiar essas bagagens?

- É amiga três malas não é o suficiente para...

- Desculpe interromper, mas quanto tempo vocês vão ficar por aqui? – perguntei. Porque provavelmente com essa quantidade de malas, elas pretendem ficar aqui uns dois meses.

- Bom pretendemos ficar uma semana e voltar para casa para pegarmos o resto das malas – como assim?

- O que, tem mais? Por que vocês não trouxeram tudo de uma vez só? – ou melhor, por que vocês não vieram em um caminhão?

- Ah chiquito – chiquito é o pai dos seus filhos – você sabe como é né?! Viemos pra cá de ultima hora.

- Como assim de ultima hora? Quanto tempo vocês tiveram para resolver as coisas e vir para cá? – como se elas tivessem alguma coisa para resolver. Pattys dos infernos.

- Foi pouquíssimo tempo, sabe chiquito nós só tivemos dois meses pra fazer tudo – Tânia disse como se fosse o fim do mundo.

- Nossa Tânia só dois meses? – falei irônico.

- E detalhe eram dois meses e meio. Só isso para eu poder arrumar cinco malas.

- Nossa Tânia como você conseguiu se organizar em tão pouco espaço de tempo? – falei tirando uma com a sua cara.

- Ai finalmente alguém me compreende, todos acham que eu sou exagerada, mas eles não sabem como é difícil combinar tudo. E sabe eu não posso usar meus pijamas dois dias seguidos e eu preciso de uma fitinha pra combinar com o pijama.

Alguém me ajude com essas insuportáveis, eu vou pirar. Seria ótimo ver Bella agora. Com certeza ela colocaria Tânia e Irina pra correr.

Bella PDV

Passei na starbucks para poder comprar um café expresso e alguns dunets. Eu estava com muita fome. Iria morrer até a hora do almoço. Comprei meu café da manhã light e voltei pra o carro de Jasper.

Como os vidros do carro dele não eram fume, pude ver Alice dando uns amassos com o morto-zumbi-estranho-anormal-medonho do Jasper. Bati no vidro no intuito de atrapalhar os dois. Alice baixou o vidro do carro de má vontade.

- O que você quer Bella? – ela me perguntou fazendo cara de brava.

- Nada era só pra saber se vocês precisavam de alguma ajuda ai – falei irônica.

- Opa, uma ajuda é sempre bem vinda – Jasper falou sacana.

Alice lançou um olhar mortal para Jasper e ao fechar o vidro pude ouvi-la gritar:

- SAI COM ESSA MERDA DE CARRO AGORA! – ela falou furiosa.

Na hora em que eu abri a boca para argumentar algo, o zumbi desgraçado arrancou co o carro.

- SEUS FILHOS DA PUTA, VOLTEM AQUI – gritei correndo atrás do carro.

Aquelas pestes. Como eles tiveram coragem de fazer essa putaria comigo? Aquela nojenta da Alice vai ver só, eu mato aquela anã de jardim.

Parei de correr, encostei-me a um poste para descansar. Que legal agora vou ter que ir a pé pra porcaria do serviço. Pelo menos meu cafezinho sobreviveu.

No exato momento que eu pensei isso, uma maldição de pedra apareceu no meio do meu caminho. Tropecei na desgraçada, caindo de quatro no meio da calçada, e meu maravilhoso café da manhã light foi todo ao chão. Tinha café espalhado no chão e em cima dos dunets.

- EEEE MINHA PICA – gritei dando um soco no ar.

Um casal de emos passou rindo da minha cara.

- Vocês estão rindo do que seus otários? Vão cagar no mato seus filhos de uma égua – gritei mostrando o dedo do meio.

A menina começo a chorar, enquanto seu namoradinho biba a abraçava.

- Calma moça. Não precisa se estressar tanto – o emozinho nojento falou com cara de tonto falou.

- Cala a boca. Sumam daqui os dois – falei já em pé – AGORA!

Eles saíram andando rapidamente enquanto a menina soluçava de chorar. Limpei meus joelhos, minha mão e segui em direção a empresa.

Será que Edward já está na empresa? Será que n´s estamos ficando mesmo? Isso eu só vou saber quando chegar até lá.

Apressei o passo e consegui chegar a empresa em 10 minutos, já que starbucks não é muito longe da mesma.

Ao chegar peguei rapidamente o elevador, quando as portas se abriram para o meu andar, pude avistar Mike tomando água no bebedouro. Tentei passar despercebida, mas não adiantou, logo ele notou minha presença.

- Bella! – ele falou vindo atrás de mim. Fingi não escutar, mas como a lombriga anêmica nunca entende que ninguém gosta dele, falou despreocupado:

- Bom dia Bella.

- Péssimo agora que eu vi sua cara.

Como minha mesa ficava logo na primeira fileira, eu já estava colocando minha bolsa no canto da mesa e me sentando. Mike fez o mesmo que eu sentando-se em sua mesa também.

- Por que você chegou atrasada? – Mike perguntou

- Você sabe guardar segredo? – cochichei perto dele olhando para os lados.

- Claro – ele falou sorrindo.

- Que bom, eu também – me virei para minha mesa novamente.

- Bella por que você está com pontos na testa? – o idiota perguntou se dando conta só agora do corte em minha testa.

- Olha Mike eu vou falar somente uma vez, porque eu acho que você não é tão burro quanto aparenta. Hoje meu dia começou uma merda, então fica quietinha antes que eu perca a paciência, ok?

- Sim claro. Mas você não pode contar como aconteceu isso? – ele falou apontando para a minha testa.

- Bati minha picape em um poste – falei fazendo pouco caso.

- Mas você já esta melhor?

- É agora sim. Se não fosse Edward... falando em Edward, Mike faz alguma coisa que preste pelo menos uma vez na vida.

- Fazer o quê?

- Você sabe se o Edward já chegou?

- Eu não o vi passando por aqui hoje não. Só se ele chegou antes de mim.

Será que ele não irá vi hoje? Com certeza deve estar fugindo de mim. Mas ele falou que queria continuar, pelo menos foi isso o que eu entendi. E se ele só disse isso por que queria ser educado? Se for assim era melhor ele ter me dado logo um fora. Eu nem queria continuar ficando com ele mesmo.

Está decidido, quando eu o ver, eu o comprimento com um aperto de mão. Ele não vai precisar ficar arrumando desculpas esfarrapadas, para dizer não quer continuar comigo.

O dia estava passando até relativamente rápido, já estava quase na hora do almoço. E eu ia almoçar fora hoje. Não estou a fim de olhar para a cara de Alice e Jasper. Não depois do que eles fizeram comigo, me abandonando no meio da rua e o pior é que eu tive de vir sozinha até a empresa.

 Atendi muitos clientes chatos insuportáveis, outros nem tanto. Teve um sem noção que começou a contar da vida dele. Ele disse que trabalhava de taxista e tinha muito medo de acontecer um acidente com ele, e ele deixar a filha de 16 anos grávida e desamparada. E era por isso que ele estava procurando nossos serviços de seguro de vida – que era um dos mais requisitados do pais – Ele disse ainda que está muito preocupado com a filha, pois ela fuma cigarro desde os 14, maconha desde os 15 e a nóia já passou pra cocaína. Como ela não matou a criança que está dentro de sua barriga ainda?

 E pra piorar a situação do coitado, a mulher fugiu com o sócio dele. Ele tinha uma loja de roupas e o seu sócio que se dizia amigo, roubou tudo e fugiu com a mulher do coitado. Por isso ele virou taxista, mas me responde uma coisa, pra que ele tem que falar tudo isso? Pra chegar no final ele perguntar qual é o pacote mais barato e depois desligar falando “Não obrigada, eu não vou ficar com nenhum, está tudo muito caro”. Depois que eu esculacho esse tipo de cliente querem me mandar embora.

Fui ao restaurante que ficava logo na rua de trás da empresa. Comi dois pedaços enormes de lasanha e um pedaço de torta de limão.

Como ainda faltava um tempinho pra acabar meu horário de almoço, resolvi anda um pouco. Meu humor estava melhorando, apesar do dia não merecer.

Eu já tinha andado uns dez metros do restaurante, quando esbarrei em alguém – eu estava olhando para o chão, por isso o esbarrão.

- Desculpe – o homem alto de olhos cor de mel, cabelos escuros e cortado bem baixinho que combinava com os traços fortes de seu rosto, e a pele naturalmente bronzeada. Ele me segurou antes que eu metesse a cara no chão.

- Não foi nada – eu disse me ajeitando – a culpa foi minha. Eu não estava olhando...

- Hey! Você é a moça que bateu a picape na frente da loja onde eu trabalho, Bella certo? Lembra de mim?

- Ã-ãr... desculpa, não – falei sem graça.

- Eu sou o Ruan, eu te dei meu telefone ontem lembra?

- Ah sim, lembrei . Ruan claro lembro – quem é Ruan caralho?

- Mas e aí achou a picape? – ele mostrou-se interessado.

- Você acredita que eu não tive tempo de ligar pras montadoras, pra ver qual retirou a picape do local onde ocorreu o acidente.

- Isso vai dar um trabalho danado, ter que ficar ligando para todas.

- E como vai. Não quero nem pensar.

- Se você quiser eu posso te ajudar.

- Não, relaxa. Eu faço isso sozinha, não quero encher o saco de ninguém – meu Deus quem é esse desconhecido.

- Se você prefere assim...

- Não é nada pessoal eim – falei em tom de brincadeira.

- Sei... – ele entrou na brincadeira – Mas o que importa é que você está bem. Eu juro que pensei que você tinha morrido, porque a batida foi feia.

- Eu nem lembro de nada. Quando eu acordei estava no hospital sendo remendada – ele riu com a minha expressão.

- Deve ter sido horrível, eu odeio agulhas – eles disse fazendo careta.

- Eu também. Por mim deixaria cicatrizar sozinho. Mas ia demorar séculos, fora a infecção que poderia dar no machucado.

- Tudo para não ter agulhas me espetando – ele disse balançando a cabeça.

- É realmente. Agulhas são a abominação da sociedade atual.

- Falou pouco, mas falou bonito – seja lá quem for, eu gostei desse cara.

Olhei que horas eram, e o meu horário de almoço já estava acabando.

- Então... tenho que ir agora. O dever me chama.

- Espera ai – ele segurou em meu braço quando virei pra ir embora. Deus é agora que ele me seqüestra e me estupra? – Me passa o número do seu celular Bella – ele sabe meu nome? Ah então ele realmente deve me conhecer, ufa!

Hesitei um pouco, mas qual era o problema de dar o número pra ele.

- Me liga – falei brincando.

- Pode deixar eu ligo – ele disse sério. Será que ele vai ligar mesmo? Acho que não...

- Agora eu vou indo, porque se não eu me atraso.

- Tchau Bella.

- Tchau – desconhecido.

Dito isso sai andando apressada para a empresa. Pois não queria chegar atrasada. Eu já havia chegado atrasada na hora de entrar, e não é bom abusar.

Sai do elevador e olhei ao redor, não tinha quase ninguém só as pessoas que almoçam mais tarde. Olhei no meu celular e ainda faltavam dez minutos para acabar o horário de almoço. Então resolvi deixar minha bolsa em minha mesa e ir beber água.

Peguei um copo descartável – dos grandes – e enche de água. Fiquei ali parada tomando minha refrescante água. E me lembrei de Jacob, milagre ele não ter vindo encher minha paciência hoje. É estranho quando ele não faz isso, pois estou tão adaptada, que quando ele não faz é estranho. Será que aconteceu algo? Com certeza ele deve estar dando idéia em outra garota aqui da empresa e não quer queimar o filme dele.

Senti alguém tapando meus olhos. Falando na praga, só poderia ser Jake voltando a rotina de me irritar, e como a minha rotina era xinga-lo de todas as formas possíveis, tirei com tudo a mão dele de meus olhos e falei:

- Olha Jacob, você vai tomar no meio do seu... – disse enquanto me virava. Mas para minha surpresa não era Jacob porcaria nenhum – EDWARD? – falei muiiiiito surpresa.

- Bella – ele falou brincando – Você está melhor anjo? – ele falou enquanto me dava um selinho.

Paralisei primeiro por ele ter me dado um selinho quando eu pensei que ele estava fugindo de mim. E segundo porque ele me chamou de anjo. Não que eu veja problema nisso, mas nenhum dos homens que eu fiquei – não que sejam muitos – me chamavam de anjo. Não no primeiro dia depois de termos ficado. Primeiro eles pegam intimidade pra depois ver os apelidos fofos.

- Bella? – Edward disse me balançando um pouco pelos ombros – E então está tudo bem? Sua cabeça ainda dó muito?

- Ela está latejando um pouco, mas nada muito comparado a ontem – falei dando de ombros.

- Mas por que você não tomou o remédio que o médico passou? – ele perguntou.

- Por que eu não tinha em casa horas.

- Você podia ter me ligado que eu comprava pra você – falou como se fosse óbvio.

- Primeiro eu não tenho seu número, segundo você não tem obrigação nenhuma de comprar algo pra mim.

- Me empresta seu celular para eu poder anotar o meu número. E toma o meu, anota o seu número pra mim, por favor – nós torçamos de celulares, ele gravou o número dele na lista mais rápido que eu no meu celular de bosta e logo me devolveu. Já eu demorei um pouco pra gravar meu número naquele super celular dele e então o entreguei.

- Quando precisar já sabe né? – ele falou guardando seu celular no bolso.

- Quem vê pensa que é verdade que você vai me ajudar na hora que eu precisar – falei brincando.

- Lógico que eu vou ajudar! – ele disse entrelaçando sua mão na minha – Vamos lá na minha sala. Lá tem remédio pra dor de cabeça.

- Mas Edward, não faltam nem dois minutos para acabar o horário de almoço, olha em volta. Já ta todo mundo em suas mesas.

- Não tem problema. Você não vai demorar muito lá. Eu acho... – ele disse com um sorriso malicioso.

Chegamos a sua sala, ela era espaçosa. A mesa ficava bem no meio da parede externa, no canto direito da sala tinha um jogo de quatro sofás pretos que pareciam ser muito confortáveis – e perfeito pra dar uns pegas – e eram todos de couro preto, e ao lado havia um frigobar preto. Havia uma mesinha de centro na cor mogno – assim como a mesa principal – e continham varias revistas em cima dela. No canto esquerdo havia um armário enorme da mesma cor que a mesa e a mesinha de centro. E o sofá, ficava em cima de um carpete branco felpudo, da grossura do meu pulso. Eu passaria a noite ali uma boa.

- Simples não é – ele disse dando seu sorriso torto.

- Simples? Simples aqui só se for eu. Porque essa sala da de mil no meu quarto – eu disse olhando abobalhada para toda a sala.

- Ela já estava assim quando eu cheguei. E meu pai não quis gastar dinheiro reformando. Mas quem sabe eu não convenço ele...

- Reformar? Pra quê? – falei incrédula.

- Ah sei-lá... pra deixar mais a minha cara. Mas espera ai que eu vou pegar o remédio pra você tomar.

Ele foi até sua mesa, abriu a segunda gaveta e tirou uma cartelinha de dorflex.

- Toma daqui a pouco melhora.

Edward foi até o frigobar e pegou uma garrafa d’água mineral, tirou um comprimido da cartela, abriu a garrafa e disse:

- Abre a boca.

- Edward eu consigo fazer isso sozinha, não sou mais criança pra você fazer isso, por favor, né – ele queria me dar o comprimido na boca. Tem cabimento?

- Vai Bella, por favor? – ele pedindo com essa voz sexy.

Abri a boca e ele colocou o comprimido lá logo depois despejando um pouco de água em minha boca. Colocando a mão em baixo do meu queixo para que não caíssem gotas de água em minha boca.

- Prontinho! Daqui a pouco melhora – ele disse colocando a água em sua mesa, voltando e me puxando para um abraço. Novamente eu me senti muito bem, uma paz me invadiu.

Ele beijou o topo de minha cabeça e disse:

- Eu queria ter te visto mais cedo, mas juro que não deu – falou com voz de zangado.

- Porque? O que aconteceu? E porque você não veio trabalhar hoje?

- Hoje foi um dia muito estressante. Eu tive que ir ao aeroporto buscar uma prima minha que veio pra cá fazer um curso de fotografia. E o pior é que junto com ela veio uma chata de uma amiga dela. Sabe aquele tipo de patty muito fresca que faz escândalo só porque quebrou a unha?

- Sei, eu tenho vontade arrebentar gente assim.

- Pois é. Elas são bem assim. Pra você ter idéia, ela não dorme se não vier uma fitinha na cabeça dela da mesma cor que o pijama.

- Aff, dá umas porradas na cara dela, ai ela para de frescura – ele deu uma risada e disse:

- Mas sabe o que mais me irritou nelas?

- O quê?

- Foi elas terem me atrasado pra ter ver – ele sussurrou em meu ouvido, me fazendo arrepiar.

- É realmente elas são muito chatas – eu disse entrelaçando os braços em seu pescoço.

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Já faz um mês que eu estou com Edward. Ele é a pessoa mais incrível que eu conheci na minha vida. Eu realmente estou gostando de ficar com ele, e muito, diga-se de passagem. Ele é tão fofo, gentil, romântico, tudo de bom.

Agora Edward ia me buscar e me trazer em casa e nós vamos juntos ao serviço, porque depois de Jasper ter dito que a minha ajuda era “bem-vinda” e Edward ter ficado sabendo disso ele não deixa mais Jasper me dar carona. Eu e Alice ficamos uma semana sem se falar depois daquele episódio de me deixar plantada na calçada. Mas ela veio chorando me pedir desculpas e falou que não agüenta ficar sem falar comigo e agora está tudo certo entre nós.

Rose e Emmett não se desgrudam e Emmett pediu Rose em namoro oficialmente no mesmo dia em que Jasper pediu Alice. Já faz duas semanas desde o ocorrido.

Jake não está olhando na minha cara, ele ficou bravo por eu estar com Edward. E o engraçado é que ele trata Edward normalmente e passa direto por mim.

Ruan o cara desconhecido que me deu o seu número, me ligou várias vezes durante esse mês. Fiquei surpresa em saber que eu gostava de conversar com ele. Ele vivia me chamando para sair, jogando indiretas, mas eu sempre mudava de assunto. Eu até sairia, mas estou com Edward então nada feito.

E aquela tal de Irina insuportável? Eu estou quase dando uma paulada na cara dela, a desgraçada da em cima do MEU Edward na cara de pau.

E a fresca da Tânia apóia que o priminho fique com a amiguinha, aaaah me chupa.

Eu só não estourei a cara delas ainda porque Edward não deixou.

Eu estava deitada no sofá da sala, pensado em Edward – pra variar – e então escutei meu celular tocando. Fui correndo para meu quarto, peguei o celular que estava em cima da cômoda e atendi sem olhar quem era.

- Alô?

- Bella? – escutei a voz mais linda do outro lado da linha.

- Bom esse é o meu número então provavelmente sou eu sim.

- Haha... você é sempre tão engraçadinha, e ai como você está?

- Eu estou bem e você?

- Ótimo, e está fazendo o quê?

- Eu estou deitada em minha cama olhando para o teto porquê?

- Eu vou ai então, ta?

- Precisa perguntar?

- Vai saber... você pode ter enjoado de mim...

- Por enquanto não – falei de brincadeira.

Escutei alguém batendo na porta, fui para a sala e falei para Edward.

- Espera um pouco eu vou atender a porta – a pessoa bateu mais uma vez – Já vai caramba – falei indo em direção a porta.

- Quem é? – Edward perguntou no telefone.

- Não sei, ainda não abri a porta.

Cheguei a porta, a destranquei e abri pra ver quem era. E adivinha que estava parado na porta,com o sorriso mais lindo mundo e o celular no ouvido?

Dei uma risada e disse brincando ainda com o celular no ouvido.

- O que deseja? – falei com a mão na cintura.

- Você – ele disse me puxando e me beijando intensamente.