Amigos, Amigos X Pegadas à Parte escrita por Yas_Thais


Capítulo 18
Capítulo 13 - CONHECENDO A MAMÃE




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13. CONHECENDO A MAMÃE

 

 

Bella PDV

 

- O problema é que eu não consigo ficar nem mais um minuto longe de você Bella – Edward disse olhando fundo em meus olhos.

 

Vai Bella, responde, abre essa merda de boca e responde o cara. Edward continuou a me olhar e vendo que eu não respondia, disse:

 

- Você não vai dizer nada? – eu podia ver a expressão de dor se formando em seu rosto.

- Eu n-não... – não conseguia dizer nada.

- Tudo bem... você não precisa se pronunciar, não tem obrigação de nada – Edward falou virando-se e indo sentar-se a ponta da mesa.

 

Ok, Bella, é hora de reagir, ele acabou de admitir que não consegue ficar longe de você, e você vai tomar uma providência quanto a isso. Fui até a mesa de Edward, afastei algumas coisas e me sentei ao seu lado.

 

- Então pra você isso é um problema? – perguntei encarando-o, mas Edward olhava para o chão provavelmente constrangido.

- Pois é! – ele mexia em um anel que estava no seu dedo mindinho.

- Eu acho que isso não chega a ser um problema.

- É, isso é só besteira da minha cabeça, sinto muito se te incomodei – ele se levantou e parou próximo a porta do banheiro.

- Você não me deixou terminar de falar – eu disse cruzando os braços, Edward me olhou com o cenho franzido.

 

Aproximei-me de Edward sorrindo.

 

- Eu acho que não há problema algum nisso, ainda mais quando a outra pessoa sente o mesmo – parei a sua frente de braços cruzados.

 

Edward me deu um sorriso torto e me puxou pela cintura.

 

- Então quer dizer que a senhorita Swan se sente atraída por mim?

- É, pelo o que tudo indica... Sim! – falei jogando meus braços ao redor de seu pescoço.

- Isso é bom... Muito bom! – ele colocou o rosto entre meu ombro e meu pescoço e respirou fundo – Eu senti tanto a sua falta.

-Hum... Então é melhor matarmos as saudades – falei mordendo o lóbulo de sua orelha.

 

Edward levantou o rosto e me olhou com aquele sorriso torto mais uma vez estampado no rosto. Ele me girou e me colocou contra a porta do banheiro, me encoxando e depois beijando os meus lábios com delicadeza, enquanto segurava meu rosto entre suas mãos. O beijo foi assim por alguns segundos, mas eu acho que realmente a saudade entre nós era imensa, pois ao morder o lábio inferior de Edward, ele desceu uma das mãos até minha cintura apertando com força o local e acelerando o ritmo do beijo, eu afundei minhas mãos em seu cabelo o puxando para mais perto – se é que isso era possível.

 

Nos beijamos sedentamente, acho que quem acompanhasse aquilo de fora diria que estávamos praticamente nos “engolindo”.

 

Edward segurou em uma de minhas pernas colocando-a na altura de sua cintura e forçando seu corpo contra o meu, eu podia sentir sua ereção e acho que era o que ele exatamente queria. Em um ato impensável procurei a maçaneta da portado banheiro e quando achei a abri, fazendo com que Edward e eu praticamente caíssemos lá dentro, se ele não tivesse nos segurado, estaríamos descambados no chão – não que uma queda atrapalhasse o nosso beijo.

 

Edward sorriu contra meus lábios, fechando a porta, eu, mais que depressa, tratei de começar a desabotoar sua camisa, ele percebendo minhas intenções afrouxou o nó de sua gravata, como eu já estava sem paciência a puxei de qualquer jeito e joguei em qualquer lugar do banheiro.

 

Ele me segurou e me colocou sentada na pia do banheiro – que era grande e de mármore (provavelmente italiano) com um imenso espelho atrás. Edward me fitou com intensidade e deslizou umas de suas mãos pela parte interna das minhas coxas.

 

- Você me deixa louco – depois deu um apertão próximo ao meu bumbum.

 

Eu o puxei pelos cabelos, não queria saber de papo, só queria sentir sua boca contra a minha, seu gosto em meus lábios.

 

Ele deslizava e apertava minhas coxas, subia pelo meu bumbum e ia até a cintura, depois descia pelo mesmo caminho de volta para as minhas pernas.

 

- Você devia ter continuado com aquela saia, ela seria de grande ajuda agora.

- Por falta da minha saia, tiramos sua camisa – falei tirando a camisa já desabotoada de Edward.

 

Mordi seu ombro. Em resposta, ele deslizou sua mão mais para dentro das minhas coxas, eu estremeci e o mordi mais uma vez. Ele deslizou sua mão mais um pouco, dessa vez indo em direção ao pote de ouro que se encontrava no meio das minhas pernas e já palpitava por Edward. Mais sabe aquele ditado “alegria de pobre dura pouco”? Pois é, ele se encaixava certinho nessa situação.

 

- Edward você está ai? – ouvimos Emmett chamar.

 

Edward colocou o rosto em meu ombro e respirou fundo.

 

- Talvez se ficarmos quietos ele vá embora – ele sugeriu.

- Não, é melhor você ir. Pode ser algo importante – falei dando tapinhas de consolo em suas costas.

- Ok, fica aqui que eu já volto, é rapidinho – Ele vestiu sua camisa resmungando algo, me beijou e saiu.

 

 

Edward PDV

 

Sai do banheiro puto da vida.

 

- Que as dez pragas do Egito, que a maldição dos Romanoff, que tudo que há de mais ruim caia sobre você Emmett! – falei furioso.

- O que foi maninho?

- Nada, esquece. Diz logo, o que você quer aqui?

- Ah é verdade! Então... Você viu a Bella? Rose está procurando por ela e Michael disse que ela tinha vindo para sua sala.

- Pois é, veio – eu disse cruzando os braços e olhando sério na direção do banheiro.

- MENTIRA – Emmett gritou, fiz sinal para que ele falasse baixo – Aaaah ela está aqui? – confirmei com a cabeça – Você tá traçando?

- Emmett fora! – apontei para que ele saísse.

- Mas me conta se a transa foi boa!

- Não teve transa Emmett, agora vaza.

- Mas você tá ficando mole mesmo em Edward, não foi assim que eu te ensinei.

- SAI PORRA!

 

Empurrei Emmett para fora da sala, Bella apareceu na porta do banheiro.

 

- É melhor eu voltar para a minha mesa – ela disse com as bochechas coradas.

- Não! Fica mais um pouco.

- É melhor não, mais tarde a gente se fala!

- Você ouviu o que o Emmett disse não foi?

 

Bella abaixou a cabeça.

 

- Relaxa anjo, você sabe como ele é – falei indo a sua direção e abraçando-a.

- É eu sei, mas isso foi constrangedor – ela disse com as mãos no rosto.

- Pára, não tem nada a ver.

- É melhor eu ir, no almoço nos vemos – ela me deu um selinho e saiu antes que eu pudesse dizer algo.

 

Maldito seja o Emmett. É sempre assim, toda vez que Bella e eu começamos a nos empolgar, aparece algum filho da puta pra atrapalhar.

 

Na hora do almoço, ao chegar ao refeitório Bella estava começando sua refeição. Parei atrás dela – ela ainda não havia me visto –, afastei seu cabelo deixando seu pescoço exposto e depositei um beijo seguido de uma leve mordida. Ela riu e se virou para me dar um selinho.

 

- Huuuuum – Rose resmungou com sarcasmo – Tão se pegando de novo é?

- Quando sai o casamento? – Jake zombou.

- Não, deixe eu falar. Eu cheguei à sala do Edward né – Emmett começou – E na maior inocência pensando que ele tava cagando, bati na porta, e adivinha quem estava lá? A Bellénha dando altos gemidos. Foi sinistro – ele disse como se fosse uma história super interessante.

- Cala a merda dessa sua boca Emmett – Bella disse nervosa – Fala a verdade seu troglodita, você não escutou gemido nenhum. Você vai ouvir um gemido quando eu estourar essa coisa que você chama de cara – falou apontando para o rosto de Emmett.

- Relaxa anjo! – falei alisando o seu braço.

- Mas é definitivo dessa vez? – Alice perguntou interessada. Jasper estava ao seu lado com os braços em volta de seu ombro.

 

Bella olhou sugestivamente para mim como se também esperasse uma resposta.

 

- Claro que é definitivo – falei entrelaçando uma de suas mãos na minha e depositando um beijo ali.

 

Ela deu um sorriso e beijou a ponta do meu nariz, depois voltou a comer – uma de suas mãos continuou entrelaçada a minha durante o almoço inteiro.

 

- É Jake todo mundo se arranjando e você nem um macho pelo menos arranja – Emmett provocou Jacob que o ignorou completamente.

- Para sua informação eu não arranjo uma NAMORADA – ele disse a palavra alto e claro -, porque eu não quero ficar tendo dor de cabeça com todas as frescuras, os ciuminhos e todos esses blá blá blás de mulheres. Eu ehm, pra que isso se eu posso ter todas ao mesmo tempo? – ele sorriu consigo mesmo.

- Sabe Jazz eu acho que cheguei a uma conclusão – Emmett disse pensativo com mão no queixo – Eu acho que o Jakão aqui é gay! – em seguida riu como uma criança.

- Você descobriu isso agora? Eu sempre tive certeza – Jasper caiu na gargalhada também.

- Huuum... E como você chegou a essa conclusão Jazz? Experimentou por acaso? – Edward também entrou na brincadeira. Homens! Sempre tão infantis.

- Vai todo mundo se foder – Jacob levantou nervoso da mesa e ao passar por Emmett lhe deu um tapão na cabeça.

- Ai seu cuzão! – Emmett disse passando a mão onde Jake deu o tapa.

 

Jacob se retirou do refeitório muito irritado, eu poderia até dizer que ele estava soltando fogo pelas ventas.

 

- Se prepara Emmett, porque ele vai te encher de serviço desnecessário depois disso – falei.

- É eu sei. Agora o que eu não sei, é por que meu pai me colou para ser assiste dele, deveria ser ao contrario, Jacob tinha que ser meu escravo – Emmett falou como se fosse óbvio.

 

O resto do almoço foi normal, ao terminar, levei Bella até sua mesa e depois me dirigi até minha sala para poder dar continuidade ao meu serviço, haviam milhares de coisas para se fazer.

 

Eu realmente precisava resolver esse problema de não ter uma secretaria, pois uma hora eu ia ficar louco. Minha mesa estava uma baderna, cheia de papéis para assinar e organizar, minha agenda então nem se fale, nem eu entendo mais o que está escrito. Mas enquanto eu não encontro uma, fico na companhia de Bella todas as manhãs e ensino uns servicinhos que ela pode fazer pra mim.

 

Ok eu estou andando de mais com Jacob.

 

 

Bella PDV

 

Edward foi perfeito – como sempre – na hora do almoço. Ele não soltou minha mão em nenhum momento, ele me beijava, mexia em meus cabelos, me acariciava e de vez em quando deitada em meu ombro.

 

Como eu fui idiota de tê-lo tratado tão mal durante tanto tempo e ainda por cima por orgulho. Eu tenho que admitir, senti falta do jeito que ele me olhava com aqueles olhos verdes. Quando ele me lança aqueles olhares – que parecem ver minha alma – eu perco a linha de raciocínio. E aquele sorriso torto? Deus, como eu consegui ficar longe daquilo? Parece que quando ele está por perto todos os problemas ficam insignificantes – na verdade eu não penso em praticamente nada, só nele.

 

Mas agora, meio que mudando de pensamento, às vezes eu sinto falta da minha velha amiga picape, pois agora eu tenho que depender de todo mundo pra sair e isso me incomoda muito. Eu acho que vou pedir para Rosalie me deixar terminar de pagar o consórcio de carro que ela estava pagando – faz três meses que ela não paga esse bendito consórcio e com certeza não vai pagar, já que agora tem Emmett-boboca-mordomo-motorista-baba-ovo. Ainda bem que ele apareceu na vida dela, porque eu não agüentava mais levar Rose pra tudo o que era lugar, tudo bem que depois do acidente com a minha picape ela teria que andar a pé, mas eu teria que ouvir durante semanas que, por culpa minha, ela teria que ir de condução para a empresa. E daí que ela pagava a gasolina? Mesmo assim eu odiava.

 

Tudo bem que Edward com certeza faria um protesto do tipo: “Eu estou aqui pra isso,” ou então, “Você tem a mim e isso já o suficiente,” ou até mesmo “Se meu carro não estiver a sua altura eu posso comprar um novo que seja do seu agrado”.

 

Meu celular tocou, olhei no visor e... pois é, quem é vivo sempre aparece.

 

- Edward nós acabamos de nos falar – eu disse ao telefone.

- É eu sei, mas eu só queria saber se estava tudo bem.

- E por que não estaria?

- Não sei, o mundo poderia acabar nesse momento.

- Mas se acabasse nós dois morreríamos, então...

- Na verdade, eu gostaria de morrer ao seu lado, mas, em todo caso, eu já teria ouvido a sua voz e isso seria mais que suficiente.

- Ã-ãr, Edward, pára, porque você já tá escorrendo mel.

- Bella às vezes você é tão romântica.

- É, eu sei – falei sorrindo comigo mesma.

- Vem aqui? Pediu.

- Ah claro, que tal eu abrir mão do meu emprego também?

- Se isso for fazer com que você venha aqui!

- Então tá, tô indo ai!

- Sério mesmo?

- Claro, me espere ai.

- Então tá, tchau – ele desligou o celular.

 

Abraça que eu vou lá, eu já não ganho quase nada nessa merda de emprego, se eu ficar dando bobeira por ai então...

 

Algum tempo depois meu celular tocou.

 

- Cadê você? – Edward perguntou.

- To aqui.

- Aqui aonde?

- Aqui na minha mesa.

- Por quê?

- Porque eu estou trabalhando.

- E você não vai vir aqui?

- Não.

- E por que não?

- Porque eu estou trabalhando Edward.

- E daí?

- E daí, que eu não sou filha do dono da empresa e não posso ficar perambulando por ai.

- Então eu vou ai.

- Edward não... – ele desligou na minha cara.

 

Algum tempo depois.

 

- Oi – Edward disse colocando a mão nos meus olhos – adivinha quem é?

 

Como se eu não soubesse.

 

- Huuum... parece com a voz de um ex-namorado meu, que aliais eu sinto saudades.

- Haha, muito engraçado – Edward disse sentando em meu colo.

- Edward você não tem mais o que fazer?

- Na verdade tenho! Mas, como eu sou gerente desta bagaça e ninguém pode dizer nada,  prefiro ficar aqui – disse dando um largo sorriso.

 

Não agüentei e ri do que ele disse.

 

- Eu mando em todos. Vocês todos são meus escravos, em especial você, anjo – ele disse ajeitando-se em meu colo.

- Então já que você manda em mim, que tal me escravizar hoje?

- Huuum... adoro propostas indecentes. Te pegos às 20h pra podermos jantar – ele disse me dando um selinho demorado.

- Combinado. Agora sai, porque minhas pernas já estão ficando dormentes – falei dando tapinhas em sua bunda.

- Eu posso acordá-las se você quiser – ele disse erguendo as duas sobrancelhas.

- Sai logo Edward – o empurrei rindo.

- Me espera no estacionamento, eu te pego e te levo em casa, depois te pego de novo. Nos dois sentidos – ele disse dando uma piscada. Huum, adoorooo!

- Ok Edward. Agora é melhor você trabalhar. E eu também.

 

Ele me deu outro selinho e voltou para sala. Depois de um pequeno tempo meu celular tocou.

 

- Alô?

- Eu só liguei pra avisar que eu cheguei bem na minha sala e pra perguntar se aconteceu alguma coisa em minha ausência.

- Edward – eu disse rindo ao telefone.

- Ok, ok! Eu estava só brincando, tchau anjo – e ele desligou o telefone.

 

Voltei a fazer meu trabalho.

 

- Nossa, vocês dois hein – Mike falou olhando com uma cara estranha.

- O que tem?

- Espertinha você, né?

- Espertinha por quê?

- Pegando o chefe só pra poder se dar bem – ele disse apontando e balançando o dedo indicador em minha direção – Só achei inteligente da sua parte. Mas de muito interesse tenho que admitir.

- Como é que é? Não, eu não estou escutando direito – falei incrédula – Olha só Michael eu não te devo satisfações da minha vida, se você está acostumado a sair com esse tipo de garota ai já é um problema seu, mas eu não te dei liberdade para dizer qualquer coisa do tipo pra mim, e nem se referir a mim dessa forma. Mesmo que eu estivesse com ele por interesse, que você guarde isso na sua mentinha inescrupulosa, eu não quero saber da sua opinião, você não paga as minhas contas e eu não te devo satisfação. Então vai toma no meio do seu cu – falei muito alterada – ouviu? No meio do seu cu – não tem como, eu não consigo evitar um palavrãozinho básico.

 

Virei-me para dar continuidade ao meu trabalho, todo meu bom humor se esvaiu depois desse comentário insano do Michael.

 

O dia passou, me deixando cada vez mais irritada. Como aquele idiota teve coragem de dizer isso? Eu tenho cara de golpista por acaso? Ã-ãr que ódiiio.

 

O expediente terminou, eu fui para estacionamento o mais rápido possível, se eu ficasse mais um minuto se quer ao lado de Michael, provavelmente eu o jogaria pela janela seguido de algo bem pesado pra poder esmagar o patife.

 

Edward estava me esperando próximo ao seu carro.

 

- Vamos? – ele disse colocando uma mexa que se desprendeu do meu rabo de cavalo atrás da minha orelha.

- Claro – disse dando a volta no carro para entrar.

 

Eu ainda estava muito irritada com o que Mike havia dito, e não queria descontar isso em Edward, então achei melhor evitar um papo longo pelo menos até a raiva passar.

 

Edward me levou em casa. Tomei um banho, me troquei, liguei para ele vir me pegar - nos dois sentidos - novamente.

 

O volvo estava parado na frente do meu prédio.

 

- Rápido hein – falei enquanto entrava no carro.

- Claro, pra ver você – ele deu ombros

- Então vamos jantar onde? Olha no mínimo um restaurante que valha mais de mil dólares cada prato – falei brincando.

- Eu estava pensando em te levar em um lugar que eu sempre vou...Mas já que você quer uma coisa mais sofisticada, por mim tudo bem! – ele disse sério.

- Não! Meu, eu estou brincando! Pode me levar no lugar que você havia programado. Eu comeria até debaixo de uma ponte, desde que eu estivesse com você, não importa o local – falei sinceramente.

- Não, Anjo, relaxe. O lugar aonde eu vou te levar é bem confortável – ele disse.

 

Edward nos levou até um restaurante japonês, que aparentava ser da alta-sociedade. Eu já comecei a me sentir mal, pois, em primeiro lugar, eu nunca havia ido a um lugar desse naipe. E, segundo, eu não estava vestida para um local assim, mas eu não disse nada poque não queria magoar os sentimentos dele. Será que eu vou gostar dessa comida de gente que passa fome? Tipo, hello! Isso é peixe cru. Argh, que nojo!

 

Um cara nos levou até uma mesa reservada em um canto do restaurante. Sentei-me na almofada que estava no chão, a mesa era super baixa, eu estava me sentindo o corcunda de Notre Dame, toda torta, mas não pestanejei.

 

- Você vai querer o quê, Anjo? – ele disse enquanto olhava para o cardápio.

- O que você quiser comer pra mim está bom. – eu dei ombros.

 

Ele pediu uma barca com vários tipos de coisas diferentes – não me pergunte, porque pra mim era tudo peixe cru.

 

- Então, amor, você costuma vir em restaurante japonês? – ele perguntou interessado.

- Claaaro – eu disse com a voz engasgada. Ele não precisava saber que eu era uma sem cultura que não vai a lugares diferentes, que fica enclausurada no seu mundinho.

- Sabe.. é uma das minhas comidas favoritas.

 

Nós ficamos conversando, ate que a bendita barca chegou. Eu dei uma olhada na cara da comida e me pareceu um pouco... Estranha. Mas não custava nada experimentar. E pra piorar a situação eu não faço idéia de como se come com esses pauzinhos, mas vamos lá Bella, é tudo pelo Edward.

 

Ele pegou os pauzinhos e começou a comer como se fosse a coisa mais fácil do mundo. Eu peguei meus pauzinhos e fiquei olhando como se esperasse que eles levassem comida ate minha boca.

 

- Quer ajuda ai amor? – ele perguntou percebendo que eu não sabia como segurar aquilo.

- Quem, eu? Nãão eu sei usar, é só que eu estava me lembrando de umas coisas, nada de mais – falei na maior cara de pau.

 

Observei-o comendo, o jeito que ele pegava os pauzinhos, e tentei imitar. Isso mesmo tentei, pois eu não consegui. Na hora que eu fui tentar pegar um treco que estava enrolado, no que me parecia uma folha de bananeira, ou seja lá o que era aquilo. O enroladinho de peixe morto voou na cabeça de Edward.

 

- Ops! Acho que escapou – eu disse sorrindo timidamente.

- Bella tem certeza que você não quer ajuda? – Edward me perguntou pegando um guardanapo e limpando o local aonde o peixe tinha caído.

- Não Edward pode deixar, passa esse enroladinho de alface pra mim, por favor?

- Enroladinho de alface? – ele perguntou franzindo o cenho.

- Ah, não, pode deixar, tem um aqui – falei enquanto pegava os pauzinhos e me preparava psicologicamente para experimentar aquilo, afinal a única comida japonesa que eu já havia experimentando tinha sido yakisoba, além do que, eu comi com garfo.

- Bella eu posso pedir um garfo pra você – perfeito agora ele acha que eu sou incapaz.

- Não, não. É fácil – segurei um pauzinho e uma mão e o outro na outra mão, então peguei o que me parecia mais apetitoso naquela barca e levei o mais devagar possível até a minha boca, quando estava quase conseguindo o enroladinho caiu no meu colo – MERDA! – esbravejei um pouco alto.

- Bella você parece uma criança de cinco anos aprendendo a usar um talher – Edward disse rindo.

- Pimenta nos olhos dos outros é refresco né?!

- Desculpe, é que essa cena foi hilariante – ele começou a rir descontroladamente.

- Para Edward, você está me deixando sem graça.

 

Ele parou abruptamente de rir.

 

- Desculpe querida, eu estou vendo que você não tem muita habilidade com o hachi. – ha o quê?

- Você me chamou de que? Xaxim?

- Não – ele riu, mas logo que viu minha expressão se recompôs – Hachi é o nome dos palitinhos, amor. Mas eu acho melhor te levar a um lugar em que você se sinta mais a vontade não é?

- Edward não prec...

- Garçom a conta, por favor?

- Você é teimoso mesmo.

- E você é uma graça – falou piscando.

 

Após pagar a conta – e não me deixar colaborar no pagamento -, Edward disse que iria me levar a um lugar em que ele gostava de ir.

 

- Edward isso é realmente necessário? – perguntei enquanto era guiada até um lugar com os olhos tapados por ele.

- Sim, é que eu tenho certeza que você vai ficar surpresa ao ver o lugar em que gosto de comer.

- Garanto que é um lugar melhor dos que eu costumo ir.

- Você quem pensa. Olhe.

 

Ele destapou meus olhos, olhei em volta e estávamos em uma praça, não havia muitas pessoas por ali, segui meu olhar até onde Edward estava e...

 

- Uau! Uma barraquinha de hot-dog. Será que estou vestida adequadamente para a ocasião? Um lugar tão fino assim – zombei.

- Eu disse a você que o lugar não era impressionante.

- Tudo bem! Pelo menos aqui não tem palitinhos.

- Você não se deu mesmo bem com eles não é?

- Agora eu tenho mais certeza do que nunca que eu nasci no país certo! É mais fácil comer com o pé do que com aquilo.

 

Edward riu.

 

- Mas então vai querer cachorro-quente com ou sem catchup?

- Com muito catchup e muita mostarda.

- Legal, e vai quere ele completo?

- Com certeza – respondi sorrindo – E trás com duas salsichas, por favor – gritei para Edward que já estava perto da barraca.

- Pode deixar draga – ele me respondeu ao longe.

 

Ao voltar com os nossos lanches tratei logo de dizer:

 

- Draga é a mãe dos seus filhos.

- Bella não se dirija a si mesma dessa forma.

- Besta! Me dá aqui logo o meu lanche – falei não conseguindo segurar o riso.

 

Dei a primeira mordida no hot-dog e realmente ele era muito bom.

 

- Huuuum.

- Gostoso né?

- Muito bom – respondi dando outra mordida no lanche.

- Eu gosto de comer aqui às vezes, além do lanche ser uma delicia, o lugar é tranqüilo – Edward disse dando uma mordida em seu lanche e indo se sentar em um banquinho que havia próximo a praça, eu o segui.

- Uhum – dei outra mordida em meu lanche e sentei ao seu lado.

- Calma Bella, o lanche não vai fugir...

- Eu sei que não vai, mas, tá muito bom – falei de boca cheia dando outra mordida no lanche.

- É está – ele riu balançando a cabeça negativamente.

 

Comemos nosso lanche em silêncio, até que uma hora Edward se manifestou.

 

- Então anjo eu estava pensando em...

- Em? – deu mais outra mordida em meu lanche. Droga ele já estava acabando.

- Em te levar para conhecer a minha mãe.

 

Engasguei com o lanche ao receber a noticia e comecei a tossir como uma louca.

 

- Bella levanta os braços que eu vou comprar uma água pra você – Edward saiu apressado.

 

Ele comprou a água e eu bebi, depois respirei fundo.

 

- Você vai o quê? – perguntei um pouco alto de mais.

- Se você não quiser ir...

- Não! Não é isso, é claro que eu quero ir, você só me pegou de surpresa – dei mais um gole em minha água.

- Perfeito! Então vamos lá amanhã.

 

Cuspi toda a água que estava em minha boca.

 

- Amanhã? – falei abismada.

- Bella você quase cuspiu em mim. E sim! O que tem de mais em ser amanhã?

- Nada é que... Eu preciso me preparar psicologicamente.

- Psicologicamente? – ele franziu o cenho – Bella minha mãe não é um vampiro. Ela não vai chupar o seu sangue.

- Eu sei Edward, é só que... Eu nunca conheci a mãe de ninguém, nem das meninas. Conheci o pai de Jake uma vez. Mas ele não era do tipo “falante”. Então trocamos apenas cumprimentos.

- Bella você bate em metade da empresa, xinga todos e qualquer um e não quer conhecer a minha mãe?

- É que, sei lá, e se ela não gostar de mim?

- Isabella Marie Swan, com medo do que vão pensar dela? Isso é novidade pra mim. Não se preocupe amor, eu tenho certeza que minha mão vai adorar te conhecer.

- Espero.

 

Após terminarmos, Edward me levou até em casa, nos despedimos com um breve beijo. Minha cabeça estava cheia de mais para pensar em amassos. Afinal no dia seguinte eu iria conhecer a minha sogra.

 

Que Deus me ajude.

 

Cheguei em casa e fui direto para cama. Talvez Edward goste realmente de mim, talvez eu não seja só mais uma em sua lista. Porque, poxa, me levar pra conhecer sua mãe! Ele não levaria qualquer uma para conhecê-la... Eu acho.

 

Mas de qualquer forma eu estou um pouco aflita, como por exemplo, o que eu vou falar pra ela? Não querendo dar uma de Alice, mas, o que eu vou vestir? Porque a casa deve ser gigante e a mãe de Edward deve ser muito elegante. E se eu me perder naquela casa enorme? É melhor eu carregar a bateria do meu celular, pois se isso acontecer eu ligo para o Edward me achar.

 

Meus olhos estavam ficando cada vez mais pesados, eu já estava quase dormindo quando escutei o alerta de mensagem do meu celular.

 

Peguei o celular irritada para ver quem tinha mandado a maldita mensagem. Mas no momento em que li a mensagem abri um sorriso.

 

 

“Amanhã eu passo ai (mais cedo pra você me ajudar) para podermos ir junto trabalhar. Boa noite anjo, sonha comigo. Sonhos promíscuos, por favor”

 

 

Coloquei o celular em cima da cômoda e me virei para dormir.

 

Acordei duas horas antes do horário normal. Tomei um bom banho, me troquei e fui para a cozinha comer algo, mas nada descia. A única coisa que eu queria no momento era ver Edward. Fui até a sala e me sentei para esperar Edward, eu balançava nervosamente o pé. Uns dez minutos depois meu celular tocou, fui correndo atender.

 

- Bom dia flor do dia – ele disse alegremente. Revirei os olhos e sorri.

- Você já chegou?

- Já, pode descer. Eu estou na frente do prédio te esperando.

- Ok – falei pegando minha bolsa, desligando o celular e descendo o mais rápido possível. Esperei impacientemente o elevador chegar e depois descer lentamente. Quando ele chegou ao térreo as portas nem se abriram direito e eu já estava saindo de dentro dele.

 

Edward estava encostado no carro, com os braços cruzados. Quando ele me avistou, deu um sorriso de orelha a orelha e abriu os braços. Eu me aconcheguei em seu abraço, enquanto ele beijava o topo da minha cabeça.

 

- Dormiu bem? – ele desfazendo o abraço.

- Bem, e você? – falei enquanto entrava no carro, ele fez o mesmo.

- Poderia ter dormindo melhor se você estivesse lá – ele disse enquanto dava partida no carro.

 

Chegamos à empresa e nos dirigimos até a sala de Edward, ao fechar a porta ele me puxou, colocando-me contra a mesma e me beijando com intensidade.

 

- Edward nós não íamos trabalhar? – falei interrompendo o beijo para respirar.

- Mas nós estamos trabalhando. Neste momento eu estou averiguando se sua língua esta boa o suficiente, afinal temos que estar em sintonia para dar continuidade ao trabalho!

- Então é melhor você fazer isso direito, porque eu odeio deixar o serviço mal feito – eu disse mordendo seu lábio inferior.

- Huuum... Que bom saber disso. Porque o serviço de Edward Cullen, nunca é mal feito – falou me apertando mais contra a porta.

 

Depois de uns bons amassos, Edward e eu tratamos de dar inicio no trabalho.

Às vezes ele me lançava um olhar seguido de uma piscada, eu devolvia passando a língua em meus lábios. Edward em resposta olhava para o meio de suas pernas e depois se abanava com alguns contratos que segurava.

 

Após algum tempo eu me levantei.

 

- Edward agora eu tenho que ir, é quase oito horas – parei na sua frente, ele me puxou pela cintura me abraçando e apoiando o queixo em minha barriga.

- Calma! Ainda falta... – ele olhou no relógio – dois minutos e meio – sorriu pra mim.

- Nossa, Edward, neste enorme espaço de tempo, nós podemos até constituir família.

- Se você quiser o banheiro é logo ali – ele disse erguendo as suas sobrancelhas e piscando.

 

Eu lhe mostrei a língua.

 

- Eu vou mesmo, depois a gente se vê.

 

Levantei seu queixo e depositei um beijo em seus lábios. O clima na sala de Edward estava perfeito, mas ao sentar em minha mesa a realidade veio à tona.

 

Hoje eu ia conhecer a veia loca! Quer dizer Esme, a mãe de Edward.

 

A esposa do poderoso chefão, o braço direito do ser maior da empresa.

Tentei distrair meus pensamentos, no almoço Edward levou-me para almoçar fora. E o resto do dia eu fiquei pensando em como seria conhecer a mãe de Edward.

 

No fim do expediente Edward apareceu em minha mesa e me apressou até o estacionamento.

 

- Eu te levo em casa, você troca de roupa e... – Edward falava empolgado.

- Amor é melhor eu ir pra lá direto com você, se eu for pra casa, posso ficar mais nervosa.

- Oooun... Essa foi a primeira vez que você me chamou de amor. Deixe-me registrar esse momento – ele tirou o celular do bolso e tirou uma foto minha.

- Edward você ouviu o que eu disse?

- Claro, claro. Agora sorria pra câmera – eu mereço.

- Vamos logo – eu o puxei até o carro.

 

Chegamos a uma casa branca muito grande, havia um portão imenso antes de ter acesso a casa. Edward parou próximo a um interfone e o tocou. Uma voz do outro lado falou.

 

- Pois não?

- Alfred não está me reconhecendo?

- Menino Edward, quanto tempo.

- Tempo mesmo, será que você poderia abrir o portão?

- Claro!

 

Os portões se abriram e Edward entrou com o carro e seguiu por uma estrada, depois deu a volta em um chafariz grande e parou em frente à casa – ou melhor casarão.

 

Saímos do carro e fomos recebidos na porta da casa por um senhor, provavelmente o que Edward falou ao telefone.

 

- Onde está minha mãe? – Edward perguntou.

- Na cozinha esperando por você – Alfred – acho – respondeu.

- Vem Bella – ele me puxou até a cozinha.

 

Ok! Eu achava que meu apartamento era pequeno, mas perto do tamanho dessa cozinha ele é minúsculo. Na cozinha havia quatro pessoas de costas, três mulheres e um homem.

 

- Mãe? – Edward chamou.

- Querido, porque você demorou tanto?

 

Uma mulher muito bonita, com o rosto em formato de coração, os cabelos cor de caramelo e a expressão delicada, abraçou Edward. Devia ser a coroa – que estava em melhor forma do que eu.

 

- Eu cheguei na hora certa mãe.

- Bom, tanto faz, mas olha só quem veio nos fazer uma visita. Quando eu disse que você vinha, elas ficaram super felizes, até trouxeram um amigo – Esme comentou.

- Chiquito que bom que você veio, e ah...  trouxe-a – ah não ta de brincadeira.

- Tanya? – Edward disse surpreso.

- Tudo bem? Olha só quem eu trouxe: Irina e Ruan – Ah não, me chupa. Os dois também?

 

Edward respirou fundo e se dirigiu a sua mãe.

 

- Bem, isso não vem ao caso, lembra que eu tinha uma pessoa pra te apresentar mãe?

- Claro!

- Então... – ele me puxou pela cintura – Bella essa é minha mãe. Mãe essa é minha namorada Bella. – Edward sorriu.

- Namorada? – Irina quase gritou.

- Namorada? – Tanya falou como se tivesse nojo de mim.

- Aff namorada – Ruan falou com cara de tédio.

- Namorada!! – Esme falou feliz.

- É namorada – Edward me apertou mais forte.

 

Huuuum... namorada. Que bom saber disso.


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Notas finais do capítulo

uhuuul gente ta aê o capitulo, desculpe a demora (:



espero que tenham gostado, nós achamos meio fraquinho, mas precisamos colocar isso para desencadear certos acontecimentos (nossa que culta eu agora)... eu queria dizer também q pelo contrario do q eu pensei eu escrevi bastante nesse capitulo, minha depressão duroou tipo umas 5 horas, aushauish ... pois éh ! não me perguntem pkee !!



nós pretendiamos postar outro video aqui pra vc's, mas por alguma razão da qual eu não faço a minima idéia a P*RRA do youtube não reconhece o video --´ mas ok, ok fatos da viida ... e aaaah nós queriamos agradecer a Narjara por ter revisado esse capitulo pra gente ... foi de grande ajuda :DD



não esquecendo tbm de agradecer TODOS e os NÃO TODOS COMENTÁRIOS, vocês são o nosso combústivel gente (: vamos ver se eu me lembro de mais alguma coooisa ... huuum ... não acho que é soh, jah posso parar de encher o saco de vocês !!



MAIS UMA VEZ MUITO OBRIGADA PELOS COMENTÁRIOS PESSOAL and beijundas pra vocês (;



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