Depois da morte de Augustus Waters escrita por Malia Stilinski


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, espero que gostem e não deixe de comentar :p :p :p



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Duas Semanas Depois...

– Hazel – cantarolou minha mãe entrando no meu quarto e me tirando de baixo das cobertas. Meu pai vinha logo atrás. – Feliz Aniversário querida! – disseram em coro.

– Ah, meu amor! – falou minha mãe me abraçando e me beijando. – Dezessete aninhos!

– Quem diria! – falou meu pai vindo me abraçar. – Meus parabéns querida!

– Obrigado. – falei sorrindo. Olhei o relógio, eram nove horas. – Mas não precisavam ter me acordado tão cedo.

– Precisava sim, você tem que ir ao grupo de apoio hoje.

– Mas hoje é meu aniversário! – retruquei.

– Depois podemos almoçar fora. – insistiu meu pai.

– Tudo bem. – concordei. Sabia que mesmo sendo meu aniversário eles não me deixariam faltar ao grupo de apoio e, principalmente, depois da morte do Gus.

Fiz o ritual de sempre do oxigênio, e fui me vestir. Achei que meu antigo vestido laranja combinava com a ocasião já que iriamos direto para o restaurante quando terminasse a reunião. Coloquei um casaco preto para não expor meus braços brancos e magros e botas para esconder parcialmente minhas pernas também magras e brancas. Comi qualquer coisa e meus pais me levaram até a frente da igreja.

Despedi-me dos dois, mesmo sabendo que ficariam me esperando dentro do carro ali no estacionamento como minha mãe sempre ficava, ou talvez meu pai a convencesse a voltar para a casa.

Logo que estava entrando na igreja, Isaac me chama com um quê de interrogação na voz.

– Hazel?!

Virei-me – Oi, Isaac. Oi mãe do Isaac. – eles riram.

– Hazel, você poderia ajudar Isaac a subir? Estou atrasada para um compromisso. – pediu a mãe do Isaac

– Sem problema, aqui Isaac. – estendi a mão pra ele ver onde eu estava. Enganchamos nossos braços, nos despedimos da mãe dele e fomos para o elevador.

– E aí, Haz? – perguntou. Achei estranho me chamar de “Haz”, mas tudo bem. Até gostei. Na verdade eu nunca tive um apelido.

Eu ri, e respondi: - Tudo bem, e com você?

– Também.

– Hazel, você tá de vestido? – ele perguntou o que eu achei estranho, porque ele é cego, então como ele viu que eu estava de vestido? Isso foi muito estranho.

– Sim... Mas, como você...?

– Roçou na minha perna. – respondeu como se fosse óbvio.

– Ahh...- olhei para baixo e notei que nossas pernas estavam bem próximas e que o vestido sacudia um pouco. - Sim.

Ele caiu na risada. – Achou que eu tinha adquirido poderes, Haz? – Comecei a rir junto, realmente tinha ficado bem assustada. – Imagino a sua cara de espanto na hora. – Isaac dava gargalhadas e as gargalhadas dele me fazia dar gargalhadas também, o que me deixou com um pouco de falta de ar.

Quando o elevador parou, estávamos vermelhos e eu tinha lágrimas nos olhos. Tentamos nos acalmar e sentamos nas cadeiras de plástico. Isaac e eu ficamos conversando enquanto a reunião não começava, rindo controladamente para não atrair olhares e incomodar as pessoas.

Uns cinco minutos depois Patrick sentou numa das cadeiras, pediu silêncio e começou a falar sua habitual e entediante conversa.

Ao final da reunião, Patrick disse a todos que era meu aniversário, o que eu achei desnecessário, e pediu que cantassem “Parabéns Para Você” para mim.

Quando entramos no elevador, Isaac me perguntou:

– Por que não me falou que era seu aniversário?

– E por que eu tenho que falar?

– Primeiro: Por que é seu aniversário. Dãã. Segundo: Por que eu quero te dar os parabéns, Haz. É o que pessoas educadas fazem. E terceiro: É por isso que está de vestido?

– Na verdade estou de vestido por que vou a um restaurante almoçar com meus pais. – respondi.

– Por que é seu aniversário.

– Sim.

– Ok. Deixa eu te dar os parabéns. – falou me abraçando. – Parabéns Haz. Tudo de bom pra você. E muito caras bonitos. – E começamos a rir. Lembrei-me do sonho e com educação me desvencilhei do abraço do Isaac e enganchamos nossos braços novamente. – Diferente do tio Isaac aqui, que é feio, muito feio.

– Você não é feio Isaac. – falei por educação. Mas na verdade, Isaac não era nada mal.

– Tudo bem, acho que não vou mais te abraçar, você já está ficando caidinha por mim, não é mesmo?

Eu não parava de pensar naquele sonho. Eu não queria pensar no sonho, mas quanto mais você diz a si mesma que não quer pensar em algo, mais você pensa nessa coisa.

– Pois é. – falei entrando na brincadeira.

Já estávamos na frente da igreja, o carro dos meus pais ali na calçada, mas a mãe do Isaac não estava em lugar nenhum.

– Minha mãe já chegou? – perguntou.

– Não, Isaac. Ela não está aqui.

– Que droga! Vou ter que esperar lá dentro.

– Oi, filha. Oi, Isaac. Tudo bem? – meu pai tinha descido do carro para ver o que houve.

– Oi, Sr. Lascaster.

– A mãe do Isaac não chegou. – falei.

– Tudo bem, eu espero lá dentro. Ela deve ter se atrasado. – ele falou.

– Não quer ir ao restaurante com a gente, garoto? A gente liga para a sua mãe avisando ela que você está conosco. É aniversário da Hazel.

– Eu sei bom, acho que não tem problema. Vou ligar para a minha mãe. - Ele tirou do bolso um celular, apertou o botão central e falou: - Ligar para mãe. – E colocou no ouvido.

– Que chique. – sussurrou meu pai para mim.

– Beleza! Ela disse que tudo bem. E se não tiver problema, se ela pode me buscar na sua casa Haz.

– Acho que não tem problema.

– Tudo certo, então? – perguntou meu pai. - Vamos lá.

Ajudamos Isaac a entrar no carro e colocar o cinto e fomos para o restaurante.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? xD