Entrei no carro de minha mãe.

– Oi. - falei.

– Oi, como foi a tarde?

– Foi legal.

– Que bom. Se divertiu?

– Sim.

– Fico feliz.

Passamos o caminho todo até em casa em silêncio. Minha mãe nem tentou puxar conversa e fiquei imaginando se ela estava pensando em algo ou queria me deixar pensar em Isaac em paz. Torci para que fosse a primeira opção.

De qualquer modo eu estava pensando em paz em Isaac.

Mas era tudo tão confuso! Estava tudo acontecendo muito rápido. Não havia tempo para pensar.

– Argh! - bati no porta-luvas fazendo minha mãe frear o carro abruptamente e estacionar na calçada.

– Está tudo bem, Hazel? - perguntou pondo a mão no meu ombro. Eu queria mentir mas as malditas lágrimas estavam me entregando.

– Está.

– Por favor Hazel, se tem algo a incomodando, me conte. Eu sou sua mãe, só quero seu bem.

– Eu sei, mãe. - falei cerrando os dentes.

– É com o Isaac? - insistiu. Isso era uma coisa que eu não iria contar até que eu me resolvesse.

– Não.

– Tudo bem se não quiser contar, então. - disse voltando a pôr as mãos no volante.

– É o Augustus. - falei. Em parte era o Gus, sim, então eu não estava mentindo.

– Ah... O que tem ele? - ela voltou a me encarar.

– Eu não sei. - não dava para explicar sem contar a parte que envolve o Isaac.

– Você sente a falta dele.

– Eu acho que sim.

– Claro que sente. É tudo muito recente, é normal. - consolou.

– Eu acho que sim.

– Daqui a cinco dias é a missa de dois meses.

– É mesmo. - concordei mesmo tendo esquecido.

Ela ligou o carro de novo e fomos direto para casa.