— PARA DE ME ENCHER JAMES! — ela gritou, batendo, furiosamente, a porta do quarto.

— Katherine! Volta aqui! — falei, batendo na porta do quarto. Porrando, pra dizer a verdade.

Isso o que nós tivemos foi uma discussão. Parece até que foi uma grande coisa. Mas não. Foi porque ela comeu o meu cereal predileto. E eu não aceito isso! Eu sou exagerado. Sim. AI QUE ÓDIO!

Todo dia é assim. Acordamos, brigamos, brigamos, comemos e dormimos. Porque também né...

Com essas brigas, meu pai tem um surto psicótico quase todos os dias. Quer dizer, o meu padrasto. Mas eu o considero como um pai. Já que os meus pais são separados desde quando eu tinha, apenas, um aninho de idade. Não que eu me incomode com isso. Pelo contrário. Eu fico muito agradecido. Já que o meu pai biológico era um alcoólatra, filho da puta, que batia na minha mãe todos os dias.

Não me achem convencido, mas irei começar a me apresentar. (Sou muito legal. Okay?).

Bem, me chamo James. Sobrenome: Allen. Tenho dezesseis anos. Meus melhores amigos são: Richard e Nicholas. Meu passatempos prediletos são: Tocar guitarra e desenhar. Não que eu queira me transformar em um guitarrista, ou em um artista. Mas quando não há nada para fazer recorro a isso. Gosto de praticar atividade físicas. Mas, ainda, prefiro comer e dormir. Tenho essa irmã chata, e inclusive, empata-fodas. Literalmente! Pretendo me formar em engenharia naval. O-D-E-I-O mulheres que ficam se jogando pra mim. (Tá bom. Isso não vem ao caso agora).

Meus olhos são azuis como o mar.Meus cabelos sãonegros como a noite. E tenho um corpo saradão. (Tá muito gay isso. Parei).

Meu padrasto se chama Carlos. E minha mãe se chama Sarah. Eles já estão casados há quinze anos.

Agora iremos apresentar a minha "queridíssima" irmã. (Eu não vou exagerar, juro).

Ela tem o cabelo preto, parecido com o meu. Os olhos dela são verdes, levemente azulados. (É porque fica oscilando de cor e tal). Ela adora dar fora em todo mundo, inclusive em mim. Eu vi essa garota, praticamente, nascer. E agora sou obrigado a ouvir ela mandando eu me foder. E entre outras coisas adoráveis. Essa é a Katherine.

Se eu der uma puta sorte vou conseguir me livrar dela antes de dezoito anos. Caso eu consiga um empregoe uma vaga em alguma faculdade. (De outro planeta, de preferência).

E é por ela que, (eu acho), eu estou me apaixonando.

Agora eu entendo o porquê de acharem que o amor é cego.

E eu concordo plenamente.

Eu tenho uma namorada, que me ajuda (um pouco) a esquecer isso. Não que ela saiba. Não, não. Ela não pode nem sonhar com isso. Quanto menos cogitar este tipo de possibilidade. Porque ela é doente por mim. Ah e à propósito, ela se chama Karen.

E fora ter que aturar a Katherine em casa. Ainda tenho que aturá-la na escola. E ouvir por todos os lados que ela é gostosa etc., inclusive os meus melhores amigos. E eu tinha/tenho vontade de matar cada um na faca. Mas não é por ciúmes. Tá bom, um pouquinho. Mas só um pouquinho. É por eu ter um extinto em querer protegê-la.

Preciso esquecer isso. Preciso esquecer isso... PRECISO ESQUECER ISSO!

Calma James, calma. Só mais um ano e você se livra dela! (Preciso manter esse mantra).