Céu Selvagem escrita por Ariadene Caillot


Capítulo 23
Máscara caída


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal. Então não em batam, please >< Eu sei q demorei desta vez, mas eu realmente tive que dedicar todo o meu tempo ao TCC e estágio, e para piorar eu fiquei doente por quase duas semanas foi tenso.
Mas melhorei e consegui terminar de escrever o capítulo *_* Espero que gostem ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/443872/chapter/23

A brisa estava suave, o luar belo e o corpo ardia. A mente estava em caos como o interior da mansão. O que fazer quando existe a vontade de lutar por algo, mas o corpo subordinado pelo veneno não permite? O tempo estava passando, pessoas sofriam, lutavam e vingavam por desejos egoístas ou pessoais. Jack se considerava um deles. Ele apenas queria ser livre. Sendo livre, lutaria para o retorno das suas memórias.

Enquanto olhava fixamente para lua, sua mente vagava nas únicas memórias que possuía, principalmente nas recentes e foi surpreendido por perguntas. Por que Adelina insistia para que ele mata-se Cielo? Ela poderia ter feito com suas próprias mãos. E aquela mulher com o mesmo nome que sua mãe? Porque ela abraçava Cielo tão desesperadamente? E por que justamente a garota que ele teve interesse, era justamente a namorada do seu melhor amigo? Ele tentou rever tudo o que lembrava, e várias coisas não estavam fazendo sentido.

“Está fora de cogitação fugir. Nunca serei livre se não enfrentar Adelina.”– este pensamento o fez levantar do chão apesar da sensação de fogo em suas feridas. Jack ia seguir o seu plano original: tentar acessar o saguão.

–Ótimo, agora é só subirmos mais esse lance de escadas e chegaremos ao terceiro andar.

O grupo da Vongola encontravam-se nos corredores que possuíam visão para a entrada principal da mansão. A claridade das janelas permitia que Tsuna observa-se o ambiente: Era um dos locais mais decorados e ainda sem vestígios de lutas. Haviam poltronas atraentes e confortáveis nas sacadas sem saída, quadros que pareciam ter grande valor e pequenas estatuas nas escadas principais.

Quando olhou para baixo para ver o saguão, viu um grande espaço com janelas enormes de madeira decoradas ao seu redor por vitrais que ilustravam a natureza. Ao lado das portas havia grandes plantas, que lembravam muito as palmeiras. Havia adornos dourados nas paredes que refletiam com o luar que Tsuna não conseguiu identificar o que eram. E em uma das paredes conseguiu enxergar um enorme espelho.

–Lindo este lugar não?- perguntou Patrícia para o distraído Tsuna.

–Hã? Ah, sim. Parece ser.

–Vamos meus jovens.

Lorenzo mal acabara de completar a frase e as luzes acendem. O lugar todo é tomado por um tom dourado que ofuscara a luz do luar. Os olhos ardiam, eles haviam se acostumado ao breu. Tsuna sentiu cheiro de sangue e escutou urros de dor, quando conseguiu enxergar descobriu que haviam várias lanças fincadas no peito de Lorenzo e o sangue escorria pela sua roupa.

Instintivamente Tsuna colocou sua Vongola Gear e Gokudera fez o mesmo. Eles foram surpreendidos por um faixo de energia lilás que atingiu Lorenzo e o jogou a saguão abaixo. Tsuna rapidamente voou e o pegou no ar, amortecendo a queda do homem. O sangue dele invadiu as roupas e as luvas do jovem garoto e o chão.

–Lorenzo-kun, você está bem?-indagou Tsuna.

–Ficarei.

–MESTRE!!!

–JACK!!!- Gritou Lorenzo feliz em vê-lo bem. O jovem estava na porta do salão que dava para o saguão.

–O que pensa que está fazendo com ele!?- Jack se enfurece, arma sua lança e parte para o ataque em Tsuna.

–Espere! Não é o que você está pensando. - suplica Lorenzo.

Jack sequer o ouvira e já estava atacando Tsuna, que apenas revidava.

–O que está havendo, Tsuna?

–Encontramos Jack!

Jack? Tsuna não o machuque!

–Vou fazer o possível.

Gokudera e Patrícia correm para ajudar Lorenzo e o afastar da luta. Surpreendente ele parecia bem e ainda gritava com Jack para ele parar de lutar, fato que deixou os dois confusos. Basílio havia sumido.

Na sacada da escada do terceiro andar estavam Adelina, Claudio e Marcella. A víbora parecia pálida, segurava seu quadril e na sua face via-se a intensidade da dor que ela estava sofrendo.

–Jack está lutando contra o clone!- observou Marcella.

–Quero mais ele mate esse garoto insolente e aí tudo estará perfeito.

Claudio apertou as mãos apreensivo.

–Lá em cima, olhem. - apontou Patrícia. São os meus irmãos! Quem é aquela mulher?

–Adelina. -respondeu Basílio ajoelhando-se ao lado de Lorenzo com alguns panos nas mãos. Eles nem precisaram perguntar por que ele havia sumido repentinamente.

Jack estava em ataque de fúria enquanto lutava contra Tsuna, surpreendendo a todos. Lorenzo estava desesperadamente tentando explicar tudo para o seu pupilo, mas ele não dava ouvido. Tsuna desviava dos ataques ou os segurava. Apesar de Jack possuir menos poder que ele, o garoto ganhava em habilidade de Tsuna. Era muito ágil e rápido, mesmo o décimo Vongola usando a Vongola Gear. Ele notou pelos olhos do garoto que ele não estava vendo a batalha, era apenas uma forma de descontar sua raiva.

–Jack, eu não quero machuca-lo! Vamos conversar! Você entendeu tudo errado.- suplicou Tsuna.

Jack não respondia, apenas atacava. Um frio na espinha percorreu Tsuna ao ver que agora o garoto assumira um olhar assustador. Parecia que ele realmente só iria parar quando o décimo não pudesse mais se mexer. Imaginava o quão violento ele seria quando assumisse como chefe da Céu Selvagem.

–De um ataque que não o machuque, apenas o desacorde. No estado de fúria que ele está, não vai parar tão cedo de ataca-lo. - Gritou Lorenzo para Tsuna.

Sendo assim, o jovem Vongola colocou-se em posição de X-burner, chamando a atenção de Jack.

–Essa posição...-Jack parou por instantes de ataca-lo, parecia até hipnotizado.- Eu conheço esta posição!

–Agora!!! – ordenou Lorenzo.

–X-burner!!!- Tsuna lançou em potência baixa em Jack.

Ele foi jogado um pouco longe, não bateu a cabeça, pois conseguiu segurança enfiando a lança do chão. Quando a luminosidade do ataque se foi, a máscara de Jack estava ao lado dele, quebrada e o seu capuz todo rasgado, deixando as claras a sua face.

Se Adelina tivesse muita força, ela com certeza teria quebrado o parapeito com a maneira que apertou as mãos nele de ódio. Claudio sorriu discretamente. A Vongola e Lorenzo olhavam espantados e surpresos para Jack. Notando este fato, o garoto sentiu-se extremamente irritado.

–Por que todos estão me olhando???-indagou ele

Tsuna apenas apontou para o enorme espelho na parede. Quando Jack viu seu reflexo, ele não teve crises de memória, mas sim, a surpresa o tomara conta de si. Finalmente, ele estava vendo seu próprio reflexo.

Possuía pele pálida pelo seu rosto nunca tomar sol. Seus cabelos eram castanhos claros repicados na parte superior e apenas uma parte de trás estava comprida e presa em um rabo que ia um pouco abaixo dos ombros. Podia-se perceber toda a agonia e raiva que ele havia passando durante aqueles meses em seus olhos castanhos orientais. Uma longa franja, também repicada ornava seu rosto que estava perdendo os traços infantis. Ele tocou sua face como um bebê que está descobrindo o mundo, mas era para ver se o espelho não o iludia, pois há segundos atrás, ele estava lutando com uma criatura igual a ele.

Virou-se para observar o clone de Tsuna detalhadamente. Apesar de ele possuir traços infantis, cabelos mais curtos e de menor estatura, era certo que aquele clone era de dele.

–Eu...você...-o jovem se referia ao clone.

–Você é o verdadeiro Décimo, Sawada Tsunayoshi!!!-falava o clone impressionado.

–Mas-mas-mas, Cielo deveria ser o Décimo.- ele logo percebeu o que havia acontecido. –ADELINA!!! –gritou em fúria.

–O que foi? Vai enfiar a lança em mim três vezes novamente?- Ela respondeu do topo, surpreendo o garoto que ainda não havia notado a presença dela.

–Será cem vezes desta vez! Responda-me! Por quê? Por que trocou nossas identidades? Fez-me acreditar que era Jack por um ano!!!

–Não te interessa.

–Mas interessa a mim!-respondeu Lorenzo.

–Cale a boca, espanhol insuportável. Nem ferido você permanece quieto!

–Aonde está Cielo?-indagou Lorenzo.

–Pergunte ao Jack! Ops!- ela errou propositalmente. - Ao Décimo Vongola. E vai descobrir que não a somente meu sangue nas vestes dele.

–Como?- perguntou o clone.

–Ele atacou o próprio amigo. O verdadeiro Jack.

–Mentira!!!-gritou Tsuna, o verdadeiro.

–Mentira? Pergunte ao seu clone se antigamente você atacaria pessoas desta forma descontrolada. Exatamente como fez agora.

–Tudo é culpa sua!!!- ele deu um soco no espelho o deixando em pedaços.- Eu não era assim. Não agia desta forma!!!- ele gritava.

–Então você está assumindo que matou o seu amigo?

–Eu nunca faria isso!

–Jack... Tsuna.-Lorenzo se corrigiu.- Acreditamos em você! Adelina não vai nos enganar com suas mentiras!

–Aonde está Cielo e as garotas?- indagou Tsuna.

Ela ria e formava uma bola de energia em mãos. Vou te levar até eles, se é o deseja.

–Estamos sob ataque!!!- alguém gritou no pátio.

–Corram, estamos sendo invadidos. - outra pessoa gritou.

E assim um grande rombo se abre na parede da entrada, saindo dele alguns membros da Vongola, Cavallone e Shimon. Adelina lançou sua bola de energia no saguão ofuscando a visão de todos e fugiu.

–Vocês estão bem?-Reborn apareceu no ombro de Dino e logo atrás dele, Emna.

–Reborn!? Dino-san!? Emna-kun!?- falou o Clone espantado.

–Aonde está o Jack? – Perguntou Iemitsu aparecendo repentinamente. O clone se segurou para não chama-lo de pai.

–Ali!- apontou o clone.- Reborn e Iemitsu-san, Jack-kun é o verdadeiro Tsuna! Adelina trocou as identidades.

–É mesmo?- falou Reborn sorrindo sem demonstrar surpresa.

–Você já sabia! Por isso estava preocupado com Jack! Mas como?

–Lhe explicarei mais tarde.

–Reborn me contou tudo. Você na verdade é um clone!- falou Emna espantado.

–Sou sim.- ele sorriu chateado.

–Tsuna?- indagou Iemitsu inseguro aproximando-se do garoto cautelosamente. Tsuna o observava arisco. - Lembra-se de mim?

O jovem apenas permaneceu em silêncio.

–Tsuna...- Iemitsu colocou uma mão sob o ombro do filho.

–Tire as mãos de mim!- ele tirou a mão dele de forma rude. Iemitsu sentiu como se uma espada tivesse atravessado o coração dele. Apesar de já ter discutido com o filho antes, aquelas palavras foram as mais frias que já ouvira dele. Tsuna o olhava com raiva e confuso. Realmente o jovem não fazia ideia de quem era aquele homem diante dele. O pai apenas saiu tristonho de perto do décimo vongola.

–Jack... Tsuna, vamos sair daqui!- falava calmante Basílio.

–Me deixe em paz!

–Eu sei que deve estar confuso, Jack! Mas precisamos realmente sair daqui.

–Jack? Pelo que sei esse não é meu nome.- e ele sai caminhando.

–Onde vai?

–Aonde mais? Vou atrás de Adelina.

–Jack!- gritou Lorenzo mancando em direção a ele.- Venha conosco, eu imploro. A muito a ser explicado.

–Vou atrás de Adelina!

–Se não vier, eu te levo na marra!

Tsuna ficou por segundos pensativo e decidiu caminhar em direção ao mestre.

–Bom garoto! Vamos! – ele laçou o braço pelo ombro dele e Tsuna o ajudou a caminhar. – Temos muito que conversar. - e assim foram em direção ao enorme rombo feito pela Vongola.

–Não vai falar com ele Reborn?- indagou o clone ao arcobaleno que estava em seu ombro.

–Ainda não. Ele parece estar muito confuso.

Gritos e outros barulhos ecoavam longe. Havia um cheiro muito forte de perfume feminino no ar e o luar preenchia a sala. Quando Kyoko finalmente conseguiu recobrar a consciência, ela estava em uma sala, deitado ao chão e amarrada. Conseguiu ver Cielo, suas amigas e Natalie, ainda desacordados.

–DROGA!!! Vongola agora possuiu o que queriam.- Kyoko escutou uma voz feminina que parecia vir atrás de uma porta da sala.

–Acalme-se. Ainda temos um recurso.- falou a voz de um homem.

–Mate Jack! – Kyoko arregalou os olhos.

–Mas Adelina...

–Eu falei que o décimo Vongola havia eliminado Jack, recorda-se? Alegamos que ele teve um ataque de fúria e simplesmente não se recorda. Isso vai acabar com a aliança deles.

–Não vão acreditar em nós! Faça outro plano.

–Então o ataque, mas não o mate. O resto eu improviso.

“Eu preciso acordar o Tsuna!!! E pedir para que salve Jack!”- pensou Kyoko enquanto observava Cielo desacordado.

Enquanto isso a Vongola e alguns aliados estavam em sua base estratégica. O restante estava tomando conta da mansão e prendendo os capangas de Adelina. Tsuna estava encostado de braços cruzados na porta da base observando a mansão pensativo. O veneno estava perdendo um pouco do efeito, agora as feridas ardiam mas era melhor que a sensação de fogo que estavam antes.

O clone estava sentado observando o verdadeiro décimo junto a Gokudera ao seu lado. O jovem guardião da tempestade apertava o medalhão em suas mãos e bufava. Às vezes levantava e andava de um lado para o outro ou ia lá fora respirar ar puro. Anteriormente ele havia blasfemado e socado as árvores perto da base. O clone sabia exatamente a agonia que Gokudera estava sentindo ao saber que Haru estava com Adelina. Sentia-se da mesma forma em relação à Kyoko.

–Eu trouxe algumas roupas para ele. –falou Giannini.-Mas...hã...- Lorenzo notou a insegurança do rapaz.

–Eu entrego a ele.- respondeu o mestre.

–Desculpe...- disse Giannini chateado.

–Ei emburrado. Eles tem roupas novas para você!- ele empurrou a pilha de roupas contra o peito do garoto.

Tsuna observou e virou a face rejeitando o gesto, Lorenzo afastou as roupas dele..- Quando vamos voltar para a mansão? Não temos tempo para ficar descansando.

–A Vongola está tentando localizar as meninas e Cielo.

–Eu poderia fazer isso.

–Jack...Mas que droga!- ele se auto repreendeu.- Tsuna! Possuiu pessoas aqui preocupadas com você. Custa você vestir essas roupas e interagir com elas?- ele pegou e socou elas nas mão dele.- Sempre quis pessoas boas e agora que reencontrou sua família, está apenas com interesses próprios!? Está os rejeitando!

–Eu não me lembro deles!

–Mas vai lembrar!!!Vá se trocar!- Tsuna o obedece e sai trocar-se.

Quando Lorenzo virou-se encontrou com os olhares de Iemitsu e Reborn, que estavam observando a cena. O mestre conseguiu sentir um ar de ciúmes. Ele aproximou-se de Iemitsu e bateu nas costas dele.

–Quando o feitiço acabar tudo voltará ao normal e vocês terá o décimo Vongola. Pelo menos vocês sabem que Tsuna está bem, já Cielo não faço ideia.

Iemitsu sorri em consolação. - É difícil para qualquer pai em uma situação assim.- Lorenzo o responde com outro e sai conversar com Basílio.

Ryohei estava lá fora deitado no chão observando o céu. Ao seu redor havia inúmeras pedras e árvores quebradas, motivado pela namorada ter sido sequestrada pelo inimigo. Seu sangue fervia de ódio e impaciência, estava louco para correr atrás daquela mulher e lhe ensinar algumas lições.

Yamamoto e Patrícia estavam encostados na parede de fora da base com visão para o bosque. O rapaz estava abraçado junto a ela e a garota com sua cabeça encostada no peito dele.

–Eu não consigo acreditar que chegaram ao ponto colocarem as meninas no meio da situação. Eu me sinto terrível por ser irmã deles.

–Não é culpa sua!

–Compartilho do mesmo sangue.

–Não quer dizer que seja igual a eles.

–Eu tinha esperanças que Marcella fosse diferente, mas ela estava ao lado daquela víbora!- algumas lágrimas escorreram pelo rosto da jovem.

–Patricia-chan você é diferente! Está ao nosso lado ao invés deles.

–Mas...

–E outra, você mesma disse que sua irmã ficou feliz ao te ver. Espere para ouvir o lado da história dela. Às vezes para protegermos alguém, precisamos estar ao lado do inimigo.

–Obrigada Yamamoto!- ela o abraça mais forte.

–Cielo!!! Cielo!!! Acorde!!!-Kyoko havia conseguido rastejar até Cielo e mexer em sua cabeça.

–Hã?- falou ele ainda sonolento.

–Acorde!!!-falou em japonês.

–Não...entendo... o que diz.- disse ele em italiano.

–O quê?- falou ela sem entender.

–Não entendo o que diz. – respondeu em italiano, agora já desperto.

Kyoko vira que ambos não conseguiam se comunicar e rapidamente lembrou-se que Haru e Natalie sabiam falar inglês. Rastejou até elas e começou a mexer com Natalie. Cielo observou a sua volta e entendeu a situação na qual se encontravam e começou a tentar tirar as cordas de suas mãos.

–Natalie-san acorde!!! Acorde!!!- a mulher continuava a dormir. Kyoko conseguiu rastejar até Haru e tentou acorda-la, mas foi em vão. Quase gritou quando algo pegou em suas mãos e percebeu que era Cielo tentando liberta-la. Desamarrou as cordas das suas mãos e de seus pés. Kyoko o agradeceu em inglês, uma das poucas coisas que sabia falar daquela língua.

Cielo lhe fez gestos com as mãos, dando a entender para desamarrar as outras e o fizeram. Tentaram novamente acorda-las, mas foi em vão. Repentinamente a porta se abre e dela sai Adelina com Claudio e Marcella.

–Então os ratos acordaram.

–Adelina, deixe-nos sair!- ordenou Cielo.

Ela pegou uma lâmina em mãos.- Cale a boca.- e avançou para ataca-lo mas Kyoko se jogou em Adelina a impedindo.

Com raiva, a víbora pega Kyoko pelos cabelos e coloca a lâmina em seu estômago, deixando Cielo sem ação.

–Adelina, a garota não. - alertou Claudio.

–Largue ela!- implorou Cielo. – Pode fazer o que quiser comigo.

Kyoko sentia-se frustrada por não entender o que falavam.

–O que quiser?- Adelina jogou Kyoko no chão e avançou em direção ao garoto. Colocou uma de suas mãos em seu ombro. – Então o que acha disso?- e ela enfiou a lâmina nele.

–Cielo!!!- gritou Kyoko e Marcella.

O garoto caiu de joelhos com as mãos no ferimento recém-adquirido.

–Isso é muito estranho...-comenta Tsuna, agora com roupas limpas. Era uma jaqueta de couro preta e uma calça jeans de malha escura. Também estava com botas de couro preto novo. A única coisa que ele permaneceu usando foram suas habituais luvas pretas. Giannini havia lhe entregado um comunicador igual ao dos garotos. Ele estava sentado no rodapé da porta junto ao clone.

–Eu sei!- responde o clone.

–Parece que estou falando comigo mesmo.

–Verdade. – ele fala sorrindo.- Até parece que somos gêmeos.

–Você não parece um clone. Eu nunca saberia diferenciar.

–Ouço isso de quase todo mundo. Então, deve ter sido uma surpresa descobrir a sua verdadeira identidade.

–E como. Mas sempre senti que tinha algo estranho em mim. Ei, aquela técnica que usou em mim... X-burner eu acho.

–Sim, esse é o nome.

–Toda vez que eu colocava luvas eu fazia aquela posição sem pensar. Ou esta. – ele levantou e demonstrou a posição do XX-burner.

–XX-Burner. Também é uma técnica sua.

–Eu sabia que tinha algo nestas posições.- ele sentou novamente. - Eu sempre me senti mais confortável usando luvas.

O clone riu.- Quando encontrarmos o irmão de Patrícia, você terá suas memórias e poderes de volta.

–Refere-se a Claudio?

–Sim!

–Precisamos de Marcella para devolver os poderes que emprestei do verdadeiro Jack! O que vai acontecer com você?

–Bem...- ele sorriu chateado.- Irei desaparecer.- Tsuna demostrou espantado, o observou por curto tempo e dispôs seu olhar para o além do horizonte, permanecendo quieto. O clone viu que ele não sabia o que responder.

–Meninos, vamos! – Tsuna sentiu que Lorenzo o havia salvado daquela situação tensa.

–Finalmente.

A Vongola e aliados retornaram a mansão, agora totalmente tomada pelas três famílias mafiosas.

–Não localizamos Adelina e os seus reféns. – informou Dino a Reborn.

Tsuna blasfemou e começou a caminhar em direção ao buraco na entrada principal.

–Tsuna, aonde pensa que vai? – falou Reborn, mas ele não lhe deu ouvidos.

–Jack!- chamou Lorenzo.

–Mestre!

–Ele ainda não se acostumou com o verdadeiro nome.- comentou Patrícia para Yamamoto.

–Deve ser difícil para ele.

–Está indo aonde? – indagou novamente Reborn.

Tsuna o olhou com estranheza, ele ainda achava hilário aquele bebê se comportando como adulto. – Atrás de Adelina.

–Vamos todos juntos.- concluiu Lorenzo.

–Meu deus Jack! Que obsessão por mim. - falou a Víbora de uma sacada.

–ADELINA!!!

–Sabe Jack... Tsuna. Você tinha razão! Não havia matado seu amigo! Ele ainda está vivo! – Magno trouxe Cielo no colo e o colocou no chão, mostrando que estava ferido.

–Cielo...

–O que você fez a ele, Adelina!?- indagou Lorenzo furioso.

–Pergunte ao seu pupilo!- ela sorriu sarcasticamente. - Eu acho que ainda a chances de salva-lo, mas terá que passar por mim primeiro.

–Com prazer!- respondeu Tsuna.

–E vou adicionar um ingrediente a mais nesta luta. – Ao comando da mulher, Fernando trouxe Kyoko amordaçada mas consciente. Quando Kyoko o viu e o clone, ficou extremamente confusa e começou a chorar em desespero, torcendo para que tudo fosse um pesadelo.

–KYOKO!!!

Ao lado de Tsuna, vieram seus guardiões, o clone e seus aliados. Todos com suas armas.

–É hora de darmos um jeito nesta mulher. – falou Lorenzo.

–Sim!- Tsuna armou sua lança e colocou a energia emprestada de Jack.

Adelina sorriu e com estalar dos dedos vieram mais capangas na sacada, nos telhados e nos muros.

–Que vença o melhor. - disse a víbora.

E assim a luta final tem seu inicio.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por ter lido e eu gostaria muito que comentam-se se vocês já tinham desconfiado do segredo que envolvia Jack e Tsuna o Até o próximo. Bjus!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Céu Selvagem" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.