Céu Selvagem escrita por Ariadene Caillot


Capítulo 15
Patricia


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, como foram de feriados e talz? ^^ Bem aproveitar parar descansar e escrever o capitulo 15 e metade do 16. Demorei porque estava dando um retoques no capitulo 15, deixando ele da melhor forma possível especialmente para vocês ^^

Além do cuidado que estou tendo agora já que a história se encaminha do meio para o final. ;)
Espero que gostem e boa leitura.



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Era mais um dia vazio para a Haru. O brilho dos seus olhos havia sumido. O tempo parecia não passar, ainda era terça feira. Perder Gokudera estava sendo mais agonizante, de quando perdeu Tsuna para sua melhor amiga. Mas claro aquela vez ela tinha Hayato ao lado dela para ajudar a superar.

As aulas haviam terminado e ela caminhava solitária para fora do portão do prédio. Haru parou para observar as outras meninas e quase todas saiam em grupos ou em duplas. Ela sempre estava sozinha. Foi ali que percebeu, ela não possuía amigos no seu próprio colégio. Como queria ter, pelo menos teria com quem conversar sobre os seus erros e amenizar a dor. Uma lágrima quase pulou da pálpebra.

–Haru-chan!!!- gritou uma voz feminina.

–Hã?- ela olhou para os lados não avistando ninguém. ”Alguém me chamou?”

–Haru-chan!!!-alguém a abraçou por trás.

–Kyoko-chan!?

–Me...desculpe...-ela estava sem folego.

–O que houve!?

–Eu...vim...correndo...

Mais tarde, ambas estavam sentadas em uma lanchonete. Kyoko já havia tomado dois copos de sucos, enquanto Haru nem havia tocado no dela.

–Então... por que veio correndo?- indagou a garota.

–Para te encontrar antes que fosse embora!

–Sabe onde eu moro!

–Tenho quase certeza, que ia pedir para sua mãe inventar alguma desculpa para não me ver.

–É, tem razão.

–Você está bem? Está com olheiras enormes!

–Não faça perguntas idiotas se já sabe a resposta. - rosnou Haru.

–Haru-chan...-Kyoko nunca a tinha visto falar daquela maneira.- Queria pedir desculpas por me comportar como uma boba, achando que você ia roubar Tsuna de mim. Mas é algo automático quando se gosta de alguém.

–Eu não aguento mais isso!!!-ela levanta e bate os punhos na mesa chamando a atenção de todos. - Desde que se formaram casais no grupo, a nossa amizade está horrível!

–Não vai mais ser! Eu juro!!! Volte a ser minha amiga!

–Huf! –senta-se novamente - Que eu saiba, eu nunca parei de ser sua amiga.- ela cruza os braços e rola os olhos para o lado.

–Haru-chan! Você também sempre foi minha amiga! – Kyoko a abraça, mas Haru continuou de braços cruzados. - Minha melhor amiga!

–Obrigada.

–Você está claramente sofrendo por amor. Tentou falar com ele...

–Não quer me ver!

–Você gosta dele de verdade, Haru-chan?

–Por que está fazendo essas perguntas obvias?- ela tira os braços de Kyoko que envolviam seus ombros. - É só para me fazer sofrer!?- Haru começa a chorar novamente e Kyoko a abraça novamente.

–Eu preciso ter certeza dos sentimentos que você possuiu por ele. - ela acariciava os cabelos da amiga.

–Por quê?

–Para eu te ajudar a ser feliz, eu preciso saber.

Gokudera andava por Namimori. Ele fez metas das áreas que ia cobrir por dia, até achar a energia da Patrícia. Sua busca iniciou-se logo pela manhã, ele nem sequer foi para a aula. Aquela busca seria uma forma de distrair sua cabeça do assunto que mais doía para ele: Miura Haru. Ele notou que seus amigos evitam até de citar o nome dela perto dele.

Decidiu começar a procurar ao redor da casa de Tsuna e ir se afastando. Patrícia tinha que estar escondida em algum lugar próximo. Ele lembrava que quando a loira estava por perto, ele sentia uma espécie de pressão ao redor dele. Às vezes sentia que agulhas o estavam pinicando, o empurrando, entre outras. A sensação era irritante e desconfortável, esse era o motivo na qual ele odiava ficar perto dela.

Apesar de ter andado por 33 ruas e meia (Gokudera era sempre preciso), não sentiu nada como aquilo.

–Amanhã você vai para a aula Tsu-kun. Dei-lhe uma chance por estar cansado demais pela viagem.

–Obrigado...mãe.- ele pensou muito bem antes de chama-la assim.

–Aconteceu algo?

–Estou sonolento.

–Vou começar a preparar o jantar.

–Até mais.

Nana sai do quarto de Tsuna.

–Você é um clone, mas para as pessoas você ainda é o Tsuna.- afirmava Reborn.

–Sou o Tsuna para eles, mas aquela lá embaixo não é a minha mãe. E eu não sei como contar isso para Kyoko-chan.

–Não precisa contar.

–O que!? Mas como posso esconder da minha... Ela não é minha namorada. - Ele senta na cama.

–Tsuna idiota!- Reborn bate na cabeça dele. - Já falei para parar de pensar assim! Até acharmos o verdadeiro, você vai ser o Tsuna! Até os seus guardiões estão aceitando o fato melhor que você! Eu não consigo vê-lo como um clone, mas sim, como o próprio Tsuna.

–Reborn...

–Frustrante! Se eu estivesse com a minha equipe, já teríamos descoberto a localização dessa menina!

–Quer que eu envie alguém até você?

–Não, mestre! Adelina pode desconfiar.

–Adelina não deve estar contando que a Vongola sabe do clone!

–Esperamos que não. Se essa era a estratégia para apunhalar a Vongola pelas costas, isso já falhou. E Cielo?

–Estamos de olho nele! Por enquanto está tudo normal. Diga-me Basílio, desde quando esse clone está inserido na família Vongola?

–Segundo o velhote, há algum tempo.

–Já sabem de Jack?

–Apenas que ele é o herdeiro e que está sendo treinado. Nem o nome dele a Vongola possui conhecimento.

–As coisas estão começando a fazer sentido. Segundo você, Jack possuiu metade da força do décimo Vongola e agora descobrimos que o futuro chefe Vongola é um clone e podem transferir sua energia para quem quiser.

–Coincidências demais! Agora já está claro uns dos planos dela.

–Temos que tirar Cielo daquele antigo monastério e fazer o mestre desse clone devolver os poderes para ele. Temos que convencer este mestre a trabalhar para nós. Com isso, Adelina já era!

–Mestre, não se esqueça de Jack.

–Jack será o novo chefe assim que Adelina cair!

–Você está indo muito bem ultimamente Jack.

–Sim, Claudio!

“Pelo que Basílio me contou Jack não vai ter chances contra o décimo Vongola. Ele o supera em habilidades e em poderes!”

–Jack, você está bem?- o garoto estava com uma das mãos na testa.

–Dor de cabeça apenas.

“Meu poder ainda não está sendo o suficiente!?” – pensou Claudio. Ele sentiu uma pressão sobre os ombros, foi quando percebeu Lorenzo encarando ele.

–Jack, vá descansar!

O garoto sem dizer nada, se retira. Claudio ia atrás dele, mas Lorenzo fez sinal para ficar.

–Eu tenho que acompanha-lo, Lorenzo.

–Parece que a palavra “mestre” sumiu do seu vocabulário.

Claudio apenas ri sarcasticamente.

–Tudo bem! Eu entendo. – falava ele com seu sarcasmo.

–O que quer?

–Notei um fato curioso. Basílio foi para o Japão, você aparece com essa face neste estado. Após isso Jack teve uma crise que eu nunca o vi ter, apesar de você afirmar que isso já ocorreu. Ficamos um mês com ele na África em um acampamento, e mesmo assim, eu nunca vi isso acontecer com ele. Ok! Sucedendo esse fato, você começou a ficar doente e Jack frequentemente tinha tonturas e dores de cabeça. Ele reclamou para mim de não conseguia dormir por sempre ter pesadelos e sonhos loucos. Agora que você está se recuperando, Jack está voltando a dormir melhor à noite e as tonturas sumiram, às vezes ele tem dores de cabeça como essa de agora.

–Eu não entendo aonde quer chegar.

–Coincidências, Claudio. Coincidências demais! E um fato muito peculiar, que acabei descobrindo com uns membros enquanto estávamos embriagados...Quando entrou neste família, um deles me contou que rondou o rumor, que para provar o seu valor, você falou e provou que tinha poderes. Engraçado, eu nunca os vi.

–Você vai acreditar na história de bêbados, Lorenzo? Só pode estar maluco.

–Claro, seria mais fácil eu provar, se todos que viram os seus poderes não tivessem morrido.

Claudio o olha abismado.

–Você acha mesmo que essa família engole o fato, de apenas você ter sobrevivido a aquele acidente e ter salvado o futuro herdeiro!?

–Claro que sei. Mas a culpa não é minha se eu possuo habilidades suficientes para sobreviver.

–E por que não usou a mesma habilidade para salvar os outros membros?

–Eu salvei Jack!

–Como você fez isso? Como salvou a vocês dois? Cadê as explicações que ninguém nunca teve.

Claudio fica em silêncio.

–Me fale!!!- Lorenzo o encara e o rapaz permanece em seu silêncio. – Por que você não fala?

–Eu acho que ele não quer falar sobre aquele dia.

–Jack!? Você ouviu...

–Aquele acidente foi traumatizante para Claudio. Ele teve que sacrificar todos os seus amigos para salvar apenas uma pessoa. Ele deve carregar um peso enorme nas costas.

Lorenzo olha para Claudio que sorria para o garoto.

–Como sabe?- indagava o rapaz.

–Vi nos seus olhos.

–Sou uma excelente cozinheira, garotas. Espero que gostem.- falava Sabrina.

–“Vadia”- pensava Patrícia. Por algum motivo, apesar de tudo, a garota preferia conversar com Sandra a Sabrina, a mulher era simplesmente insuportável. Ela exibia seu corpo adulto, com decotes e roupas apertadas. Sempre usava maquiagens fortes e marcantes. Os homens abaixavam-se aos seus pés. Sua personalidade fútil era outra coisa que desagradava.

Sandra já era um pouco mais recatada e quieta. Apesar de adorar abusar do sarcasmo, ela era mais acessível quando Patrícia queria conversar com alguém. Era assim que a loira conseguia distinguir as irmãs.

Assim que terminou de comer, elas a obrigaram a lavar a louça e a garota viu como uma oportunidade para levar algumas facas e outras ferramentas para o seu quarto. Assim que entrou, se trancafiou na sua “prisão” e foi até seu arsenal de objetos, que ficava ao pé da escrivaninha, havia garfos, colheres, alicates e chaves de fenda. Ela havia pensado em fugir pela porta da frente, mas ela estava muito bem guardada por homens musculosos.

–Essa noite, eu escapo desse lugar “sujo”.

–Boa noite décimo!!!

–Gokudera-kun? Yamamoto-kun? O que fazem aqui?

–Reborn teve a ideia de eu ficar perto de você. Talvez assim eu localize mais fácil à loira.

–Hum, isso pode ser verdade. E o Yamamoto-kun?

–Veio de enxerido. Ele viu isso como uma chance de rever o amor da vida dele.

–Hahaha.

–Como pode ver, ele nem revida.

Quando anoiteceu, Patrícia tirou o pijama e colocou roupas de sair, só faltava um elemento para o seu escape: óleo de cozinha para facilitar quando ela puxa-se a escrivaninha. A ultima vez que a moça tinha andado nas pontas dos pés, era para pegar sorvete de madrugada na sua casa, quando morava com seus pais.

“Quem me dera que meu medo agora, fosse pelos meus pais me pegarem tomando sorvete de madrugada.”

Delicadamente abriu a estante onde ficava este tipo de produtos, e retirou dois óleos de cozinha.

–Quero dois hambúrgueres e um refrigerante light, por favor!- era Sabrina. Ela estava em pé diante da lancheira. A loira notou que ela estava de olhos fechados.

–Ih!-Patrícia tapa sua boca ligeiramente. - “Essa vaca é sonambula!?”

–Apure... estou com...fome...

Patrícia olhou rapidamente pensando em algo e enxergou um pote de bolachas. Ela abriu e colocou o pote diante de Sabrina.

–Aqui está moça, desculpe a demora. - e saiu de fininho em direção ao seu quarto.

–Este hambúrguer está duro!

A moça escutou a porta da frente se abrindo e escondeu-se ligeiramente embaixo da mesa.

–Sabrina, você ainda tem essa mania de sonambulismo.

“Magno”- pensou a garota.

–Quero o meu refrigerante!- ela batia com o punho fechado na lancheira.

–Vamos!- ele a pegou no colo e foi em direção ao quarto dela.

–Quero meu refrigerante!

–Sim, sim moça! Estou levando você aonde tem refrigerantes.

A porta da frente estava aberta, abandonou os óleos de cozinha e esgueirou-se até a beirada e verificou se não havia mais alguém vigiando a porta. Magno devia ter dispensado sua turma mais cedo aquela noite para sorte dela e saiu correndo pelo corredor. Não fazia ideia de quantos andares ela estava, mas pela sua visão da janela, deveria ser uns cinco. Decidiu usar o elevador, quando a porta foi se abrir, conseguir ver dentro, três capangas de Magno.

Ela escondeu-se ligeiramente na esquina do corredor. Dois deles foram para a porta do apartamento e o outro adentrou novamente o elevador.

“Tss, droga!”

Ela desceu as escadas cansativas da forma mais silenciosa que podia, sempre lembrando que poderia encontrar um capanga do homem no hall de entrada. O último lance de escadas dava em frente à porta de saída. E para o azar, o capanga estava conversando com o porteiro e viu perfeitamente o capangam, ffentregando um maço de dinheiro ao homem. Ela tinha quase certeza, que o porteiro também tinha ordens de avisar caso ela saísse. Ela riscou a opção de sair pela porta da frente da sua lista.

Começou a traçar outra rota. Não havia banheiros no hall para ela escapar, o armário onde eram guardados os produtos de limpeza com certeza não possuíam janelas. Patrícia começou a olhar o hall até onde conseguia enxergar, havia uma porta fechada que dava de costas para o porteiro, mas de frente com a visão do capanga.

“Maldição, saia daí seu verme!” - pensou ela.

Ela esperou cinco minutos, já havia até sentado na esquina da escada e o homem não saia da porta. Ela estava temendo que logo percebessem que ela não estava mais no quarto, por sua sorte, ela havia trancado a porta do banheiro e acendido as luzes. Pelo menos iria engana-los por algumas horas.

“Poderia ter posto uma gravação do meu choro, mas eu não tenho um gravador. Nos filmes é tão fácil.”.

O capanga finalmente para de conversar com o porteiro e entra novamente no prédio.

“Aleluiaaaa!!!”- Patrícia tira os sapatos e desce a escada vagorosamente até a porta que estava fechada, ela abriu e entrou rapidamente. Não havia tempo para verificar a finalidade daquela sala. As luzes estavam apagadas, o que confortou a moça, isso indicava que não havia ninguém ali. Procurou o primeiro ponto de luz e para a sorte dela ele era grande.

Entre muitos tropeços, conseguiu chegar e era uma janela, mas sua decepção veio logo em seguida, havia grades também.

“Não posso me desesperar. Esse lugar tem que ter alguma saída de emergência!”- ela usou a luz que provinha do celular para tentar achar alguma coisa e conseguiu ver que aquela sala era onde os funcionários se trocavam. Havia achado um extintor, algumas roupas fedorentas, ferramentas e um banco com alguns sapatos, e nada de uma porta de saída. Continuou a procurar e se assustou ao ouvir vozes, tropeçando e se batendo contra algo de metal. Ela escutando passos se direcionando para a sala onde estava e se escondeu ligeiramente abaixo de um banco.

O porteiro abriu a porta e olhou a sala tomada pelo breu. Para sua visão não havida nada e fechou a porta. Patrícia soltou o ar e agradeceu pela sorte do homem não ter acendido as luzes. Sua atenção agora era sobre a parede de metal que ela havia se esbarrado. Direcionando-se com as mãos a encontrou novamente. Conseguiu achar um grande trinco, ao girar ele estava fechado.

“Droga!”- subitamente lembrou que havia visto algumas ferramentas largadas pela sala, o problema era saber onde estavam. Direcionada pelos toques das mãos temendo que o porteiro visse a luz do celular e andando em linha reta para não perder a porta a localização da porta. Ela encontrou de tudo, até mesmo as roupas fedorentas novamente e o pior que desta vez ela havia tocado nelas, mas valeu a pena, pois encontrou o que precisava.

Voltou à porta e tentou abrir sua fechadura. Aquilo era mais difícil do que parecia, até tirou os parafusos e com muito esforço e sem saber como, ela conseguiu abrir a porta. Gentilmente a encostou e saiu por pequena escada de três degraus que dava para um beco. O ar da noite entrou pelo tecido da sua roupa e alcançou sua pele, a fazendo arrepiar-se.

Andava cautelosamente tentando se orientar onde estava. Namimori era muito assustadora de madrugada, era quase que silêncio absoluto pelas ruas.

–Ei coisinha fofa! – alguém agarrou seu braço. Ela se virou e deu de cara com um homem asqueroso esteticamente. A sua face revelava que sua alma deveria ser da mesma forma. - Quanto você está cobrando?

–Eu não sou o que você pensa!

–Então o que você faz sozinha há essa hora na rua?

–Não te interessa!

–Ora, ora o que encontramos por aqui!- falou outro homem acompanhando por mais dois.- estes estavam com bonés e capuz, que ela não conseguia ver os rostos.

“Merda!”

–Você é uma gracinha!- o homem tentou tocar o queixo dela.

–Não me toque!

–E com personalidade! Assim que eu gosto.

Patrícia amarra a face tentando parecer assustadora, claro que não foi efetivo. Os homens começaram a se aproximar dela. Uma marca vermelha surge no poste de luz que estava abaixo deles e começou a falhar, chamando por segundos a atenção deles. Esses segundos foram mais que suficientes para Patrícia sair correndo.

–Eii garota! Volte aqui!!!

Surgem sinais vermelhos em todos os postes daquela rua. Eles se apagam, formando um breu profundo, não havia como enxergar a garota.

–O que está havendo? Onde estão vocês?-falava um dos homens.

–Aqui senhor!

–Ligue para eles! Eu quero aquela garotinha.

–Gokudera!? O que houve?- falava Tsuna para o amigo que estava em busca da sua lanterna.

–Eu senti alguma coisa décimo! Vou verificar!- ele mostrava a lanterna.

–Você não vai sozinho! - Afirmava Yamamoto já levantando.

–Vamos todos juntos!- afirmou Tsuna.

–O quê!? – Patrícia estava em outra rua, diante de mais ou menos seis caras medonhos. Atrás dela estavam vindos os outros de antes.

–O que eu não faço por uma carne fresca!

–Que nojo!

–Tss! Pegue ela!

–Me perdoe...- Patrícia falava para si e fechou os pulsos em seguida. Algo brilhou em sua mão.

Rastros de luzes vermelhas surgem dos postes de luz, deixando a rua no breu. Eles avançam e tomam conta dos corpos dos homens ao redor da garota.

–O que é isso!?- os homens esfregavam suas roupas e pele na tentativa falha de retirar os sinais.

O líder deles olhou para Patrícia, os olhos verdes dela estavam acesos, parecia o brilho de esmeraldas na escuridão. Suas mãos estavam abertas para cima que emitiam rastros de luzes vermelhas.

–Décimo o que está acontecendo!?

Tsuna havia se ajoelhado e gemia de dor. O sinal de sua mão latejava como jamais havia sentido. Ele parecia rasgar sua pele e sugar toda a sua força.

–Gokudera você está sentindo a presença da energia dela?

–Sim! Está forte!- o rapaz sentia como se algo queria empurra-lo longe a todo custo.

–Então vá! Eu cuidarei de Tsuna.

–Mas eu sou...

–Vá logo! Precisamos dela!

–Me desculpe Décimo... - e ele sai correndo.

–Peguem ela!

–Huhuhu!-e ela fecha suas mãos e todos caem ao chão.- Podem até tentar, mas não conseguirão.

–O que... você fez?

–Apenas usei a eletricidade ao meu favor! Vocês levaram pequenos choques e irão ficar com os corpos amortecidos por algum tempo. Eu devia acabar com a raça de vocês, mas eu não sou uma assassina! Que sorte!

–Te pegarei!

–Cale a boca!- ela chuta o rosto dele.

As energias dos postes começam a voltar vagarosamente e a rua a ficar iluminada. Quando Patrícia virou para sair em disparada, crente que a situação com certeza deve ter chamado à atenção, topou com algo quente, que a agarrou pelos braços.

–Patricia-chan!?

–Essa voz... Gokudera-kun!?- ela tenta se afastar, mas o rapaz a segura pelos braços.

–Eu finalmente te encontrei! Vamos até o décimo!

–Me largue! Você está me machucando.

–Quero ter a garantia que não irá fugir!

–Não vou fugir! Largue-me!

–Huf! Depois de tudo que aconteceu?- ele a ergue e a coloca sobre ombro.

–Me largue seu idiota! Isso é humilhante!- ela se debatia no ombro dele.

Sem respondê-la, Gokudera a levou até onde Yamamoto e Tsuna estavam. Takeshi havia encostado Tsuna em um muro. A aparência dele era preocupante, ele estava muito pálido e abatido. Quando Patrícia o viu, se debateu até tocar o chão e saiu correndo ao encontro dele. Pegou a mão que estava o sinal e dela saíram espirais, que se espalharam por todo o do garoto até desaparecerem. A cor voltou ao seu rosto.

–Me perdoe Tsuna! Você não deve estar entendendo nada, mas, eu irei contar tudo a vocês!

–Eu sei que sou um clone.

Patrícia ficou estática.

–Eu vi o que você fez com aqueles caras que a estavam atacando. Você é o mestre dele, não é?-indaga Gokudera.

–Quem contou isso a vocês?

–Um velho amigo literalmente.- afirma Gokudera.

–Sim, você é minha criação. – ela falava para Tsuna. - Um dos meus clones humanos mais perfeitos!- ela senta ao lado dele. – Essa marca doeu agora?

–Muito!

–Me desculpe, eu tive que usar sua energia para lutar contra aqueles caras! Manter você está acabando com minhas próprias energias. E eu já a emprestei uma vez também sem pedir. – ela pisca para ele.

–É melhor nós irmos para a casa do Tsuna. Aqui não é seguro. - Yamamoto estende a mão para a loira. Ela olha e pensa por breves segundos até aceitar a gentileza. Ela não teve coragem de encarar Yamamoto.

Voltaram para a casa de Tsuna, fizeram à loira se alimentar e tomar banho. Na claridade, Yamamoto pode ver como ela estava abatida e parecia mais magra. Ela estava com olheiras quase marcantes. Parecia estar nervosa já que não parava de enrolar os fios de cabelo no dedo indicador e sua respiração estava um pouco ofegante.

Patrícia contou da sua prisão de luxo, das gêmeas, Magno e de como escapou do apartamento. Os rapazes realmente ficaram surpresos com a capacidade dela.

–Eles lhe tratavam mal?

–Não. Apesar disso, o estresse não me deixava dormir ou relaxar a noite. E só ficava maquinado como ia escapar de lá.

“Em tão poucos dias e ela já demonstra sinais de cansaço!” –pensava Takeshi.

–O que vocês sabem além dele ser um clone? E como você está lidando com isso Tsuna? Eu nunca te contei nada!

–Eu... Eu estou perdido. Eu sou uma coisa, não sou humano.

–Você é o Tsuna! Você possuiu as memorias, a forma e os sentimentos dele. Não precisa pensar que você é apenas um objeto. - afirma Patrícia.

–Impossível!!!

–Ou você aceita que é o Tsuna ou aceita que é um clone! Se ficar em cima do muro você vai entrar em parafuso e eu vou ser obrigada a apagar algumas memórias suas e não quero fazer isso!

–Apagar todas as minhas memorias?

–Somente aquela onde você descobriu o que é de verdade! Aí todos vão saber o que você é menos você! Quer realmente isso?

–Não!

–Patrícia!- alguém a chama surpreso. Era o nosso querido bebê mafioso.

–Reborn!

–É bom ter você aqui! Os garotos te acharam rápido.

–O que você pretende fazer?

–Ir para a Itália achar o verdadeiro Tsuna.

–O verdadeiro está vivo?

–O que quer dizer?

–Bem, o que estado que eu o vi quando fui clona-lo era complicado. Pensei que... Bem, vocês entenderam.

–Patricia-chan, nos conte tudo o que você sabe.

–Não sei muita coisa. E para ser sincera, eu não sei para quem eu trabalho.

–Como assim?

–Por eu ter esses poderes, fui chantageada e se não obedece-se aquelas gêmeas estupidas, eu ia sofrer as consequências. Eu fui obrigada a fazer aulas de japonês, a estudar o seu país e vir morar para cá. Eles me enfiaram em um prédio em chamas e tive clonar um garoto que estava inconsciente no chão.

–O Tsuna.- completa Reborn.

–Sim. Por causa da clonagem, eu sabia que Tsuna tinha poderes. Isso me deixou muito intrigada. E com Gokudera o chamando de décimo, supôs que ele devia ser alguém descendente de um ser mitológico, sei lá! Apesar de que depois, vi que era apenas uma brincadeira idiota de garotos.

–Brincadeira idiota!?- fala Gokudera.

–Claro! Tem que ser muito estúpido para ficar chamando o amigo de “décimo” para cá, “décimo” para lá. Você leva suas apostas muito a sério.

–O DÉCIMO é o futuro ...

–Gokudera!-Reborn o impede de continuar.

–Me desculpe, Reborn.

–O que são vocês afinal? Tsuna tem poderes, vocês dois tem poderes. Reborn é um bebê, mas age como um adulto. Lambo e I-pin não parecem crianças normais. O que está havendo?

–Você está falando a verdade?-indagava o bebe mafioso.

–Deixarei você decidir Reborn. Mas eu sei que vocês precisam de mim, por causa do meu clone. Eu os ajudarei.

–Uma coisa eu não entendi, o que estão usando para chantageá-la?- indaga Yamamoto.

–Irão eliminar meus pais.

Todos arregalam os olhos.

–Você enfrentou isso sozinho o tempo todo?

–Mais ou menos.

–E o seu irmão? Você contou que possuiu um. - relembra Gokudera.

–Eu o odeio! É por causa dele que estou nessa situação. Ele é o estúpido que revelou que possuo poderes para o chefe dele e acabou com a minha vida normal.

–Junte-se a nós, Patrícia! Temos condição de ajuda-la e resgatar seus pais. Falava Reborn.

–Eu já estou do lado de vocês. Eu fugi por causa disso.

–Se é assim, está feito!

–Antes de qualquer coisa, o que são vocês? Onde eu estou adentrando afinal?

Reborn sorri sarcasticamente. – Bem vinda a Vongola, Patrícia. Você acaba de adentrar na máfia italiana.

–Vongola? Máfia? Isso significa que todos vocês são...- ela olha para todos surpresa. – Mafiosos!?

Todos olhavam sorridentes para o mais novo membro.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do novo membro asuhuash E gente o que estão achando da Patricia? Já imaginavam que ela estava escondendo tanta coisa? ^^

Bj o e Brigada por acompanharem a história até aqui *_______* Um Feliz dia das mães para vcs *O*



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