Céu Selvagem escrita por Ariadene Caillot


Capítulo 10
Os três jovens mafiosos


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal. Demorei mas escrevi o capitulo 10 aushuash E nossa como ele fico longo até o.o tava inspirada asuhaushu Bem logo ja vou começar o cap 11, algumas coisas eu ia por nesse mas como achei que ia ficar longo demais, resolvi por no 11 XD

Espero que gostem ;) E boa leitura.



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– Finalmente na terra do sol nascente!- exclamava Basílio.

–Ei, amigo. –Falava o piloto do jatinho. -Seu carro é aquele preto.

–Grazie, amico mio!

–Buon viaggo!

Basílio estava animado. Nunca tinha saído da Europa e agora era a chance de conhecer outro continente. Só tinha que tomar cuidado para não perder o foco.Faltava pouco para chegar a Nanimori.

Enquanto isso, Tsuna estava deitado em sua cama. Seu cabelo estava todo desarrumado e sua camisa aberta. Trazia consigo um sorriso enorme no rosto. O motivo de sua felicidade estava cochilando em seu peito, era a sua linda ruiva.

O dia para ele estava sendo muito bom, apesar de estar curioso acerca do pequeno sinal azul. Ele estranhou na hora que foram sair de Kokuyo Land, Mukuro o olhou e parecia querer dizer algo a mais, mas parece que desistiu no mesmo instante.

Sentiu algo quente e úmido tocar seus lábios. Era Kyoko. No mesmo instante, já havia esquecido o que estava pensando. Kyoko começou a beija-lo no pescoço e foi descendo para o peitoral, barriga e passou a mão de leve em uma parte bem sensível dele, o fazendo gemer de prazer.

Ele levantou e tomou Kyoko em seus braços. Rapidamente tirou o sutiã que ela estava usando e começou a beijar seu peito. Ficou por cima da jovem e puxou os cobertores. Aquele tarde seria quente.

Uma bolinha de borracha tocava o teto ritmicamente e Uri acompanha os movimentos hipnóticos dela, até que pareceu ter se entediado e decidiu deitar na barriga do seu dono para um pequeno cochilo.

Gokudera parecia deprimido, deitado no chão de barriga para cima e jogando a bolinha para o teto. O baile passava várias vezes pela sua cabeça: a dança, a brincadeira, a Haru com raiva e ela se desculpando quando a deixou em casa. Mas a principal parte era quando Haru deixou claro eles serem apenas amigos.

O rapaz estava um pouco confuso. Por que raios ele havia se magoado em apenas ela pensar nele como amigo? Ela já não tinha deixado claro? Ele sabia dos sentimentos dela pelo décimo e a energia disposta para supera-los. Mas aquilo parecia ter o apunhalado pelas costas, sentia-se traído e decepcionado.

“O que eu deveria estar esperando afinal?”- pensou.

Na verdade ele sabia, mas o seu orgulho o impedia de admitir. Havia surgido o sentimento por ela e não era somente amizade.

“Eu não acredito que me apaixonei por aquela estúpida!” – pensava. Teve que fazer um esforço enorme apenas em admitir. Ele colocou um dos braços sobre os olhos e deixou a bolinha cair e rolar pelo quarto. Uri levantou a cabeça observando assustado. - “Ela gosta do décimo! Eu nunca irei superar ele!”- fechou suas mãos com força. Uri levanta-se e começa a lamber o rosto do seu dono. O rapaz sorri e acaricia a cabeça do pequeno gato.-“Vou esquecer isso! E concentrar-me novamente na Vongola!”

Ele leva um susto quando seu celular toca. Já havia perdido as contas de quantas vezes já haviam ligado naquela tarde e enviado mensagens. Ele nem sequer teve a curiosidade de ler, apenas viu que eram de Yamamoto, Patrícia e Haru. Pelo jeito, haviam percebido que ele estava estranho no colégio, já a Haru, ele não sabia o motivo. Pegou em mãos e o visor mostrava que era a morena.

–Justamente quando eu havia pensado em te esquecer... - a dúvida prevaleceu em atendê-la, sua reflexão foi tão longa que o celular parou de tocar. Largou ele na mesa novamente e foi tomar banho.

“Nada como um banho relaxante.”- pensava ele deitado na banheira.

Mas seus pensamentos foram interrompidos por gritos. Começou a praguejar achando que eram os seus vizinhos do andar de cima. Ouviu um estrondoso barulho em seu apartamento que o fez pular da banheira. Enrolou uma toalha em seu quadril e foi verificar o que era.

Ouviu gemidos vindos da sala e deparou-se com uma garota sentada no chão assoprando as mãos.

–Isso dói!!!Haru nunca mais arromba uma porta.

Gokudera olhava pasmo para a cena. Por que raios ela estava ali? Não encontrou forças para falar, sua surpresa era grande mais. O que seu destino estava tentando fazer com ele? Queria esquece-la, mas a traz em sua casa sem avisos? Ele começou a analisar, deveria ser porque ele a fez sofrer ao tentar ajudar Tsuna a ficar junto de Kyoko, agora ele deveria pagar o preço. Mas, o que tinha de mal nisso? Ele apenas queria ajudar o seu chefe. Pensar assim voltou a deixa-lo deprimido.

–Gokudera-kun!!!- gritava ela animada ao perceber sua presença e em meio segundo encabulou-se ao vê-lo somente de toalha. – Desculpa! Desculpa! Haru veio em má hora. – desviou o olhar. - Mas Haru estava preocupada, Gokudera-kun não atendia ninguém. – a garota esperou por uma resposta, mas nada veio. – Está bem? – ela levanta e se aproxima com cautela, deixando suas inibições de lado. -Está com uma expressão estranha. - quando ela foi tocar seu rosto, ele se afastou.

–O que faz aqui?- respondeu ele quase sem ouvir sua voz.

–Estava preocupada... - ela mal percebeu que estava usando a primeira pessoa- Eu estou me sentindo mal pelo baile. Não devia ter brigado com você daquela maneira.

–Não foi nada demais! ”Mentira!”- pensava ele.

–Não, aquilo não foi como nossas outras brigas. Eu não quero te perder por uma bobagem. Não sei o que deu em mim aquela noite.

Suspira.- Você criou uma imagem sobre mim que não existe Haru. Quando eu quebrei essa imagem, você ficou zangada. Só não entendo porque você já me conhecia antes e sabia como eu era.

–Eu não criei! – Haru exaltou-se, percebeu de imediato e fez sinal de desculpas para o rapaz. – Essa parte em você existe, mas apenas não admite. Protege-se do mundo com sua personalidade rebelde. E... –olhava o chão- Fazia certo tempo que você não me tratava como antes, fiquei muito braba quando fez aquela brincadeira de mau gosto. – quando voltou à visão para o rapaz, ele estava encostado na parede, de braços cruzados, olhando atentamente para ela. E não parecia que ia sair palavras de sua boca. – Gokudera-kun, poderia falar alguma coisa? Não estou falando do Tsuna-kun desta vez, onde você apenas me ouve! É sobre nossa amizade. Envolve você. Eu quero ouvir o que tem a dizer.

Gokudera continuava com sua expressão seria, mas seu olhar parecia estar observando o seu corpo por inteiro, não somente isso parecia que ele enxergava sua alma. Era um olhar que ela nunca havia visto nele.

Ela por sua vez, não conseguia olhar por muito tempo para Hayato, mas acabava sempre encontrando com o seu olhar. Seu peitoral estava exposto e molhado. E ele era como Haru havia imaginado: músculos definidos e atraentes, as pequenas gotículas de água escorrendo só pareciam aumentar a intensidade sexy do corpo dele. Estava se esforçando para o seu corpo não controla-la. Parecia até que ele estava fazendo de proposito, aquela pose estava deixando seu corpo em evidencia como se ele quisesse que ela o agarra-se.

“Então você sabe como atrair uma mulher quando quer!”- pensava ela. Afinal o jovem nunca dava atenção quando as garotas flertavam para ele. Um pequeno sorriso discreto surgiu no rosto dele, Haru interpretou como contentamento por ele ver que conseguia mexer com ela.

Se o que Patrícia havia falado era verdade, Gokudera estava gostando dela e Haru só imaginava nas besteiras, como ela chamava, que poderiam acabar fazendo. O olhar de desejo por ela daquele momento, só parecia comprovar sua teoria. Tratou de juntar forças para criar uma frase, pois clima estranhamente “caloroso”, por assim dizer, estava se formando entre eles. Haru sentia sua pele formigar, seus lábios estavam secos, a respiração estava ofegante e o lugar ficou estranhamente abafado.

–Ainda...- sua garganta estava seca- ainda está magoado com a Haru?

A expressão dele se transformou em desgosto. -Não! É comigo mesmo. Equivoquei-me com algumas coisas. - falava já caminhando para o quarto.

–Gokudera-kun, Haru não quis te ofender. Perdoe a Haru!!!- o jovem para na soleira do quarto- Gokudera-kun é uma pessoa muito especial!!! Por favor!!!

Ele volta e sorri melancólico para ela. – Eu percebi...- o rapaz coloca delicadamente uma mecha solta atrás da orelha dela. A garota pode sentir o calor aconchegante que irradiava dele– que você pode ficar sem mim agora. Já está forte o suficiente para caminhar sozinha.

Haru agarra a mão dele. Seria possível que aquele momento atrás era um pequeno teste dele? Era o que passava pela cabeça dela.– Não, não, não!!! Haru não pode ficar sem Gokudera-kun.

–Não precisa mais de mim! Ache agora um homem que ambos se amem. Voltaremos nossa relação como era antes.

–Não!!!- ela o agarra chorando e Gokudera não retribuiu o abraço. -Eu quero você perto de mim!- estava tão desesperada, que ate esqueceu-se de trata-la na terceira pessoa.

–Ainda seremos amigos! Melhor você ir!

Ela o agarra mais forte, quase arranhou as costas dele na tentativa de segura-lo.

–Não é pelo Tsuna! Não é porque eu preciso de você para superar o amor que eu sinto por ele. Mas, porque quero o meu Gokudera-kun que adoro tanto perto de mim! – ela coloca suas mãos no rosto dele, gotas rolavam pelas maças do seu rosto. - Você é meu melhor amigo.

Gokudera foi tomado pelo espanto. Sem pensar, sorri e a abraça forte. Ele não conseguiria se afastar dela, pensava ele. Prometera a si mesmo que não a magoaria e ficaria ao lado dela. Apenas tinha esperanças que não saísse ferido desta história.

Haru soluçava, mas o abraço aconchegante dele a reconfortava. Ele era tão quentinho, pensava ela. E a sensação da pele úmida era gostosa e confortável. Não queria largar dele nem por um segundo. Podia ouvir as batidas do coração dele, elas estavam aceleradas como as dela. A respiração dele fazia cocegas em seu pescoço e como sempre, estava com aquele delicioso perfume.

O abraço foi interrompido quando ele sentiu uma estranha brisa abaixo dos quadris.

–Gokudera-kun algo caiu nos pés da Haru...- ela já virando a cabeça para olhar para baixo.

–NÃO OLHE SUA IDIOTA!!!- ele tampa os olhos delas imediatamente.

–HAHI !!!O que houve?

–Vire-se de costas e não olhe para trás!- nem precisava ela virar, ele já a tinha virado quase beijando a parede.

–Por quê?

–Não pergunte sua estúpida! Apenas fique olhando a parede!!!

Ela assentiu e Gokudera recoloca sua toalha de banho rapidamente no quadril. Só imaginava o escândalo se a Haru o tivesse visto nu.

–Mulher, eu vou terminar de tomar banho e continuamos a conversar.

–Jackkk!!! Olheee!!!Olhee!!!

–O que Paola?

–As borboletas! Tão vivas!!!

–São lindas!

Os dois irmãos estavam sentados entre as flores do jardim. Uma flor amarela adornava os cabelos de Paola.

–Estou tão feliz de estar visitando você, Jack. Madre não deixava vir até a mansão.

–É para sua proteção, mia sorella.

Paola ria.

–O que houve?

–Seu sotaque é estranho, Jack.

–Estranho?

–Sim. Deve ser a mistura do seu sotaque inglês com italiano.

–Eu acho que sim!- ele ria também.

Mio fratello, queria muito ter conhecido você antes. Madre foi má nessa questão.

–Eu também Paola. Mas acho que Adelina tinha medo de você se machucar pelo caminho. Pense se você estivesse junto no dia em que perdi minhas memórias.

–Eu sei. – encostava-se ao ombro do seu irmão.

–Mas agora que nos conhecemos, às vezes você pode me visitar e vamos nos divertir.

–Sí, sí! O que acha de ler um livro para mim? Ingleses leem muito não é?

–Err... Na verdade não gosto muito de ler livros.

–Ehhhh!!! Mas você viveu na Inglaterra, devia gostar de ler. Estranho.

–Gosto mais de HQs. Posso ler uma para você.

–Hum... Prefiro um livro. Leia Alice para mim, Jack!

–Ok, ok, Paola. – falava Jack tendo sido derrotado.

–Olá senhorita! – cumprimentava Cielo.

–Oh! Ah, olá!- respondeu uma jovem loira de cabelos curtos, olhos verdes e pele clara, que estava sentada em um banco do jardim. Usava um vestido branco de tecido leve. Havia algumas fotos espalhadas pelo banco e algumas estavam em suas mãos.

–Bem, você me deu o medalhão outro dia e eu não sei o seu nome.

–Chamo-me Marcella e você?

–Hum... – ele pareceu pensar por segundos qual nome daria – Chamo-me Cielo, prazer. – ele beijava a mão dela.

Ela riu envergonhada. – Que gentil, achei que os homens não faziam mais isso.

–Você é uma dama, merece ser tratada como tal.

Ela ria.

–Então o que está vendo?- ele senta no banco.

–Fotos de viagens passadas e algumas que minha irmã me enviou.

–Costumava viajar muito?

–Sim, meus pais adoram fazer turismo por aí.

–E onde pretendem ir este ano?

O sorriso dela desaparece e Cielo não percebe esta mudança. -Não sei, tivemos alguns contratempos.

–Contratempos?

–Meus irmãos estão morando em outros lugares, meus pais estão resolvendo alguns negócios e eu estou aqui enquanto isso com alguns conhecidos do meu irmão. Quando eles voltarem, retornarei para casa.

–Então por isso comecei a vê-la há poucos dias por aqui.

–Isso mesmo. – ela riu. – Você me disse outro dia que não tinha noção do porque estar aqui. Já descobriu?

Ele riu- Nenhuma pista ainda. - Cielo toma uma das fotos em suas mãos. – Que belo lugar, onde é isso?

–Aqui é Lisboa em Portugal. Chama-se Cascais e tem um dos melhores sorvetes que já provei! Recomendo muito! E nesta foto estamos na Muralha da China.

–Uauuu, incrível!!! Li um livro que citava sobre ela. É mais bonita do que imaginei.

– E este é o Museu do Prado, fica em Madri na Espanha.

–Lindo!!!-Cielo toma duas fotos em mãos. Uma delas mostrava a torre de Tokyo e a outra o Big Bang. Cielo observa ambas atentamente, havia algo familiar nelas. Como se ele já estivesse em algum desses lugares.

–Cielo, você está bem?

Cenas começaram a vir em sua mente, eram muitas delas e ele não conseguia assimila-las. Viu o sinal azul e vermelho em suas mãos vibrarem e brilharem. Sua mente começou a ficar confusa, tudo estava girando e o desespero começou a tomar conta de si. Foi quando tudo ficou escuro e Cielo desacordou. Marcella o tomou em seus braços e gritou por ajuda.

–Tsuna-kun, o que houve? Você está pálido. – perguntava Kyoko.

O rapaz estava sentado à beira da cama. Sua visão estava turva e sentia-se fraco, não encontrava forças para responder à namorada. A garota estava perplexa, há segundos atrás ele estava bem, pronto para acompanhar ela até sua casa. Ela o deitou na cama e foi pedir ajuda para a mãe dele. Não demorou muito para ela e Reborn estarem no quarto.

–Tsu-kun, o que está acontecendo?

Reborn disfarçadamente olha a mão do rapaz, o sinal estava vibrando e brilhando mais forte desta vez.

–Vamos ter que leva-lo no médico. Como ele pode ficar mal de repente!?

–Ei!!! Espere garota! Você não pode entrar assim aqui. – Todos escutaram Bianchi falando alto com alguém na escada.

–Não tenho culpa se você não queria me deixar entrar. – a voz parecia a de Patrícia. De repente ela apareceu sem folego na porta do quarto. – Oi pessoal.- ela observa Tsuna. – O que está acontecendo aqui?

–Ele está passando mal.- responde Kyoko perplexa.

–Nossa Tsuna-kun. – ela quase corre para cama dele, se ajoelha no chão e pega uma de suas mãos. – Tadinho! Mas se acalme você já vai melhorar! É apenas um mal estar.

–O que veio fazer aqui Patricia-chan?

–Eu perdi meu celular em algum lugar e estou desesperada atrás dele. Achei que talvez tivesse esquecido aqui, quando viemos estudar ontem.

–Entendo.

–Desculpe ter chegado há uma hora ruim.

–Tudo bem Patrícia –chan. Você não tinha como saber. - responde a mãe dele. - Acho melhor levarmos ele para um hospital.

Todos concordam.

–Cielo, você está acordado?

–Hummm.... Marcella?

–Sim, sou eu. Oh, Cielo! Deixou-me tão preocupada!

–O que houve? Onde estou?

–Está em seu quarto, ajudaram-me a trazê-lo até aqui. Você desmaiou enquanto conversava comigo.

–Deve ter sido pela sua beleza. – ele ria e Marcella sentiu suas bochechas corarem. E assim levanta.

–Você já está bem para levantar?

–Sim, sinto-me tão bem que nem parece que tive um desmaio.

–Consegue se lembrar do por que desmaiou?

Ele fica pensativo. – Não! Lembro-me de estar conversando com você apenas.

–Bem, o que importa que esteja bem.

–Sobre o que estávamos conversando mesmo?

–Err...Livros! Você estava me contando sobre um.

–Estou apreensiva.

–Calma. – Patrícia coloca uma das suas mãos sobre as de Kyoko. – Aposto que não é nada.

–Olha o medico garotas. – era um robusto senhor alto de cabelos e olhos negros.

–Então senhora e senhoritas, podem ficar calmas. Ele não tem nada. Deve ter sido apenas um cansaço. Recomendo que ele descanse quando chegar a casa.

–Que ótimo noticia!

–A senhora poderia vir comigo para resolver a papelada?

–Claro! Meninas, vamos!

–Podem ir lá, vou ao banheiro rapidinho.

Ao se afastar e virar o corredor, Patrícia tira o celular que estava vibrando em seu bolso e fica diante de uma janela. Ela não percebe que Reborn a tinha seguido.

Ciaoo!!!Quanto tempo!!! Também estou com saudades. , mas já está tudo resolvido por aqui, nem se preocupe. Você já ligou? Ah, ainda não. Bem, mande-me uma mensagem daí. Ahh sobre aquilo, ainda não achei um jeito, mas já tenho algumas ideias. – Patrícia ria e logo sua voz fica em tom de preocupação. - Eles estão bem? Ótimo, fico mais aliviada. Ti amo, addio!

Quando Patrícia se vira para ir até os outros, Reborn estava diante dela, a observando, sorrindo sarcasticamente.

–Reborn!?- ela parecia assustada.

Ciao!– cumprimenta ele.

–Ciao!

–Você não havia perdido o seu celular?

–Ele estava na casa do Tsuna-kun. Esqueci embaixo da mesinha. Vamos? – ela vai andando rápido até a mãe e a namorada do Tsuna.

–Hummm. – analisava Reborn.

–Jack!? O que você fez!? – perguntava Lorenzo assustado.

Paola estava atrás do mestre, com sua face tomada pelo o medo. O menino estava de joelhos e olhava suas mãos, amedrontado, suas luvas estavam queimadas.

–Jack! Está me ouvindo?

O garoto tremia e nenhuma palavra sequer saía de seus lábios. Ele subitamente colocou as mãos na cabeça e gemia como se estivesse com uma dor intensa.

Claudio chegou de repente, apenas o tomou em seus braços e saiu correndo. Lorenzo sequer conseguiu perguntar o que estava havendo para o homem. O mestre do garoto olhava a sala com horror: havia restos de papeis e moveis queimados por toda parte da sala, parecia que algo havia explodido ali.

–Paola, o que houve minha querida?

–Jack estava lendo para mim, de repente ele parou e tudo pegou fogo, começando pelo livro. As coisas começam a explodir.

–Explodir!?– quando Lorenzo mal completou a frase, ouve-se mais um barulho de explosão.

–Jack, controle-se! – implorava Claudio, com o garoto se contorcendo em seus braços. Sinais azuis começavam a aparecer nos objetos e eles explodiam pelo corredor.

–Claudio, entre aqui com ele. – Apontava Adelina para uma porta. Era a sala onde Jack tinha suas consultas com a psicóloga. Claudio o estendeu sobre o divã. O garoto continuava a se contorcer e o rapaz pegou suas mãos nas dele.

–Jack, por favor! Controle-se!

–Adelina encosta dois dedos na testa do menino, sobre o capuz e ele imediatamente dorme. – Está feito! Que raios de trabalho mal feito é este, Claudio?

–Tudo se descontrolou de repente!

–Ora, ora, então alguma peça não está executando o trabalho adequadamente. Será que vou ter que eliminar esta peça defeituosa?

–NÃO! Por favor! Eu resolvo isso!

–Huf! Eu resolverei! Quanto a você, faça o seu trabalho que é cuidar dele, se não quiser mais “sinais” de fracasso.

–Sim chefe!- Claudio toma Jack em seus braços e o observa com tristeza. Adelina abre a porta para eles e se deparam com Lorenzo.

–O que está acontecendo?

–São as memórias dele. Quando tentam voltar, acontece isso!- explica Claudio.

–Mas eu nunca o vi neste estado!

–Ninguém viu, foi a primeira vez que foi assim tão forte. Com sua licença mestre, eu preciso leva-lo para o quarto.

Lorenzo dá lado para o jovem loiro passar.

–Adelina, leve o garoto para um hospital!

–Hahaha! Lorenzo suas ideias são tão estúpidas! Somos parte da máfia, meu querido! E não haveria necessidade! Temos médicos especializados por aqui!

–Mas...

–Mamãe... – Paola agarra o vestido dela.

–Oh meu bem, Jack te assustou? Venha tomar um chá comigo e se acalmar. Até mais, Lorenzo. – Ela o olha com desprezo e segue com Paola.

Jack desperta e percebe alguém na poltrona que ficava no seu quarto.

–Paola, é você?

–Não, sou eu jovem senhor.

–Claudio!? O que está fazendo aqui? Você tinha sumido.

–Ficando ao seu lado, meu jovem, como sempre fiz.

Mais tarde, Jack deitado em sua cama, sem sua mascara e capuz. Seu quarto era escuro, parecia ser proposital para ninguém enxerga-se como o garoto era. O quarto ficava no ultimo andar, e havia arvores na frente das janelas. Ele sempre se sentia em uma gaiola quando estava ali. Apesar de ter ordens para não mostrar seu rosto de maneira alguma, Adelina e Claudio eram exceções. Claudio, além dele, era a única pessoa que saiu viva daquele incidente que houve e assim viu o rosto de Jack. Adelina era a chefe, ela precisava saber quem ele era. Era por isso que o rapaz loiro foi escolhido como acompanhante de Jack. Nem mesmo Lorenzo poderia ver o rosto do futuro chefe da família.

–Claudio você está bem? Sua voz demonstra mau humor!

–Huhuhu, sim estou de mau humor.

–E porque está usando capuz e mascara? Você os odeia.

–Às vezes eu quero usa-los. Lembrar o que realmente estou fazendo aqui. - respondia o rapaz em seco.

Jack pula da cama e vai até o loiro, que puxa ainda mais o capuz para frente.

–Aconteceu alguma coisa? Você sumiu por dois dias.

–Nada! Volte a dormir.

Indignado o garoto puxa o capuz do rapaz e não conseguiu esconder o espanto. Claudio estava com alguns hematomas no rosto e um corte perto da boca. O rapaz vira sua face bruscamente para o lado oposto, mas já era tarde demais.

–O que houve Claudio!?

–Eu briguei com alguns caras.

–Por que?

–Não te interessa! – ele levanta em um pulo-Volte a dormir!- empurra Jack para a cama.

–Claudio, por que estou no meu quarto? Eu não me lembro de ter vindo para cá.

–Você acabou adormecendo enquanto lia para Paola e eu o trouxe para cá. – Jack senta na cama.

–Claudio, eu sonhei com flores rosa clara, ficavam em uma grande árvore. Eu estava com algumas pessoas embaixo dela, acho que estávamos lanchando... Um piquenique! Isso! Um piquenique! Mas eu não me lembro de ter visto estas flores por aqui! Será alguma lembrança?

–Talvez! Vá saber quais tipos de árvores existem na Inglaterra!

–Eu poderia pesquisar na internet!

–Você sabe que podem te rastrear se usa-la. A resposta é não!

–Você não parece querer que eu recorde o passado.

Suspira. - Jack, entenda. Já falei milhões de vezes, você é um futuro chefe da máfia, precisamos protegê-lo a todo custo.

O garoto fecha a cara.

–Pode ficar de mau humor, eu só me preocupo com você.

Bueno Noche!- entra Lorenzo repentinamente no quarto, Claudio rapidamente joga um lençol sobre Jack.

–Você não sabe bater Lorenzo?

–Que mau humor é esse Claudio? Alguma mulher te deixou... O que houve com o seu rosto?

–Nada!

–Bem, vim falar com Jack! Quero saber como ele está.

O jovem garoto apenas enxergava um vulto de seu mestre, através das finas linhas do lençol.

–Retire-se do quarto por segundos que logo ele falará com você.

–Não preciso que ele se apronte.

–Ele está com o seu rosto exposto!

–Não tenho problema com isso.

–Regras são regras! Você não está autorizado! Retire-se.

–Tudo bien, tudo bien!

–Coloque a mascara e o capuz Jack, logo retorno. - Claudio vai para o corredor onde estava Lorenzo.- Mestre, eu peço que não fale o que houve com ele.

–Vai esconder os fatos?

–Sim, antes quando falávamos desencadeavam mais reações como aquela. Se se importa com ele, não fale nada.

Suspira.- Ok, ok rapaz!

Minutos depois, os três estavam sentados nas poltronas do quarto do garoto.

–Então Jack, estava conversando com Adelina e logo entraremos em conflito com a Vongola.

O garoto aperta as mãos. – Sim, Mestre...

–Você está realmente preparado?

–Com certeza!

–Qual é o plano?- pergunta Claudio.

–Não sei os detalhes, mas Adelina falou que vai atrair a família do décimo Vongola para a Itália. Apenas não sei como ela faria isso.

Claudio fica pensativo.

O celular de Lorenzo toca e ao ver o nome na tela, seu rosto se ilumina de alegria. Ele pede licença e sai do quarto.

Jack relaxou quando seu mestre saiu, mas sua compostura demonstrava um forte nervosismo. Claudio percebeu e ajoelhou-se diante dele.

–Jack, eu prometo que quando tudo acabar, você terá suas memorias de volta. Apenas lute e vença essa batalha. Suas memorias serão seu prêmio.

–Claudio, então essa minha perda de memorias é proposital não é?- o rapaz loiro suspira em resposta. - O que será de mim depois? O que Adelina pretende fazer comigo? O que você está escondendo de mim?

–Apenas vença essa batalha e você irá descobrir!

–Claudio, só me diga! Adelina está impedindo das minhas memorias retornarem? Por que? Por que...- Jack volta a gemer de dor.

–Jack!!!- Claudio o abraça. - Por que está acontecendo novamente!? Jack aguente!- o rapaz toma as mãos do garoto nas suas.

–Clau...dio... o que... está...acontecendo... comigo?

–Suas memorias e poderes, estão voltando e você não está conseguindo controla-los. Concentre-se, eu vou te ajudar.

–...Como?

Claudio apenas sorri para ele, e ao redor de ambos, surgem rastros de luzes douradas no ar e símbolos no chão. Jack viu seu corpo ser coberto por elas e a dor apaziguando. Seu corpo tranquilizou-se e o sono estava vindo sorrateiramente pelas suas pálpebras.

–Você tem poderes Claudio... - afirmava ele sonolento.

Ele riu. - Não fui escolhido à toa para cuidar de você. Peço desculpas por não parecer ser um homem de confiança, mas, torço para nós sair ilesos no final.

–No final do que?

–Desta batalha jovem.- ele o ergue no colo e o coloca na cama novamente.- A muita coisa por detrás de tudo. – Comentava enquanto cobria o garoto e tirava a mascara dele. - O certo é, que você não vai precisar usar essa mascara por toda sua vida, não ficará neste quarto eternamente e talvez...ou melhor... com certeza você conseguirá sua liberdade.

–Do que está falando Claudio?

Ele sorri. – Volte a dormir meu jovem chefe. - Jack vencido pelo sono, dorme instantemente. Claudio fecha a porta e tranca a fechadura do quarto do garoto e sai cabisbaixo pelo corredor, sua expressão apenas muda ao escutar a voz de Lorenzo. Ele se esconde rapidamente na esquina no corredor.

–Então você chegou em segurança!

–Sim mestre e já iniciei a busca pelo décimo Vongola.

–Seja rápido, não sei o que ela planeja.

–Sem problemas. Alguns informantes me contaram que acabou indo para o hospital.

–Por que o décimo foi para o hospital?

“Hospital!?” – pensa Claudio.

–Mas ele já retornou para casa!

–Bem, de qualquer forma fique de olho nele e me informe. Estou cauteloso aqui na mansão, Adelina está me olhando com desprezo ultimamente.

Claudio engole em seco.

–Sim, descobrirei quem é esse garoto o mais rápido possível.

Lorenzo desliga e pula de susto ao ouvir um bocejo.

–Claudio!?

–Olá mestre! Era Basílio?- falava ele com a voz sonolenta. Nem precisava se esforçar para fingir, ele realmente estava muito cansado.

–Sim, chegou ao Japão e já vai investigar o garoto.

–Tome cuidado!

–Claro! Bem, retornarei a falar com Jack.

–Ele está dormindo.

–Ora, entrarei apenas para observá-lo então. - Lorenzo sai em disparada.

–Ei, espere!

Para decepção de Lorenzo a porta estava fechada.

–Por que trancar a porta?

–Regras da casa.

–Abra-a! Quero vê-lo.

–Ele precisa descansar, pode vê-lo amanhã.

–O que custa Claudio? Abra a porta.

–Você não verá o rosto dele Lorenzo!

–Oh! Já é a segunda vez hoje que você me chama pelo nome!

–O que você é? Um traidor? Por que tamanha insistência em ver a face dele?

–Como chegou a essa conclusão Claudio?

–Analisando os fatos!

Lorenzo riu de forma tão sarcástica que uma pontada de medo surgiu em Claudio. -De qual lado você está rapaz?

–Ao lado de Jack! Ele é uma das vitimas dessa história! Eu vou proteger este garoto custe o que custar!

Lorenzo ri. – É engraçado, você nunca me pareceu confiável para tal! Tive sempre a impressão que via Jack como um fardo.

–De fato!

–O que fez mudar repentinamente?

–Algo que ocorreu a alguns dias atrás, que não cabe a você saber.

–Claudio meu jovem, você diz estar ao lado de Jack, mas eu sei muito bem que você está preso com a Adelina. Não pense que não havia percebido. Qual a oferta dela? Eu com certeza posso superar qualquer acordo.

–Não, você nunca conseguiria dar um lance maior que o dela. É algo crucial e arriscado demais para negociar.

–Claudio, venha para o meu lado.

–Em outra situação, meu amigo. Eu lutaria ao seu lado com maior prazer. Mas nesta, pesa em minhas mãos algo de extremo valor para mim. Agora meu objetivo é que Jack saia ileso desta batalha, independente do que você ou Adelina planejam.

–Por favor, homem!- Lorenzo exalta-se. – Dinheiro, pedras preciosas e poderes não valem a pena!

–Mas a vida vale! - Lorenzo fica abismado. - Proteger vidas é um fardo pesado. Ainda mais quando você as ama. Boa noite!- Claudio puxa ainda mais seu capuz e sai para o seu quarto.

O homem o observada estático.

–Décimo, você está bem!?

–Sim, foi apenas cansaço segundo o médico. Acho que Reborn me treinou demais. - Reborn não havia contado a verdade para Tsuna.

–Tome mais cuidado Tsuna! Descanse por esses dias. – alertava Yamamoto.

–É o que irei fazer.

–O que você está olhando tanto sua estúpida?- falava Gokudera para Patrícia, que estava atenta a cada detalhe da conversa deles.

–Idiota! Estou tão preocupada com ele quanto você! Eu o vi passando mal, sabia?

–Eu não me perdoo por isso! Eu, a mão direita do décimo, deveria estar ao lado dele.

–Gokudera-kun, Tsuna-kun tem namorada para isso.- afirma ela.

Todos riram.

–CALE ESSA BOCA!

–Vai lá, conte isso para a Haru agora. Já que são tãoooo próximos. Sei não, vocês não desconfiam que esses dois estejam namorando? – as bochechas de Gokudera ganham uma pigmentação avermelhada instantemente.

–Ehhh Gokudera-kun e Haru-chan.- falava Kyoko já imaginando os dois de mãos dadas.- Ia ser muito fofo.

–Hahaha, dois doidos juntos. É combinam. –Hana ria do próprio comentário.

–Isso é serio Gokudera-kun? – perguntava Tsuna animado.

–Não décimo...eu...

–Claro, é só ver como eles dançaram no baile.- comenta Patrícia.

–Queria tanto ver!!!- comentava Kyoko.

–Não sabia que Gokudera-kun sabia dançar.- comenta Tsuna.

–E ele dançou muito bem, Hahaha. – completa Yamamoto.

Gokudera se viu desprotegido, humilhado e com uma imensa raiva da loira. Sentia o rosto arder que se uma gota de água pinga-se ali, evaporaria imediatamente. Ele segurava suas reclamações, por ele gritaria com todos, menos o décimo e a namorada dele é claro. Sua única alternativa foi sair da sala calado. Correu para o exterior e se escondeu em um canto. Começou a remexer o bolso, atrás de cigarros até que demorou lembrar que havia parado com o vicio há muito tempo. Nem o isqueiro mais ele carregava.

Sentou no chão e observou o céu. Estava um pouco nublada, a brisa estava calma e podiam-se ouvir os gritos de uma turma jogando futebol no pátio. Fechou os olhos por alguns segundos e viu o quanto seu coração estava disparado. O que aquela morena foi fazer com ele. Mal se imaginaria tendo essas reações apenas ao cogitar estar namorando com ela. Gokudera, apesar de tudo, possuía uma raiva interna sobre o assunto. Ele sempre lutou para ser forte corajoso e audacioso, por isso ele não ligava de se apaixonar por alguém, para ele isso era uma fraqueza. As garotas queriam apenas sua parte física, um fetiche por ele ser um “badboy”, mal sabiam da sua história, e se viesse a conhecer, não seriam fortes para levar em diante.

E a Haru? Ela realmente havia aceitado o seu passado? Ou estaria vivendo em ilusões? No baile, quando ele agiu fora das expectativas, ela o rejeitou como se ele fosse qualquer outro rapaz.

“Nunca gostaria de como eu realmente sou! Ninguém aceitaria!”- pensou ele.

Lembrou quando ela foi a casa dele pela última vez, durante a conversa, ele ficou por instante pensativo sobre ela, a analisando detalhadamente. Ele ria das suas próprias conclusões, Haru aparentava ser frágil fisicamente, era fofa e toda pequena, que por ele a teria a colocado em seus braços no mesmo momento. Teve que cruzar os braços para não agir por impulso. Mas o mais louco de tudo para ele foi quando percebeu Haru sendo atraída por ele. Nunca se esqueceu de quando sorriu satisfeito ao notar. Se a boba tivesse mantido a boca fechada, com certeza ele a teria em seus braços naquele dia. Mas não, ela teve que cortar o clima.

Ele queria pensar em Haru como uma irmã, mas era um pouco complicado, já que normalmente irmãos não sentem a paixão que Gokudera estava sentindo por ela.

–Gokudera, você está aqui então!

–Huf! Maníaco do beisebol.

Yamamoto senta-se ao lado dele e Hayato o olha torto.- Hahaha. Ei Gokudera, o que aconteceu na sala?

–Nada demais.

–Normalmente você iria praguejar.

–Eu não sei! Não estou reconhecendo a mim mesmo ultimamente.

–É por causa da Haru-chan, não é?

–Sei lá, talvez...

–Sabe, acho que também estou gostando de alguém.

–Aquela loira irritante!- afirma ele.

–Nossa, está tão na cara assim? Hahaha.

–Muito. Você parece um babaca ao lado dela.

–É... Eu nunca gostei de alguém...

–Bem vindo ao clube.

–Você tem chance com a Haru-chan, Gokudera.

–Ela gosta de alguém como o décimo. Não me encaixo no perfil dela.

–Está enganado. Vocês combinam.

–E por que você não tem chance com a Patrícia?

–Por que eu acho que ela gosta de você.

–Mas você é um idiota mesmo!

–Hã?

–Eu e Patrícia possuímos uma relação de irmãos. Apesar de ter alguma coisa estranha naquela garota, não significa que eu a odeie de todo modo. Ela fala muito de você para mim. Mas, tem alguma coisa que não a deixa avançar com você. Foi por pouco, que ela já não te beijou.

–Quando isso!?- falava Yamamoto espantado.

–No baile e quando você foi a casa dela.

–Ela te contou quando fui a casa dela?

–Sim! E isso só me confirmou como você é lerdo. A garota te convida para entrar a noite na casa dela e você não faz nada. Era obvio!

–Era isso então!!!

–Sim. – Gokudera balança a cabeça indignado. - Patrícia parece ter receio de avançar, acho que ela quer que você faça algo.

–Mas, por que ela disse aquilo de você na sala? Achei que ela estivesse com raiva.

–Ela está com raiva de mim. Ela veio me encher o saco por celular que eu devo me decidir logo com a Haru. Como falei que não era demais, essa idiota esta me pressionando em público.

–Entendi. Então tenho chance. Mas quando eu poderia tentar algo?

–Hum... Você não tinha comentado sobre um festival tempo atrás? Descobriu a data dele?

–Parece que é essa semana! Por quê?-Gokudera sorri maliciosamente para Yamamoto.- Hahaha, você por acaso não está insinuando, para eu tentar algo no festival não é?

–Não, estou afirmando!

–Então você se declare para a Haru-chan no festival.

–Não invente merda Yamamoto.

–É uma aposta!

–Tô fora!- Hayato se levanta.

–Mas... mas...

–Yamamoto pense que vai ser um jogo de beisebol que você não pode perder.

–OK!-Yamamoto afirma imponente.

–Cara, como você é idiota mesmo! Tss! Mas de toda forma, obrigado!- Yamamoto havia conseguido levantar o astral dele de alguma forma.

–Não sei porque, mas de nada! Hahaha. E muito obrigada pelos conselhos Gokudera-kun cupido casamenteiro!

–Cale essa boca idiota! Pare de falar merda! Huf! - E ambos saem andando, até encontrar seus amigos.

–Humm, então aí está você, “Décimo” Vongola!- afirmava Basílio, sentado a beira do terraço do colégio, com um binoculo em mãos. Mal imaginava o homem que estava sendo observado.

–Estou vendo ele irmã. Foi como ela disse. – afirmava uma das gêmeas, a mesma que havia lutado contra Gokudera. Ambas estavam de pé em um muro, com uma luneta dourada, adornada com uma cobra cravada de diamantes.

–Hora de acelerar o processo, conforme o plano. – Afirmava a Gêmea que havia lutado contra Ryohei, com um celular em mãos.


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Notas finais do capítulo

Então está aí pessoal. Já estão desvendando os mistérios da história e supondo coisas? Me contem, é muito bom para ver se estou conseguindo passar para vocês as minhas ideias ^^ E as partes dos casais estão mexendo com vcs? aushu
BJ