P.O.V Scorpius Malfoy

Eu acabei de fazer a última coisa de minha vida: Beijei Rose Weasley. Eu sabia que ela iria me matar. Com certeza me lançaria um Avada Kedavra na hora que me empurrasse. Mas ela não me empurrou, ainda!

Por hora, eu não vou pensar nisso. Eu tenho que aproveitar o máximo possível. Pois talvez seja a última coisa que eu faça na vida. Então eu beijei-a com mais intensidade. Minhas mãos se encontravam-se em sua cintura.

Pode até ser meio gay o que eu vou falar agora, mas os lábios de Rose eram macios. Seu beijo era quente e gostoso. Quanto mais eu a beijava, mais eu queria. Sua língua era leve e lisinha como seda.

Como ela beija meu Deus. De longe este está sendo o beijo mais gostoso que eu já provei. Como alguém pode beijar tão bem? Como eu posso ter esperado tanto tempo para beijar essa boca? Eu não sei. A única coisa que sei é o quanto eu a quero. E como quero.

Mas como tudo na vida tem um fim e tudo que é bom dura pouco. Nossas bocas se separaram. Já não nos beijavamos mais. Ela arfava a procura de fôlego. Eu não ousei dizer nada. Quem sou eu para quebrar esse silêncio. Fiquei ali na mesma posição. Calado. Ela também não se mexeu. Só ficou me encarando. Com aqueles olhos verdes vivos, como esmeraldas.

E parecendo que ela tinha recuperado fôlego o suficiente ela falou.

– O que... Foi isso?

– Um beijo. - Eu ainda a olhava.

– É, eu sei. Mas eu quero saber... - Ela não terminou a frase.

– O porquê deu ter feito isso? - Completei.

– É.

– Porque eu to desejando sua boca desde ontem. Passei a noite inteira te desejando. - Por fim, falei. E era a mais pura verdade.

Ela não falou nada. Preciso dizer que ela ficou da cor dos próprios cabelos? Pois ela ficou. E então me encarou com aqueles olhos, mas eles brilhavam agora.

– É... Vamos! Temos aula ainda hoje. - Indiquei o castelo com a cabeça.

Ela sem falar nada. Assentiu. E saímos caminhando em direção ao castelo.

***

Já no Salão Comunal. Caminhamos para a mesa da Grifinória. Eu logo atrás de Rose. É, eu ia sentar na "mesa dos leões". E como Rose não reclamou de ter ido sentar na "mesa das cobras", como diz ela. Eu também não irei reclamar.

Eu sentei do lado de Lily, que de longe era a mais simpática. Porque aquele irmão de Rose, Hugo, que menino mais antipático. Ele não gostava de mim. Depois do episódio da briga, agora é que não vai gostar mesmo. Eu não to nem aí.

– Onde você estava? - Ele perguntou sem cerimônia.

– Te devo satisfação? - Rose respondeu a altura.

Eu juro que me segurei para não rir na cara dele. Para não piorar a situação. Ele fechou a cara para a irmã. Sinceramente, não sei como ela aguenta esse moleque. É sempre assim, o irmão mais velho sempre tende a aguentar o mais novo.

Eu como sou mais novo que Catherine, ela que tem que me aguentar. Se bem que lá em casa ela não se mete na minha vida e nem eu na dela. Cada um sabe o que faz. E o outro não se envolve.

Nem quando ela começou a namorar o Potter mais velho, James, eu liguei. Meu pai quase infartou. Mas ela logo amoleceu seu coração, porque quando se trata de Cat, meu pai é uma manteiga.

Não que eu não sinta ciúmes dela, porque eu sinto. Mas ela sabe o que faz e eu não sou ninguém para dar ordens e cobrar alguma coisa dela.

Eu estava tão distraído em meus pensamentos que nem senti quando alguém me empurrou.

– Rose! - Era Dominique Weasley, prima de Rose e irmã de Victoire.

Como eu sei disso? Vic era de minha casa. Uma autêntica sonserina, linda, diga-se de passagem. Era a mais velha de três. Ela, Louis e Dominique. Todos com genes de Veela no sangue. Mas só ela foi para a Sonserina. Louis foi para a Lufa-Lufa. E Dominique para Grifinória.

– Ah. Oi Domi! - Rose respondeu olhando-a.

– Preciso falar com você!

– Agora? - Rose perguntou.

– Não, pode ser depois. - A loira se virou e saiu.
Rose me olhava com uma expressão no rosto que dizia: "Quê? Você entendeu alguma coisa?". Eu balancei a cabeça dizendo que não. Ela só baixou a cabeça e continuou comendo. E como essa menina come!

***

Terminado o café-da-manhã. Nós saímos do Salão comunal e fomo para o Saguão de entrada. E de lá irmos para as salas de aulas. Me despedi de Rose, porque eu tinha aula de História da Magia, que era com os alunos da Corvinal. E ela Trato das Criaturas Mágicas com os da Lufa-Lufa.

P.O.V Rose Weasley.

Segui para a os jardins com os outros alunos da Grifinória. A aula de Hagrid era sempre uma comédia. Eu não tinha nenhum medo das criaturas que ele trazia. Depois de desenhar um tronquilho, que mais me parecia a cara de quem fez. Avistei Domi encostada numa árvore.

Ela era uma mistura de Veela com Weasley. Perfeita e linda, parecia uma diva. Só acho. Mas por incrível que pareça. Ela não tem namorado.

Fui até lá. Ela tomou um leve susto.

– Olá Domi. Distraída? - Perguntei.

– Um pouco. - Ela respondeu.

– Pensando no quê?

– Não é no quê, é em quem. - Ela me corrigio.

– Certo. Pensando em quem? - Tentei novamente.

– No Luke Zabini. - Ela respondeu com um sorriso.

É. Domi era apaixonada, loucamente apaixonada pelo Zabini, mas ele não sabia. Eles ficaram uma vez, mas foi só uma vez. E desde então ela morre de amores por ele.

– Ah. Sim, mas o que você queria falar comigo? - Perguntei mudando de assunto. E curiosa também.

– Falar sobre ele! - Ela falou sorrindo ainda.

Ok. Tentativa de mudar de assunto, falhou.

– E você quer falar exatamente o quê? - Perguntei tentando sorrir.

– Quero sua ajuda. - Ela se esquivou para mais perto de mim. Ai Merlin, lá vem coisa! - Quero que você fale com ele.

– Quê? Eu? - Eu ainda não estava entendendo onde eu entrava nessa história.

– É. Você. Já que vocês se falam agora, você bem que podia me ajudar né Rose?

– Domi... Eu não sei...

– Rose, me ajuda vai! - Ela fez beicinho.

– Tudo bem. Eu vou ajudar... - Eu nem terminei de falar, a loira pulou em cima de mim e me deu um abraço bem apertado.

Perdi a conta das vezes que ela me disse obrigada. Contei umas dez, e perdi as contas.

***

Terminada a aula eu fui para à biblioteca. Sabia que encontraria ele lá. É, o Malfoy estaria lá me esperando. E assim eu fiz.

Cheguei lá ofegante. Ele estava de costas para mim. As coisas dele jogadas no chão. Que cuidado esse tinha com os livros! Sentiram a irônia. Ok! Ok!

Fiz o mesmo. Joguei minhas coisas na mesa, ao invés de no chão.

– Você demorou! - Ele se virou.

– Vim o mais rápido que pude! - Falei.

– Certo... - Ele veio caminhando em minha direção. Ele me encarava. Eu podia sentir aqueles olhos me engolindo. - Eu quero...

– O quê? - Ele não terminou a frase. Como também não me respondeu.

Ele se aproximou mais. Passou uma das mãos no meu rosto. E em puxou. Me beijou vorazmente. Ah como ele beija meu Deus!

Me enlaçou com seu outro braço. Eu não contestei. Permiti. Ele apertava minhas costas com uma mão e a outra ele puxava meus cabelos, mas não era pra machucar. Era bom.

Senti uma de suas mãos passar por debaixo de minha blusa. E começar a alisar minhas costas. Num movimento que fez eu me arrupiar da cabeça ao pés.

Ele alisava e apertava. E eu estava gostando. Ele passou sua mão para frente. Começou a alisar minha barriga. Com movimentos circular. E eu continuei me arrepiando. De vez em quando eu arfava.

Mas ele fez mensão de subir com as mãos. Quando ela encostou no meu sutiã. Malfoy levou um tapa. Não na cara, mas na mão.

– Que pensa que está fazendo? - Eu o empurrei.

– Quê? Era só um carinho Weasley! - Ele me olhava.

– Carinho nada. Você não devia Malfoy, não devia ter feito isso! - Me recompus.

Agarrei minhas coisas e sai da biblioteca pisando duro e com muita, mas muita raiva do Malfoy.