O Violão Azul. escrita por Princess of the night


Capítulo 4
Vento um bom amigo e companheiro




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Com lágrimas nos olhos Sam voltou a guardar a carta no envelope, se levantou e secou as pequenas lágrimas que escorriam por seu rosto e sorridente voltou a entrar no café, foi até o banheiro. Após tirar o avental e soltar os cabelos Sam voltou ao balcão pegando sua bolsa e logo o violão, com um breve abraço em Clary e depositando um beijo estalado na bochecha da mesma, saiu do local pegando o caminho até sua casa.

A noite começava a cair e as ruas não muito movimentadas eram agradáveis para Samantha que ia admirando as arvores que tinham pelo caminho, eram poucas, mas todas eram lindas e Sam nunca cansava de admira-las. Mesmo com a noite se aproximando e o vento ficando mais gelado, para Samantha o clima só ficava mais agradável, o que fazia a garota respirar profundamente algumas vezes só para sentir melhor o que o vento lhe trazia.

Afinal o vento pode trazer muitas coisas como a tristeza de uma lágrima, a felicidade de um sorriso, o calor de um beijo, o conforto de um abraço, o desconforto de uma despedida, a raiva de palavras mal ditas, a curiosidade da criança inocente... O vento traz coisas e sensações infinitas, basta parar para senti-las, e quando se faz isso percebe que o vento pode ser seu melhor amigo pois ele leva a tristeza e pode trazer a alegria, nem sempre a alegria, mas o conforto.

Com a vida que levava Samantha aprendeu a abraçar o vento e acolher ele como um bom amigo e companheiro.

Um frio começou a atingir a morena, porém não era por causa do vento e sim por que estava a poucos passos da antiga casa de sua amiga, que agora voltava ser novamente dela, Samantha aumentou o ritmo de seus passos parando logo em frente a casa de Mary, ela respirou fundo e sentiu o vento segurar sua mão lhe passando confiança, com passos rápidos a Sam foi até a porta, sem jeito e sem saber o que fazer ela colocou o violão em um canto ficando com as mãos livre e tocando a campainha em seguida.

Em poucos segundos a porta foi aberta, a garota dos cabelos negros e curtos apareceu e assim que viu Sam sorriu, um sorriso enorme que faziam os lindos olhos castanhos brilharem.

–Oi... eu não sei bem... –Antes que Sam pudesse continuar a dizer algo sentiu dois braços a rodear lhe dando um abraço.

Samantha ficou sem reação por alguns segundos, mas logo abraçou a amiga com força e as lágrimas que foram impedidas de descerem mais cedo foram libertadas, ambas necessitavam de um abraço amigo e ninguém jamais poderia dar um abraço como aquele, um abraço aconchegante, quente, com carinho, era algo que só existia entre elas.

–Senti sua falta. –Mary disse ainda abraçada a amiga.

–Eu também, você não sabe o quanto. –falou Samantha se soltando e olhando para amiga que no momento estava com a maquiagem borrada, Sam não pode contar uma risada fraca imaginando que estaria na mesma situação. –Sua maquiagem ta borrada.

–A sua também. Acho que temos muito o que conversar, quer entrar? –Perguntou Mary.

–Eu não posso, está tarde tenho que ir para casa, meus pais ficariam preocupados. –respondeu Sam claramente triste.

–Tá tudo bem, não estamos mais tão longe teremos muito tempo ainda. –Mary diz sorrindo. –Mas antes de ir tenho que entregar uma coisa, eu já venho, não fuja! –completou ela entrando em casa.

Samantha estava mais do que feliz, o vento que antes segurava sua mão para lhe passar confiança, agora estava sentado no chão olhando-a esperando o momento que precisasse novamente respirar fundo.

–Aqui está! –disse Mary aparecendo com a capa do violão.

–Mary... sobre o violão...

–Nem ouse recusar, ele é seu! Por favor, aceite. –disse Mary pegando o vilão e começando a guarda-lo na capa. –Por favor! –disse novamente após guarda-lo.

–Tudo bem. –respondeu Sam pegando o violão. –Mas eu não aprovo...

–Tá tá, eu sei, eu te conheço muito bem ainda gata! –Sam riu com o jeito que a amiga falava, é ela havia mudado.

–Eu tenho que ir. –disse abraçando Mary.

–Tudo bem, nos vemos amanhã? –perguntou Mary a abraçando também.

–Sim, claro!

Samantha se soltou do abraço e Mary limpou a maquiagem borrada da amiga dando um sorriso em seguida, Sam sorriu também logo se virando para ir embora. Com passos curtos e lentos a garota se virou mais uma vez acenando para amiga que estava na porta em seguida voltando para seu caminho de sempre.

Em uma respiração funda sentiu o vento lhe trazendo alegria e segurança, nesse momento o vento vinha junto de uma despedida, porém Samantha ainda não entendia que despedida era ou seria essa, a garota estava confusa, algo ainda a incomodava.

[...]

Ao chegar em casa e abrir a porta um cheiro delicioso invadiu suas narinas, com certeza era o pai que estava cozinhando está noite, afinal, lasanha só seu pai fazia.

–Cheguei! –gritou Samantha para deixar seus pais cientes de sua presença.

Logo sua mãe saiu da cozinha sorrindo e vindo em sua direção dando um beijo no rosto da filha.

–Hum... você tem um cheiro delicioso de café. –falou Eliza, sua mãe.

–Não é tão agradável quanto parece. –disse a garota sorrindo para a mãe.

–Vejo que encontrou com Mary. –Eliza fala sorridente olhando para o violão na mão da filha.

–Você... como... ãn?

–Ela veio aqui mais cedo, foi assim que descobriu onde trabalha. –respondeu Eliza voltando para cozinha. –Tenho que ajudar seu pai.

–OK. –Samantha seguiu para seu quarto colocando o novo violão ao lado do velho e acabado violão preto.

Após largar sua mochila no canto do quarto se dirigiu ao guarda roupa pegando roupas limpas e sem o cheiro insuportável de café, esse cheiro já estava a enjoando. Seguiu com as roupas em mãos para o banheiro, ligou o chuveiro deixando que a agua esquentasse enquanto se despia.

Ao entrar na água quente se sentiu sendo abraçada pela mesma que escorria por todo seu corpo, relaxando cada um de seus músculos e tirando um pouco do cansaço que fazia sentir que seu corpo estava pesado, por mais que a agua conseguisse tirar-lhe as impurezas do dia-dia, não conseguia lavar sua mente e tirar as preocupações que a cada momento aumentava.

Terminado o banho não muito longo, a garota dos cabelos castanhos se secou e vestiu-se, em seguida penteando os longos cabelos levemente cacheados. Saindo do banheiro pode sentir o vento dar-lhe um oi alegre, porém não muito agradável a ela já que a fez se arrepiar.

–Samantha, vem jantar querida! –Sua mãe a chamou e a garota logo desceu sentando-se a mesa ao olhar para frente sorriu para a irmãs mais nova.

–Oi Jenny. –Sam disse a sua irmã que sorriu e se levantou para abraça-la.

–Trouxe meu cupcake? –perguntou a pequena garota com os cabelos idênticos aos de Sam, porém menores.

–Desculpe Jen, esqueci. Mas prometo trazer amanhã... certo?

–Certo! –concordou a pequena sorrindo fazendo os grandes olhos verdes brilharem.

–Agora vá se sentar Jenny, porque hoje tem lasanha do papai! –Peter, pai das garotas, disse colocando a famosa lasanha ao centro da mesa.

–Finalmente algo que não seja café! –Samantha falou já se servindo.


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Notas finais do capítulo

GENTEEEEE EU AMEI ESCREVER ESSE CAPÍTULO! EU SINCERAMENTE ACHO QUE FOI O MELHOR ATÉ AGORA! Eu me senti inspirada para escreve-lo e até que gostei do resultado, então espero que comentem, espero de todo coração, okay?

Beijinhos