E l'Amore? escrita por Detective MA


Capítulo 1
Quando tutto il dolore vale




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Nico

Eram nove da manhã quando eu acordei. Mas só posso alegar isso porque era a hora que o relógio marcava, no mundo inferior não amanhece ou anoitece é sempre escuro, não importa a hora. Não que eu não goste, depois de um tempo você se acostuma.

Desci para tomar “café-da-manhã”. Hades estava quase engraçado, se olhasse apenas para nós – Hades, Perséfone e eu – podia até dizer que éramos um família normal.

O pai tomando uma enorme xícara de café e lendo o jornal, a madrasta comendo o enorme pote de cereal saudável e folheando o catalogo de flores e o jovem filho com cara de entediado e “ Só tomo café da manha porque meu pai me obriga”. E claro que para achar que nos éramos uma família mortal normal você teria que ignorar onde nos morávamos quem éramos, os servos esqueletos que nos serviam, e o jornal que meu pai lia entitulado “ O olimpiano”

- Eu não acredito! – ele exclamou de repente – Zeus planeja uma tempestade para amanhã! – ele pos o jornal na mesa claramente irritado – Sabe quantas pessoas morrem nessas tempestades?! Um monte. Amanhã vai ser um longo dia...

Então ele me notou sentado na cadeira gigante na frente dele, brincando com as minhas panquecas.

- Filho? Esta aqui há muito tempo? – ele indagou nervoso

- Só o tempo necessário para ouvir que Zeus vai matar um bocado de gente amanhã – respondi baixo encarando meu suco.

Ele parecia mais calmo.

- Precisamos conversar. – ele informou com rosto marmóreo

Eu quase ri. Parecia que eu ia ganhar um fora de uma namorada tamanha a seriedade de seu tom. Perséfone sorriu para sua revista e murmurou para que eu ouvisse “É quase isso, pirralho”.

- Perséfone! – ralhou meu pai – o que conversamos...

- Fale logo para o pirralho, Hades – ela o cortou ríspida

- Falar o que ? – perguntei confuso a conversa já estava me irritando

Meu pai soltou o ar devagar, um olhar triste tomou seu rosto , ele olhou para mim.

- Você não vai mais morar aqui, filho. – ele me disse por fim

- O que?! E a onde eu vou morar? – eu já sabia a resposta daquela pergunta

- Acampameeentoo meiioo-sangue – cantarolou Perséfone para mim – onde é o seu lugar.

- Não! Eu não vou! – Bati na mesa com força, pude senti minha mão torcer, mas não demonstrei dor. Eu não podia ir pra lá...

- Eu sinto, filho! Eu fui pressionado. – E então sombras começaram a me engolir eu só vi meu pai olhando triste para mim e Perséfone dando thauzinho sorrindo enquanto eu lutava contra as sombras.

***

Quando eu dei por mim já estava no chalé de Hades. Soltei um grito de dor pela minha mão, pelo meu pai, por estar aonde eu estava, por quem eu iria encontrar.

- Nico? – eu ouvi me chamarem, não pude acreditar. Deveria ser o pior dia da minha vida... Pensando bem... Acho que era o quinto ou sexto pior dia da minha vida – E você ?

Eu olhei para trás e meu coração pulou, lá estava ele. Alto, musculoso, bronzeado, com os cabelos negros caindo suavemente pelos olhos verdes intensos. Ele tinha um sorriso lindo nos lábios, minhas pernas fraquejaram minha mão ardeu, como que para me lembrar de que eu devia responder algo ou ir a enfermaria.

- Sim, sou eu – respondi com um meio sorriso - e acho que quebrei a mão

O sorriso que ele deu fez toda dor valer a pena.


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Notas finais do capítulo

Três comentários e eu continuo....
Espero que gostem