Esperança x Desespero escrita por Mari Sterblitch


Capítulo 1
Capítulo 1 - A garota nova...


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu não sei se escrevo bem em primeira pessoa, mas tentei. Espero que gostem :3



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Sayaka Miki, 14 anos. Cabelos curtos e lisos na cor azul e olhos azuis. Sou baixa, mas tenho um coração grande, sempre procuro proteger as pessoas que amo.

Hoje, como todos os dias, fui chamar Madoka Kaname – minha melhor amiga – para irmos ao colégio juntas. Madoka tinha cabelos curtos e lisos na cor rosa, geralmente presos por fitas de diversas cores, ela tinha olhos na cor rosa escuro e era mais baixa do que eu.

– Já estou indo, Sayaka. – avisou Madoka pelo interfone – Só preciso encontrar minhas fitas!

Depois de uns três minutos ela desceu, amarrando as fitas vermelhas em seus cabelos.

Fomos conversando até encontrarmos Hitomi Shizuki, uma grande amiga de infância. Ela tinha cabelos ondulados e médios na cor verde, seus olhos eram verdes-esmeralda e tinha a minha altura, aproximadamente. Era raro ela ir para a escola conosco, vivia ocupada por ser a mais popular da escola.

Continuamos nosso caminho, mais quietas, pois Hitomi não parava de falar um minuto sequer.

Chegando ao colégio, corremos para nossa sala, a professora dizia que tinha algo importante a nos dizer que não era sobre seus namorados. Entramos e nos sentamos, ela chegou logo depois, seguida de uma garota estranha: pele pálida, cabelos longos e negros e olhos púrpuros.

– Pessoal, hoje quero lhes apresentar Homura Akemi. – ela apontou para Homura.

– Sou Homura Akemi – começou ela friamente – fui transferida para cá depois de sair do hospital com sérios problemas no coração.

A classe a arregalou os olhos quando ela terminou de falar.

A professora pediu para que ela se sentasse. Homura fixou um olhar medonho em Madoka e foi para o fundo da sala. Era uma garota realmente muito estranha.

As aulas se encerraram e pedi a Madoka que fosse comigo ao shopping para comprar um presente para um amigo que estava internado no hospital próximo dali. E claro, ela foi comigo. Conversávamos sobre a estudante transferida. Madoka parecia aflita e antes que eu comentasse sobre isso, ela disse:

– Sayaka, parece meio bobo – começou Madoka desajeitada – Mas Homura me é familiar, parece que a vi em um sonho.

Não pude me conter. Soltei uma gargalhada tremenda e Madoka ficou intimidada.

– Desculpe – disse retomando o ar – não consegui evitar.

– Tudo bem – disse ela num sorriso – isso é mesmo coisa de louco.

Entramos no shopping e fomos direto à sessão de CDs. Fui atrás de um CD que meu amigo julgava raro de se encontrar, mas eu tinha sorte – encontrei logo que olhei para a sessão de clássicos.

Saí do shopping junto com a Madoka. Ela não pôde me acompanhar até o hospital, então fui sozinha mesmo. Eu precisava entregar aquele presente a ele.

Chegando ao hospital, usei o elevador para chegar até o andar de seu quarto.

Eu estava um pouco nervosa. Quero dizer, estava muito, pois ficar perto dele me deixava deste jeito. Somos amigos há uns dez anos e eu gosto muito dele...

Fui atrás do quarto 17 – que era o dele – e abri a porta vagarosamente, para não assusta-lo.

Kamijou Kyosuke tinha cabelos na cor cinza, lisos e curtos. Tinha 14 anos, como eu e era mais alto. Kamijou era muito solitário. Sua família não poderia visitá-lo, então creio que eu era sua única companhia. Ele sempre estava triste, mas tinha seus motivos: perdeu os movimentos da mão direta num acidente de carro, o que o impossibilitava de tocar seu violino – seu instrumento favorito. No hospital, estava sempre deitado na maca olhando pela janela. Aparentemente muito triste.

Eu respirei fundo e soltei um “oi” muito fraco. Ele virou seu rosto e abriu um sorriso.

– Olá, Sayaka.

Andei até a sua maca e me sentei numa cadeira que estava lá. Retirei o CD da minha mochila e ele deu um breve suspiro.

– Kamijou, trouxe este presente para você... – entreguei o CD a ele.

– Meu violinista favorito – sussurrou ele – e este CD é raro. Obrigado, Sayaka!

Dei um sorriso tão grande que dava para ver até de costas.

Kamijou colocou seu presente no CD player para ouvirmos juntos. Ele pegou um lado dos fones de ouvido e me entregou, pois seria falta de ética ouvir som alto no hospital.

Fechei meus olhos ao ouvir o som dos violinos, eles me acalmavam. Particularmente eu sempre quis tocar, mas sempre que tentei não consegui. Era Kamijou Kyosuke que tocava para mim, aquela melodia perfeita...

Abri meus olhos e percebi que ele estava chorando. Retirei o fone de ouvido e o ouvi pronunciar aos choros:

– Você adora me ver chorar, Sayaka. – ele tinha um tom de dor na voz – Por que ainda me traz estes CDs? Sabe que eu não posso mais tocar!

– Eu, eu... – comecei a dizer, gaguejando – Eu achei que estava ajudando...

Kamijou levantou seu braço e deu um murro no CD player, o destruindo. Fizeram-se vários cortes em sua mão e ele sangrava muito. Eu segurei a mão dele contra o colchão da maca.

– Está vendo? Eu não sinto dor. Minha mão não serve para nada... – sussurrou ele no meu ouvido – Sayaka, só conseguirei tocar novamente se for feito um milagre.

Foi quando eu olhei pela janela. No muro, se encontrava uma espécie de gato misturado com coelho. Arregalei os olhos. Ouvi uma voz dizer em minha mente: “Você pode fazê-lo feliz novamente, Miki Sayaka. Basta fazer um contrato comigo e se tornar uma garota mágica”.

Respirei fundo e soltei a mão de Kamijou vagarosamente. Ele parecia mais tranquilo. Enrolei uma faixa em sua mão que cessou o sangramento.

Despedi-me e fui embora do hospital de cabeça baixa, desapontada. Acreditei que a minha visita o faria bem, mas foi o contrário... Ele parecia bem pior. Mas o que me deixou intrigada, foi aquela criatura. Será que eu estou ficando maluca?

– Não, eu realmente existo.

Dei um pulo para trás, quase caindo. O bicho estava bem ali, diante de mim.

– O que é você? – perguntei rapidamente.

– Eu sou o Kyubey, uma criatura que cela contratos com garotas normais para se tornarem garotas mágicas. – começou ele, sem mostrar sentimento algum – Você troca um desejo por lutar contra bruxas: criaturas responsáveis pelos suicídios e depressões das pessoas.

– Desejo? – perguntei surpresa – Qualquer coisa?

– Sim, qualquer coisa que você imaginar – respondeu Kyubey pulando em cima de um banco – Até o impossível.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Em breve postarei o segundo capítulo



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