I Will Be Here escrita por Diana Wright


Capítulo 1
Capítulo único.


Notas iniciais do capítulo

Essa é a minha primeira fanfiction de Jogos Vorazes. Sempretive vontade de escrever uma, mas nunca soube sobre o que escrever.
Então eu pensei em escrever sobre esse casal lindo e maravilhoso, que a propósito, é o meu favorito na saga. E eu decidi fazer um oneshot, porque eu não quero fazer uma fanfic longa para eu mesma não destruir meus sentimentos. Sei que se a fic for longa, eu vou dar uma de má, e vou acabar ficando com raiva de mim mesma.
Melhor não. Sou muito bipolar, pouco confiável.
Mas, quem sabe eu não escreva mais oneshots desse casal mega lindo? :33
Não sei. Depende de vocês. Espero que gostem!



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Ele estava na praia.

O que não era uma surpresa. Finnick Odair sempre está na praia, quando não estava na Capital ou prestandoserviçosà Capital.

Ele se encontrava sentado na areia, olhando para o mar, sem nenhuma expressão no rosto. Não parecia aquele jovem perfeito e charmoso da televisão. Por mais que estivesse lindo como sempre, não estava produzido para ser o grande Finnick Odair.

Ele estava sendo o Finnick, o pescador do distrito quatro.

Ele estava na praia, completamente entediado. Não havia nada que ele pudesse fazer para se distrair, tudo parecia chato demais. O dia parecia estar se fechando contra ele. Como sempre.

Então, ele avistou do outro lado da praia, uma menina sentada na areia.

Os cabelos dela voavam em todas as direções que o vento permitia, mas ela não se importou com aquilo, não tentou afastar o cabelo que cobria o seu rosto.

Sem saber por que, Finnick riu disso.

Ela permanecia parada, sem fazer qualquer movimento. Parecia uma estátua pelo fato de não se mover.

Quando o vento se acalmou, o cabelo da menina parou de se mover. Ele pode ver o rosto dela. Seus olhos eram cinzas claros, quase verdes. Eles olhavam para longe, fixamente. Ela não parecia estar admirando as montanhas, parecia querer fugir para elas.

E de novo, ela não fez nenhum movimento.

A curiosidade de Finnick aumentou. Ele queria saber quem era essa garota, o que estava acontecendo com ela. Ele não sabia por que queria, só sabia que queria.

Ele se aproximou dela, e ela não se moveu. Bem mexeu a cabeça, ou os olhos. Nada.

Nada que pudesse mostrar que ela tinha consciência da presença dele ali.

- Olhos cinzas são raros. Pelo menos eu, nunca tinha visto um – ele disse.

Ela não respondeu. Não se mexeu, não fez nada.

O que não foi exatamente uma surpresa para ele.

- Você não gosta muito de falar, não é mesmo? – Finnick perguntou. Sabendo que não teria resposta, ou reação. Mas ele estava gostando de...conversar sozinho.

- Acho que seu nome é Annie – ele disse. Agora ele podia lembrar...Annie Cresta. Vencedora dos Jogos Vorazes. A que ficou um pouco...- É um nome lindo, de verdade.

Ela encolheu os ombros, e aquele pequeno movimento, foi uma surpresa para Finnick.

- Ah, graças a Deus você se mexeu, pensei que estivesse conversando com uma morta – Para a total surpresa de Finnick, ela abriu um sorriso. Um sorriso pequeno, mas verdadeiro. Puro. E Finnick percebeu que nunca tinha visto um sorriso melhor do que este.

- Você sorri também. Isso é bom.

- Falar é bom? – Ela perguntou sem olhar para Finnick. Ela continuava encarando o nada. Com o olhar preso ao vento.

- Definitivamente – ele respondeu. – Você fala e sorri. Viu? Você é uma ótima pessoa.

Ela sorriu novamente, sem olhar para ele.

- Finnick Odair, o querido da Capital, não é mesmo? – Ela perguntou, sem nenhuma maldade na voz. Sem nenhum cinismo, ou sarcasmo. Com o tom de voz normal dela, tímido e contido.

Ele fez uma careta.

- É, pode se dizer que sim – ele respondeu. – Mas não gosto de ser chamado assim, para ser sincero. Pode me chamar de Finnick.

- Finn...- Ela não completou o nome. Só o chamou assim. Ela disse o apelido como se estivesse experimentando dizê-lo.

- Ou assim – Ele sorriu. – Ninguém nunca me chamou assim. Mas eu gostei, pode me chamar assim se quiser, Annie.

Ela se virou para ele.

Os olhos dela brilhavam, como os olhos de uma criança alegre. Mas os dela não brilhavam de alegria, brilhavam naturalmente. Como se eles já nascessem brilhando.

Os dois se encararam por um momento, sem saber o que dizer agora. Finnick sorriu, e Annie continuou encarando-o, ficando um pouco vermelha, mas não desviou o olhar.

- Seus olhos são lindos, Annie – ele comentou. – Sério. São muito bonitos.

Ela se encolheu um pouco, como se estivesse com frio. E desviou o olhar de Finnick, olhou para longe. Para o céu novamente.

Ela colocou as mãos sobre os ouvidos, como se estivessem doendo, ou como se ela estivesse querendo abafar o som de alguma coisa. Mas não tinha barulho nenhum. Apenas o ruído dos pássaros.

Finnick se aproximou dela por reflexo, e parou quando ela se afastou, gritando.

- Annie, o que foi? – Ele se aproximou mais, dessa vez ela não recuou. Ela tinha parado de gritar, mas ainda estava com os olhos fechados, e as mãos pressionadas contra os ouvidos. – Annie...é o Finn...tudo bem?

Ela abriu os olhos.

Eles não brilhavam mais.

Ela estava desesperada, assustada. Ela respirava rapidamente, como se corresse, e olhava para Finnick com medo. Mas ele não sabia de quê.

- Annie...

- Eles não param...por que eles não param? – Ela elevou um pouco a voz. – Eu digo para eles irem embora! Eles não me deixam em paz!

Ela tirou as mãos dos ouvidos, e enterrou a cabeça dos joelhos. Os cabelos caindo nas pernas, e as lágrimas escorrendo do rosto. Ela chorava desesperadamente por imagens e vozes que só ela via e ouvia.

Ela sentiu uma mão acariciando os seus cabelos lentamente, e ficou surpresa. Não lembrava de quanto tempo fazia desde que foi consolada por alguém. Ela sempre chorava sozinha.

Sua cabeça doía, e ela queria gritar com as vozes, mas, por incrível que pareça, elas tinham ido embora. Por causa dele.

Finnick Odair.

Ela olhou para ele, ainda assustada e surpresa. Ele somente sorriu. E ela teve uma imensa vontade de sorrir também, mas ela não conseguia.

- Tudo bem, Annie – Ele puxou ela para perto. E ela ficou surpresa novamente, e corou. Mas retribuiu o abraço dele. E não sabia como, mas aquilo parecia ser familiar. – Eles já te deixaram em paz.

- Não, não deixaram – ela rebateu com uma voz chorosa. Eles não deixaram ela em paz. Não se fica em paz depois dos jogos. Ela não se referia somente as vozes, ela se referia a Capital também.

Porque é assim que as coisas são. Você deixa os Jogos, mas eles não deixam você. Eles te perseguem.

Os pesadelos são sempre os mesmos, e acordar é sempre outro pesadelo.

Ele acariciou o cabelo dela novamente, passando os fios entre os dedos, brincando com eles. Ela sentia vontade de sorrir para ele. Mas tinha medo de fazer isso. Não sabia bem o por quê. Mas prometeu que um dia sorriria para Finnick Odair.

– Talvez eles não tenham te deixado, mas eu estou aqui com você.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. E espero que não tenham chorado, porque sinceramente, eu choro com algumas coisas relacionadas a esse shipp. Porque eu sou muuuuito apaixonada por eles. Tipo, muito mesmo. Se quiserem fazer críticas, dizerem o que acharam...sou toda ouvidos u_u
Beijos azuis pro cés!