TAILS escrita por Cath Lovelace


Capítulo 11
Dois deuses romanos discutem sobre meu parentesco divino


Notas iniciais do capítulo

Capitulo dedicado a " Rainy Rolland " ♥ Teve uma pequena participação, mas vai aparecer mais na fic, beijo



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Dois deuses romanos discutem sobre meu parentesco divino

Em 5 dias, Lia e eu chegamos a Califórnia. Meu pequeno bebê estava com alguns arranhões, e barro por todo lado...
Gaia, não ficou satisfeita por termos tido “a ousadia de sobreviver a um ataque de Gaia”, e decidiu que ia tentar nos afogar com barro.
Sinceramente, deve ser uma droga ser a deusa da terra. Qual é, seu único poder é terra.
Até o Vanish pode combater a terra!

Então, enquanto Gaia tentava afogar a mim, a Hammel e a meu bebê rosa (meu carro), eu apenas voei, e usei o ar para levantar Lia e o carro... E sem querer, quase derrubei Lia no buraco que Gaia havia criado... Não é tão fácil controlar o ar, e levantar um carro e Lia Hammel. Ela é uma baleia!

De qualquer modo, nós ainda estávamos vivas. Mesmo com dois ataques de Gaia...
E havíamos chegado no local da entrada do Acampamento Júpiter.
Se eu tinha um plano de como convence-los que Gregos são legais? Não.
Até porque, nem eu mesma me convenci de que gregos são legais...
Mas eu também não pretendia dizer logo que eu era grega. Não sou tão idiota... Eu acho.

– Então é o seguinte, vamos chegar lá, e... O que acontece quando os semideuses chegam lá? – perguntei confusa
– Como se eu fosse saber. – Lia respondeu, saindo do carro.
– Tchau bebê. Mamãe te vê logo logo. – me despedi do meu carro, e acenei com a mão, fazendo o desaparecer com a névoa.

É, eu sei controlar a névoa.
Atravessei a rodovia correndo, e cheguei no túnel, junto com Lia.
Haviam dois semideuses guardando a entrada, e eles nos olharam confusos. Estavam com uniforme de guerra, e eu não sabia dizer se eram meninos, ou meninas...

–Vocês podem nos ver? – perguntou uma voz feminina, que vinha da semideusa da esquerda.
– Não. – respondi
– Ah tá... Ei! – a garota tirou o capacete, e pude ver seus cabelos ruivos caindo.

Ela era ruiva, e com olhos azuis. Tinha a pele tão clara, que eu podia jurar que estava falando com uma folha de papel sulfite.

– Eu sou Rainy Rolland. – a garota disse, e apontou para o seu lado – Esse é Raymond.
– Oi. – o garoto tirou o capacete.

Ele não era só bonito. Ele era perfeito. Seus cabelos eram lisos e castanhos, e seus olhos eram de um tom diferente. Dourado. Sua pele era bronzeada, e ele parecia ter um físico tão bom quanto o de Apolo.


– São semideusas? – Rainy perguntou, me tirando do meu transe – Ou só mortais que podem ver a névoa?
– Uh... Semideusas, eu acho. Já que pelo menos uns 10 monstros tentaram nos matar até chegarmos aqui. – Lia respondeu hesitante
– Ótimo. – Rainy disse, abrindo a grande porta de metal do túnel - Vocês chegaram na melhor hora.
– Porque? – perguntei confusa
– Estão apresentando um semideus agora mesmo. Se correrem, podem ter a sorte de serem apresentadas hoje. Ou esperar até semana que vem. Se sobreviverem – ela sorriu sarcasticamente.
– Obrigada. – falei, e pisquei para Raymond. Eu não podia perder a oportunidade! – Nos vemos logo. – sorri e puxei Hammel para dentro.

O túnel era extremamente escuro. E eu odiava lugares embaixo da terra.
Então, usei o ar pra mover a mim e a baleia- Hammel, rapidamente.

– Porque eu tenho que carregar as malas? – Hammel reclamou do meu lado
– Por que, quem está te carregando sou eu. – bufei, e pude ver a luz no fim do túnel.

Assim que a chegamos ao fim, vi um grande rio, e uma ponte a alguns metros de distância.
Corri até lá com Lia, e atravessamos a ponte, E avistei um grande palco. Andei lentamente até lá, com Hammel no meu encalço.

Lá no palco, havia dois tronos, um microfone, e três pessoas.
Uma garota de trança estava sentada em um trono, e parecia extremamente entediada.
Um garoto loiro e alto, com vestido (?) e ursinhos de pelúcia no cinto (?²), estava de pé, ao lado do microfone.
E um jovem garoto (que parecia um anão ao lado do cara com vestido e ursinhos de pelúcia), estava parado, ao lado do garoto loiro.

PRIMEIRA IMPRESSÃO QUE EU TIVE DOS ROMANOS: Todo mundo aqui é louco??!

– Oh, deuses, eu humildemente peço que revelem a nós, a quem pertence esse jovem semideus. – o garoto loiro falou alto, e então pegou uma adaga do seu cinto, e...
– ELE TÁ MATANDO UM URSINHO? – Hammel gritou, e eu fui obrigada a tapar a boca dela com um grande tapa.

O maluco enfiou a adaga no ursinho, e o rasgou. Seu enchimento caiu no palco, e ele retirou um pedaço de papel de lá de dentro. Romanos e seus costumes...

– ... Você não foi identificado ainda. – O loiro disse – Vamos ao templo, e veremos se você serve para alguma coorte – ele falou com desprezo.

– EI! – uma voz gritou atrás de mim, me virei e vi Rainy – Reyna, Octavian, Essas duas também são novatas.
Reyna levantou a cabeça, e assentiu.
E Octavian, que provavelmente era o garoto loiro, nos olhou com curiosidade.

– Subam aqui. – ele disse sem interesse.

Lia subiu trêmula, mas eu levantei o queixo, e fui desfilando até o palco.

– Seu nome. – Octavian disse a Lia.
– Lia Hammel. – ela falou
– Você reconhece que passou por a grande Lupa, que chegou ao nosso Acampamento, e que promete nos servir por 10 anos, ou enquanto viver? – Ele perguntou a Lia
– É... sim.

Pausa para o momento que eu mesma não entendi:
Quem é Lupa?
Como assim 10 anos, ou enquanto viver?
Porque ele tem ursinhos no cinto?!

– Então... Escolha um. – Octavian apontou para os 2 ursinhos restantes. E Lia pegou o segundo. - Oh, deuses, eu humildemente peço que revelem a nós, a quem pertence essa jovem semideusa. – e mais uma vez, Octavian enfiou a adaga no ursinho, e arrancou o papel do ursinho.
– Oh, que interessante – murmurei, e atrai sem querer, o olhar de Reyna pra mim.

Ela levantou as sobrancelhas, e eu sorri calmamente. É, eu gostei dessa garota.

– Marte! – Octavian gritou, e as cortes aplaudiram.

Lia sorriu abertamente, já que era uma coisa óbvia.

Octavian se virou pra mim:

– Seu nome. – ele falou calmamente, quase entediado.

Cadê o respeito?
Andei até ele, e me posicionei ao lado do microfone. Com o canto dos olhos, pude ver Lia conversando com Reyna, que estava com uma expressão de desconfiança.
Levantei o queixo e disse:

– Candice France.

Octavian sorriu, e pegou a pelúcia restante do seu cinto. Era um pequeno dragão cinza. E de repente, eu tive uma súbita vontade de arrancar aquilo das mãos do espantalho assassino (vulgo Octavian), e correr. Eu amava pelúcias.
Mas se eu fizesse isso, provavelmente os arqueiros malucos me matariam. Pelo que parecia, matar ursinhos não era um crime grave, mas fugir com eles sim...
Esse acampamento não faz sentido.

– Oh deuses... – Octavian recomeçou o discurso entediante dele, e em seguida enfiou a adaga no pobre dragão.


Sinceramente, qual é a necessidade disso, romanos?

Vênus! – o assassino de dragões gritou.

Ah, que surpresa. Zeus, em sua forma romana me declarou, e... Pera, o que?

– QUE? – Lia e eu gritamos juntas

E então, já que eu não posso recomeçar minha vida normalmente -em um acampamento que já tem gente retardada suficiente- os deuses decidiram se meter na minha vida – de novo - .
Dois raios atingiram o palco, e fumaça rosa e cinza se misturaram no ar.

– Ela é minha filha! – uma voz gritou, e trovões ecoaram pelo céu.
– Você a abandonou! Eu a reclamei, Ela é minha! – outra voz, feminina e irritada, gritou dessa vez.

Quando a fumaça se dissipou, eu e todo o resto pudemos ver o que estava acontecendo.
Vênus (ou Afrodite) , a deusa inútil do amor , e Júpiter (Zeus), meu pai que é realmente inútil, haviam caído no palco do acampamento, no meio da minha proclamação.
O que aconteceu com a regra de “ Deuses não podem ver seus filhos” ? Gente desocupada...

– Olá queridos – Vênus sorriu encantadoramente para todos – Oi filha. – ela se dirigiu a mim, e eu não pude evitar sorrir.
– Ela NÃO é sua filha! – Júpiter gritou.
– É claro que ela é! – retrucou Vênus, se virando pra mim – Não é?

Eu tinha uma pequena noção do que estava acontecendo.
É claro, que com todos aqueles rostos voltados pra mim, eu não conseguiria dizer qualquer coisa útil.
Acontece que, quando sai do exército de Cronos, eu não fui bem aceita por Zeus. Não que eu me importasse com isso, mas o maldito orgulhoso, me “deserdou”, e me expulsou do chalé.
(Que foi algo completamente desnecessário, já que o chalé estava completamente queimado. Dã.)

Então, enquanto eu era expulsa do Olimpo, e do meu chalé, Afrodite, a deusa não tão inútil assim do amor, me provou que o amor não era assim tão ruim. Ela me deu o amor materno, que eu nunca pude ter.
Ela me “reclamou” como filha adotiva, e eu passei 6 semanas no chalé 10, onde todos me tratavam como irmã.
Quando meu chalé foi reconstruído, Zeus voltou para me pedir desculpas.

“ Desculpas? – falei com desprezo – por me humilhar, por me renegar como filha, e por me tirar do meu chalé? Não. Não aceito sua desculpas.”

Mas mesmo eu não desculpando o Senhor-rei-do-Olimpo, eu voltei ao chalé 1.
Mas foi apenas porque lá, era extremamente frio. (Ar condicionado colocado pelos Stolls. Que provavelmente foi roubado do chalé de Quione...) Não importava a estação.

– É... Com licença? – Octavian disse, atraindo a atenção para si – De quem a Senhorita France é filha?

Os deuses se olharam com raiva, e então Júpiter respondeu:

– Minha. – ele falou alto, e olhou para Vênus, como se esperasse que ela discordasse, e outra discussão começasse.
– Certo... – Octavian falou confuso.

Eu não podia culpa-lo por estar confuso. Aposto que todos ali estavam...
Vi Reyna se levantar, e ir até nos. Com uma breve reverência, ela disse:

– AVE, CANDICE FRANCE. FILHA DE JÚPITER OPTIMUS MAXIMUS.

Mas que nomezinho ridículo, hein Júpiter?

Vênus bufou ao meu lado, enquanto todos aplaudiam.

– Você ainda tem a minha benção. E ainda és minha filha. Aja com seu coração, querida. – ela sussurrou e os aplausos cessaram

– Nós devemos ir. – Júpiter falou – Permaneçam vivos, jovens semideuses. Tempos ruins se aproximam.
– Ah jura, Sr óbvio? – o cortei, mas ele me ignorou, e desapareceu em um trovão.

Meu pai é um babaca.

– Também devo ir – Vênus suspirou, me dando um longo abraço – Candice também é minha – ela acrescentou, confundindo novamente os semideuses.

Acredito que os deuses, quando não tem o que fazer no Olimpo, descem a terra e confundem a cabeça dos semideuses, começa uma guerra, ou nos manda em missões suicidas. Apenas por diversão... Gente desocupada²

– Desejo muito amor a vocês nesses tempos – Vênus continuou – Amor é a única coisa pela qual vale lutar. – ela sorriu – E quanto a você, meu pequeno áugure – ela se virou dramaticamente para Octavian – Sua vida amorosa está prestes a ficar... interessante. – ela me deu um último olhar e desapareceu, deixando todos e principalmente Octavian confusos.

PERIGO! Quando Afrodite diz “ interessante”, ela faz você se apaixonar, então some com a sua namorada, e depois que você a reencontra, ela decide que vocês tem que lutar em uma guerra muito louca, e sua namorada quase morre por você. E quando tudo se acerta, ela faz Hera tirar sua memória, e te mandar pra puta que o pariu.
E no fim, Quando você a recupera a porra da memória, ela manda você e sua namorada para o Tartáro. –
Relato de Percy Jackson, filho de Poseidon.

– Vocês duas – Octavian engasgou – No templo. Agora.


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Notas finais do capítulo

DEIXEI REVIEWS, PERGUNTAS OU QUALQUER COISA!



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