Colisão - Garras e Deduções escrita por Vallerie Kriger


Capítulo 9
8. Impulsos, chamas e... Alphas – parte III - final




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Ainda naquela noite...

Alphas. Alpha Humano. Caçador. Sangue. Veela. Mestiço. Eram alguns dos tópicos que povoavam a mente de Derek enquanto dirigia pelas ruas desertas e silenciosas de Beacon Hills e isso fazia seus ombros ficarem ainda mais tensos e pesados, era como se aos poucos todas as coisas quisessem lhe afogar antes mesmo que encontrasse uma válvula de escape. Antes mesmo que pudesse garantir a total segurança de seu Pack. Sendo que também havia as letras, as duas malditas letras deixadas por Gerard, e nem mesmo Cris Argent sabia o que poderiam significar, mas referente a isso este lhe disse que Gerard poderia querer confundi-los ou então revelar algo de seu inimigo, os Alphas, e sabia que de uma maneira ou outra este devia estar se divertindo e muito no inferno.

Um cheiro de alho, condimentos e carne tomava a cozinha e alguns cômodos próximos enquanto Isaac virava alguns dos pedaços de bife na frigideira, mesmo que antes seu pai lhe obrigasse a cozinhar e preparar todas as refeições nunca se incomodou, pois gostava desse trabalho domestico e era uma ótima terapia sendo até relaxante, mas logo sentiu um cheiro familiar e ouviu passos se aproximando onde em menos de dez minutos Jackson entrou no recinto e abriu a geladeira onde pegou uma garrafa de água a abrindo e bebendo no gargalo mesmo.

– Nos temos copos Jackson. – afirmou apontando pra um armário que tinha alguns copos.

No começo quando começaram a conviver no mesmo teto quase não trocavam duas palavras mais agora conversavam mais abertamente.

– Não haja como uma garota Lahey. – disse o loiro ao tirar a garrafa da boca, afinal aquele tipo de comentário era o que mais ouvia de Lydia quando resolvia pegar alguma coisa na geladeira dela para tomar.

– Só estou dizendo isso por que não quero tomar água misturada com a sua baba. – falou Isaac virando mais uma vez os bifes na frigideira. – Então como foi o passeio com o Stiles? – disse mudando de assunto, sendo que estava curioso sobre isso principalmente quando soube do dito fato pelos outros.

– Posso te responder. – começou o loiro após tomar outro gole de água e novamente no gargalo, o que fez Isaac revirar os olhos - Se me contar como ficou a cara do McCall quando soube com quem o melhor amigo dele estava? – falou irônico, tinha ficado tentado em perguntar a Lydia, mas sabia que esta não lhe daria a resposta que queria.

E ao ouvir tal questionamento Isaac automaticamente estranhou.

– Espero que não esteja tramando nada contra o Stiles. – a frase automaticamente pulou de seus lábios e mesmo que não tivesse pensado nela a princípio era algo que prezaria para não acontecer. Podia não trocar muitas palavras com o Stilinski, isso porque sempre que ele falava consigo as palavras instantaneamente fugiam de sua boca enquanto suas mãos suavam, era até como se fosse tomado por algum tipo de constrangimento e isso era até parecido com que sentia quando gostava de alguém.

– Não diga absurdos Lahey... – falou Jackson indignado e antes que continuasse ambos pararam ao sentir um determinado cheiro e ao olharem para a porta viram ali Derek.

– Avisem aos outros que os quero aqui amanhã sem falta. – pronunciou sem se dirigir nem a um nem ao outro e do mesmo que chegou saiu da cozinha.

– O que será que houve? – disse Isaac minutos depois que Derek deixou o recinto.

– Melhor nem perguntar. – falou Jackson dando de ombros sendo que sabia muito bem do que devia se tratar. E pelo jeito que Derek acabara de lhe encarar sabia que este não devia ter gostado nada que tivesse atacado as ordens de Peter, no entanto parecia ser outra coisa também...

...

Scott estava perto da entrada do Colégio, estava esperando tanto a namorada como o melhor amigo. Sendo que o mais queria no momento era que Stiles chegasse logo, pois mesmo que este tivesse finalmente respondido uma de suas mensagens ainda estava, como digamos, com a pulga atrás da orelha, porém seus pensamentos foram quebrados quando ouviu um barulho alto de dois motores e ao olhar na direção do som viu duas motos praticamente iguais avançarem pelo estacionamento e seguirem mais para frente, entretanto logo sentiu cheiros familiares se aproximarem.

– Bom dia Scott. – lhe cumprimentou Erica assim que se aproximou e a loira estava acompanhada de Boyd, e os dois desde que foram atacados pelos Alphas tinham ficado de alguma forma mais próximos.

– Bom dia. – Boyd também lhe cumprimentou.

– Bom dia. – disse Scott aos amigos.

– Algum problema Scott? – questionou a loira que percebeu que o mesmo parecia um pouco ansioso.

– Não. – falou automaticamente, mesmo que por dentro estivesse se remoendo para que Stiles chegasse logo. – Por quê?

– É que você parece um pouco inqui... – começou a loira mais a frase morreu em sua garganta ao mesmo tempo que seu coração acelerou e suas mãos começaram a suar frio, e automaticamente olhou pros lados buscando aquilo que fez seu corpo gelar de medo e fez certas lembranças voltarem em sua mente com um tiro de uma arma, porém a única coisa que percebia a sua volta eram os outros alunos do Colégio que estavam em grupos, ou entrando no prédio ou então conversando, no entanto tinha certeza que havia escutado aquela voz. A voz de um de seus algozes. A voz de um dos Alphas. Entretanto logo voltou a realidade quando sentiu mãos segurarem firmemente seus braços e uma voz grave e familiar lhe chamar, e ao encarar a pessoa viu ali Boyd e este lhe olhava com um olhar extremamente preocupado.

– Erica. Você esta bem? Sente dor em algum lugar? – perguntou o moreno aflito, afinal a loira do nada tinha se calado e começado a tremer, além de exalar um cheiro de medo que conhecia bem, pois era o mesmo cheiro que exalou quando foram atacados pelos Alphas.

– Tudo bem Erica? – perguntou também Scott.

– Sim. – começou a loira suavemente. – Não foi nada. – afirmou, mesmo que suas palavras não tivessem sido muito firmes, vendo e sentindo que todos ali pelo cheiro eram humanos, porém mesmo assim continuava a sentir aquele temor. – “Eu devo ter ouvido uma voz parecida.” – pensou consigo mesma, mesmo que algo lhe dissesse que realmente era uma daquelas vozes e se aquela noite não estivesse muito escura ela e Boyd poderiam ter conseguido ver o rosto deles. – Eu só estou um pouco cansada. - disse. – Acho que só preciso de um pouco de água. Vem comigo Boyd. – falou vendo o moreno fazer um sutil e quase imperceptível aceno. – Nos vemos na aula de química Scott. – pronunciou ao amigo enquanto seguia pra dentro com Boyd. E Scott apenas acenou em entendimento continuando no mesmo lugar a espera de Allison e Stiles.

– Realmente não tinha certeza se essa coisa funcionaria. – falou o garoto de cabelos loiros de tamanho mediano, que chegavam quase aos ombros que estavam semi-presos, e olhos castanhos claros. E este estava mexendo numa espécie de relicário preso na pulseira em seu pulso. – Aqueles Betas nem se deram conta quando passamos por eles. – completou olhando pro garoto ao seu lado, sendo que este tinha os mesmos olhos que si e a única diferença era que ele era alguns meses mais velho e tinha cabelos pretos e curtos, e na frente dos olhos usava um par de óculos de grau de hastes pretas e finas.

– Pode ser. – falou o moreno ajeitando os óculos, porém algo na reação da loira lhe deixou um pouco intrigado. – Mas é melhor irmos. – ditou afinal se iriam freqüentar o Colégio tinham que se matricularem na diretoria.

Alguns policiais ainda estavam na fabrica e estes anteriormente apenas esperavam o carro que levaria o corpo, porem nesse meio tempo acabaram recebendo uma ordem do Xerife para que ainda permanecessem com o corpo ali, no entanto não perceberam que ao longe, mais precisamente na parte de trás da fabrica havia uma pessoa. Uma jovem morena dona de cabelos médios e que segurava algumas flores silvestres formando um simples e pequeno buque.

– Sabia que estaria aqui. – ouviu uma voz conhecida e nem se moveu de sua posição. Afinal sabia muito bem que era. Sua irmã.

– Eu tinha que vir me despedir. – disse à jovem que segurava o buque. – Ainda não posso acreditar que ela não faz mais parte desse mundo. – disse sentindo os olhos marejarem, sendo que já sabia que algumas espécies tinham se perdido anteriormente, mas nunca tinha pensado em sentir, e presenciar aquilo por si mesma, sendo que as Vellas eram os seres mais elevados dentre todas as criaturas, isso antes dos Lobisomens e Vampiros.

– Sabe que mesmo que este Ser não esteja mais no mundo físico sua essência continuara em tudo, desde o orvalho da manhã até as nuvens do céu. – disse a mais velha serenamente já que a mais nova por mais que se mostrasse forte e tivesse um jeito até incontrolável, em alguns momentos era um tanto sentimental.

– Eu sei. E até estou brava comigo mesma por estar fazendo esse papel vergonhoso assim na minha despedida... – disse lagrimejando. – Mas eu não posso evitar. É muito triste... E eu sei Taila que eu devia me comportar mais impassivelmente e prestar as devidas condolências sem transparecer o que eu realmente sinto, igual a vovô... Mas eu ainda não sou uma líder completa então não posso deixar de chorar... – balbuciou em meio aos lagrimas segurando ainda mais forte o buque em sua mão.

Enquanto a morena ao seu lado apenas ficou quieta diante das palavras da irmã afinal sabia o que esta estava passando, já que os sucessores a líder eram treinados desde pequenos a se comportarem mais racionalmente do que emocionalmente.

John estava sentado no banco do carona do jipe enquanto Sherlock seguia pela rua atrás da viatura do Xerife que estava mais a frente os guiando para o local onde o corpo estava, porem se sentia um pouco inquieto já que desde que encontrou o amigo na delegacia este não lhe dirigiu uma única palavra e o detetive parecia até emburrado com alguma coisa.

– Sher... – começou, já que aquele silêncio todo estava lhe incomodando, porem a voz grave do detetive lhe interrompeu.

– Como estava o bolo? – a pergunta em si lhe surpreendeu, isso também por ser Sherlock que a estava fazendo.

– Hum... Bom. – disse minutos depois, mesmo achando o questionamento um pouco estranho vindo do detetive, mas pelo menos ele finalmente lhe disse alguma coisa.

– Quero algo mais concreto do que “bom” para definir o bolo que fiz. – pronunciou Sherlock serio e ao dizer tal frase acelerou um pouco.

Estava bravo por John não ter novamente se alimentado direito e isso era mais do que claro para si, como também pelo medico não ter apreciado o bolo que tinha feito e que demorou praticamente três horas para fazer. Sendo que o primeiro bolo que fez saiu queimado, o segundo doce demais além da massa não ter ficado muito macia, mas depois de mais de uma hora de esforço finalmente o terceiro bolo ficou pronto e pra sua felicidade interna este ficou perfeito, tanto em sabor como em textura. Já que mesmo que entendesse de letra o passo a passo de qualquer receita e usasse os ingredientes nas suas quantidades exatas, sem mais nem menos, muitas vezes as receitas não davam certo e olha que tinha melhorado substancialmente na cozinha, isso depois de parar de usar seus instrumentos do laboratório, porém mesmo assim nunca poderia se considerar um mestre nas artes culinárias. Mas estava tão satisfeito no momento por ter conseguido fazer aquele bolo que teve que se segurar e muito pra não ir correndo até John e arrancá-lo da cama e fazê-lo comer, só pra assim apreciá-lo enquanto comia. Apreciar o médico comer o bolo que tinha feito especialmente para ele.

– Foi você que fez! – exclamou John extremamente surpreso, afinal se lembrara de uma conversa que teve com o detetive e este lhe disse que mesmo que seguisse qualquer receita a risca algumas das comidas nunca saiam muito bem no começo e quando ficavam boas parecia que sempre faltava alguma coisa, por isso este nunca se aventurava pelas panelas e sempre fazia questão de lhe deixar cuidar disso e uma vez o detetive até tinha lhe perguntado o que fazia ou o que usava quando cozinhava, pois ele sempre dizia que sua comida era melhor que a comida de qualquer chefe de cozinha, porém o que sempre dizia era que apenas seguia o passo a passo das receitas e nada além disso. E agora sabendo que o amigo tinha feito aquele bolo se sentiu meio culpado, pois não tinha saboreado nada dele. Apenas mordeu, mastigou e engoliu. – Me desculpe Sherlock eu não apreciei muito o bolo. – falou o medico assim que o Jipe preto parou por causa de um semáforo, e nem conseguia encarar o amigo agora.

– John. – ouvir Sherlock chamando seu nome lhe fez automaticamente o encará-lo, porem ao virar o rosto na direção dele levou um pequeno susto quando percebeu que o rosto dele estava próximo de si, numa distancia de vinte centímetros. – Estou realmente chateado por você não ter apreciado o bolo, mesmo que você não soubesse que havia sido eu que o fez.

– Olha Sherlock pra compensar por isso eu... Eu... – começou um tanto incerto e envergonhado, até que algo veio em sua mente. - Prometo que faço qualquer coisa que você quiser hoje. – disse por fim mesmo que sempre fizesse o que o detetive queria, porém era a primeira vez que se oferecia de espontânea vontade.

Ao ouvir aquilo Sherlock automaticamente se surpreendeu e algo um tanto quente veio imediatamente em sua mente lhe fazendo sorrir discretamente de nervoso e ansiedade pelo momento que poderia finalmente estar com o medico nessa situação, porém logo se conteve.

– Sabe o que acabou de dizer indiretamente... – pronunciou de um modo rouco e até sensual vendo o medico lhe encarar fixamente. – Que hoje você é todo meu... Só meu. – disse e sorriu, no entanto ficou aturdido quando o rosto do loiro subiu mais de três tons no rubor e era a primeira vez que aquilo acontecia e antes que buscasse algo que lhe dissesse o porquê daquilo acontecer o som alto e estridente de uma buzina chamou sua atenção e logo se deu conta que o sinal havia se aberto e a viatura do Xerife estava bem a frente a uma boa distancia enquanto atrás do jipe havia um taxi e rapidamente se endireitou e deu partida, voltando a seguir o carro do Xerife e amaldiçoando o taxista.

– Deve ser outra mulher que esqueceu da vida enquanto estava retocando a maquiagem. – pronunciou o taxista olhando para o jipe preto que finalmente tinha começado a andar. – As mulheres deviam ser proibidas de dirigir, pois o lugar delas é na cozinha. – disse e riu de seu comentário.

– É mesmo. – uma voz suave invadiu os ouvidos do mesmo e este logo olhou pelo espelho para seu passageiro agora, melhor corrigindo sua passageira. Uma mulher de longos cabelos pretos, pele clara mas com um sutil tom dourado de sol e olhos de tom castanho claro que lhe olhavam fixamente e que automaticamente lhe fizeram sentir um frio na espinha, era como se ela fosse algum tipo de animal selvagem que estava pronto para dar o bote.

– Digo isso de brincadeira é claro. – falou ainda incomodado pelo o olhar da mulher, parecia até que ela ia pular em seu pescoço a qualquer momento, sendo que sua frase não era nada verdadeira.

– Mentir é feio. – disse a morena com um sorriso até sádico que fez o taxista prender a respiração enquanto um pouco de suor começava a surgir em sua testa. – Mas agradeceria se pelo resto do caminho ficasse calado... Pois não suporto ouvir comentários machistas. – falou serenamente, mas seu olhar transmitia um brilho sádico e frio que fez o taxista quase parar o carro no meio da rua e sair correndo.

Stiles tinha acabado de chegar ao Colégio e no mesmo instante que entrou no estacionamento a procura de uma vaga não deixou de notar o amigo na frente da entrada e este conversava com Allison e Lydia, sendo que percebeu de cara que ele algumas vezes desviava o olhar delas pra olhar ao redor e foi ai que ele lhe percebeu. E era claro que Scott não tinha acreditado muito no que tinha enviado afinal conhecia bem o amigo para saber de longe quando ele estava inquieto e desconfiado de uma coisa, e sem demora e o mais lento que pode foi em direção da única vaga livre que devia haver em todo o estacionamento.

Tinham acabado de chegar ao local do crime, e pela janela do jipe John viu que era um fabrica antiga e um pouco isolada do resto da cidade, o que a fazia se tornar o local perfeito para qualquer ato ou violação, porém logo ouviu o barulho da porta e ao olhar pro amigo este tinha acabado de sair se dirigindo até o Xerife fazendo seu casaco balançar graciosamente a cada passo firme e preciso que dava e era até como se ele pertencesse a realeza... Só meu... Porém automaticamente sentiu o corpo, e o rosto principalmente, esquentar ao se lembrar das palavras do detetive, sendo que tal frase só havia ouvido uma única vez, em um único momento e não foi na realidade e sim num sonho. Em um único sonho, e que desde o dia que o teve nunca mais se repetiu onde só se lembrava de pequenas partes dele e o mais estranho era que por mais que fosse um sonho ele havia sido muito real. No entanto logo percebeu o amigo e o Xerife começarem a seguir para dentro da fabrica e automaticamente abriu a porta do jipe e desceu onde apertou um pouco o passo para chegar até aos dois que estavam mais a frente.

Stiles estava terminando de estacionar vendo ao longe que Scott ainda mantinha o olhar em si, e assim que terminou respirou fundo e se olhou no espelho ajeitando os cabelos e garantindo que a mancha arroxeada estivesse bem coberta pela camisa.

– Aquele psicopata ainda me paga por isso. – falou ao pensar em Peter, ajeitando ainda mais a camisa. – Mas agora preciso agir como sempre, normalmente. – disse ao olhar onde estavam os outros e logo pegou a mochila para poder sair e ir até onde eles estavam.

John estava na metade do caminho para chegar até Sherlock e o Xerife, e estes já tinham passado pela portaria e continuavam a seguir em frente. Estava a menos de alguns metros da mesma portaria quando simplesmente parou no mesmo instante que uma sensação fria e eletrizante invadiu seu corpo, e que lhe fez automaticamente perder qualquer resquício de ar que havia em seus pulmões fazendo seu coração bater tão forte que fazia seu peito doer. Tentou respirar fundo mais isso só fazia que a dor ficasse ainda mais forte. Tentou falar alguma coisa ou mesmo chamar o amigo, mas sua voz não saia apenas um ou outro gemido dolorido. Com um pouco de esforço levantou o olhar na direção do detetive, porém sua visão estava turva e apenas via um borrão bege e preto ao longe e que ficavam ainda mais distantes no meio de todos aqueles borrões, já que sua visão estava totalmente embaçada, onde instintivamente fechou os olhos para ver se melhorava, mas ao abri-los estes estavam um pouco melhores, entretanto se assustou com o que via agora... Não podia estar vendo aquele tipo de coisa, era surreal demais e logo seu lado medico começou a raciocinar, afinal devia estar com algum cansaço mental ou até alguma falta de vitamina, devia ser isso e até se lembrou do que Sherlock havia lhe dito na noite anterior sobre sua alimentação, só podia ser isso... Mas por mais que pensasse nisso, algo em si dizia que aquilo o que quer que fosse era real, e bem real, e mesmo ainda tomado pela dor que percorria seu corpo de cima abaixo direcionou sua mão para aquela forma abstrata que nem tocava o chão, porém antes mesmo de tocá-la sentiu a visão escurecer e o corpo amolecer.

– Stiles... Ei Stiles... – uma voz conhecida encheu seus ouvidos e ao olhar para o dono dela viu a sua frente Isaac com uma expressão que beirava a preocupação e não entendeu o porquê, até que notou como ambos estavam. Estava perto do jipe, enquanto sua mochila e a chave do jipe estavam caídas perto de si, sendo que se encontrava meio agachado e a sua frente Isaac estava do mesmo jeito, porém este lhe segurava os ombros, mas a questão era como tinha acabado nessa situação, pois a ultima coisa que se lembrava era ter saído do Jipe. – Você esta bem? – a pergunta do Lahey lhe deixou confuso, mas o que tinha acontecido para se encontrar assim.

– Há sim. – respondeu. – Só estou um pouco confuso. Mas o que aconteceu?

– Você me deu um susto. – falou Isaac, por mais que estivesse bem distante de onde Stiles estava tinha sentido que algo estava errado com ele e no mesmo instante o buscou entre os alunos só que ao encontrá-lo se assustou quando este começou a cair como se estivesse desmaiando. – Num momento você estava parado em pé e no outro começou a cair. Foi realmente assustador... – pronunciou, ainda não entendia como tinha sentido aquilo e nem o porquê, mas estava feliz de ver que Stiles estava bem.

– Entendo... – disse assimilando o que o outro tinha dito e realmente era estranho, no entanto o que quer que tivesse acontecido já tinha acontecido antes, mas apenas duas vezes. Uma quando estava com seu pai. E a outra quando estava treinando lacrosse com Scott. Sendo que ambas aconteceram em intervalos de tempo muito grandes, praticamente alguns anos para ser exato. E no ocorrido com seu pai este lhe levou automaticamente ao medico e até a força, onde ao fazer alguns exames o medico apenas disse que devia ser uma queda de pressão e que era hereditário já que sua mãe tinha. – Mas obrigado pela ajuda Isaac. – falou, e ao ouvir aquilo o lobisomem sentiu aquele constrangimento lhe tomar e antes que dissesse alguma coisa uma voz soou.

– O que houve? – questionou Scott que tinha achado estranho o jeito como Isaac se aproximou do Jipe e sem demora se aproximou e atrás de si estavam Allison e Lydia.

– Só uma tontura passageira. – pronunciou Stiles. – Mas eu já estou melhor, e o Isaac me ajudou. – disse se levantando sendo seguido pelo lobisomem.

– Tem certeza que esta bem Stiles? Você parece meio pálido. – disse a ruiva.

– Tenho, não foi nada... Deve ter sido apenas uma queda de pressão passageira. Meu pai disse que tenho pressão baixa como a minha mãe, é hereditário sabe. – pronunciou.

– Acho que seria melhor você voltar para casa Stiles. – disse Scott chamando a atenção de todos e do amigo. – Mesmo que você diga que esta bem, é melhor você ficar de repouso hoje. Descansar bem, já que hoje também não temos o treinamento.

– Eu estou bem homem... – pronunciou descontraído, mesmo que soubesse o porquê da preocupação do amigo. Afinal na segunda vez que aquilo aconteceu estava com Scott, e era a única que se lembrava vagamente do que sentiu. Havia sentido uma dor dilacerante no ombro, era como se tivessem enfiado uma faca quente em sua pele e a atravessado até o outro lado e quando deu por si estava encharcado de suor e com Scott a seu lado e este era pura preocupação e desespero, e antes que fosse dizer algo a mais a voz de Isaac chamou sua atenção como a dos demais.

– Sobre o treinamento... – começou Isaac que ficou ainda mais sem jeito ao interromper o Stilinski. – Derek disse que quer ver todo mundo hoje, sem falta. – pronunciou quando percebeu que todos lhe encaravam.

– Como assim? – questionou Scott.

– Eu não faço idéia do porque. – começou. – Ontem ele chegou e apenas ditou que eu e o Jackson avisássemos isso e depois disso ele ficou no quarto e não saiu, e se ele saiu ninguém percebeu. – meio que explicou. – Hoje de manhã eu até tentei saber de alguma coisa com o Peter, mas foi perda de tempo, pois ele apenas disse... Dois de vocês sabem, porém apenas um sabe mais que o outro. – falou imitando a voz do mais velho. – E no final ele foi pra algum lugar rindo.

Automaticamente Stiles sentiu um frio na espinha ao ouvir aquilo e ao olhar discretamente para Scott levou um pequeno susto ao ver que esta lhe encarava fixamente e era claro que aquilo tinha aumentado ainda mais a desconfiança dele, se pudesse iria agora mesmo atrás do Hale mais velho e o trancaria numa sala cheia de wolfsbane. No entanto logo pensou no que Derek havia pedido, mais ordenado isso sim, com certeza era pelo que tinha acontecido no outro dia e esperava que ele tivesse reconsiderado ou então decidido algo mais plausível.

– “Só espero que ele não continue com aquela idéia.” – pensou o Stilinski olhando para o céu. – “Espero realmente que você tenha tomado a decisão certa Derek, pois na certa ou na errada eu sempre ficarei ao seu lado.”

Sentia algo quente no rosto e ao mesmo tempo macio e firme, e que lhe dava uma boa sensação e fazia muito tempo que não se sentia assim tão em paz e confortável e que fez até os cantos de sua boca se puxarem um pouco pros lados. Porem logo foi tomado pela realidade em si, o momento em que tentava alcançar Sherlock e o Xerife, e depois disso mais nada vinha em sua mente apenas um branco. No entanto logo ouviu aquela voz grave tão conhecida, e ao levantar o olhar encarou o detetive, sendo que ele estava muito próximo praticamente colocado a si, o que era estranho, porém não se sentia incomodado, apenas não sabia como haviam acabado assim.

– O que esta acontecendo? – questionou o loiro que desviou o olhar do amigo pros lados vendo ali o Xerife e dois policiais e estes lhe encaravam.

– Você desmaiou. – a voz de Sherlock chamou sua atenção e lhe surpreendeu. – Isso não é muito certo principalmente pelo movimento que seu corpo fez, diria mais que você teve alguma tontura. Porém você demorou alguns segundos para ter alguma reação. – ditou Sherlock que controlava tanto a mente como corpo para não mostrar muito o temor que sentiu ao se virar e ver o seu loiro quase caindo, nunca em toda a sua vida tinha ficado tão apavorado assim.

– O senhor esta bem Doutor Watson? – perguntou o Xerife um pouco ofegante pela curta corrida que fez. – Se quiser podemos ir ao hospital que fica aqui por perto.

– Eu estou bem. – falou suavemente. – E podemos continuar.

– Acho melhor você ficar esperando no carro John. – a voz de Sherlock entrou por seus ouvidos como uma lufada de uma brisa fria. – Não faz bem que se exceda. – ditou o detetive serio, podia não saber cem por cento o porquê John havia tido aquela tontura mais sabia que a principal conseqüência devia ser por causa da alimentação dele.

– Sherlock eu estou bem. – disse firme. – Além do mais eu sou medico e sei muito bem me cuidar e que precauções tomar... – falou e antes que o amigo lhe interrompesse continuou. – E também você detesta falar com os legistas. – afirmou e sorriu ao ver que o amigo fechar a cara.

E Sherlock por mais que não gostasse tinha admitir que John estava certo, não que não conseguisse as informações que queria dos legistas, mas eles sempre lhe davam informações desnecessárias e faziam muitas vezes suposições absurdas que lhe irritavam.

– Você pode ter razão disso. – afirmou ao medico que lhe sorriu abertamente o que lhe fez ter uma vontade de apertar as bochechas do mesmo. – Porém só considerarei que participe... – começou e sorriu de lado pela idéia que tinha acabado de ter e logo abaixou o rosto ficando com os lábios a centímetros da orelha do loiro. - Se ficar o tempo todo perto de mim. – surrou na orelha do loiro e ao se afastar viu John lhe olhar num misto de curiosidade e receio, afinal era certo que ele sabia que ia acabar se arrependendo ou se constrangendo com isso, mas podia afirmar que ele realmente ficaria constrangido.

Esta ofegante pela curta corrida que tinha feito, enquanto seu coração batia tão rápido como um tambor pela sensação que a minutos atrás havia sentido como se uma enorme tempestade houve caído de uma só vez em um pequeno copo, e que fez tudo em volta da fabrica se calar.

– Aconteceu algo? - a pergunta de Taila ecoou em seus ouvidos enquanto olhava para a entrada da fabrica. E a mais velha por mais que não sentisse o que a irmã sentia, sabia quando a mesma sentia ou pressentia alguma coisa.

– Alguma coisa se chocou contra a barreira. – disse após uns minutos, porem não era só isso que lhe intrigava, pois olhando pras pessoas que estavam na entrada da fabrica sentia algo incomum em dois deles. – Mas aquele homem, o mais alto. – falou apontando para homem alto que estava com um casaco preto. – Ele é um Alpha Humano. – afirmou um pouco assombrada pois a muito tempo não havia relatos de algum Alpha Humano.

– Mesmo não sentindo o que você sente. Percebo que ele tem alguma energia diferente. – falou Taila, encarando o homem indicado pela irmã e mesmo que apenas ela pudesse sentir a energia dos Seres todos os Ocultos eram treinados para desenvolverem alguma sensibilidade para sentir, por mais que pouco, o que a(o) Líder sentia.

– Porém tem algo de estranho no loiro. – pronunciou Loren inquieta. – Tem algo de diferente nele mais eu não entendo o que é.

– Isso porque ele é um mestiço. – uma voz preencheu seus ouvidos, sendo que não era a voz de sua irmã, e automaticamente olhou na direção dela.

A sala estava como sempre, com conversas ali e aqui entre alguns alunos, outros que se focavam na lição e um ou outro que se debruçavam nas carteiras para dormir ou não fazer nada enquanto o professor não chegava. Porém para Stiles essa demora só lhe deixava ainda mais agoniado, isso porque seu amigo, seu brother de longas datas, não parava de lhe fazer perguntas e o motivo delas era o que tinha acontecido no estacionamento, sendo que por mais que estivesse começando a se irritar com isso agradecia dele não estar fazendo, ainda, perguntas sobre sua saída com Jackson.

– Scott é serio. – falou pela vigésima terceira vez. – Eu estou bem. E juro que se você não parar de me perguntar a mesma coisa vou te fazer um chá de wolfsbane com uma pitada de veneno de Kanima, e tenho certeza que o Derek ainda deve ter isso. – ameaçou, mesmo não falando serio.

– Eu só estou preocupado. – respondeu Scott serio. – Afinal não quero que o que aconteceu da ultima vez se repita. E tão ruim assim eu me preocupar com o meu melhor amigo. – falou cruzando os braços e fechando a cara. Estava chateado e preocupado, afinal da ultima vez que Stiles teve algo assim ficou tão desesperado que não sabia o que fazer.

– Desculpe. E agradeço a preocupação, mas eu não gosto de ficar falando muito disso... Me faz lembrar da minha mãe. - falou suavemente, olhando para o nada ao mesmo tempo. Isso porque pelo que seu pai lhe contou sobre ela já que era muito pequeno para lembrar direito, ela tinha uma saúde muito frágil, e por causa disso seu pai sempre ficava meio temeroso e preocupado quando ficava doente, afinal sabia que ele temia que além da pressão baixa também tivesse o mesmo problema de saúde que ela.

Scott ouviu atentamente as palavras do amigo e sabia o quanto Stiles ficava incomodado quando algo o fazia se lembrar da mãe, e por mais que o amigo não demonstrasse sabia que ele sentia falta dela. E era praticamente a mesma coisa que sentia em relação a seu pai quando era criança, sendo que diferente de Stiles nunca conheceu o mesmo, e agora nem se importava muito com isso, afinal esse que devia e foi seu pai algum dia abandonou a si e sua mãe quando nem tinha um mês de vida e para si pessoas assim podiam ser taxadas de tudo, menos de pai.

– Certo, e foi mal da minha parte também. - disse e automaticamente levou sua mão pra nuca do amigo fazendo um leve afago e no mesmo instante Stiles lhe sorriu, no entanto logo tirou sua mão da nunca dele quando o professor entrou na sala para assim começar mais um dia letivo.

Você! – exclamou Loren ao olhar para o dono da voz. Vendo ali o garoto alto de pele branca e olhos castanhos. E sem pensar duas vezes o abraçou.

– Quanto tempo Loren – disse este retribuindo o abraço. – E você parece que parou de crescer, principalmente no busto. – falou assim que se afastou um pouco.

– Há fica quieto Danny. – falou a morena um tanto raivosa pelo comentário, mas logo deixou isso pra lá. – Porém, como sabe que ele é um mestiço. – disse olhando para o loiro.

– Por causa dos olhos. – pronunciou Danny. – Ele tem um brilho no olhar e também uma energia diferente, entretanto sua outra descendência é uma incógnita.

– Afinal a natureza dos mestiço é a ocultação. Mesmo que sua descendência já tenha despertado – pronunciou Taila para os dois ali. – E é bom revê-lo Sr. Māhealani. – disse ao garoto que apenas vez um leve aceno. – Mas creio que o Senhor já esteja atrasado para as aulas. – falou.

– Tem razão Srª. Morrel. – falou. – Então nos vemos mais tarde, até meninas. – disse e logo começou a se distanciar.

– Olha que posso te ver antes disso. – pronunciou a sucessora a Líder.

– Vindo de você, eu não duvido. – disse Danny e Loren sorriu, enquanto Taila observava o Alpha Humano e o provável Mestiço adentrarem na fabrica.

John nunca pensou que poderia ficar tão envergonhado como estava agora. A mão esquerda de Sherlock estava firmemente em sua cintura, e não havia sequer um milímetro de distancia do corpo dele pro seu e toda a vez que tentava se afastar um pouquinho dele, este imediatamente apertava o braço em volta de si e lhe puxava de volta sem nenhuma cerimônia, sendo que todos ali pareciam mais interessados neles do que no corpo em si.

– John pare de se incomodar com o olhar dos outros. - pronunciou Sherlock analisando bem o corpo a sua frente.

– Claro que você diz isso, afinal não é você que eles ficam encarando. - falou o medico aborrecido.

– Isso é porque um dos policias que estavam conosco lá fora contou a eles o que aconteceu com você. E eles só estão com a digamos curiosidade humana. - disse o detetive sem muita importância. - Então o que acha dos ferimentos? - questionou afinal o medico estava tão incomodado com o olhar dos outros e em como estavam, que nem prestara muito atenção no corpo e nos ferimentos.

Assim que ouviu o questionamento de Sherlock, deixou tudo a sua volta pra lá e encarou com mais afinco o corpo da vitima a sua frente, e logo se movimentou para chegar mais perto e analisar melhor e no mesmo instante sentiu a mão de Sherlock se desprender de sua cintura, fazendo a região que ela se encontrava aos poucos perder o calor que a aquecia, porém agradecia já que seria complicado se abaixar para analisar melhor o corpo se ainda estivesse praticamente grudado no detetive.

Pelo que viu, e via, a vitima eram um homem na meia idade, provavelmente com cerca de 60 anos, branco e por volta de 1,72 de altura. No tronco haviam cortes profundos e feitos em varias direções, sendo que alguns dos cortes tinham sido feitos por cima daqueles já feitos, o que devia ter ocasionado um dor lancinante, porem o que mais o surpreendia no corpo em si não eram os ferimentos e sim a expressão do rosto. Olhos já sem vida e esbranquiçados bem abertos e fixos num ponto qualquer, enquanto os lábios estavam puxados para os lados num sorriso sarcástico e até sádico, era até como se o corpo fosse alguma atração de uma casa mal assombrada. Mas logo sua atenção voltou para os cortes, a forma, a profundidade, sendo que desde que viu a foto algo lhe dizia que já havia visto algo como aquilo, até que se lembrou onde e ao olhar para Sherlock este lhe deu um sutil sorriso e sabia que ele já sabia daquilo antes mesmo de olhar para o corpo em si.

– Então Sr. Holmes pode me dizer o motivo de querer ver o corpo? - questionou o Xerife que aguardava um tanto impaciente qualquer pronunciamento do mesmo.

– Simples. - pronunciou Sherlock sem nem mesmo olhar para o homem, ainda mantendo seu olhar firme nas duas esmeraldas que tanto lhe fascinavam. - Pois os ferimentos dele são do mesmo tipo que foram encontrados no filho adotivo do Sr. Whittemore. - afirmou calmamente enquanto todos em volta ficaram surpresos, descrentes, sem falas e etc.

– O que quer dizer? - questionou James Stilinski.

– Se me permite Xerife isso esta mais claro do que água. Se analisar bem, só olhando, vai perceber que os cortes tem um padrão muito semelhante aos encontrados no jovem, sendo que esses foram feitos com mais brutalidade. - pronunciou calmamente. Era a primeira vez que um corpo lhe instigava tanto como o que estava em sua frente. Os ferimentos, o estado e principalmente a expressão sádica que lhe dizia claramente que este de todas as formas estava satisfeito com algo e a tal palavra que não fora terminada mostrava que ele deixara tanto uma incógnita para seus inimigos como ao mesmo tempo revelava algo de seu assassino, ou então assassinos. – E se não se incomodam gostaria que não mexessem nem mais um músculo e nem respirassem também, pois vocês já contaminaram, e muito, a cena se não perceberam. – disse apontando para uma parte que havia pegadas e que agora estavam semi encobertas por outras que pelo tamanho e forma havia deduzido que foram providas das botas e sapatos dos policiais e os demais que estavam ali. – Fui claro – disse imperativo e John quis um buraco para se esconder ao ver as expressões nada felizes dos demais ali pelo jeito autoritário que o amigo tinha dito e nisso não havia o que dizer para amenizar o clima, pois seu amigo estava irritado, ele sempre ficava irritado quando profanavam a cena do crime.

As paredes de alvenaria já estavam desgastadas a muito tempo, o piso de azulejos tinha algumas partes quebradas, enquanto o teto tinha alguns buracos. Realmente o lugar já tinha passado por dias de gloria, mas agora isso estava apenas no passado, e quem diria que o primeiro hospital de Beacon Hills estava agora as traças, um marco, uma relíquia, perdida por causa do tempo e esquecida por muitos. Porem dentro de um dos muitos cômodos ali estava um jovem de pele clara, cabelos tão pretos como o ônix e olhos castanhos claros, e este estava sentado no parapeito da janela apenas observando o movimento afora.

– Tem algo para me dizer Will? – questionou sem ao menos tirar seu olhar da janela para o homem que tinha acabado de entrar no cômodo em que estava. E o homem era um pouco mais alto que si, tinha pele clara e cabelos castanhos escuros e olhos cor de avelã.

– Eles já se moveram até seus alvos. – disse o homem, Will, suavemente.

– Hum... Isso é bom. – disse o jovem. – Quanto mais rápido o localizarmos. Mais rápido criaremos uma espécie melhor. – pronunciou e sorriu em expectativa. – “Você não pode se esconder para sempre, principalmente com a chegada daquela lua.” – pensou satisfeito.


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