Elizabeth Potter Pov.

– ELIZABETH ANN POTTER, POSSO SABER POR QUE A SENHORITA AINDA NÃO SE LEVANTOU DESSA CAMA? – Lily berrou no meu ouvido.

– Lily. Não quero ir. – Resmunguei.

– NÃO PERGUNTEI SE VOCÊ QUER OU NÃO IR. ANDA, LEVANTA DESSA CAMA, JOGA UMA AGUA NO ROSTO E VAMOS. VEM. – Puxou minhas cobertas e depois minha perna, me fazendo cair no chão.

Soltei palavras inaudíveis, e me obriguei a ir a maldita aula de Poções que eu tanto amava (sentiram a ironia?).

Fiz minha higiene matinal. Enquanto escovava os dentes eu tentava colocar a minha saia. E adivinha? Não deu certo, minha escova de dente azul caiu no chão e eu sujei minha saia. Resmunguei e fiquei com aquela mesma saia, passei um pouquinho de água e logo saiu. Coloquei apressadamente minha gravata e meus sapatos. Nem penteei meus cabelos direito apenas prendi os fios loiros num coque alto e fui correndo para a sala de poções. Sim, eu perdi o meu lindo e maravilhoso café da manhã.

Por uma sorte muito grande, que eu não tenho. Eu cheguei atrasada, quando cheguei à porta o professor já estava explicando a matéria. Mas como eu sou uma ótima aluna ele me deixou entrar e mandou eu me sentar com uma garota da Lufa-Lufa.

– Bom, turma hoje vamos fazer uma poção de petrificação. Peguem o livro na página... – Só ouvi essas palavras e depois viajei para um mundo mais legal.

Depois de alguns minutos eu olhei para a garota que estava do meu lado, e vi que ela já havia começado a fazer. Olhei para o livro e abri o meu na pagina pedida e comecei a fazer (pelo menos tentar) minha poção.

Um tempo depois eu já estava me irritando, porque não ficava da cor que eu queria que ficasse. Bufei e coloquei uma mecha do meu cabelo que havia soltado atrás da minha orelha.

Desisti e olhei para a sala. Mais há minha frente, estavam James e Sirius rindo e brincando um com o outro. Do meu lado havia dois garotos da Lufa-Lufa me olhando sorrindo, fiz uma careta. Mas meu olhar caiu em duas pessoas que estavam bem perto da mesa do professor: Remus e Lily.

Eu não sei por que, mas eu me senti estranha quando eu vi os dois sorrindo um para o outro. Será que, não, Remus nunca iria fazer isso com James.

Balancei a cabeça tentando afastar os pensamentos ruins e olhei novamente pra minha poção tentando fazer alguma coisa para ficar da minha cor.

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– FINALMENTE. COMIDA. – Gritei e fui correndo até a mesa da Grifinória.

– Liza, assim você vai acabar ficando gorda. – James disse rindo da minha euforia.

– Não to nem aí. Eu só quero comer. – Comecei a me servir.

James balançou a cabeça negativamente sorrindo e também começou a se servir.

Pouco tempo depois Sirius apareceu com a gravata mais solta que o normal e seus cabelos bagunçados (eu sei que você pensou a mesma coisa que eu). Peter não tardou a chegar e, bem, começou a comer como um condenado. E então uma cabeleira ruiva e olhos cor de âmbar chegaram juntos, causando alguns olhares curiosos.

– Olá Aluado. – Sirius falou sorrindo.

Ele não respondeu e ficou conversando com Lily. É ISSO MESMO PRODUÇÃO? Ele não respondeu um dos melhores amigos pra ficar conversando com aquela ruiva?

James, eu e Sirius olhamos juntos e ao mesmo tempo para Remus e Lily, que continuavam com sorrisinhos.

Senti James ficar inquieto do meu lado e segurar com mais força o garfo do que o normal. Eu não deveria estar muito diferente, já que alguns alunos da Grifinória olhavam para nós assustados.

Sirius –que estava sentado na minha frente- me olhou e sorriu malicioso.

– Por acaso loira... Você está... Com ciúmes? – O pulguento abriu aquela boca grande só pra falar merda.

Quando me dei conta do que aquele sarnento havia falado eu quase cuspi toda a comida que havia na minha boca.

– Não viaja cachorro. – Falei limpando a boca com um guardanapo.

– Eu vi Liza, eu vi você olhando para ele hoje na aula de Poções e agora com um olhar mortífero para Lily. Qual é Liza, vocês são melhores amigas. É obvio que você está com ciúmes. – Continuou com aquele sorriso malicioso nos lábios.

Eu bufei e larguei meus talheres no prato e saí da mesa pisando duro.

– Perdi a fome. – Foi à única coisa que eu consegui dizer.

Senti olhares quando levantei bruscamente da mesa, mas não dei bola.

Caminhei até o jardim da escola. Sentei entre as flores amarelas (amo flores amarelas) e me escorei numa árvore que tinha ali.

Comecei a pensar em tudo o que havia acontecido nesses três primeiros dias de aulas: Lembranças estão vindo a tona, Lucius me segura no corredor do banheiro da Murta, Sirius fica insistindo que eu e Remus estamos tendo um “caso”, eu me sinto estranha quando vejo Remus e Lily juntos.

MEU MERLIN, o que está acontecendo comigo?

Será que Sirius tem razão? E se eu estiver gostando do Aluado? NÃO NÃO NÃO LIZA, ELE É O SEU MELHOR AMIGO, VOCÊ NÃO PODE GOSTAR DELE. ENTENDIDO?

E agora?