P.O.V. Melly
Acordei (dessa vez acordei mesmo) e vi que aquele não era meu quarto...
era... O laboratório da jujuba. Eu estava em uma espécie de... Maca.

Sem me levantar, toquei em minha cabeça. Senti um capacete com vários fios conectados. Sem levantar ou movimentar minha cabeça, comecei a falar:

– Jujuba.

– Sim?

– Que palhaçada é essa?

– Ah, foi mal. Você dormiu por dois dias, então resolvi fazer algumas análises. Aproposito, como você dormiu por dois dias, provavelmente tem duas camadas de pele sobre você. – Ela respondeu normalmente.
–Eca. – Responde querendo sair dali.

– Ah, você já pode sair. – Ela respondeu. Acho que aquela maquina captou meu pensamento º-º

Sai da maca e retirei as duas peles pendentes.

– Ok. Já que eu dormi por dois dias – Joguei as peles na lixeira – O que aconteceu nesse tempo?

– O Ricardio... – Ela falou – Ele retornou. Por algum milagre ele voltou e capturou Finn, Jake e o Rei gelado de novo.

– Ricardio. Aquela forma de vida infernal. Como dizem, praga não morre fácil.

– Conhece o Ricardio? – Ela perguntou

– Infelizmente sim. Lembra ano passado, quando eu chamei você parra me ajudar a curar a Kitan que estava quase morrendo?- Eu falei.

– Que Kitan? – Ela me perguntou. Olhei surpresa para ela.

– Não se lembra da Kitan? A arara azul!

– Ah sim, a Kitan... Faz muito tempo que não vejo ela...

– Ela não tem saído muito da caverna dela. Na verdade, faz uns três meses que não a vejo! – Parei e pensei um pouco – O que a gente estava falando antes mesmo? Antes de falar da Kitan.

– Ricardio. – Ela respondeu rapidamente.

– Será que Finn e Jake estão bem?

Ouvi alguém chegando na sala, Era a Íris.

– Ouvi dizerem alguma coisa sobre o Jake, ele está bem? – Estranhei, mas reparei que ela estava usando aquele tradutor no pescoço.

– Não exatamente. Ele... Como posso dizer isso sem te deixar preocupada... Nah, não tem como. Ricardio os capturou de novo. Estamos planejando como salvá-los. Estou pensando em pedir ajuda para a Kitan, mas...
– Peça. – Ela disse diretamente. – Se você quiser eu dou uma carona até onde ela mora.

– Claro – Ela estava muito preocupada pelo jeito. – Ela mora no meu reino mesmo.

– Tudo bem. Suba em mim. Jujuba, suba também.

– Ok. – Jujuba disse sem questionar.

Chegamos ao reino e eu entrei na caverna da Kitan. Ela é um pássaro, mas tem alguns costumes... “largarticos”.

Estava escuro e eu não enxergava nada. Peguei no meu colar e me lembrei do doce, que iluminava. Abri o colar, peguei a pulseira dentro dele e comecei a brilhar - literalmente - e dava pra ver pelo menos um metro a minha frente. Consegui encontrar o interruptor (sim, a caverna tem um interruptor), tirei a pulseira e vi ela no ninho... Quase grande dela. Ela é uma arara muito grande, mas não maior que um cavalo.

– Kitan! Faz muito tempo que não te vejo!

– Melly! ¡Cuánto tiempo!

Olhei para a cara da Jujuba. Ela parecia confusa.

– Assim como a Lady fala coreano, Kitan fala Espanhol.

– Oh, claro. Claro. – Ela parecia menos confusa.

– Melly, no queriendo ser grosero, pero... ¿por que viniste aquí?

– Preciso de ajuda com um problema. Tenho dois amigos...

– Finn y Jake, ¿correcto?

– Como sabia de Finn e Jake?

–... Tengo el tamaño de un caballo, pero eso no quiere decir que no puedo ocultar.

– Safadenha, me espionando né?

– Si. – Ela deu uma risadinha.

– Ok. Vou ir direto ao assunto. Eles e o Rei Gelado, um rei do mal lá, foram capturados pelo... Ricardio.

– ¿Ricardio? ¿Volvió? ¡Maldita sea!

– Eu sei. E precisamos de ajuda para resgatá-los!

– Muybien. Ayudo.

– Obrigada! Agora vou colocar um tradutor em você se não a jujuba não entende nada.

– ¡Aquíhay una!

Coloquei o tradutor nela e ela começou a falar português.

– Tem um problema Nesse resgate. – PJ ressaltou. – A caverna do Ricardio ficou escura. Não é possível enxergar bem, e uma lanterna não iluminaria bem.

– Duh, temos a solução bem aqui! – Apontei pra mim mesma.

Ela se lembrou e retirou a dúvida.

Kitan deixou que eu montasse nela, e nos quatro fomos ate a caverna do Ricardio. Aquela caverna estava realmente escura. E nojenta, parecia que a gente estava andando em várias carcaças, ou andando dentro de um estomago, era tenso. Eu coloquei meu bracelete e continuamos.

A Princesa Jujuba fez uma análise e conseguiu um mapeamento não muito detalhado do lugar, mas dava para pegar uma base. Ela também usou o visor de coração mais uma vez, dessa vez, sem a falha, pois nós tínhamos certeza de que nenhuma de nós estava gravida.

Fomos seguindo o caminho e chegamos à primeira parte da caverna, uma parte bem estreita. Era difícil passar por lá, por que além de ser muito estreito e baixo, no chão tinham... Espinhos. Eles eram feitos com oque pareciam ser ossos de peixe, e de cara dava para ver que eram letais.
Fim do P.O. V

A primeira que passou foi a Lady Íris, e a Jujuba ficou agarradinha nela, por um triz ela não foi pega pelos espinhos, só seu cabelo foi atingido.

Depois foi a Princesa Camaleão. Pra ela parecia fácil, por causa das patas que grudam em várias superfícies, até começar a ir.

Aquele... Troço vermelho estava escorregadio, e então ela escorregou e... Acabou caindo.