Ain't No Way We're Going Home escrita por snowflake


Capítulo 9
Momento Pré-Problemas


Notas iniciais do capítulo

RECEBI UMA RECOMENDAÇÃO
RECEBI UMA RECOMENDAÇÃO
RECEBI UMA RECOMENDAÇÃO
LA LALA LA LA LAAAAA ♪♫

Obrigada a R5 4ever pela linda recomedação, chorei lendo :3

Obrigada a Ice Girl, Gabriel778 e Shirayukki pelos comentários lindos e bem escritos.

E aqueles que comentaram só "amei, continua", vamos melhorar gente.
Eu não escrevo pra ninguém, lê quem quer, mas minha animação de dissipa só com um "continua".. Então eu nem respondo mais comentários assim.

Eu amei esse capítulo.. Ele é meu xodó ♥

Espero que gostem ♥

Bjs da Tia Naty ♥



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Realmente as três horas que passamos cantando e curtindo foram bem produtivas.

Logo já havíamos chegado à casa que Dez havia nos falado.

Uma construção bonita e grande. Afinal, Cocoa é a praia mais, ahm. Como posso dizer... Requintada. E a mais cara, em qualquer questão.

O ruivo estacionou e nós descemos. Pegamos as mochilas e entramos na grande construção de cor pastel.

A casa não era grande. Era enorme. Existia um quarto para cada um, o que eu achei ótimo. Detesto não ter privacidade para fazer minhas coisas.

No primeiro andar se via uma sala de estar, uma cozinha um lavabo. E o segundo andar se resumia num longo corredor com cinco portas.

Duas portas de casa lado e ao fundo um banheiro.

Perto do banheiro, havia uma porta com um D bem grande e laranja. Alguns adesivos de câmeras e cinema estavam espalhados pela madeira branca da porta.

Presumi que aquele fosse o quarto de Dez, e acertei. Pois o ruivo correu escada à cima e trancou-se no quarto.

A porta em frente ao quarto do ruivo era totalmente lisa, assim como as outras. Porém dentro, havia uma cama de casal grande, e um grande roupeiro. Trish já havia se apoderado do quarto antes mesmo que eu pensasse em alguma coisa.

Entrei no quarto ao lado do de Dez. E minha escolha foi ótima.

Pela janela que ficava na parede contrária da porta, via-se o lindo e amarelado pôr-do-sol.

Larguei minha mochila em cima da cama com lençóis claros. Ao lado da cama, um criado mudo branco.

Uma prateleira de madeira clara com diversos livros e um guarda-roupa na direção oposta da cama.

Aproximei-me da janela para ver a despedida do sol mais de perto. Como era lindo. Quase uma metáfora. Por mais longe que o sol parecesse estar, ele sempre voltará mais tarde.

– Lindo, não é? – assustei-me com a voz do loiro atrás de mim.

Austin! – repreendi-o pelo susto.

– Ally! – ele imitou meu tom.

Eu ri e revirei os olhos, socando-o de leve no ombro. Ele fez uma cara de dor, me fazendo rir mais ainda.

Ouço a melodia inicial de Shut Up and Smile do Bowling for Soup invadir o quarto e reconheço como uma chamada de Dallas. Ele obrigou-me a colocar essa música como toque.

– Alô? – perguntei.

Maninha! Amor da minha vida! Como vai, minha fofura? – ouço a voz de Dallas ressoar alegremente.

– Olá, “amor da minha vida”! Vou bem “meu amor”. – ironizei e recebi um pequeno “vai se foder” como resposta.

Afastei-me um pouco de Austin para falar com Dallas direito.

Eu consegui Ally! Acabei de ganhar a primeira seção das corridas! – Dallas gritava do outro lado do telefone.

– O que? Sério? Meus parabéns Dallas! – orgulhei-me de meu irmão. Ele estava fazendo o que amava.

Meu pensamento contente foi interrompido pelo baque surdo da porta do quarto batendo, balançando alguns livros da estante. E com um Austin furioso saindo.

– Dallas, eu vou desligar. Depois nos falamos. – nem esperei meu irmão responder.

Pela janela eu via Austin saindo porta á fora, e Dez saindo atrás dele. Os dois foram para a parte de trás da casa.

Corri do meu quarto ao quarto a minha frente (o de Austin), e olhei pela janela de mostrava os fundos da residência.

Via os dois discutindo. Dez parecia perder a paciência.

Consegui ouvir o pequeno grande berro dado por dez, assim que seu limite de esgotou.

Ele havia gritado algo sobre irmãos, seguido de alguns palavrões a tira colo.

A face de Austin se suavizou, e o mesmo abraçou Dez, sorrindo. E sai correndo, provavelmente voltando para o quarto.

Corri em direção ao meu e fechei a porta. Sentei-me a cama e comecei a pensar.

Por que Austin havia ficado tão zangado? E o que ele e Dez estavam discutindo?

Meus pensamentos são cortados (novamente), por alguém batendo na porta.

– Pode entrar! – falei.

– Alicia! – Trish entrou no quarto. – Ponha algum biquíni e alguma roupa por cima. Eu e os garotos vamos ir á praia agora de noite, por que ela está mais vazia agora. E com eu sei que você não vai por conta própria eu estou aqui te obrigando a ir. – as palavras foram lançadas por ela, e quando eu vi, estava dentro do banheiro com um biquíni nas mãos e ouvindo um “se apresse” de Trish ao lado de fora.

Como eu não tinha escolha, despi-me e coloquei o biquíni branco com bolinhas vermelhas, que por sinal, foi Trish que comprou para mim. Ainda estava com alguns cortes em evidência nos pulsos.

Antes de sair do banheiro, averiguei de havia alguém no corredor. Sai correndo e entrei logo me meu quarto. Peguei um casaco de tricô que era da minha mãe e coloquei por cima.

Ele tapava meus cortes, e não deixava meu corpo tão realçado. Calcei meus chinelos, dobrei as roupas que estava usando e coloquei-as em cima da mochila. Guardá-las-ia mais tarde.

Desci as escadas e os três me esperavam lá embaixo.

Ouvi um assovio de Dez, que recebeu um tapa na cabeça, de Austin.

Revirei os olhos, e nós quatro saímos da casa.

Dez chaveou a porta e, ao andarmos alguns metros pela rua de paralelepípedos, já sentíamos a areia fria da noite. Retirei os chinelos e senti a areia entre meus dedos. Era relaxante.

Dez e Austin, como duas crianças, correram para o mar, apostando corrida, e empurrando-se no meio do caminho.

Trish riu e retirou sua canga.

– Vou caminhar um pouco, ok Ally? Depois me liga e eu volto.

Eu assenti e avistei a baixinha caminhar para longe. Apesar do humor e a ironia nunca mudarem, ela estava mais distante esses dias. Parecia muito pensativa.

Estiquei a canga de Trish na areia e sentei-me. Olhei para o céu. A lua estava no topo e bem redonda. Há alguns anos atrás eu amava nadar a noite. Eu e Dallas íamos a uma cachoeira no interior da Florida e passávamos a madrugada inteira lá. Voltávamos só quando o sol começava a raiar.

Logo senti umas lágrimas correndo. Saudade que eu sentia daquele tempo. Limpei-as rapidamente e vi Austin vir em minha direção.

Ele estava com uma bermuda em um tom meio rosa. Balançava os cabelos molhados a luz da lua. Com o tórax com algumas gotas de água caindo. E o abdômen bem definido.

Quando ele tropeçou e ficou com a areia grudada em todo corpo. Ri da cena e ele mandou-me um dedo do meio.

– Eai. Não vai cair a água? – ele perguntou, sentando-se ao meu lado.

Puxei um pouco mais as mangas do casaco e neguei.

– Eu sempre gostei de nadar a noite. Especialmente com a lua cheia. Mas não estou com vontade.

Ele lançou-me um olhar irônico.

– Ally! Vamos lá! – ele insistiu.

– Já falei que não Austin! – ri e o empurrei de leve.

– Se não for por bem, vai por mal... – ele ameaçou, e antes que eu pensasse, ele havia me prendido no chão pelos pulsos. E mal ele sabia com isso me machucava.

– Austin. Ta, eu vou. Só me solta.

– Ah Ally. Como se eu não te conhecesse, você vai sair correndo!

Meus pulsos estavam doendo muito.

– Por favor, está me machucando. Solta! – rosnei em sua direção, e ele recuou as mãos.

Levantei-me, soltei os cabelos que estavam num rabo de cavalo e retirei o casaquinho, repousando-o na areia, cuidando para esconder meus pulsos.

Corri para a água. Minha expressão não era feliz, assim como se espera de uma pessoa que está indo nadar á noite.

Mergulhei rapidamente na água fria e deslizei entre as ondas que passavam.

Ouvia Austin me chamando, mas eu não prestava atenção.

A água me acalmava. Eu me sentia livre. Dentro da minha própria bolha particular. Meus cortes ardiam um pouco com a água salgada, mas logo a ardência passava. Nenhum problema, dor ou incômodo me afetava ali.

Continuei nadando. Logo eu já havia voltado para a beira e sai da água.

Sentei-me novamente na areia, recolocando o casaquinho, e Austin estava do meu lado.

– Satisfeito? – perguntei, apertando meu cabelo, fazendo a água escorrer sob minha pele.

– Muito. – ele respondeu, sorrindo.

Uma pequena brisa quente passou, e eu fechei os olhos, aproveitando o vento.

– Dez e Trish já entraram. Eles falaram que quando o jantar estivesse pronto, iriam nos chamar. – ele falou, com a voz baixa. Parecia que nenhum de nós queria estragar a calma e a paz do momento. Parecia que nós dois precisávamos disso.

Austin realmente não parecia ter muitos problemas na vida. Além das garotas que pegam no pé dele.

Ele deveria só ser mais um garoto normal. Por que ele se interessaria por mim?

Por que está pensando nisso Alicia?

Pare de pensar em bobagens. Ele é seu amigo. Não vamos viver o clichê da amiga apaixonada pelo amigo.

Encostei minha cabeça em seu ombro. Parecia que o excesso de pensamentos fazia minha cabeça pesar.

Mas minha consciência estava certíssima.

Austin é só um amigo. Mais alguém sem problemas na vida, que deve achar que o mundo é belo e feliz.

Mal ele sabe do que há de vir por aí.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo ♥