Ain't No Way We're Going Home escrita por snowflake


Capítulo 26
Decisões


Notas iniciais do capítulo

~olá....
POR FAVOR NÃO ME MATEM (se é que existe alguém aqui ainda)

não vou dar desculpa nenhuma, mas por favor me perdoem pela demora

o capítulo está mais curto que o normal, pra eu ter certeza que ainda há pelo menos uma pessoa aqui para lê-lo.


boa leitura, babys
mommy loves you



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Dallas

Não entendia o que estava acontecendo.

Ally não poderia ter feito isso acontecer, ela é minha irmãzinha, e Austin é praticamente meu rival! Isso não pode ficar assim.

— O que você quer? – rosno na direção do homem a minha frente. – Eu faço qualquer coisa, só deixe Ally fora disso.

Ele ri sarcasticamente e se inclina na altura do meu rosto.

— Eu quero a cabeça de Austin Moon na minha parede.

Austin

Finalmente após o engarrafamento passar, logo chegamos a minha casa. Eu não deixaria Ally dormir sozinha essa noite, ela estava fragilizada demais. Dez me manda uma mensagem falando que voltaria do baile com Trish, então eu não precisaria me preocupar com devolver a Blue para ele até amanhã.

— Que horas são? – a morena pergunta do meu lado assim que eu estaciono a picape, levemente sonolenta e coçando os olhos. Ela parecia tão adorável.

— Quase meia-noite. Você pode dormir aqui na minha casa hoje, amanhã eu levo você para a sua casa.

Ela concorda com a cabeça e calça seus chinelos que estavam no chão da picape, pegando as fotos junto da polaroid e saindo do carro comigo logo atrás dela. Abro a porta e deixo ela passar antes. A casa estava uma bagunça, pois eu nunca fui a pessoa mais organizada do mundo, mas Ally não se importava.

Ela sabia que tanto a minha vida quanto a dela eram muito mais bagunçadas que alguns pratos sujos na pia e latinhas de cerveja no chão.

— Ahm, pode deixar isso no meu quarto, eu só vou pegar algo para nós comermos. – eu falo e ela novamente só acena com a cabeça e começa a subir as escadas. Ela parecia com sono.

Tento preparar algo para a morena comer, mas acabo apenas com dois sanduíches pouco mal feitos em pratos brancos. Subo as escadas com um prato em cada mão e uma garrafa de água embaixo de um dos braços, tentando equilibrar tudo.

Ao chegar no quarto, vejo a pequena em pé de frente para a janela observando o céu escuro. A noite era de lua nova, então todas as estrelas brilhavam forte na escuridão. Coloco os pratos em cima da cômoda e a garrafa de água ao lado.

Tiro meus tênis e ando até Ally abraçando-a por trás.

— Está tudo bem, meu amor? – pergunto suavemente, depositando um beijo em sua têmpora. Vejo rastros de lágrimas em suas bochechas iluminadas pela luz das estrelas. – Oh, não chore. Venha cá.

Ela se vira e me abraça forte. Seus bracinhos finos circundam minha cintura e a apertam como se fosse sua própria vida. Passo meus braços por seus ombros e acaricio seus cabelos. Sinto a garota soluçar contra meu peito e meu coração chega a doer com a cena.

— Por favor, não chore. Nós vamos encontrar Dallas.

Ela funga e se afasta um pouco, ainda com os braços em volta de mim.

— E se nós não o encontrarmos, Austin? Eu conseguiria sobreviver a seis meses sem meu irmão, mas uma vida toda? Seria impossível! – ela volta a chorar e se solta dos meus braços indo em direção a cama.

— Ally, nós vamos encontra-lo. Eu te prometo isso. – sento em sua frente na cama.

— Promete? – ela coloca uma mecha de seu cabelo para trás da orelha e me olha nos olhos. Seus olhos ainda estavam opacos e sem vida, logo quando eu achei que estava conseguindo fazer a felicidade voltar.

Nem que eu tenha que morrer para isso, eu vou trazer ele de volta para você. – sorrio e ela dá uma risada triste e me abraça novamente.

— Eu não estou com fome. Nós podemos só dormir agora? – ela pede, ainda abraçada em mim.

— Claro, querida.

Ela concorda com a cabeça e se levanta para tirar o vestido de festa que ela ainda usava, ficando apenas de calcinha e sutiã.

Controle-se, Austin.

Ally joga o vestido no chão e vai logo para baixo das cobertas, se encolhendo. Eu tiro a camiseta que usava e o cinto, me deitando ao lado dela e a abraçando. Ela se encolhe ainda mais contra meu peito e logo sinto sua respiração ficar calma. Ela havia dormido.

Eu precisava encontrar Dallas.

Dallas

Lá estava eu, praticamente traindo minha própria irmã, mas seria para seu próprio bem.

Austin é perigoso, ele deve dinheiro para o tráfico! Eu nunca permitiria Ally de se relacionar com alguém como ele.

— Entendeu o que tem que fazer? – o homem me tira de meus pensamentos.

— Oh, me desculpe. Pode repetir? – ele revira os olhos e aponta sua arma no meu rosto.

— Acha que isso é brincadeira, garoto? – estremeço e quase caí da cadeira onde ainda estava amarrado. – Se não trouxer Austin Moon morto aqui, você é que vai acabar morrendo.

Engulo em seco e aceno com a cabeça, então ele continua falando.

— Você vai atrair Austin até aqui e vai mata-lo em frente a Ally.

— Por que na frente de Ally?

— Foi um pedido de uma conhecida, ela quer ver a garota sofrer. – ele sorri sadicamente.

— Ela é minha irmã, não quero vê-la sofrer. Ainda mais, não quero ser o motivo pelo qual ela vai sofrer.

Ele revira os olhos e se aproxima ainda mais de mim.

— Não sei se me ouviu bem, garotinho. – ele fala mais baixo perto do meu rosto. – Você vai matar Austin Moon, e vai me prometer isso. – o homem se afasta e cruza os braços se encostando na mesa onde estava antes. – A menos que você queira que eu mesmo faça isso. Não me importaria.

— Isso seria melh...

— Mas desse jeito, eu faço Austin levar sua irmãzinha com ele para o inferno.

Estremeço. Ele não faria isso... Faria?

Ah, qual é, Dallas. Esse cara é um traficante, ele mataria qualquer coisa e qualquer um para conseguir o que quer.

— As coisas mudam assim, não é? – ele ri sarcasticamente, balançando a cabeça e tirando um cigarro do bolso e o acendendo. – Vou ser bonzinho e lhe dar alguns minutos para decidir. Logo eu volto, não precisa sentir minha falta.

E então ele sai pela porta, apagando a luz e me deixando no escuro cheio de dúvidas e medo.

Austin

Não conseguia dormir com tantos pensamentos, enquanto Ally já estava desacordada com um leve ronco que quase chegava a ser fofo. Levanto da cama sem acordar a garota e sigo para o banheiro. A lua está migrando de cheia para minguante, ainda estando muito brilhante no céu e iluminando o banheiro o suficiente para eu não precisar acender a luz.

Me certifico que a porta atrás do meu corpo está fechada e abro a segunda gaveta da pia, vendo todos os pacotes com pó branco ali.

Como pude me meter nessa? — penso comigo mesmo.

Eu era apenas uma criança, não havia consciência do que estava fazendo, mas não deveria ter me deixado levar tanto pela recompensa das vendas e a sensação passageira da droga.

Eu deveria estar vendendo esses pacotes nesse exato momento, se não tivesse conhecido Ally. Ela me fez enxergar o mundo fora das drogas, a felicidade longa e duradoura. Eu consegui finalmente enxergar um futuro, e meu futuro seria ao lado dela. Um futuro onde eu finalmente estaria em paz.

Pego todos os pacotes, abro um por um e jogo privada a baixo. Eu preciso encontrar Dallas, custe o que custar. Eu preciso fazer Ally feliz novamente.


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