Ain't No Way We're Going Home escrita por snowflake


Capítulo 11
Confiança


Notas iniciais do capítulo

Hello my honeys ♥

Aqui estou novamente, com capítulo NOVO! U-U

Obrigada, obrigada e obrigada a Shirayukki (aquela diva) por ter recomendado a fic!

Sério mano, eu CHOREI lendo aquela bagaça!
Tkn u red gnome ♥

Mas vamos ao capítulo...

SÓ NÃO ME MATEM PELO QUE EU ESCREVI! U-U

My mind is evil :3



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– Obrigada por me ouvir. – eu sussurro em seu ouvido.

– Não foi nada, mas está na hora de eu te contar a minha história.

Ele desfaz o abraço e olho para ele, confusa.

– Como assim? – pergunto. Afinal, Austin parecia ser o tipo de pessoa sem problemas na vida.

– Eu também tenho problemas Ally... E não são poucos. – Austin fala meio receoso.

– Mas então fale! Pode confiar em mim... Até porque eu lhe disse o maior segredo da minha vida. – falei, mando-lhe um sorriso acolhedor.

Ele fitou-me e parecia pensar por um momento. Pegou o celular no bolso e viu as horas.

– São exatas três horas e vinte e sete minutos. O que acha de um passeio? – o loiro propôs.

– O que está aprontando, Moon?

– Nada de mais, Dawson.

Assenti a sua proposta e o segui até a casa da família de Dez. Como meus pés estavam descalços, arrepiei-me ao pisar na areia gelada.

– Está com frio? – Austin perguntou.

– Um pouco, mas não é n... – minha fala foi cortada por um pequeno grito vindo de mim mesma.

– Austin! Me larga no chão! – ele havia me pego e me colocado em cima de seus ombros. Como um saco de batatas. Romântico, não? Eu gritava e estapeava suas costas.

Shh! – ele repetia a onomatopeia. – Vai acordar Trish e Dez.

Rendi-me e deixei que ele me levasse até onde fosse necessário.

Senti meus pés tocaram em uma superfície de metal. Olhei para os lados quando ele me largou. Eu estava na caçamba da picape, mas o porquê eu não sabia dizer.

– Fique ai. Eu já volto.

Antes de eu pensar em responder, ele já havia entrado na casa e sumido.

Sentei-me na caçamba, deixando meus pés balançando no ar.

Soltei o ar que segurava e nem percebia. Foi ótimo eu ter contado tudo a Austin. Sentia-me mais leve. E por algum motivo, eu sentia que podia confiar nele. Nem em Trish eu confiava tanto!

Mas o que será que ele tem a me contar? Será que ele tem problemas na família também?

Ouço um barulho vindo da casa. É o loiro saindo porta a fora com uma coberta nas mãos, e a capa do violão pendurada no ombro. Quando ele se aproxima, vejo meu celular também, e a chave da picape em suas mãos.

– Austin, o que você...

– Fique ai! – ele fala sorrindo.

Bufo e sento-me novamente. Ele está colocando as coisas dentro do carro.

Quando ele se aproxima, ele me entrega o celular e vira de costas. Fico confusa.

– Pule! – ele diz sorrindo, novamente.

Rio da sua atitude super - sinta a ironia - madura, mas aceito. Eu pulo nas suas costas. Ele segura minha pernas cobertas pela calça legging preta e me leva até a porta do carona. Sempre fazendo gracinhas, e inclinando o corpo como se fosse cair.

Quando eu me sento, logo ele já está no banco do motorista.

No chão, atrás dele, está um cobertor felpudo de cor meio alaranjada e seu violão.

– Aonde vamos? – perguntei.

– Eu vou lhe contar minha história, mas... Tem que ser num local especial. – ele disse, sem tirar os olhos da estrada.

– E que lugar especial é esse? – perguntei, colocando os pés em cima do painel a minha frente.

– Surpresa! – ele cantarolou, sorrindo.

Abri um pouco a janela. A brisa e o cheiro de praia eram tão reconfortantes. Olhei pra o espelho retrovisor ao meu lado.

– Meu deus! – exclamei, vendo meu estado.

O lápis de olho e o rímel que eu havia passado antes de sair de casa estavam escorridos pelas minhas bochechas. Eu tinha linhas escuras no rosto por causa das lágrimas.

– O que foi? – Austin perguntou.

– Eu sou um panda, não está vendo? – falei, apontando para meus olhos borrados de maquiagem.

– Não Ally. Eu não estou vendo. Se eu estivesse vendo, eu não estaria dirigindo. – ele falou e revirou os olhos. – Mas você nem deve estar tão ruim. Pandas são bonitinhos.

– Obrigada! – ironizei e ele riu. Encostei minha cabeça no banco. Eu quase dormia de tanta paz e conforto que sentia.

Depois de um longo tempo (e de um longo silêncio), Austin avisou que estávamos chegando.

Ele estacionou e descemos.

Estávamos em uma rua deserta. Bem longe de Cocoa, eu esperava.

– Onde estamos? – perguntei. Meus pés ainda descalços sentiam a dureza do chão de concreto.

– Você vai descobrir. – ele falou sério. Estava estranhando Austin. Seu sorriso tinha sumido, e ele mantinha a testa franzida.

– Ahm.. Pegamos as coisas, ou não? – perguntei.

– Melhor não. E deixe seu celular dentro do carro. – ele alertou. E eu, sem reclamar, deixei o aparelho no banco onde eu estava sentada.

Ele trancou a picape e saímos andando por uma calçada. Estava bem escuro, e só a luz da lua iluminava a rua.

Ao longe, eu via um estabelecimento iluminado com luzes vermelhas. Ao nos aproximarmos, eu conseguia ler o letreiro.

The Hell. – li em voz alta.

– Bem vinda, Ally. – Austin disse, abrindo a porta de madeira bem escura, quase preta. – Primeiro as damas.

Entrei. Se você visse de fora, parecia um local de dança, bebidas, ou algo parecido.
Mas por dentro, não se via mesas, ou um bar. Ou até um palco com strip-teases dançando. Isto é, pela localização, e pelo designer da entrada, não se duvidaria de nada.

Havia somente um colchão sujo no chão. E o local era bem pequeno, apesar de parecer maior por fora.

Uma quantidade extremamente exagerada de lixo e sujeira espalhava-se pelo chão.

– Ahm.. Austin. O que estamos fazendo aqui? – perguntei, me virando para o loiro, que me fitava curioso.

Ele ficou em silêncio por um momento, e mirou-me de cima abaixo.

– Sabe Ally. Sempre que eu trago alguma garota para cá, ela já sabe o que acontecerá a seguir. Até por que, ela é paga para isso, na maioria das vezes. – ele fala, chegando cada vez mais perto de mim. Eu já entendendo do que se tratava, fui andando para trás, com medo.

– A-austin. Do que está falando? – gaguejei, temendo o que poderia acontecer.

– Não se faça de santa, Ally. – ele dizia, quase correndo em minha direção. – Aquela sua história com Jack me inspirou Ally. E agora vejo o porquê dele ter feito o que fez. – um sorriso quase psicótico se formava em seu rosto. E eu estava com muito medo do que poderia acontecer.

A parede me impede de seguir mais.

Ele me agarra, já tentando tirar minha roupa à força. Eu tento empurra-lo, mas ele é muito mais forte que eu.

Quando ele tenta me beijar, eu mordo seu lábio com tanta força que chega a sangrar.

– Sua vagabunda! – ele grita furioso.

Antes que eu tente fugir, ele me puxa pelos cabelos, e me joga no colchão sujo que estava ao nosso lado.

Sua expressão era raivosa e sádica.

Logo, ele já estava por cima de mim, enquanto eu tentava me esquivar dele. Suas mãos apertavam todo meu corpo. Aquilo me lembrava de Jack. E era exatamente como Jack.

Quando Austin se irritou, rasgou meu moletom na frente, com acesso a meus seios. Ele apertou-os, machucando-me. Lágrimas e lágrimas caíam. Eu não tinha forças para gritar. Algo me impedia. Eu estava sufocada.

Ele também se despiu, enquanto rasgava o resto de minhas roupas, e eu tentava impedi-lo.

E simplesmente, quando eu olhei em seu rosto, sua face começou a distorcer-se. Seus cabelos iam escurecendo. Os olhos castanhos, ficando azulados.

Jack estava na minha frente. Austin não existia mais. Não era Austin que estava ali, era Jack.

Ally... Ally, por favor. – ouvi.

Eu já chorava tanto. Mas a cena começou a embaçar.

Pelo amor de qualquer deus existente. Ally. Acorda. – Austin falava, e soluçava.

Eu havia despertado. Estávamos dentro da picape. Eu estava encostada no banco. Austin estava mais perto de mim, com as mãos no rosto.

– Austin? – chamei-o, e ele levantou a cabeça surpreso. Austin estava chorando.

Logo ele me abraçou fortemente.

– Nunca mais faça isso comigo! – ele falava, vulgo gritava.

– O que aconteceu? – perguntei, e quando ele me soltou, passei as mãos sob minhas bochechas. Elas estavam cobertas de lágrimas.

– Você começou a chorar e gritar. Falando para Jack parar. Repetindo “não, não, não”. E como eu sei o que aconteceu com você, eu me preocupei.

Ele me abraçou novamente, mais calmo agora. Passei minhas mãos por volta de seu corpo. Senti sua respiração profunda. Ele parecia mais nervoso que eu.

– Mas se acalma ok? Provavelmente foi só um sonho ruim. – eu falava a ele. Realmente, ele estava mais agitado que eu.

– Não seria eu que tinha que te falar isso? – ele perguntou.

Soltei uma pequena risada.

– Tanto faz. A frase se encaixa para qualquer um de nós.

Ele separou o abraço, e olhou-me sorrindo.

– Venha. Já chegamos. – ele disse, saindo da picape.

Eu desci, e por segurança, levei o celular comigo.

Meus pés descalços tocaram o asfalto frio.

Austin estava ao meu lado, com o violão pendurado no ombro, e o cobertor em uma das mãos.

A outra estava estendida a mim, para eu pegá-la.

Entrelaçamos minha direita com sua mão esquerda e ele me guiou até o tal lugar especial.

E ele era perfeito.

O local, não Austin. Não entendam errado!

Um campo verde em frente a uma estrada de asfalto gasto. Uma estrada esquecida, abandonada.

Havia uma árvore grande e torta ao fundo. Andamos até ela.
Um montinho de cinzas e madeira queimada se encontrava perto da árvore. Uns dois ou três troncos estavam dispostos abaixo da árvore, em volta da fogueira apagada.

– Bem vinda a meu mundo.


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Notas finais do capítulo

Until the next chapter, my sweet honeys ♥