Royalty - A Realeza escrita por Anthony Saints


Capítulo 10
Capítulo 9 - Pesadelo


Notas iniciais do capítulo

Não disse que o capítulo ia sair logo?
então está aí o capítulo fresquinho pra vocês!

"Eu sou a Salvação!"



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/442967/chapter/10

Josh tinha certeza absoluta que nada estava bem. Desde que chegaram Nari estava estranha. Indiferente. Ele deduziu que ela já havia passado por aquela situação pelo menos uma vez. Sentiu-se muito mal por causa daquilo. Ela parecia uma garota tão forte, tão determinada e agora estava frágil, abatida, sentada no sofá da sala refletindo. E era por causa de uma vingança idiota.

Ele estava receoso de perguntar se estava tudo bem. Nari tinha uma expressão enigmática, era praticamente impossível desvenda-la. A única coisa que ele sabia era que ela não estava feliz. Dean desceu das escadas com uma toalha em volta da cabeça, Josh até riria ,se não estivesse tão preocupado com a garota.

–Tudo bem mesmo? – Perguntou o garoto sentando-se ao lado dela.

–Já disse que tá tudo bem Josh. - Disse ela enquanto dava um leve suspiro.

–O Dean te conhece á mais tempo então ele deve saber: DEAN, ELA TÁ CHATEADA?- Gritou.

–Pra caramba! - Respondeu ele com a boca cheia de pão.

–Tá vendo, – Disse Josh, – Não precisa mentir pra mim, afinal seremos uma equipe não é?

Nari sorrIu.

–Vou contar uma piada nerd pra te animar tá bem?

–Pode ser.

–Qual o elemento mais bem informado da tabela periódica?

–Nesse caso, tenho que perguntar “qual” pra piada prosseguir não é?

–Isso mesmo.

–Então tá, qual?

O Frâncio, porque ele fica perto do rádio! – Josh finalizou o show esticando os braços de maneira ridícula em sua direção.

Ela sorriu. Era sim uma piada idiota, mas por algum motivo um esboço de alegria havia surgido em seus lábios.

–Preciso aprender mais piadas - Disse ele olhando fixamente em seus olhos.

–Por quê? – ela perguntou.

–Porque o teu sorriso é uma das coisas mais lindas que já fiz acontecer.

A garota de olhos negros corou e Dean se espantou. Ele sabia que Nari sempre fazia duas coisas em relação á um flerte: ignorava ou dava um coice digno de um cavalo selvagem. Porém desta vez ela havia ficado totalmente sem reação. A única coisa que conseguir dizer foi um tímido “obrigado”.

–Sério, não fica assim, – continuou Josh, – Não gosto de ver as pessoas que gosto tristes. Minha vida pode estar uma merda, mas se as pessoas ao meu redor estiverem felizes, eu arrumo motivos pra sorrir.

–Então dupla de dois, chega desse papo, vamos jantar!- Disse Dean metendo-se no meio dos dois no sofá. O clima havia se tornado bem constrangedor para ambas as partes.

–Ah Dean, como você chegou tão rápido lá onde o Denis tava?

–Aquilo? Eu usei o Jump.

Josh arqueou as sobrancelhas esperando uma resposta coerente do garoto que, não havia percebido que ele não tinha noção do que era o “Jump”.Depois encarar Dean por alguns segundos e não receber resposta, ele virou-se para Nari pedindo uma explicação.

–O Jump é um técnica usada por quem controla a Vita – Explicou a garota, –Nós concentramos a Vita em nossa frente e jogamos as partículas de ar para trás, fazendo com que nós consigamos romper a barreira do som e assim, nos movermos por uma curta distancia em altíssima velocidade.

–Isso aí que ela falou - Completou Dean.

–Nossa, isso é incrível! Todos podem fazer isso?

–Não, eu preciso de um traje especial pra fazê-lo - Disse Nari já bocejando, - Dean é uma classe especial de agente que consegue realizar o Jump sem precisar de equipamentos. Mas isso é assunto pra outra hora.

–Tá vendo cara? Eu sou fodão! – Disse Dean estufando o peito.

–Fodão? Tá mais pra Bundão. – Ironizou Plucky saindo do bolso de Nari e Dean o logo o agarrou, amassou-o em forma de bola e com um corte de vôlei espatifou a criatura felina contra a parede.

...

Regina estava super animada com a viagem. Ela e Josh precisavam disso. Eles estavam com as malas prontas. Dean usava um boné do Brasil, uma camisa preta de gola V e a mesma calça desbotada. Nari perguntava-se há quanto tempo aquela peça de roupa não via um sabão em pó. Já ela, usava uma camisa branca por dentro de uma jaqueta azul com capuz, e um Jeans preto que evidenciava suas curvas, porém nada que ficasse vulgar.

Josh foi até a casa de Ricardo despedir-se, ele usava uma camisa cinza e um moletom aberto de um cinza mais claro. As viagens eram uma das únicas oportunidades de usar aquilo, já que o clima quente do Brasil não permitia normalmente. Ele bateu três vezes na porta e seu amigo abriu:

–Não, não vou te emprestar minhas HQs do Scott Pilgrim de novo. Vai comprar as suas, vagabundo. – “Cumprimentou” Ricardo, – Usando moletom? Com um calor desgraçado desses?

Josh arqueou a sobrancelha direita esperando Ricardo calar a boca, sem sucesso.

–Ei bocó, – interrompeu Josh, – Vou viajar pros E.U.A por 3 meses falou?

–O quê?

–É, vou passar uma temporada em Nova Iorque.

–Poxa cara... - Ricardo fez uma pausa - trás uma camisa “i ♥ NY” pra mim tá?

–Porra! Pensei que você ia ficar super mal, entra em depressão e tudo seu viado!

–Quer que eu chore?

–Ah esquece, então fica de boa aí ok?

–Zoeira cara, vou sentir saudades, e cuidado pro Denis não ir pra lá também.

–Como assim?

–Você não soube? Ontem á noite uns caras da Polícia federal foram na casa dele, passaram um tempo lá e de manhã cedo a família toda tava de malas prontas na porta da casa esperando um táxi. Deve ter sido alguma sonegação de impostos daquele velho safado.

Josh deu um leve sorriso de surpresa. Ele achava que aquilo que Nari havia dito fora somente para assustar o valentão porém , ele realmente foi deportado. Josh estava amando tudo que acontecera nos dois dias mais malucos da sua vida (até agora).

–Até mais Bro, meu voo sai daqui á 1 hora.

–Vai na paz seu arrombado!

–Teu pai aquele corno! – Disse Josh caminhando de volta para sua casa.

...

Eles fizeram um check-in rápido, o que é incrível já que o transporte aéreo no Brasil é um dos mais caóticos do mundo, e em 30 minutos já estavam levantando voo em um avião comum. Josh esperava assentos de primeira classe, ou melhor, pensava que iria de jato no melhor estilo “Top Gun”. Entretanto seu assento era um da classe econômica no corredor. Sua mãe estava no lado da janela dormindo e os jovens agentes do outro lado. Nari estava concentrada lendo um livro acadêmico de química mais grosso que o apoio da cadeira, e Josh conseguia distinguir os riffs de “Shoot to Thrill” que vinham dos fones de ouvido do garoto de mechas brancas, mesmo àquela distancia. Ele geral ente detestaria sentar no corredor, mas dessa vez não se incomodou tanto pois podia admirar Nari perfeitamente. Após algumas horas do voo, o garoto caiu no sono.

Sua primeira visão foi um clarão, foi como se alguém tivesse acendido uma lâmpada incandescente na sua cara. Depois que o efeito passou, ele se viu caído ao chão e sentiu uma dor horrível. Era como se seus músculos tivessem se despedaçado e sido costurados de volta submersos em uma piscina cheia de suco de limão e álcool.

Quando olhou em volta, viu-se em meio de uma cidade totalmente arrasada. Prédios reduzidos á escombros, carros engolidos em chamas e destroços por todos os lados. Ele notou ao fundo a estátua da liberdade reduzida á cinzas.

Ele fez um esforço para se levantar, o que triplicou a dor que sentia. Arrastou-se por alguns metros e viu corpos jogados pelo chão. Eram adolescentes como ele, porém, sentiu como se conhecesse aquelas pessoas, como se fossem parte da sua vida. Foi quando viu Nari e Dean mortos. Ele desesperou-se e saiu correndo tentando procurar ajuda. Josh gritava e esperneava. O único som que ouvia era sua própria voz reverberando pelos escombros. Além dele e dos cadáveres, não havia mais ninguém. Ele começou a chorar, não sabia o que fazer. Foi aí que sentiu um arrepio na espinha e quando se virou, viu um homem sorrindo.

Era um homem de cabelos loiros que caiam em seu ombro, alto e esguio. Tinhas olhos mais azuis que um céu sem nuvens e seu rosto era angelical, exceto pelo olhar maníaco que apresentava. Usava uma espécie de traje que era uma mistura de roupas de monge com uma armadura samurai branca.

Josh tentou correr, mas seus músculos paralisaram. Era como se cada célula de seu corpo estivesse com medo daquele homem. Ele nunca tinha o visto na vida, entretanto sabia: aquele homem lhe era familiar. O homem loiro não tinha uma aparência ameaçadora, muito pelo contrário, parecia bem amigável. Mas seu sorriso diabólico fazia Josh querer sair de lá o mais rápido o possível. Ele exalava uma imponência que faria até um leão selvagem curvar-se em reverência.

–Você está vendo imperador? - Disse o homem, sua voz era tão imponente como sua aparência. – Seu futuro está manchado de sangue. E não há nada que você poderá fazer para mudar isto.

–QUEM É VOCÊ? - Gritou o garoto desesperado.

–Eu? – o homem deu uma gargalhada sinistra – Eu sou a salvação deste mundo! - E apareceu na frente de Josh em milésimos desferindo uma estocada que o despertou o garoto do pesadelo.

Josh acordou ofegante e logo virou-se para ver se Dean e Nari estavam bem, ela continuava a ler o livro e Dean estava dormindo com a boca cheia de guardanapos, provavelmente Nari os havia enfiado lá para que ele não roncasse.

–Alguém problema?- Perguntou a garota.

–Pesadelo. - respondeu Josh ainda ofegando.

–Quer que eu vá pegar algo pra você?

–obrigado, mas não precisa.

Ele caminhou pelo avião por alguns instantes até que o sono voltou e ele dormiu até acordar com o nascer do sol de Nova Iorque.

...

Estavam os quatro em um típico taxi “cab” americano o qual o motorista era um agente. Ele explicou para Regina como iria funcionar nesses três meses: Ela iria ficar hospedada No hotel Kings com tudo pago enquanto Josh fazia seu trabalho. Quando chegaram à Interstar Tecnologics, que era o nome de fachada para a Night Angel, Regina despediu-se do filho beijando-lhe a testa e disse para o motorista/agente: “toca pro hotel, quero ter meu dia da rainha AGORA!”

O prédio possuía 20 andares e era espelhado na frente. Dean, Nari e Josh entraram pelo saguão e passaram por várias pessoas trabalhando. Ele se perguntou se todos eram agentes, mas logo notou que não eram pois realmente estavam trabalhando no desenvolvimento de um aplicativo o qual um pato avisava se uma noticia de seu filme favorito aparecia na no feed de notícias do Facebook. Os três pegaram o elevador e foram para o décimo nono andar.

Ao chegar lá, Mack os esperava com um sorriso no rosto.

–Olá Josh!

–Oi Sr. Mack, tudo bem?

–Ótimo, agora vamos, sente-se ali, já vamos começar – Disse apontando para cinco cadeiras postas lado a lado, as quais Nari e Dean já estavam sentados em duas. Dean nem notou que havia mais uma pessoa na sala e quando percebeu quem era, seus olhos brilharam.

–Sr. William Armstrong! - Exclamou animado.

William olhou o garoto pelas lentes de seus óculos escuros e acenou positivamente batendo continência. Dean repetiu o gesto e pela primeira vez sentou-se como uma pessoa normal numa cadeira. Ele queria impressionar o grande homem.

Mack apertou um botão em sua mesa e disse no microfone:

–John, Rider, Onde vocês estão?

–Andar 15...16...17...18...19... e chegamos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

se você chegou até aqui muito obrigado, você é foda!
como sempre não deixem de opinar! é muito importante pra mim :3
até a próxima e prometo que o capítulo seguinte vai ser bem especial.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Royalty - A Realeza" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.