Dark Skies escrita por Eduardo Mauricio


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Tô de volta ao flop galers!



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2006

Henry Daniels é um homem que realmente pode ser chamado de feliz. Tem o que todo homem precisa, uma bela mulher, uma grande casa em Los Angeles e o emprego dos sonhos, porém, nem sempre foi assim, nem sempre foi somente maravilhas. Ele esconde um segredo.

1999

Era um dia quente de verão no interior de San Francisco, Califórnia, mais precisamente o dia do Oktoberfest de 99, mas enquanto os habitantes da cidade comemoravam, dentro de um armazém abandonado, um pouco longe dali, Henry Daniels e Chad Bradbury fugiam de alguma coisa. Uma sereia, com um grande cabelo negro descendo pelos ombros e várias rugas e distorções no lugar de olhos, nariz e boca. Nenhum rosto. Ela arrastava seu longo e rasgado vestido branco enquanto andava sem nenhuma pressa até eles. Não tão amigável como nos desenhos. Na verdade, sereias são criaturas extremamente perigosas e mortais, se alimentam de almas humanas, seduzindo suas vítimas através dos maiores desejos delas. Só pode ser morta se for atingida no coração.

- Onde ela está? – Chad pergunta, ao olhar para trás e perceber que a criatura havia sumido.
- Eu não sei – Henry responde, analisando o local cheio de caixotes velhos.
- Que droga!
- Vamos mata-la logo e ir embora daqui!
- Vamos.

Os dois caminham entre as caixas, mas não conseguem achar nada, e se achassem, não estaria perseguindo-a e sim sendo perseguidos.

- Que estranho – Chad desconfia do sumiço repentino da criatura, quando de repente, ele sente algo lhe segurando pelo pescoço. Chad começa a flutuar no ar, até que a sereia, até então invisível, revela aos poucos, seu rosto vazio.
- Droga! – Henry diz e começa a disparar contra ela, que cai no chão. Ele vai até Chad. – Você está bem?
- Estou – Ele coloca a mão no pescoço – Conseguimos – E sorri ao ver o corpo da sereia se desfazer, dando lugar a um espesso líquido preto.
- Vamos embora daqui.
- Vamos!

Os dois se levantam e vão embora, em seus respectivos carros. Henry, na velha caminhonete do falecido pai e Chad, no Camaro velho que comprou com esforço.

No quarto do hotel, Henry se vestia, se preparando para festejar um pouco junto com a população da pequena cidade de El Paso, enquanto Chad saia do banheiro, com uma toalha amarrada à cintura.

- Sabe o que eu estava pensando? – Henry pergunta.
- Não, o que? – Chad responde.
- Acho que está na hora de parar.
- Parar? – Ele se vira, revelando uma marca levemente vermelha no pescoço – Parar com o que?
- Essa vida de caçador – Henry se deita na simples cama de solteira.
- Engraçado – Chad sorri e volta a se pentear no espelho – Eu estava pensando sobre isso há algum tempo.
- Você não queria? Se casar? Ter filhos? Não queria?
- É claro que sim, mas é o nosso trabalho cara, salvar pessoas, matar monstros.

Chad para por um momento e dá um sorriso, depois olha para Henry e pergunta:

- Mas o que te fez pensar nisso?
- Eu conheci uma garota – Henry responde.
- O que?
- Uma garota... Você sabe... Uma garota – Ele sorri.
- Eu acho que sei o que é uma garota, não acha? – Chad brinca.
- Ela é tão linda, tão simpática – Ele coloca a mão no rosto.
- Não me diga que é aquela do quarto ao lado.
- A própria.
- Isso vai dar merda.
- É claro que não, ela está aqui de passagem, eu também, e além do mais, somos dois adultos responsáveis.
- Ah, então tá, mas ainda acho que vai dar merda. – Chad sorri e volta a pentear os cabelos.

Ao sair do pequeno hotel, Henry e Chad observam o movimento da cidade, que está cheia de pessoas de fora para aproveitar o festival. Eles procuram uma mesa e sentam, não demora muito e uma garçonete vem atendê-los.

- O que vão querer? – A bela mulher de olhos azuis pergunta.
- Dois chopes, por favor – Chad responde.
- É pra já – Ela diz e se retira.
- Olha quem está chegando – Chad avisa.

Henry olha para trás e vê a garota por quem supostamente estaria interessado. Ele levanta a mão e acena, ao ver, ela sorri e caminha na direção da mesa dos dois.

- Oi garotos – Ela diz sorrindo, ajeitando o cabelo loiro atrás da orelha.
- Ah, oi – Henry diz – Sente-se! – Ele levanta da sua cadeira e oferece a ela.
- Obrigada – Ela se senta.

A garçonete entrega na mesa dois chopes e em seguida pergunta, sorrindo, à garota:

- Vai pedir algo moça?
- Não, estou satisfeita, obrigada.
- Ok – A mulher diz e então vai embora.
- Ah, Chad, essa é a Olivia, Olivia, esse é o Chad – Henry os apresenta.
- Ah, oi – Frank segura a mão da garota.
- Oi Chad – Ela cumprimenta.
- Então, você já está indo embora? – Henry pergunta, observando as malas que ela carrega.
- Ah, sim – Olivia responde – Eu vim visitar a família e aproveitar um pouco essa festa, mas e vocês? Vieram por causa do festival?
- Ah, sim, sim, nós somos fãs dele, é a terceira vez que viemos.
- Eu tenho que ir agora – Ela avisa – Não posso perder o ônibus e San Diego não é tão perto daqui – Ela sorri.
- San Diego? Estamos indo pra Los Angeles, fica bem perto de lá, vamos conosco! – Henry sugere.
- Ah não, não quero incomodar.
- Mas não vai – Henry sorri – Vamos, por favor.
- Então tá, eu aceito a carona – Ela sorri.

Henry e Olivia se conheceram melhor, se tornaram amigos, depois namorados, e por causa daquela garota, por causa daqueles olhos verdes e daquele lindo sorriso, ele decidiu largar a vida de caçador e se dedicou a criar uma família. Mesmo após isso, continuou a ser amigo de outros caçadores e Chad, que também largou aquela vida. Ele estava feliz, era aquilo que ele queria. Chegar em casa do trabalho e cumprimentar a esposa com um beijo, assistir futebol com os filhos no domingo, ter a chance de fazer outra escolha, de escolher viver a vida do melhor modo possível.

2006

Henry para o luxuoso BMW preto em frente a uma grande casa, logo após, desce do carro carregando um buquê de rosas brancas na mão. São as favoritas de Olivia. Ele saca uma chave do bolso e abre a porta da frente, então entra. Ao subir as escadas e entrar no quarto do casal, ele encontra sua esposa, vestida formalmente, arrumando as malas em cima da cama.

- Feliz aniversário meu anjo – Ele diz, revelando o buquê que escondia com as mãos para trás.
- Oh meu deus! – Ela exclama. Seus olhos brilham – Obrigada amor! – Ela lhe agradece com um longo beijo – E aí, conseguiu a folga?
- Consegui. Deixarei Jeremy cuidando de tudo enquanto estarei fora. Comprou as passagens?
- Sim. Mas agora preciso ir, tenho que passar no consultório para avisar sobre a viagem, você vai ficar bem?
- Pode ir.
- Ok, já volto – Ela coloca um salto, pega sua bolsa. – Tchau – E dá um beijo no marido, deixando cair no chão dois papeis brancos. Duas passagens para Paris. Henry as recolhe e sorri. Vai ser bom fazer uma viagem, ele pensa e coloca as passagens em cima de um móvel de madeira negra, junto com algumas escovas de cabelo e acessórios de maquiagens, logo em seguida desce as escadas e vai até o quintal, onde se senta em uma cadeira e observa o grande campo aberto que fica atrás da sua casa. Que vida agradável.


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Notas finais do capítulo

Espero reviews ^^



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