Amor Separado - Minha Mary escrita por Princess of death


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

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Ela me olhou com um olhar provocador, o mesmo que fazia sempre que sabia que eu iria perder. Mary Moore, filha de Hades, o Senhor do Mundo Inferior. Ela estalou os dedos e se preparou para a corrida.

Me chamo Jake Hunts, sou filho da deusa Atena, a Deusa da Sabedoria. Tenho 17 anos e estou no Acampamento Meio-Sangue há 6 anos. Minha historia é um pouco rápida e entediante comparada com a de Mary. Eu sou um garoto alto, magro, com olhos cinza e com o cabelo louro caindo sobre meus olhos. Mary? Ela é um pouco mais baixa que eu, coisa de dois centímetros, tem cabelos negros e os olhos da mesma cor, olhos que eu não sabia se ficava assustado ou babando, sua pele era tão branca quanto neve, seu estilo rockeira de ser...

O sinal foi tocado e Mary disparou na minha frente. Ela corria muito rápido, mas consegui chegar um pouco atrás dela. O vento brincava entre as madeixas negras dela. Foco, Jake! –Repetia em minha mente, mesmo que fosse difícil pensar em outra coisa.

Mary deu uma curva apertada e eu a acompanhei. Ela olhou de relance para trás, seus olhos brilhavam insanos e sombrios. Ela correu mais rápido, chegando a minha frente na bateria de exercícios. Uma torre que se movia, no topo, um ômega. Ela começou a subir com uma destreza invejável, mas não iria perder para ela.

Ela não era de falar muito e passava a maior parte do tempo com os fones no ouvido. Sempre com suas blusas de bandas que eu não conhecia, sua calça jeans preta e seus coturnos pretos. Seus olhos negros sempre bem reforçados com o delineador preto...

Ela me olhou enquanto subia e deu um sorrisinho frio e delicado. Ela chegou ao topo na minha frente, porém, eu a surpreendi dando um salto chegando a plataforma junto com ela. Ela empunhou a espada de lamina negra, ferro estígio, a lamina do Submundo. Ela correu na minha direção e atacou, mas eu me virei e ela errou o ataque e caiu da plataforma. Rapidamente olhei para baixo, ela tinha rolado no chão e segura o ômega em uma das mãos enquanto fazia uma breve reverencia para os campistas, que gritavam e aplaudiam.

Pulei da plataforma e fui parabenizá-la, mas ela já havia sumido e o ômega encontrava-se nas mãos de Quíron. Andei até ele.

-Jovem Jake, sinto muito que perdeu. Mas tudo não passa de um jogo... –ele sorriu afetuosamente.

-Eu sei, Quíron. Queria falar com Mary, mas eu não há vi mais, você sabe para onde ela foi? –Quíron passou a mão pela barba rala de seu rosto e disse.

-Ela disse que estava cansada e correu para a área dos chalés.

-Ata, obrigada. –Sorri e fui em busca da filha de Hades.

Corri até a área onde concentrava-se os chalés, o chalé de Ares deu algumas risadas quando eu passei, o que me deixou com raiva, mas continuei meu caminho. Vi uma filha de Apolo, Katherine Pirce, melhor amiga de Mary. Corri até ela.

Katherine era um pouco baixinha, tinha a pele morena, olhos castanhos-claros, cabelos que iam até a cintura meio cacheados, ela era fofa, mas sabia usar um arco e uma flecha como ninguém, ela me assustava as vezes.

-Oi Kath, você viu a Mary? Só vi ela no treinamento e queria falar com ela... –ela sorriu.

-Bem, vi ela correr para a floresta, você sabe como ela é. Odeia ficar com muita gente ao redor, não sei como ela treina –ela deu uma risadinha- Você conhece a vaca, ela é anti-social, mas é boa pessoa.

-Valeu, Kath. Até mais –ela correu para encontrar-se com o namorado, Brice Willians, fiho de Hermes.

Andei em direção a floresta e vi John Turnner, filho de Zeus e melhor amigo da Garota-Que-Não-Quer-Ser-Encontrada-Por-Mim. Ele andava na direção contraria, saindo da floresta. Havia rumores que ele e a Mary estavam namorando, mas eu achava que não. Uma vez, depois da fogueira, coisa que não havia muito tempo, ele estava beijando Holly Backr, filha de Hécate, por isso eu tinha quase toda a certeza de que eles não estavam namorando, acho.

Ele me viu e sorriu.

-Olá Jake. O que faz aqui? –ele disse parando a minha frente.

-Você viu a Mary? Queria falar com ela...

-Acabei de conversar com ela. Ela disse que queria ficar sozinha, e quando não quer? –ele suspirou- Mas ela é assim mesmo. Ela está naquela clareira depois do pinheiro marcado. Vai lá, só espero não queimar sua mortalha –ele deu uma risada de leve e se despediu de mim, indo em direção ao acampamento.

Dei de ombros e corri em direção ao pinheiro que ele estava se referendo. Olhei para um corpo que estava sentado de costas para mim, Mary.

É em um desses momentos raros da vida, que eu vejo que ela não é tão ameaçadora assim. Ela parece uma garota normal, não uma garota sombria e assustadora, como ela parecia ser. Caminhei até ela, e num reflexo rápido, ela girou o corpo e acertou com o cabo da espada em um dos meus tornozelos, me fazendo cair no chão. Ela deu um sorriso, que por um momento, foi delicado, mas logo voltou a carranca de sempre. Ela estendeu a mão e eu me levantei.

-O que você faz aqui, Cria da Sabedoria? –ela disse, enquanto eu a fitava.

-Só queria dizer boa luta. Boa luta. –ela riu.

- Jake, eu quero ficar sozinha, por favor... –ela voltou-se a encarar o chão, pude perceber que os olhos dela estavam inchados e seu rosto estava avermelhado. Ela, provavelmente, havia chorado. Me sentei do lado dela e passei um de meus braços envolta dos ombros dela.

-Conta pra mim, o que está havendo, Garota das Sombras? –ela sorriu com o conto dos lábios avermelhados.

-Não é nada, juro. –apertei ela um pouco mais.

-Me conta, senão eu... Eu... Eu te beijo! –vi ela corando e sorri –Vai contar? –aproximei os lábios do rosto dela.

-Em 1º lugar: Eu não vou contar. Em 2º: Eu nunca, NUNCA, vou te beijar!. Agora me solte.

-Não –segurei ela mais próxima de mim, colando nossos corpos e vi que ela enrubesceu mais ainda –Só vou te soltar quando me contar o que aconteceu!?

-Então vamos ficar assim pra sempre!

-Eu não me importaria... –sorri e ela tentou disfarçar o sorriso que se formava nos seus lábios. Ela se inclinou e eu fechei os olhos e me inclinei também.

Ela fez algo que eu nunca iria pensar, me empurrou e saio correndo. Dei um riso e me levantei, logo pensei: Você não vai se esconder, Garota das Sombras. Está mexendo com o filho de Atena errado.

Via de relance os cabelos negros flutuando, enquanto corria atrás dela. De repente, não há vi mais. Ouvi um pequeno barulho atrás de mim e me virei, ela me surpreendeu com uma rasteira, mas ela não pensou que eu a puxaria para o chão também. Fiquei por cima dela, tentei não deixa meu peso por cima dela, para não esmagá-la.

Ela parecia tão indefesa. Ela se virou por cima de mim rapidamente e ficou meu olhando com aquela carinho do tipo “Quem você pensa que é para ficar em cima de mim?”. Sorri e me virei, logo ela ficou por cima e depois eu, depois ela, depois eu, quando finalmente prendi os pulsos dela e as pernas, ela estava presa e só eu podia deixá-la livre ou não.

-Ta bom, você ganhou, agora me solta! –ela disse com um leve tom de raiva.

-Eu não quero te deixar livre.

-Por que?!

-Porque eu nunca mais vou ter a chance de te ver assim: delicada e indefesa –ela estreitou os olhos e franziu a testa.

-Me solta, Jake. Eu to pedindo, por favor.

-Não! -ela mordeu o lábio inferior e me olhou. Sinto meu quadril queimar e meu rosto também. Só precisava de mais um sinal, que foi o próximo: ela fechou os olhos.

Desci meus lábios ao encontro dos dela. Seus lábios eram quentes e delicados, e sem dúvida, melhor do que a minha imaginação. O beijo era doce e puro, só no toque um do outro, mas logo pedi passagem, que foi concedida. Ela levou as mãos ao meu pescoço e ficou brincando com meu cabelo. Com uma das minhas mãos, fiquei acariciando a mão dela e com a outra, desci para a cintura dela. Sentia a respiração dela ficando mais pesada e a minha também. Meu coração estava acelerado e aos poucos, fui afrouxando o beijo em busca do maldito oxigênio. Quando afastei nossos lábios, ela me deu três selinhos e abriu os olhos, seu rosto estava muito vermelho, o que me fez sorrir igual a um bobo.

Me levantei e estendi a mão a ela, ela segurou minha mão e eu a puxei, segurando-a pela cintura. Ela colocou as mãos envolta do meu pescoço e ficou acariciando minha nuca. Olhei no fundo dos olhos dela e ela dou um sorriso de leve.

-Nunca te vi assim... –comentei.

-Como assim? –ela franziu a testa.

-Delicada e frágil, como uma garotinha indefesa à espera de um garoto durão para abraçá-la e dizer que ta tudo bem e que ela pode agradecer com um beijo de amor.

Ela deu uma risada sarcástica.

-E você é o garoto durão? Por favor! –ela saiu do abraço e se virou para mim, caminhando para a clareira. Mas fui mais rápido e puxei o seu braço, fazendo-a ficar com o nariz grudado no meu.

-Você não pode fazer o papel de garotinha indefesa uma vez na vida?!

-Não, porque ai eu estaria dando o “O.k” para o garoto durão entrar em cena, e no meu filme, eu não sou indefesa... –puxei-a para mais um beijo, e como o outro, foi de tirar o fôlego que estava voltando para os meus pulmões, mas que logo foram tirados.

Depois de alguns instantes, nos separamos e eu disse:

-Mas no meu filme, a senhorita é uma garota forte, mas que no fundo, precisa de um garoto durão para dizer que está tudo bem.

Ela sorriu e depois, o sorriso tornou-se triste.

-Desculpe por isso, mas eu... Eu pensei que você queria...

-Jake, não é isso, eu quero, é só que... Deixa.

Ela voltou a se separar de mim e andar para a clareira. Corri até ela e abracei-a, ela logo me abraçou de volta. Senti uma pequena lágrima molhar meu ombro.

-Ei ei, por que está chorando?

-Jake, eu não posso ficar com você e com ninguém!

-Por que?! Você sabe que rolou alguma coisa agora, você sabe que eu gosto de você... –ela abaixou a cabeça e algumas mexas de seu cabelos caíram sobre seu rosto. Levantei o queixo dela e passei as mexas do cabelo dela para trás da orelha –Eu realmente gosto de você, Mary. Não consigo mais me ver sem você comigo. Me humilhando nos treinamentos, sem dar seus olhares de pré-vitoria, e agora, dos seus lábios... Eu te amo, Garota das Sombras.

Ela me abraçou e sussurrou algo parecido com um “eu também”.

-Me diz, por que não pode namorar comigo?! Você sabe que eu te amo e você também me ama, o que nós impede de ser feliz?!

-As responsabilidades dela no Submundo, Filho de Atena.

Uma chama negra irrompeu do meio do nada, revelando Hades, o pai de Mary. Ele a puxou para o lado dele.

-Não quero que ela se envolva emocionalmente com um moleque nojento e estúpido como você! Mary tem coisas para resolver no Submundo e não é você que vai impedir isso!

Vi os lábios dela se moverem formando um “Para sempre?” e uma lágrima rolar pelo rosto fino e pálido dela.

Hades a abraçou e eles sumiram em uma névoa negra.

-Mary, eu vou te esperar. Vou achar você, nem que eu tenha que morrer para que isso ocorra...

Uma lágrima escorreu pelo meu rosto, aquela foi a lágrima mais dolorosa da minha vida, mas eu não ia, de forma alguma, perder a Mary. A minha Garota das Sombras. A minha Mary!

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Querem continuação???
Muahaha