POV Justin

Estava tudo em uma coloração rosa clara com verde e azul misturado aos efeitos modernos, dando um ar mais social e descolado a tudo. A bola espelhada em cima do palco contrastado com o arco cheio de balões em neon. O DJ ao lado da decoração selecionando as melhores músicas, tudo estava bem bonito. Todos estavam devidamente trajados, mas se comportando como loucos. Alguns estavam prestes a tirarem a roupa e foder ali na frente de todos, outros estavam indo de um lado para outro sem parar e outros, incluindo eu e Daphne, estávamos dançando a batida ritmada da música momentânea. Até que não estava ruim, porque poderia estar pior.

Queria mesmo era que Brian estivesse comigo, mas é claro que ele não viria se misturar a héteros babacas metidos a machos alfa. Não iria ligar nenhum pouco para os comentários dos outros, só importaria que ele estaria aqui comigo. Mas infelizmente, nem tudo é como queremos. E dando uma trégua, hoje era seu aniversário, merecia comemorar como quisesse.

Precisava me distrair um pouco, então decidi me envolver com a música e esboçar um sorriso aberto como forma de empolgação e acompanhar o ritmo de Daph. Fazíamos uma bela dupla no centro do salão, sem se preocupar com nada. Tudo estava realmente animado para o momento e eu estava começando a me animar com toda essa animação crescente.

Falando em animação, olhei para todos os cantos até achá-lo. Chris Hobbs não parecia estar muito animado para uma formatura. Dançava como se estivesse sido obrigado e sua parceira estava tentando convencê-lo a melhorar, sem sucesso é claro. Senti uma leve pontada de pena do mesmo, mas nada para se preocupar. Ele não iria estragar esta noite, não mesmo.

POV Brian

Ah, que coisa mais linda. Uma festa de formatura, de adolescentes que sabem lá terem algum QI considerável. Afinal, o que eu estava fazendo aqui mesmo? Sim! Por causa de Justin, o presidente do meu fã clube. Mas essa não é uma boa desculpa para vir até aqui trajando uma das melhores roupas de gala que havia no meu closet. Acho que fiquei sem muitas opções depois de Michael ter acabado com minha festinha particular. A maioria das vezes ele conseguia ser muito patético.

Estacionei meu jipe em uma vaga não muito perto da entrada e sai do mesmo. Entrei na festa e passei a vista em todos os lados até achar um certo loiro atraente conversando com sua amiga para todos os momentos. Até que não estava mal para uma festinha especial. Acho que nem consegui esconder minha cara de desprezo por essas pessoas.

Caminhei em direção aos dois. Pude perceber que Daphne avisou a Justin com uma mexida no seu ombro que eu estava aqui. Logo senti o olhar dele sobre mim depois de se virar e admito que até gostei de ver sua cara surpresa com minha presença ali. Além do dele, senti um olhar um tanto desagradável do tal Chris Hobbs, o cara que inferniza a vida de Justin. Surpreso e cheio de raiva de forma a me encarar. Ignorei aquilo porque não queria estragar a noite de ninguém, muito menos a festinha.

Me posicionei na frente do twink, ainda sem esboçar nenhum tipo de expressão, só me permitir suspirar de forma tediosa e esboçar um sorriso sarcástico após olhar para o mesmo.

– Eu pensei que você tinha dito que não ia ser pego morto em um lugar cheio de garotos de 18 anos. - Anunciou ele de forma engraçada, mostrando seu sorriso que iluminava a vista automaticamente.

– Eu pensei em recuperar minha juventude perdida. - Dei a primeira desculpa que veio a minha cabeça, o que era meio verdade até. Dedilhei seu colarinho enquanto falava.

Olhei para o lado e lembrei que Daphne estava lá também. Me pus ao lado dela e disse de forma bem convincente.

– Seu look está ótimo, Daphne. - Beijei o lado da testa dela e permaneci com um sorriso. - Eu comeria você! - Pude ver sua animação com meu comentário.

– Oh, você.. você também Brian! - Admitiu a mesma olhando para Justin e para mim consecutivamente.

– Se importa se eu pegar emprestado seu acompanhante? - Permaneci fitando Justin enquanto perguntava a Daphne.

Ela apenas fez sinais que interpretei como um sim, mas percebi isso sem tirar os olhos dele. Estava com vontade de fazer algo. Dançar. Dançar é o que posso fazer aqui, a única coisa boa que se pode fazer em uma formatura como essa. E dançar era algo que eu particularmente fazia bem, seja qual dança fosse. Só queria que Justin me acompanhasse nesta dança, para manter a formalidade do momento. Queria que ele sentisse que tudo estava "perfeito" para ser uma dança que ele nunca esqueceria, como um tipo de primeira vez.

Me pus a sorrir para o mesmo, de lado, e o puxei pela mão para o centro do salão, empurrando para o lado quem estava a minha frente. Era hora do show e nada iria atrapalhar esse momento. Automaticamente, a música mudou, era um clássico, um bom clássico, mesmo sendo romântico mais do que o normal.

POV Brian/Justin

Brian o conduziu até perto do batente do palco e ficou de frente para ele. A dança começou. Dois passos para cada lado, de forma sincronizada e um pouco rápida de acordo com o ritmo da música. Brian tirou seu "gorro" de seda caro e o colocou em Justin, para o deixar ainda mais brilhante e sem querer admitir para si mesmo, deixar Justin ainda mais lindo.

Os dois estavam em total sincronização com os passos, o ritmo e a velocidade da música, e eles próprios. Ambos sorriam um para o outro de forma engraçada, com a situação de estarem ali, dançando na frente de todos como se fossem um casal bastante romântico, e de suas faces. Ao mesmo tempo, que em partes da danças ambos entravam em transe para se entregar ao sentimento da música e da dança que executavam.

Brian estava pensando no quão Justin estava lindo, ele nunca dera importância em notar como era realmente a beleza daquele twink que o perseguira constantemente. Ele realmente se importava com Justin, a questão era admitir isso para si mesmo. Sempre gostava de enganar a si mesmo com tudo, mas certas horas não havia como fugir da verdade. Ele gostava de Justin e não era pouco, mas seu orgulho infindável sempre vencia no quesito de preservação. Isso ainda o mataria.

Justin não poderia estar mais feliz, não queria demonstrar tanto fascínio assim para Brian, ele poderia zombar e acabar com tudo ali mesmo, mas era inevitável, Justin o amava mais do que tudo e não poderia estar mais feliz com o seu homem em seu baile de formatura, fazendo uma das danças mais românticas de sua vida. Seu sentimento era inexplicável e o mesmo não conseguia controlá-lo. Ele sabia que Brian já percebera tudo e mesmo assim continuaram a dançar e a sentir toda a emoção daquele momento.

O sentimento de ambos estavam selados naquele momento. Brian amava Justin pela emoção e Justin fazia o mesmo. Aquela dança seria inesquecível para ambos, tanto como este dia. Cheio de surpresas.

"You can dance every dance with the guy
Who gives you the eye, let him hold you tight
You can smile every smile for the man
Who held your hand neath the candle light
But don't forget who's takin' you home
And in whose arms you're gonna be
So darlin' save the last dance for me

Oh I know that the musics fine
Like sparklin' wine, go and have your fun
Laugh and sing, but while we're apart
Don't give your heart to anyone
But don't forget who's takin' you home
And in whose arms you're gonna be
So darlin' save the last dance for me

Baby don't you know I love you so
Can't you feel it when we touch
I will never never let you go
I love you oh so much

You can dance, go and carry on
Till the night is gone
And it's time to go
If he asks if you're all alone
Can he take you home, you must tell him no
'Cause don't forget who's taking you home
And in whose arms you're gonna be
So darling, save the last dance for me

'Cause don't forget who's taking you home
And in whose arms you're gonna be
So darling, save the last dance for me
Save the last dance for me
Save the last dance for me.."

POV Justin

Em uma parte, quando desabotoei seu terno, Brian estava perto o suficiente para um beijo, sofri um pouco ao negar seu beijo tentador, enquanto afastava seu terno para trás, facilitando a retirada do mesmo uns segundos depois, sorrindo, e o rodeei. Brian se esquivou um pouco para trás quando o puxei junto com o terno e ficamos bem próximos novamente. Ele levantou seu rosto com uma expressão de tesão puro e eu adorei ver aquilo, tanto que não contive minha expressão também. Joguei o terno para Daphne, e continuamos a dançar.

Em outra parte, me apoiei em sua cintura com a perna e apoiado em sua mão, com a outra dele em minhas costas, me esquivei para trás em um passo tradicional de danças como essa. Não segurei o sorriso que insistia em sair. Não posso negar, estava amando tudo aquilo. Fazia tudo isso com o mesmo sem tirar meus olhos dos dele. Depois de ficar em pé novamente, Brian me segurou com força e me girou três vezes, e a cada giro completo ele se aproximava mais de mim. Dessa vez eu não neguei seu beijo, foi rápido, mas intenso o suficiente para ele sustentar o giro e o parar lentamente para o beijo ser mais do que claro e sensitivo a nós, um beijo para nunca esquecer.

Após selarmos o beijo, eu sorri com certa facilidade, eu estava maravilhado com tudo, e não tinha como não estar. Brian esteve perfeito o tempo todo, nós nos completávamos de certa forma, o encaixe perfeito ou seja o que for. Nada tinha como quebrar o que foi feito, muito menos aquele momento.

Pude perceber seu sorriso também, nem ele conseguiu conter, percebi que o mesmo sentia algo parecido com o que eu sentia. Mas também não tinha como não sentir. Deus, como ele era lindo. A real face de todos os deuses existentes. Parecíamos dois adolescentes apaixonados incondicionalmente um pelo outro, se bem que no fundo isso é o que somos verdadeiramente. Espero que Brian tenha revivido sua juventude, e que esteja mais do que satisfeito com isso.

Depois de uns segundos ele voltou a ficar com seu olhar intenso novamente e me puxou pela mão com a sua outra apoiada no meu outro braço, para um último giro. Saímos de lá da forma que entramos, da forma triunfal, a mais triunfal possível. Acabei por lembrar que ainda tinha o resto das pessoas que estavam nos olhando desde o começo, acabei esquecendo delas por completo. Elas nos olhavam boquiabertos com o que acabaram de ver. Garanto que nem eles iram esquecer desta dança.

POV Brian

Justin estava rodopiando pelos ares, cantando trechos da música e me puxando junto com ele para executar os passos que havíamos feito a pouco na frente de todas aquelas pessoas. Sentia sua felicidade irradiar de tal forma que até me contagiava. Cantei junto com ele um trecho da música e o puxei da mesma forma para perto de mim, me permitir sorrir novamente.

– Você viu a cara deles? - Ele zombava da cara de todos após verem nossa dança, mas não era só ele.

– Sim, nós lhes demos uma dança de formatura que eles nunca esquecerão. - Zombei de uma forma mais pesada, eu realmente achei cômico a expressão na cara de todos tanto quanto Justin.O puxei para perto do carro que estava ao lado do meu e fiquei na frente do mesmo, enrolando o gorro mais uma vez em volta do seu pescoço.

– Nem eu. - Admitiu ele, na sua forma mais radiante. - Essa é a melhor noite da minha vida!

O guiei para ficar encostado na porta do jipe. O fitei com o máximo de verdade possível. Justin chegava a ser irresistível aos meus olhos, o cara mais lindo que eu já vi na minha vida.Sorte a minha de ter um twink como ele me seguindo.

– Sim, mesmo se estava ridiculamente romântico. - Tive que ironizar algo para que despistasse tamanho transe que eu denunciava. Esbocei um sorriso aberto por uns segundos.

Fitando seus olhos claros de forma pausada, me aproximei do mesmo em uma lentidão de expectativa para um beijo, um beijo calmo, um beijo que pude novamente sentir seus lábios de contornos perfeitos nos meus, como se fosse urgente, como se fosse de acordo com tudo certo e na hora certa.

Puxei o mesmo pelo gorro para o outro lado e o olhei fixamente mais uma vez de tantas aquela noite.

– Até logo mais. - Enrolei o gorro que estava em seu pescoço pelo ponta com um dedo meu e logo o soltei.

– Até. - Ele disse, iluminando toda a minha vista mais uma vez com sua luz e brilhantismo natural, misturada ao seu poderoso e perfeito sorriso.

Logo depois de entrar no jipe, o fitei pelo espelho lateral exterior do veículo. Finalmente descobri o motivo de Debbie chamá-lo de Sunshine. Nunca iria esquecer da sua expressão, do seu jeito, do seu rosto, do homem com quem me entreguei esta noite, deste dia e principalmente do que aconteceria depois.

"Não, não, não, não, não, não, não, não... Deus!"

"Eu amo você."