Closer escrita por Beatriz Quatorzevoltas


Capítulo 1
Closer


Notas iniciais do capítulo

A música da dança no sonho era Mirotic do grupo 동방신기(DBSK).
Link do vídeo da dança: https://www.youtube.com/watch?v=O_2yfWPZWJI
Boa leitura! ^^



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Meu corpo já começava a pedir uma pausa de toda aquela agitação, mas o pessoal não parava de gritar por mais. Eu nunca tinha visto um grupo tão animado e isso me dava mais vontade de mostrar toda minha alegria guardada enquanto fazia os passos tão conhecidos e que eu tanto gostava, porém, sentindo todos aqueles olhos pregados em mim enquanto rebolava, vi que ela também me olhava, e isso fazia uma grande diferença. Senti meu rosto esquentar mas não parei de me movimentar.

Sentada no muro, ela sorria enquanto me observava dançar. Virei meu corpo pra sua direção, imaginando se minhas bochechas estavam vermelhas e comecei a dançar pra ela, enquanto me aproximava devagar.

Ela riu e bateu palmas, enquanto ouvíamos o alarde do pessoal que aguardava meu grande final. A dança era bem ritmada, e já estava acabando quando me postei bem a sua frente, girando e mexendo levemente meu quadril, enquanto sorria abertamente pra ela e só pra ela. Quando a música parou, ouvi os aplausos do grupo e os gritos de motivação, mas a única coisa que conseguia prender minha atenção, era o sorriso perfeito daquela que não saía dos meus pensamentos.

Sorrindo, ela fez sinal pra que eu chegasse mais perto, e sem hesitar, o fiz. Assim que meus braços se passaram ao redor da sua cintura, ela riu e tirou a franja que caia na frente dos meus olhos, repousando suas mãos em meus ombros em seguida.

– Você até que dança muito bem... – Enlaçando minha cintura com as pernas, ela disse baixinho enquanto acenava com a cabeça.

– Até que danço muito bem?! - Ela riu gostosamente enquanto eu fingia uma expressão de descrença. - Admita que eu arrebento, vai?! Eu vi... – Tombei minha cabeça pro lado, enquanto fazia movimentos circulares em suas costas com meus dedos. – Sua atenção era toda minha, e você sabe... – Ri internamente quando ela fez uma expressão surpresa.

– Sua abusada. – Ela disse puxando levemente meu cabelo, perto da minha nuca. – Isso não significa que você arrebenta, só significa que prendeu minha atenção, o que não é uma coisa muito difícil de ser feita... – Gargalhando alto, apertou minhas bochechas quando fiz um bico magoado.

– Você é tão má... – Abaixei minha cabeça dramaticamente.

– Mas bem que você gosta... – Senti um arrepio percorrer minha espinha, quando ela sussurrou sedutoramente em meu ouvido.

– Depois eu que sou abusada... – Abracei mais forte sua cintura, enquanto repousava meu queixo em seu ombro, beijando-lhe o pescoço que exalava um cheiro doce delicioso. Ela gargalhou novamente, me puxando mais pra si. Enquanto distribuía beijos por seu pescoço, podia sentir sua respiração ficar mais pesada.
Levantei um pouco minha cabeça, apenas pra morder levemente o lóbulo de sua orelha, sentindo sua respiração falhar.

– Você vai pra casa hoje, né?! – Suspirou fortemente, enquanto acariciava meu rosto.

– É claro que vou. – Sorri e dei um breve selinho nos seus lábios vermelhos e carnudos. – Vou sempre que quiser, Black Pearl.

Acariciando minha bochecha, suspirou. "Sempre que eu quiser?!". Sorri bobamente, enquanto balançava positivamente a cabeça.

Apoiando-se em mim, descendo do muro. Entrelaçou nossos dedos, me puxando levemente pra andar. Acompanhei seus passos, indo até o grupo de pouco mais de sete pessoas, sorrindo, assim como ela. Soltei sua mão quando um rapaz alto veio me parabenizar.

– Nossa, você dançou muito bem! Essa coreografia parece bem complexa... – Nem me lembro de tê-lo visto me olhando dançar.

– Ah, é... um pouquinho. – Sorri, mesmo estando muito envergonhada por, mais uma vez, ser o centro das atenções.

– Tá bom, tá bom! Ela arrasou, todos vimos... – Fazendo gestos exagerados com as mãos, conseguiu atenção. Baixinha e magrinha. Só assim pra conseguir atenção no meio de tanta de gente. – Mas estamos indo pra casa, já tá ficando tarde...

– Qualé?! Ainda tá cedo! Dança mais uma, grandona, vai! – Seguindo esse comentário, o grupo todo pediu bis. Eu nem fazia ideia de que dançava tão bem assim...

– Não! Ela veio aqui pra me ver, e não pra ficar se exibindo! – Enganchou seu braço no meu, numa forma possessiva. Achei esse gesto extremamente fofo, digno de um aperto na bochecha.

– Ela tem razão, pessoal... eu vim pra vê-la, e pretendo passar todo o tempo do mundo com ela, mas que tal amanhã fazermos uma batalha de dança, huh?! – Todos ficaram mais animados ainda! Oh, povo que gosta de festa!

– Isso, isso! Agora... – Aquele ser minúsculo quer mesmo me empurrar?! E ainda me olhou feio! Abusadinha... – Você, vem comigo. Você é minha agora, "grandona".

Ri alto, enquanto a abraçava, ainda andando. Tão pequena e delicada... não fazia ideia de que era tão ciumenta.

– Baby! Eu sou sua sempre... - beijei o leve bico que se formava em seus lábios, por ciúmes. – Mas quero me enturmar, né?! É sempre bom fazer novas amizades.

– Eu sei, eu sei! Mas quero ir logo pra casa e ficar com você. – Abraçou minha cintura enquanto puxava-me para andar mais rápido. – E tá frio...

Suspirei, rindo, enquanto tirava minha jaqueta vermelha e colocava em seus delicados ombros. Vendo seus olhos de dúvida, apenas disse:

– Eu tava dançando pra você, mô. Tô quente. – E pisquei, sabendo que ela entendeu o duplo sentido.

– Tá quente, é!? – Percebi-a conter um sorriso sacana, e apenas se aninhar mais em mim.

– Uhum... e com sono. Dançar assim me fez cansar. – Bocejei longamente, fechando meus olhos.

– Então vamos trocar de roupa e ir pra cama. – Finalmente, quando chegamos à porta, ela tirou o molho de chaves do bolso e entrou, me esperando passar, para em seguida, fechar a porta e deixar as chaves penduras.

– Sua mãe... não vai estranhar?! – Sussurrei, vendo as luzes da casa, apagadas.

– Ela já deve estar dormindo... nem vem perceber.
Nem acendemos as luzes, fomos direto pro quarto, sem fazer barulho. Enquanto ela trancava a porta, sentei na cama e tirei meus tênis e os coloquei ao lado da cama. Ergui o olhar, pra vê-la de costas para mim, olhando algo dentro do seu guarda-roupas.

– Acho que nada meu vai lhe servir... – Ouvi sua voz baixinha, como se fosse algo que ela pensou alto.

– Só me empresta um moletom e tá ótimo. Fico de cueca. – Segurei o riso quando a vi, mesmo de longe, ficar tensa. Pegou o moletom, e se virou pra mim, sem me olhar nos olhos. Peguei o moletom, segurando sua mão, e puxando-a levemente pra mais perto de mim. Postou-se em minha frente e sorriu, ainda não me olhando nos olhos. Ela fica extremamente linda com vergonha.

– Você usa cueca...?! – Ri de sua pergunta, abraçando sua cintura com apenas um braço, usando o outro para virar seu rosto na direção do meu.

– Normalmente... é bem mais confortável. – Sorri e selei nossos lábios rapidamente. – Tem problema pra você?

– Não, use o que quiser... – Revirei os olhos, vendo que ela não entendeu do que estava me referindo. – Na verdade, estou te imaginando de cueca... é boxer, né!? – Arregalei os olhos, e soltei sua cintura, pra tapar minha boca com as mãos e abaixei a cabeça, segurando o riso. Ergui o olhar, pra ver a expressão confusão em seu rosto, e me forcei a respirar fortemente, pra segurar ainda mais o riso.

– Perguntei se não tem problema eu dormir apenas de cueca com você, amor! Não me referia a isso... – Ficando vermelha, ela virou a rosto, segurando também o riso e negou com a cabeça, voltando à frente do guarda-roupas, que ainda estava aberto.

Tirando minha jaqueta e colocando, cuidadosamente no cabide, ela ainda sorria, vermelha. Levantei sorrindo, e abracei -a por trás, beijando-lhe o topo da cabeça.

– Como sabe que uso boxer? – Perguntei, me dirigindo ao lado oposto da porta aberta do guarda-roupas dela, não mais a vendo.

– Ah, sei lá. Imaginei você de boxer... azul. – Sua voz saiu tão firme pra quem estava vermelha à instantes atrás, que chegou a me assustar. Não só pelo fato de apenas por não estar me olhando, ela já se sente segura, mas pelo fato de ter acertado a cor da minha cueca.

– Como sabe?! – Terminando de tirar minha calça jeans, estiquei a cabeça pra vê-la atrás da porta, acabando de colocar uma blusa grande, roxa. Minha cor preferida...

– Sei lá... – Me olhando com uma expressão de ingenuidade, quase me convenceu. Sei que o fato de ter colocado a blusa roxa, era com o mesmo objetivo de que coloquei a minha cueca azul, justo hoje. Provocação.

Terminei de trocar de roupa, exatamente na hora que a porta do guarda-roupas fechou. Postei-me a sua frente, de cueca e moletom, e beijei seus lábios carnudos, que agora estavam com resquícios de batom vermelho. Sorrimos uma para a outra, e relei minha mão em sua perna, para logo em seguida nos separarmos e irmos em direção a cama.

– Seu quarto é quentinho... – Soltei um comentário vago, ajudando-a à erguer os cobertores da cama.

– Minha cama é mais. – Sorrio maliciosamente, sentando-se na cama de solteiro. Devolvi o sorriso e a olhei com intensidade, antes de me virar e sentar na sua cama com cuidado.

– Cama de solteiro, pra duas pessoas, sendo que uma delas é uma gigante?! – Virei meu rosto em sua direção, vendo-a já deitada nos travesseiros de cores claras, incrivelmente linda. – Assim até com ar-condicionado, o quarto fica quentinho. – Rindo baixinho, ela puxou o edredom, enquanto me ajeitava na cama.

– Ainda mais com seu abraço... – Sussurrou enquanto ficava de costas pra mim. Sorri, deitando minha cabeça nos travesseiros macios e subindo os cobertores pra seus ombros.

Beijei-lhe a bochecha, enquanto colocava seus sedosos cabelos para trás, abraçando sua cintura por trás, depois de feito.

– Tá quentinha?! – Sussurrei bem perto de seu ouvido, sentindo seu corpo estremecer.

– Quentinha, protegida e confortável. Não imagino jeito melhor de terminar a noite... – Sorri, vendo-a fechar os olhos.

– Também não imagino, pequena. O dia foi ótimo e a noite, está sendo melhor... esperei tanto por isso. – Deixando meu corpo relaxar, sentindo o toque das nossas pernas por baixo do edredom, fechando meus olhos.

– É... boa noite, minha branquinha.
Apertando minha mão bem perto de seu corpo, sussurrou, relaxando por completo.

– Ótima noite, black pearl. Ótima noite... - sorri, entregando-me ao sono, com a certeza que teria uma, de várias outras noites, protegendo meu pequeno mundo com meus braços e o calor da minha pele, que tinha cada músculo gritando silenciosamente, agradecendo por tê-la, finalmente, tão perto.


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Notas finais do capítulo

Eu sei, eu sei... bem bobinho. Mas espero realmente que tenham gostado.
Críticas construtivas são sempre bem-vindas. E comentar não faz mal à ninguém. Deixe sua opinião para que eu possa melhorar e assim, satisfazer tanto à mim quanto à vocês.
Até a próxima!



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