Miss You escrita por CammisM


Capítulo 2
I love you, sucker


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, meu computador deu problema e eu tive que escrever tudo de novo D:
Detalhe, sei que sucker tem 1214897 significados, mas levem como 'idiota' ou 'otário' sim? Sim.
Enjoy!



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Assim que seus pés tocaram no chão, Rose Weasley respirou fundo, tentando acalmar seu coração que batia desesperadamente no peito, como se estivesse prestes a saltar dali.

— Scorpius! Você é louco? Se algum trouxa nos viu vamos ter problemas com o Ministério e... — Ela se calou no instante em que uma brisa suave tocou seu rosto, jogando os cabelos ruivos para trás.

De sobrancelhas erguidas, ela deu as costas ao loiro, para poder analisar a paisagem que se estendia a sua frente. Não levou muito mais do que três segundos para um sorriso divertido invadir seus lábios e o brilho de reconhecimento iluminar seus olhos azuis.

A praia sem movimentação humana se estendia por todo o campo de visão da ruiva, tal como as águas cristalinas e calmas do mar. As montanhas cercavam toda a região isolada, deixando a paisagem ainda mais bonita. Ela não precisou procurar muito para encontrar o pequeno chalé que parecia se erguer sozinho do chão, como um complemento daquela paisagem incrível. As paredes de conchas, o telhado baixo e escurecido devido à maresia.

Estava abandonado alguns anos, desde que seu primo mais novo, Louis, havia nascido e o lugar ficou pequeno demais para a família Delacour-Weasley. No entanto, Rose passou uma boa parte de sua infância brincando por essa região, quase sempre em casa com Dominique. Ali também servia de ponto de encontro dos Weasley mais novos, quando as férias escolares chegavam e eles não tinham opções de lugares para ir.

Scorpius tinha passado uma boa parte de suas férias, desde os primeiros anos, ali com Dominique, Albus Severus e Rose, implicando com a Weasley e arrumando maneiras de acabar com a paciência das meninas, a base de brincadeiras bancadas pela Gemialidade Weasley.

— Chalé das Conchas? Sério? Não espera encontrar Nick aqui, não é? Já que ela provavelmente está...

— Sinto cheiro de ciúmes nessa frase, Weasley? — Scorpius interrompeu, divertido, abraçando a namorada por trás e escondendo o rosto no meio de seus cabelos ruivos.

— De Dominique? Não mesmo. Sei que se você quisesse ter ficado com ela, teria o feito há muito tempo. — Comentou, dando de ombros.

No entanto, apesar da pose de indiferença, ele conseguia identificar um toque de ciúmes ali. Por mais que ela odiasse admitir, ele sabia que ela não era a maior fã da amizade dos dois, assim como ele não gostava do nível de amizade dela com Albus Severus, principalmente porque sabia que ela tinha dado o seu primeiro beijo nele.

— Talvez eu já tenha o feito e nunca comentado com você. — Provocou com um meio sorriso, encostando o nariz na curva do pescoço da ruiva e inalando o dor de seu perfume familiar, fazendo-a se arrepiar brevemente. — De qualquer forma, minhas intenções foram puramente românticas ao te trazer para cá. — Comentou em um murmuro baixo, com os lábios apoiados no lóbulo de sua orelha.

— Você nunca é puramente romântico, Malfoy. ¬— Rose comentou, com um bufar baixo, enquanto tentava se desvincular dos braços do loiro. — Sempre há uma intenção pervertida em tudo o que você faz. — Completou, fazendo-o rir baixo e dar de ombros.

— Vamos entrar no mar?

— Não trouxe biquíni Scorps, não tem como. — Respondeu, virando-se para encarar o namorado.

— Quem disse que precisa de biquíni para entrar? Só estamos nós dois aqui, Ros. — Disse, com seu melhor sorriso ingênuo, fazendo-a revirar os olhos, evitando um meio sorriso.

— Viu só o que eu disse? Intenções pervertidas.

**

Deitados sobre a areia fina e úmida, o Sol banhava-lhes secando os corpos molhados, distantes por apenas alguns centímetros. Um sorriso calmo iluminava o rosto de Rose, enquanto ela sentia o calor esquentar seu corpo. Com um braço tampando o rosto, estava completamente alheia ao olhar quase hipnotizado de Scorpius Malfoy com uma pura admiração no rosto. Ele não conseguia entender, até hoje, porque levou tanto tempo para finalmente se declarar para a Weasley, fato que aconteceu apenas nos meados do sexto ano.

Antes disso, a relação deles não passava de uma amizade colorida, recheada com discussões e implicâncias. Deveria ter dado ouvidos à Dominique quando ela lhe dizia o quanto apaixonado ele era por Rose. Ao que parecia, todos já tinham percebido isso – todos até mesmo Astória, que sempre soltava risadas quando o filho fazia qualquer comentário sobre o quanto implicante a ruiva havia sido – menos ele... E ela.

— Pare de me encarar. — Rose murmurou, sem mexer um músculo de seu corpo.

— Como pode saber que eu estou te encarando? — Scorpius perguntou, erguendo as sobrancelhas e erguendo o corpo já úmido da areia de modo a se aproximar mais da namorada.

— Não sei se você sabe disso, mas temos algo conhecido como sentidos. Geralmente, eles são muito úteis. Ele balançou a cabeça, rindo baixo.

— Sempre tão delicada.

— Faço o que eu posso. — Ela riu. — Quando vai me contar como está as aulas?

— Estou ocupado demais te observando para fazer isso. — Ele deu de ombros, quando ela soltou mais uma risada baixa. — É oficial, Weasley, seu pai me odeia.

— Poxa Scorps! O que te faz pensar isso? Ele é sempre tão delicado e carinhoso quando você está perto. — Sua voz transbordava sarcasmo. — Você tirou a inocência da filha dele, é meio óbvio que ele te odeie.

Ao escutar isso, o loiro jogou a cabeça para trás, soltando sua típica risada. A ruiva teve que morder o lábio inferior para não rir também.

— Pobre iludido, mal sabe que a filha já é desencaminhada desde o segundo ano.

— Tudo culpa da Nick!

— Logo para cima de mim, Weasley? Te conheço melhor do que você imagina.

A ruiva deu de ombros, antes de abrir os olhos e virar-se para encarar o loiro. Com um sorriso doce, quase ingênuo demais, Scorpius sentiu-se engolir a seco de forma involuntária, ele conhecia esse olhar.

— Eu acho que vai chover, vamos embora?

Scorpius ergueu seu olhar e deu de ombros, ao reparar as nuvens escuras que começavam a ocupar seu espaço no céu que, até alguns momentos atrás, estava perfeitamente azul. Quando se morava na Inglaterra, já deveria estar acostumado com as mudanças do tempo, no entanto, ele não conseguia não se sentir decepcionado.

— Para onde quer ir? — Perguntou, levantando-se logo atrás da Weasley.

Rose deu de ombros, enquanto buscava suas roupas e as vestia, sobre as peças intimas ainda molhadas. Mal havia terminado de abotoar seus shorts jeans quando Scorpius envolveu seus braços na cintura da ruiva, trazendo-a mais para perto.

— Prefiro você sem isso. — Comentou, rouco, num sussurro com o lábio encostado da orelha da ruiva.

Ela sorriu um pouco, antes de virar o corpo e envolver os braços no pescoço de Scorpius. Ficando na ponta dos pés descalços, aproximou seu lábio do loiro, parando a centímetros de distância.

— Então vamos para um lugar onde eu possa tirá-las. — Disse no mesmo tom, ainda com o mesmo sorriso nos lábios.

Sem pensar duas vezes, o loiro tomou os lábios dela para si e, juntos, desaparataram dali.

**

Cantarolando baixo, ela caminhava em passos rápidos, pelo carpete que encobria todo o longo corredor iluminado pelas grandes janelas de madeira.

Conhecia perfeitamente o que cada uma das portas escuras escondia e, sendo assim, sabia qual era seu destino. Já passava das dez da manhã e o filho não parecia ter dado sinais de que havia acordado.

Por esse motivo, Astória estava pronta para acordar Scorpius e manda-lo se arrumar, uma vez que corria um sério risco de chegar atrasado nas aulas de Auror.

Assim que chegou ao seu destino, ela bateu na porta duas vezes, de forma delicada, antes de escancarar a porta, pronta para chamar o nome de Scorpius.

No entanto, assim que seus olhos focaram a cama dorsal, seus lábios abriram, por um instante, em um ‘o’ de surpresa, antes de ser substituído por um sorriso envergonhado e, ao mesmo tempo divertido.

Deitados em uma verdadeira bagunça de lençóis, estava o filho com a namorada, que parecia prestes a explodir de tão vermelha que estava. O rosto estampado com a vergonha parecia se misturar com a cor de seus cabelos.

— Mãe, já falei para não entrar assim no meu quarto. — Scorpius soltou um bufar baixo, claramente incomodado com a mãe estragar seu momento. Ela soltou uma risada baixa, antes de dar de ombros.

— Desculpe querido, mas você está atrasado para a aula. — Disse, antes de se virar para a Weasley com um sorriso doce.

— É um prazer revê-la, Rose. — O prazer é todo meu, senho-... digo, Astória.— Seu tom era tão baixo que quase parecia sufocado pela vergonha.

— Hoje é só depois do almoço. Agora mãe, se puder nos dar licença...

— Oh claro. Desculpem. — Ela riu baixo mais uma vez. — Espero que almoce conosco, Rose. Fico feliz em saber que, mesmo com a distância, vocês continuam namorando.

E dito isso, a mais velha se retirou do quarto, batendo a porta atrás de si e, com passos rápidos, foi atrás do marido, pronto para contar-lhe o momento constrangedor que acabara de passar. Tinha certeza que Draco se divertiria.

**

— Ai meu Merlim! — Rose exclamou alto, com as bochechas ardendo, assim que a porta do quarto se fechou.

Saltando da cama, ela começou a procurar quase que desesperadamente por suas roupas espalhadas pelo chão.

— Calma Weasley, não é como se ela fosse voltar. — Scorpius disse, deitando-se confortavelmente na cama mais uma vez.

Ela revirou os olhos claros para o teto, enquanto segurava sua muda de roupas na frente do corpo.

— Você está adorando nisso, não é?

— Claro que não! Agora eu tenho mais um motivo para ela me infernizar. No enquanto, achei divertido sua reação. Pensei que fosse explodir de tão vermelha que estava.

Lançando seu melhor olhar assassino para o namorado, ela bufou alto, fazendo-o rir mais uma vez e caminhou em direção ao banheiro do quarto. Com a porta aberta, ele conseguia ouvi-la procurando algo no armário da pia.

— Ei Weasley.

— Que foi? — Ela perguntou, encostando-se no batente da porta, escovando os dentes com a escova que tinha guardada ali.

— Eu te amo. — Disse simplesmente, levantando-se da cama e caminhando até ela.

— Também amo você, otário. — E, com a maior delicadeza, abriu um meio sorriso de boca fechada, com os lábios sujos de pasta de dente.


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Notas finais do capítulo

É isso. Mais uma oneshot nhenhenhe dos dois, awn *-* SHUAUSHA. A próxima já está escrita... E eu já estou planejando a de Natal e de Ano Novo, we/
Seguinte, tenho 7 leitores. Quero todos comentando, sim? Sim. Façam a escritora que vos fala feliz e contente. Ah, qualquer erro me avisem sim? Não betei esse por falta de tempo. Estou estudando igual a uma louca para o vestibular D:
Enfim...
xxxxxx :*