Dividida escrita por Magna


Capítulo 13
Exposição Cultural Pt. 2 - Roda Gigante


Notas iniciais do capítulo

Primeiro eu queria agradecer as recomendações que eu ganhei, uma foi da Anne e a outra da Gabriela Alves! Eu nem acreditei quando entrei no Nyah e vi que minha fic tinha recebido duas recomendações! Muito obrigaaaada!

Ai está mais um capítulo e como prometido nele teremos Mô e DC de volta e mais fofos do que nunca! Resolvi dar uma paz pra todos os casais antes do acampamento kkkkkkk



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P.O.V FRANJA

Estávamos andando há horas e não tínhamos trocado uma palavra sequer, pelo menos esse silêncio tornava mais fácil de esconder meus sentimentos. As coisas eram mais fáceis de esconder antes dela ter me beijado, maldito beijo, maldito e gostoso! O professor apaixonado pela aluna... Onde eu tinha ido me meter? Eu sabia que os alunos teriam quase a minha idade, mas eu não imaginava que fosse me apaixonar por uma de minhas alunas, eu até previa que eu fosse ter uma atração física por alguma e eu até preferia assim, afinal atração física é mais fácil de controlar do que paixão, mas não foi isso que aconteceu. Olhei para ela que parecia tão envergonhada quanto eu, o sol forte iluminava seus cabelos cacheados fazendo-os ficarem ainda mais bonitos. Como eu a admirava, mesmo tão jovem era dona de uma maturidade e inteligência fora do comum, mas continuava sendo minha aluna! Se eu pudesse fazer um desejo seria que a tivesse conhecido em outro lugar, talvez em uma das exposições de arte que eu costumava ir...

– Você acha que tem algum lugar que tenha a ver com pintura aqui? Gostaria de ver um pouco da arte japonesa – ela levantou sua cabeça e olhou para mim me tirando de meus pensamentos

– T-tem sim! Isso é uma exposição cultural! – fui grosso e continuei a andar

– Olhe... – ela segurou minha camisa me impedindo de continuar

– O que foi?

– Se você quer fazer eu me arrepender do beijo você não vai conseguir, eu gostei e sei que você gostou também! Você é apenas três anos mais velho que eu

– Marina pare com isso... Essa história vai acabar prejudicando nós dois, não importa a diferença de idade, porque eu continuo sendo seu professor e você minha aluna – eu a interrompi antes que ela continuasse com aquilo e me fizesse sofrer mais, sofrer por não puder dizer que eu gostava dela

– Não me interrompa, eu não terminei de falar e não importa o que você diga eu vou falar o que eu planejei falar desde quinta!

– Marina...

– Cala a boca e me deixa falar – podia ver que ela estava nervosa e ia chorar a qualquer momento – Eu não sei que provavelmente você não sente o mesmo por mim, mas desde aquele beijo eu tive certeza de que eu o amo – eu não podia acreditar no que estava ouvindo... ELA ME AMAVA? ME AMAVA! E eu não podia ignorar isso – Eu não queria ter que desistir antes que você soubesse disso

– Eu posso tá fazendo a maior merda da minha vida

– O...

Antes que ela pudesse continuar eu a beijei, não de uma maneira tão selvagem quanto a primeira, porque estávamos em público. Dessa vez era um beijo calmo e carinhoso, eu a puxava cada vez mais para perto de mim como se nós nunca fossemos ficar suficientemente perto, nossas línguas trabalhavam em perfeita harmonia, ela me beijava com a mesma urgência que eu. Até eu me soltei e disse

– Não sei até onde isso vai nos levar, mas espero que você esteja preparada! A gente vai ter que esconder isso por um tempo

– Por você eu to prepara pra tudo! – ela abriu aquele sorriso que eu estava com tanta saudade e saímos andando pela exposição

P.O.V DC

Ainda estava me decidindo se topar fazer uma dupla com a Mônica tinha sido algo bom. Ela andava estranha há dias e não tinha falado uma palavra sobre mim e a Carmem, o que era incomum. Não que eu estivesse com a Carmem para provocar a Mô ou tentar esquecê-la. Eu estava com a Carmem, porque eu a achava legal ao contrário da maioria das pessoas, ela podia ser um pouco vazia às vezes, mas quando eu estava com ela eu ria bastante das suas manias frescas e ela parecia nem se importar. Olhei para a Mônica que estava um pouco a minha frente, prestei atenção em cada movimento dela, no balançar dos cabelos e no sorriso que ela me dava quando virava para observar se eu ainda a seguia. Não podia negar que apesar de estar gostando de ficar com a Carmem era a Mônica que fazia meu coração bater mais forte. Sempre tinha sido ela a dona desse coração nada normal, mas do jeito que as coisas andavam eu não tinha certeza se a situação continuaria assim. Eu tinha que decidir logo o que eu queria, não podia ficar fazendo isso com a Carmem, não era correto! A maioria dos garotos ficaria com a Carmem apesar de gostar de outra, afinal a Carmem era bonita, desejada e rica, mas eu não era assim e nem via a Carmem como um objeto para a exposição. Olhei novamente para a Mônica que agora me encarava

– O que você tanto pensa?

– Nada Mô, na vida só isso

– Ok então – ela sorriu o que me fez sorrir também

– Ei, eu tava vendo na programação e vai ter uma peça teatral em uma das tendas, falando de Akai Ito

– É verdade, mas pela hora já deve ter acabado

– Posso te fazer uma pergunta?

– Não

– Hã?

– Quer dizer, sim! Eu era pior antigamente – eu ri

– O que é Akai Ito? – ela me fitava com aqueles olhos extremamente castanhos e que brilhavam como se ela fosse uma criança de seis anos que estivesse prestes a ganhar algum presente

– Akai Ito é um fio vermelho que liga uma pessoa a sua alma gêmea, ele é invisível aos olhos das pessoas normais. Há várias lendas que o envolve provavelmente a peça teatral era sobre uma delas

– Poxa, queria ter visto! Se isso for verdade... Você já pensou em quem seria a pessoa que está ligada a você?

– Não... – menti, se alguém tivesse que estar ligado a mim por esse fio eu queria muito que fosse a Mônica

– Com certeza a Carmem é que não é – ela resmungou, mas eu ainda pude escutar o que ela disse, mas me fingi de desentendido, não era o tipo de pessoa curiosa e nem queria fazer ela se sentir desconfortável – Você não quer ir à roda gigante?

– Não, já disse que vim pela exposição, não pelo parque

– Por favor... – ela fez um olhar pidão – Não custa nada

– Custa o esforço de ir até o parque

– Olha... Pensa bem a maioria das pessoas pensam que você vai fazer o contrário e não ir, então você tem que fazer o certo, porque ai você estaria contrariando o que a maioria pensa– ela falou tão rápido que eu quase não consegui entender

– Pensando por esse lado...

– Sem falar que aquela roda gigante tá tão velha e abandonada que eu acho que ninguém vai lá, por favor...

– Você venceu!!

– Eu sabia – ela piscou e mostrou a língua

Fomos em direção a roda gigante e como a Mônica disse ninguém estava indo ali, na realidade me surpreendia o fato de ainda deixarem alguém subir ali e o fato de aquele monte de lata velha ainda estar de pé

– Isso até parece que vai quebrar

– Deixa de frescura DC! Vamos logo – ela falou subindo na roda gigante que começou a girar

– Tá vendo como a vista do topo é linda? – assim que ela falou isso a roda gigante parou – O QUE HOUVE?

– Acho que ela está funcionando perfeitamente bem – eu falei calmo

– Então quer dizer que quebrou! NÃO PODE, EU TENHO MEDO DE ALTURA! – ela estava tão desesperada que chegava a ser engraçado – E nem adianta vir me dizer “Eu te avisei”

– Eu não ia fazer isso

– Nem me pede pra eu ficar calma!

– Eu também não ia fazer isso – eu a abracei e encostei sua cabeça no meu peito para que ela ficasse mais calma – Era isso que eu ia fazer!

– O-obrigada – ela aninhou sua cabeça na minha

– Parece que vamos ter um bom tempo juntos – eu alisava seus cabelos enquanto a brisa os bagunçava

– Bom tempo... Péssimo tempo você quer dizer – ela me apertou forte

Passamos alguns minutos assim, os únicos barulhos que escutavamos eram os das nossas respirações e do vento forte, até que ela se acalmou e disse

– Você acha que ainda vai demorar muito?

– Não

– Não de não ou não de sim

– Não de não – eu sorri para ela e mexi nos seus cabelos

– DC... – ela enfiou o rosto no meu peito

– O que foi?

– Por que a Carmem?

– Como assim?

– Por que você a escolheu? – minha cabeça estava confusa, não conseguia responder – Eu sei que ela é bonita, rica, popular...

– Não é por nada disso, a Carmem não é um objeto para exposição, jamais faria isso com ela ou qualquer outra.

– Então você gosta dela?

– Não sei...

– DC estou feliz de estar presa nessa roda gigante com você – era estranho ver uma Mônica tão frágil,

– Também estou feliz de estar preso aqui com você – nós dois rimos

– Obrigada por estar sempre comigo e desculpe pelas coisas que eu falei pra você quando estava com raiva

Antes que ela pudesse responder a roda gigante começou a girar, pudemos descer dali depois de muitas desculpas por parte da organização do parque. Durante o resto da exposição nós nos divertimos muito, a Mônica me convenceu a andar pelo parque até a hora de todos nós irmos quando encontramos os outros que pareciam muito felizes

– Pelo visto vocês gostaram não é? – a Mônica falou

– SIM – todos responderam

– O Nimbus ganhou um bichinho de pelúcia pra mim no tiro ao alvo. Olha só – a Magali balançava aquilo como se fosse um trofeu – E você DC o que fez?

– Fiquei preso com a Mônica na roda gigante

– Ele tá exagerando, só foram alguns minutos e foi até legal

– Imagino

– Vamos? – o Franja apontava para van que tinha chegado para nos buscar

A viagem de volta foi tranquila e silenciosa, todos pegaram no sono, mas eu não. Minha cabeça estava muito cheia para eu conseguir dormir, por um lado eu pensava no meu sentimento pela Mônica e por outro no quanto eu magoaria a Carmem e no quanto ela me fazia sentir bem. Fechei meus olhos na esperança da minha mente levar para longe todas aquelas dúvidas, mas foi em vão. Tinha certeza que quando chegasse em casa teria que tomar um bom banho e resolver o que faria da minha vida.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram da narração do Franja e do DC? Eu particularmente adoro quando o DC narra, mas é complicado fazer ele de narrador, porque o mundo dele é complicado! kkkkkk
Estão gostando dos romances da fanfic?

Deixem as suas opiniões nos comentários e espero que tenham gostado!