Dividida escrita por Magna


Capítulo 11
Meu Querido Professor


Notas iniciais do capítulo

Neste capítulo nós vamos ter uma Marina não tão santinha, espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/442664/chapter/11

P.O.V MARINA

Meu despertador tocou as 6h00min como todos os dias, mas hoje me recusei a levantar. Minha cama estava tentadora e confortável e eu não conseguia parar de pensar no fato de que talvez fosse hoje que ele me visse como mais que uma aluna. Só que ele ainda não tinha desmarcado a nossa visita semanal ao museu... E se ele não fosse a “exposição”? Minha mãe entrou em meu quarto me tirando de meus pensamentos

– Querida, ande logo, desse jeito você vai se atrasar – olhei para ela, continuava uma mulher bonita apesar da idade, tinha cabelos longos e parecidos com os meus só que pretos e muito controlados

– Ah mãe, hoje não! Estou sem cabeça para aula – falei resmungando e enfiando minha cabeça no travesseiro

– Eu queria que tudo na vida fosse do jeito que queremos, mas não é, então vá se arrumar – ela falou com uma voz compreensiva

– Você venceu mamãe. Mas antes me conta a sua história com o papai?

– Espertinha, você sabe que eu não resisto quando você pede para eu contar essa história. Bom... Ele era meu professor de desenho na faculdade, 10 anos mais velhos do que eu e desde a primeira vez que o vi, eu notei que ele era diferente de todos os outros, então a primeira oportunidade que eu tive de passar mais tempo com ele eu agarrei como se aquele fosse minha única chance de ser feliz. Arrumei um jeito de ele me dar aulas particulares e todas as sextas ele ia até minha casa para me ensinar, mas eu era muito tímida e não tinha coragem de revelar meus sentimentos. Um dia depois de escutar que ele tinha ficado noivo de outra garota eu me prometi que não deixaria ele se casar sem saber que eu o amava. Em uma sexta qualquer que ele foi me ensinar eu tomei coragem, o beijei e disse tudo que sentia. No dia seguinte ele acabou o noivado, 2 anos depois ele estava noivo de mim e anos depois ele me deu o melhor presente da minha vida: você!

– E ninguém falou nada? – ela me olhou como se eu tivesse 6 anos e ela tivesse me contando essa história pela primeira vez

– Ninguém sabia... Ele deixou de ensinar na faculdade, procurou emprego em outro lugar e depois disso foi que nós assumimos. Claro que muitas pessoas falaram, mas nós estavamos felizes e era isso que importava

– AI MÃE! Nunca vou me cansar de escutar essa história!

– Nem eu de te contar, mas ainda são 6h20min e vai para aula

– Ok mamãe – falei dessa vez realmente vencida

Levantei-me da cama, tomei uma ducha rápida e coloquei uma camisa, um short, uma jaqueta e um all star. Não tomei café, porque meu estõmago estava muito embrulhado para isso. Meu pai me levou para o colégio e assim que cheguei vi as meninas

– Oi Mari, nós pensamos que você não vinha hoje – era a Magali, doce como sempre

– Eu não queria, mas minha mãe me obrigou

– Preparada gatz? – era a Denise que estava com o Xaveco agarrado em sua cintura

– Oi Mari – Xaveco disse educadamente

– Oi casal! – falei mais entusiasmada - To sim Dê, mas vê se não sai espalhando pra todo mundo o que eu vou fazer hoje à tarde.

O sinal tocou e fomos para a sala, mas como eu esperava não consegui prestar atenção no que os professores falavam e as horas demoravam a passar até que finalmente deu a hora do intervalo. Acompanhei as meninas até o pátio e lá nos encontramos com os meninos, mas depois de alguns minutos eu vi o professor Franja me chamando de longe. Torci para que as meninas não falassem nenhuma besteira e fui até lá.

– Olá professor – falei envergonhada

– Oi Marina e pode me chamar de Franja – ele sorriu, como eu adorava aquele sorriso – Eu queri falar para você que não vou poder ir ao museu hoje

– Aconteceu algo?

– Não Mari, é que eu recebi o convite pra uma exposição de arte hoje a tarde e eu vou. É bom que você tem a quinta livre não é? – ISSO, ELE IA!

– C-c-laro que sim! Obrigada professor – falei e dei as costas, estava indo tudo como o planejado

Voltei animada e fui direto contar a noticia para as meninas

– Gente, ele vai!

– Sério? – todas perguntaram surpresas

– Sim, sim e sim! Mas eu não sei o que vestir, tô tão nervosa!

– É pra isso que existe a Denise aqui. Vamos pra sua casa depois da aula, a exposição fake é de quatro da tarde, dá tempo de sobra

– Ok!

O resto do dia passou rápido para o meu desespero, já que a cada hora que passava eu ficava mais nervosa. Esperei as meninas arrumarem suas coisas e fomos todas para minha casa, chegando lá, almoçamos, eu tomei banho e damos inicio aos trabalhos. O mais difícil foi escolher uma roupa, já que eu tinha que parecer casual, então escolhi uma roupa normal e velha que eu sempre usava para pintar, uma short jeans e uma blusa vermelha, depois disso a Denise ajudou a controlar meus cabelos cacheados, deixando-os levemente ondulados. Quando acabamos eram três horas da tarde, então resolvi me despedir das meninas e ir para a o estúdio. Assim que cheguei entrei e fechei a porta esperando ele aparecer, fiquei esperando até 16:30 e nada dele, quando já tinha perdido as esperanças a campainha tocou, fui lá atender e era ele.

– Professor? – falei fazendo minha melhor cara de surpresa

– Marina? – ele me parecia muito surpreso – E eu já disse que você pode me chamar de Franja. Isso foi algum tipo de pegadinha sua?

– C-c-c-laro que não professor! Isso deve ter sido algum aluno idiota querendo fazer uma brincadeira de mau gosto – eu devia ganhar o oscar de melhor atriz

– Deve ser isso mesmo... Bom, vou indo, desculpa por incomodar

– Não, não, não! Você veio pra ver quadros não foi? Então... Não sei se os meus são merecedores de uma exposição, mas espero que você goste. Entra

– Já estou aqui mesmo – ele falou e entrou – SÃO LINDOS MARI! Não sabia que você tinha esse talento

– Tem tantas coisas sobre mim que você não sabe... – falei baixinho

– O que?

– Eu não disse nada... Já que você gostou tanto, eu posso te ensinar algumas coisas

– Sério? Eu ia adorar – ele tirava o casaco e agora ficava apenas com uma camisa branca e uma calça jeans

– Sério. Olha só... – eu peguei a mão dele e comecei a guiar os movimentos do pincel pela tela e para minha surpresa ele não fez nada pra me impedir e ele parecia gostar. Passamos horas assim até que...

– Você é ótima nisso Mari, mas não quero perder minha parceira de idas ao museu – ele tava flertando comigo?

– As quintas são sempre suas – resolvi entrar no jogo

– Ainda bem – ele falou sorrindo – Acho que está um pouco tarde... Eu vou indo

Droga, eu não podia perder minha oportunidade, então me lembrei da história da minha mãe, de toda a coragem que ela tinha tido de beijar o seu professor de desenho que agora era meu pai e fiz o mesmo. Sim, eu beijei meu professor! Encostei meus lábios nos seus e para minha surpresa ele não me afastou e nem pareceu se incomodar, ao contrário disso, ele retribuiu o beijo de maneira feroz e ansiosa. Nossas bocas trabalhavam em perfeita harmonia, minha mão apertava com vontade sua nuca enquanto as suas passeavam pelas minhas costas e quando eu achei que ele parar de me beijar, ele me suspendeu me colocando sentada em uma pia que tinha ali perto e agora sua boca descia para meu pescoço o que me fazia soltar leves gemidos de prazer, quando eu ia me preparar para tirar sua camisa ele recobrou a consicência

– D-d-esculpe, eu não podia, eu sou seu professor!

– Não Franja, a culpa foi minha, eu que te beijei

– Mas eu gostei, eu retribui! Eu vou embora!

Ele pegou suas coisas e saiu dali como um furacão, mas pra minha surpresa eu nem liguei, ele tinha retribuído meu beijo e gostado, hoje nada ia estragar o que aconteceu. Esperei alguns minutos e fui embora também, estava feliz andando pela rua quando de longe avisto o babaca do DC, era hoje que eu ia tirar essa história dele com a Carmem a limpo

– Ei primo! – eu gritei

– Oi Mari – ele falou olhando para mim

– Me acompanha até em casa?

– Sério? Sua casa é na direção contrária a minha e ainda tá cedo

– A maioria dos meninos adoraria acompanhar uma menina bonita até em casa

– Você disse bem a maioria... Mas eles não são Do Contra

– Para de falar besteira e me acompanha logo que eu tenho que conversar com você

– Ok né, feiosa

– Obrigada por dizer que eu sou linda – falei irritando-o

– O que você quer saber?

– Que história é essa de você e a Carmem se pegando todos os dias no colégio?

– Você tá com ciume priminha?

– Claro que não, mas é estranho, você nunca teve interesse nela, porque todo mundo tem!

– É, mas todo mundo sempre esperava que eu ficasse correndo atrás da Mônica e eu fiz justamente o contrário

– Pensando por esse lado...

– Além de que, a Carmem é legal apesar de tudo

– Espero mesmo que você esteja sendo do contra agora – ele riu

– Talvez a gente até namore

– Ninguém espera isso DC, vocês não têm nada a ver! Você já se imaginou indo com ela no SPA nos fins de semana? Você não ia suportar, nenhum cara ia!

– Justamente, ninguém espera que a gente namore, ninguém espera que eu goste dela! E é isso que me faz querer cada vez mais contrariar as pessoas! E quanto ao SPA eu podia começar a gostar disso

– Sério DC?

– Sério e nós chegamos a sua casa, então você pode parar de me encher o saco.

Despedi-me dele e entrei em casa apenas pensando em como a Mônica ia ficar quando soubesse disso. Amanhã seria um dia longo não só pra mim que teria aula do Franja, mas também para a Mônica que ia saber dos planos do meu primo que eu esperava do fundo do meu coração que não fossem verdade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem, mas que djiabo! O capítulo passado só duas pessoas comentaram, fiquei triste kkkkkkkkkkk

Aaaaaah e será que esse papo do DC é verdade? Vai saber né...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dividida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.