Antologia escrita por Lady Babel


Capítulo 5
Música de Trabalho - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Genteeeeeem, estoy aqui!

Demorei a vida pra postar sa merda, mas vamos todos ignorar isso, nos abraçarmos e sermos felizes. Minha vida anda muito badalada, cof cof, abafa.

O capítulo 5 seria ainda maior que, mas faltam duas cenas pra terminar, e eu já demorei quase dois meses pra atualizar. Queria logo soltar esse filhinho aqui no mundo. É um dos meus capítulos preferidos até agora. A segunda parte será postada em tempo indefinido, como sempre, então vamos rezar pra sair logo saporrinha.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: meu objetivo com Antologia sempre foi ir mais fundo ainda com Fabine, descobrindo detalhes do relacionamento deles que a novela não pode mostrar, mas sem afastar-se muito do roteiro original. Como todo mundo já deve saber, eu não gosto do jeito que a mudança da Giane foi retratada. Ela ficou confiante demais rápido demais. Tornou-se mais 'mulherzinha' que qualquer outra da história e nunca mais suas inseguranças muito interessantes voltaram a fazer uma aparição. Por isso, esse capítulo 5, ambas partes incluídas, busca desconstruir um pouco a Giane, evidenciando suas inseguranças, sua inexperiência, etc. É tudo bem sutil, até porque ela se esforça pra esconder, mas creio que será um olhar interessante para todos.

BESOS Y QUESOS.



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Mas o que eu tenho
É só um emprego
E um salário miserável
Eu tenho o meu ofício
Que me cansa de verdade

E quando chega o fim do dia
Eu só penso em descansar
E voltar pra casa, pros teus braços

Quem sabe esquecer um pouco
De todo o meu cansaço
Nossa vida não é boa
E nem podemos reclamar.
Legião Urbana - Música de Trabalho

***

Giane alegou que eu estava a brincar de "vaca amarela" — seja lá o que tal coisa signifique —, mas, obviamente, estava errada. Posso citar uma série de instantes em que fui eu o salvador daquele patético dia de trabalho. Não acredita, estúpido leitor? Verifique com as próprias retinas que Deus lhe deu, vá!

–--

8:40h

"Eu odeio isso." Mais umas gotículas, senão cachoeiras, derramadas sobre uma flor-de-maio. Engraçado, esta parecia um tanto melada caso comparada a seu estado anterior. Analisei-lhe o aspecto e concluí que era uma planta ridícula, assim como aquela floricultura era ridícula, assim como aquele bairro inteiro era ridículo, e, por fim... "Caralho, eu realmente odeio isso!'

Ouvi um ser humano - adivinhe qual! - bufar ao longe.

"Você nunca vai parar de resmungar, cara?"

Distribuir sermões quando sentada a um balcão podia ser muito fácil, de certo! Não me prestei ao serviço nem de encará-la. "Quando você pagar meu salário, talvez."

Veja, agora sim a flor-de-maio estava devidamente afogada! Já que eu teria de comportar-me como um cidadão respeitável, não podia haver mal em descontar na pobre plantinha...

"Fabinho, para de assassinar a flor-de-maio."

Demais... para... mim!

"Filha da puta," murmurei, prosseguindo a praticar táticas de homicídio com o vegetal mais próximo. Exceto que Giane aparentemente ouvira o rumor de minha voz pouco casta! Quase terminei por espirrar nela um tanto de água, visto que, em um segundo, o espaço frente a mim permanecia vazio, e no seguinte, já fora ocupado por aquela mulher maldita - ou bendita, cabe à avaliação. Tinha as mãos nos quadris, uma figura tão estereotipicamente materna que quase pedi para meter-me nas fraldas de vez.

"O que você disse?"

Eu disse filha da... "Banheiro."

Brilhante, não? Não posso ser culpado. A última vez que eu a provocara naquela mesma floricultura, acabara com o saco quase desprendido do corpo.

Giane, evidentemente, não acreditou em mim. Quem acreditaria? Ninguém seria tolo a tal ponto.

"Mas você já tá com vontade de mijar?! Começamos a trabalhar faz meia hora!"

"A não ser que você arrume um jeito de mandar até nos meus rins, acho que vai ter de ser agora mesmo."

Não sem dirigir-me uma mirada das mais glaciais, ela respondeu:

"Tem o banheiro da minha casa."

Pisquei.

"Como assim? Aqui não tem um banheiro?"

Diante da incredulidade impressa em cada letra, Giane balançou a cabeça de lado a lado. "O que fazer com esta alma?", há de ter pensado!

"Por que um banheiro aqui se a casa do Bento fica colada na Acácia? Só que ele tá viajando agora, então..."

Mentalidade de pobre. Apenas tenho isto a comentar.

Envolto em minha mentira, fiquei a andar na rua até que transcorresse uma medida razoável de tempo para que pudesse voltar. Maravilha! Em um dia, incendiário foragido; em outro, fingindo estar sentado na privada enquanto ninguém olhava.

Por motivos tais, tens de concordar, minha voz tornou-se uma commodity preciosa durante aquelas horas de servidão.

–--

Um pobre trabalhador realmente ouve toda sorte de coisas a seu respeito durante o expediente. "O Fabinho é o último cara que eu me interessaria." Entendido, querida!

–--

11:20h

"Me conte um pouco sobre seu gosto para homens.” disse eu com a mais inocente das expressões, como que perguntasse sobre uma cor favorita, por exemplo. “Primeiro o Bento, agora esse Caio. Pelo menos ele é rico. E o pai é velho."

Giane, ainda concentrada em reposicionar um dos vasos cobiçados pela última cliente, estalou a cabeça em minha direção - estalou mesmo; eu ouvi o barulho.

"Isso aqui é trabalho, Fabinho, não uma coluna da Capricho." E com isto me deu as costas e foi guardar o vaso no estoque. Ainda assim, deixou-se levar pelo assunto, pois sua voz logo tornou a soar. "E o que uma coisa tem a ver com a outra, posso saber?"

Tomado de repentina inspiração, fui-me esgueirando até aquela portinha dos fundos. Uma hora, ela haveria de sair, e então...

"Ah!" exclamou quando encontrou ninguém menos que eu, Fábio Queiroz, em vez da saída desimpedida a qual esperava. Porém, já era tarde demais; acabou se chocando contra meu peito. "Cretino!" Estapeou-me bem ali, no peitoral. De novo. E de novo! Em algum ponto, eu já quase dobrara os joelhos de tanto rir, e ela apenas não me acompanhou por teimosia, pois vi que estufava uma ou duas risadinhas. "Você é um idiota, sabia disso?"

"Que absurdo! Vai me dizer que não gosta do material?" Falseei um striptease do avental, desatando o nó do pescoço com a finesse de um homem acostumado a tirar várias outras roupas. Sem aviso, deslizei o tecido pelos mesmos trechos onde Giane tocara. Já que a citei... Bem, ela acompanha o movimento da peça com olhos esbugalhados, mas pouco fazia para impedir-me; isto é, até o momento em que me aproximei de regiões em demasia perigosas para uma moça decente. Portanto, deu-me o empurrão definitivo e com o vento se foi.

Prestei uma olhadela e... Lá estava! Anotando no livro caixa de novo. Pelo amor, o que tanto havia para escrever ali? Rondei a cena do crime com o nariz empinado no ar. Não sei se por minha postura pomposa ao cercear o balcão ou pela cena que acabara - ou quase acabara - de transcorrer, o rosto de Giane avermelhou-se sob os cabelos. Curioso, não? Para uma pessoa supostamente vazia de vergonhas, aquela maloqueira corava bastante.

Ela continuou a prestar atenção exclusiva às páginas do caderno. Como se isto fosse me impedir de provocá-la, claro! Estufando o peito, comecei a recobri-lo com o avental antes despido. Isto atraiu o foco de Giane, quem ergueu a cabeça um tanto, um tantinho somente, mas bastante para que eu percebesse.

"Pensa, Giane." Levei um indicador à cabeça, uma tentativa de transformar o verbo ‘pensar’ em maneirismos. Confusa com a frase aparentemente solta, ela parou imediatamente de escrever. "Daqui a pouco o velho tem, sei lá, um infarto e a grana fica toda pro filho."

Ela me acertou um tapa estalado no braço, mas já era tarde demais: um sorriso mal disfarçado podia ser encontrado nos lábios de Giane. Talvez para ocultar este detalhe, ela foi ter com as plantas defronte à janela. Estava lá a podar galhos extras com um alicate grande demais para suas mãos, as quais eu percebera ser um tanto pequenas para a força com que desferia socos.

"Como é que o assunto foi do meu 'gosto para homens' pra morte do pai do meu ex-namorado?" falou em tom descontraído.

Uns quatro passos e minha boca fizera espaço no ar perto do pescoço dela, ar este que logo foi preenchido por som.

"Você é muito inocente pra perceber." Desperta à minha proximidade, girou nas canelas para encarar-me nos olhos. "Quem vai te ensinar isso é a vida."

Ela ergueu as sobrancelhas. O sorrisinho não fora embora.

"E já que você quer tanto falar sobre isso...” Puxei-lhe a alça do avental em deboche. “Que homem faz o seu tipo, Giane de Souza?"

Pausa. Um segundo. Dois segundos. Três segun-

"Eu não vou responder isso!" quase gritou, articulando cada palavra como que eu perguntasse algo de cunho extremamente pessoal. Pense em primeira menstruação, primeiro beijo, primeira transa, tais coisas; então, parecia que eu tocara em algum desses pontos “proibidos”, ao menos para esse ser humano complicado que era Giane. Tornei à noite anterior, quando eu imaginara que ela se desenvolvera o suficiente para inspirar medo em um homem. Ah, risque tudo isto! Talvez ela ainda era a garota estranha e avulsa a quem eu odiara na infância – e ainda odiava um tanto, se quer saber.

Feito o descarado que eu sempre fora, ignorei seu desconforto e ri com maldade. "E por que não?"

"Po-porque... Porque eu não tô te pagando pra falar da minha vida amorosa!"

Quase respondi que ela não estava me pagando para nada, mas seria uma resposta óbvia, e de respostas óbvias o mundo estava cheio. O silêncio haveria de ser a arma de um vitorioso. Quando Giane fugiu para o resguardo do balcão, possivelmente esperando que posicionar-se atrás dele seria suficiente para fazer-me desistir, apenas mantive-me em seu encalço, sem mais dizeres.

"Sabe, não é nada demais,” comentei enfim, já ancorado à madeira do móvel. “Por exemplo: eu gosto de loiras."

Ela sacudiu a cabeça. "Por que será que não estou surpresa por você preferir loiras?" foi o que disse a maloqueira!

Deu um sorrisinho maldoso e me inclinei sobre o balcão.

A ponta de minha língua encontrou os lábios, lambendo-os em antecipação à provocação prestes a ser feita.

"O que você prefere, hein? Morenos, aposto." Dei uma piscadela não tão discreta.

Dividida entre rir e tossir, o som emitido por Giane foi, na verdade, uma mistura indistinta de ambos. "Não me diga. E você percebeu isso como? Pelo jeito que eu fiquei ba-ban-do pelo seu strip?"

Dei um largo sorriso, a despeito de muito claramente estar sendo debochado.

“Foi assim mesmo, Anitta.” Levei mais um tapinha no braço. Eu já perdera a conta de quantas vezes isto acontecera nessa única manhã.

Após matutar consigo um instante ou dois, Giane pareceu ter-se munido de ímpeto. Esfregou as mãos a fim de preparar-se. "Você quer mesmo saber?" Fiz um sim dos mais exagerados, inclusive erguendo as mãos ao céu como que em agradecimento ao plano celestial. Ela iniciou ainda um pouco hesitante: "Eu gosto de homens com caráter, você sabe o que é isso?"

Assenti. "Me lembro vagamente de ter ouvido por aí."

"Humildade também. Essa você não conhece."

Gargalhei. "Ainda bem que você sabe disso."

"E altruísmo!"

Ergui uma mão como que apontasse uma arma à cabeça, pronta para disparar uma bala e tudo finalizar. Não obstante, logo me abaixei o suficiente para falsear um cochilo sobre o balcão.

"Eu tô dormindo aqui com essa sua descrição de homem ideal." Agora mais solta, Giane tratou de puxar-me; aos risos, agarrava-me pela jaqueta, tentando me levantar da debochada pose. Quando ela conseguiu tal feito, olhei-a de esguelha e falei com voz subitamente manhosa. "Não é à toa que você é apaixonada pelo Bento."

"Puta que pariu, garoto!" Esmurrou a bancada. "Eu já falei que..."

"É de se surpreender," cortei-a por mera diversão "que uma mulher de 20 anos não diga que quer um cara gostoso, com pegada e com 20 centímetros de..."

"Fabinho!" ela guinchou. Tapou a boca, não sem antes permitir que uma risada assustada dela escapasse. Deus no qual não acredito, quão pudica foi essa reação! “Você sabia que a vida não se resume a... a trepar?!”

Algo na forma como se ouviu uma palavra dessas, tão rude, tão crua, saída dos lábios de Giane... Corri uma mão pelos cabelos.

"Você tem razão. Vamos combinar assim: metade da vida é dinheiro. A outra metade sim se resume a trepar."

Não sei se foram a obscenidade em si ou o fato de fitá-la enquanto proferia tal coisa, mas Giane ruborizou toda.

"Você não tem trabalho pra fazer não?" E deu as costas, metendo-se na salinha dos fundos novamente.

Talvez — com certeza! — Giane não era tão desenvolta quanto se poderia pensar.

–--

12:10h

“Onde nós vamos almoçar?”

“Na minha casa, óbvio,” veio Giane ter comigo, as palavras sempre muito certeiras, de uma qualidade que não deixava dúvidas: ela me arrastaria para onde bem entendesse. Garantiu que eu estava apresentável, sem pequenos galhos ou folhas restantes do ofício. Por um momento, encarou meu cabelo - ah, ele devia estar feito ninho de pássaro! -, mas há de tê-lo considerado um caso perdido, pois desviou-se para outro afazer: tirar o avental. “Onde mais poderia ser?”

O quê? Ah, sim, o almoço. Onde? Busquei com certa esperança a visão dos estabelecimentos gastronômicos que apinhavam a rua oposta. Será que ofereciam torta de limão na sobremesa? Agora sim algo a se pensar...

Exceto que eu tinha de ajudar a fechar a loja, e lá estava eu pensando em torta de limão! Eu podia ficar mais imbecil que isto? Talvez, pois logo denunciei por onde meus pensamentos corriam. “Sei lá. Em um restaurante?” E como a resposta soara sonhadora demais, tratei de dar de ombros por efeito. Homens de verdade não falavam desse jeito!

Livre do avental, Giane atirou-o sobre o balcão. Não sem antes rir. Rir de mim, veja.

“Claro. A não ser que você queira comer em um podrão.”

Desejei pensar que este era um prospecto até delicioso para quem já comera de uma lata de lixo. No entanto, pensei mesmo é que ela ficava bem mais interessante sem o avental. Ela: Giane, eu queria dizer. Na verdade, eu não queria dizer nada. Risque esse parágrafo inteiro. Mulheres deveriam ser proibidas de expor o corpo, apenas por compaixão à sanidade masculina. Ou não. É, melhor não.

Err... Pigarreei. “Não, obrigada.”

Ela deu um largo sorriso.

“Foi o que eu pensei.”

A saída. Cadê a saída? Sim, era isto que eu devia fazer: dirigir-me à saída. Movi minhas pernas de um modo que não parecia nem andar, tampouco correr. Se minhas pernas não eram gigantescas, também não eram curtíssimas, e... Cacete! Eu estava no inferno ou o quê?! O bafo quente da rua chocou-se contra meu corpo, e tive a impressão de que até a raiz de meu cabelo estava a derreter! Não havia dúvidas: aquele bairro era o experimento do diabo na Terra.

"Meu Deus, que calor!" Giane exclamou enquanto trancava a porta da floricultura. Ignorei-a. Estava eu lá em fase tão decadente da existência a ponto de conversar sobre meteorologia, tal qual um velho? Não, ainda me restava o sumo da dignidade. Ao menos, era assim que eu gostava de pensar. Se nem nisto eu acreditasse, seria mais fácil esmurrar a cabeça na parede de uma vez.

Andamos uns passos em silêncio. Giane fazia questão de manter-se a meu lado, talvez para que eu não me pusesse a correr com aquela perna inútil; ou para analisar-me! Por que essa última hipótese me parecia muito mais verídica? Era porque ela não parava de me encarar? Bem, conclui que enquanto ela olhava minha cara, eu não podia olhar outras coisas, se é que o leitor pode compreender.

"Esse sol não tá te incomodando?" ela perguntou, e seria aquele um quê de preocupação o qual nem tentara disfarçar? Excelente: Giane pensando no meu conforto e eu inventando desculpas para não espiar a bunda dela! Argh, eu era mesmo um bicho!

Desfiz a possibilidade que Giane levantara com um aceno meticulosamente casual da mão.

"Eu vou sobreviver." Quase completei com um "espero que sim", visto que eu já começara a ficar um pouco tonto. Não seria vergonhoso se eu desmaiasse ali, no meio da rua?! Pior: nos braços de Giane! Engoli em seco. "Eu tô ótimo." Minha voz falhou na última sílaba. Patético, não

E ela ainda estava me encarando. E então não estava mais. Foi um desses acontecimentos minúsculos que correm em câmera lenta, como descrevem nos livros. Um grito. Uma sombra. Quando dei por mim, segurava Giane pelos braços. E então pela cintura. Foi com a melhor das intenções, na verdade, com o melhor dos reflexos! Uma reação puramente biológica, sem qualquer tipo de satisfação pervertida! Tente salvar uma criatura que prendeu o salto em um buraco no chão e diga-me se é possível fazê-lo puxando-a, digamos, pelos ombros. Não funcionaria, certo? Certo.

"Cuidado, Giane." Segurei-a. Por um instante, sua lateral esteve grudada à minha. Ela parecia tão frágil, e... mole. E se ela passasse mal? E se ela torcera o pé? Eu estaria fodido em qualquer uma dessas possibilidades, deixe-me dizer! "Você tá bem? Consegue andar?" Havia uma pontada de desespero que eu esperava passar despercebida.

"Acho... acho que sim." Arrastou-se à parede mais próxima, dobrando a perna para verificar-lhe o aspecto. Eu, como homem prestativo, ajudei no processo de observação. Deixe-me ver: era branca; lisinha; meio fina, meio carnuda... "Acho que estou querendo ficar igual a você," Giane disse com uma voz meiga. Doce, até... Lambi os lábios.

"Hã?" falei distraído, finalmente erguendo o olhar.

Ah, não! Ela percebera! Piscou várias vezes e logo se afastou da parede, mais vermelha do que eu jamais a vira. "A minha perna," respondeu, sem fitar em minha direção. "Igual à sua."

Perna. Perna! Por que ela tinha de me lembrar de minha pequena heresia?! "Legal." Muito legal, na verdade. Mais que legal, e...

"Anda logo," Giane ordenou, e partiu com velocidade tremenda para alguém que se machucara poucos minutos antes.


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Notas finais do capítulo

Cada review é um quilograma que a Isabelle ganha. Ajudem a moça!



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