Diário de um Filho de Afrodite Sem Noção escrita por Leo Chase BrE


Capítulo 1
Novo sistema anti-cola?


Notas iniciais do capítulo

Nem sei o q falar! Leia e me conte depois. Boa leitura :)



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“Vocês quatro são semideuses, sigam-me, os levarei para um lugar mais seguro”. Disse desesperadamente o homem de pernas tortas. Todos os meus colegas saíram correndo e gritando da sala e mesmo quando a poeira baixou e eu conseguindo ver o que tinha causado o estrago, o pânico não me deixava descrevê-lo.

–ooo-

Você não está entendendo o que aconteceu? Se sim, parabéns! Vá trabalhar na esquina como adivinho! E se não... Um minuto, o que você pensa em estar lendo este diário?

Eu não me lembro de ter te autorizado, não autorizei meu melhor amigo, Ollie, e se ele não pode ver isso, acho que nem o presidente poderia. Com certeza eu coloquei um aviso na capa, não foi?

Haha, como eu sou engraçado. Adoro fingir ser um detetive, mas um detetive gatinho, quem iria querer ficar olhado para alguém feio por mais de um segundo? Eu confesso, é pior que ter as sobrancelhas despenteadas!

Já pode pegar seu baldinho de pipoca, não, não, pipoca engorda! Pegue uma maçã que eu irei começar a história onde eu sou a estrela, ou não.

–ooo-

Mais uma vez, você deve estar se perguntando, quem é esse retardado? Eu te digo! Eu sou eu! Feliz? Haha! Eu sou Arthus Butler, moro em Nova Jersey-NY, com meu pai, em um apartamento, digamos, confortável, afinal, meu pai é um modelo corporal famoso, Paul Butler. Antes de me ter, ele estava começando nessa área de ser modelo, agora ele já é o dono da própria empresa a PB-X.

Da minha mãe eu não sei de nada. Acho que ela fugiu um pouco depois de eu ter nascido. Já tentei procurar sobre ela, mas meu pai tem uma mulher a cada três dias. A lista de contatos femininos do Iphone dele é maior que o número de palavras que eu já escrevi na vida.

Ela deveria ser mais umazinha dessas que você encontra na esquina, se é que você me entende...

Minha vida se resumia a:

1)Ver/Ouvir meu pai traçar uma mulher depois de outra;

2)Postar fotos minhas no Instagram;

3)Ficar no Skype com meu amigo Ollie ouvindo as merdas que ele dizia;

4)Ver vídeos de mulheres interessantes fazendo coisas interessantes com outras mulheres interessantes;

5)Ir à escola;

6)Xavecar com os olhos a perfeita, Mirella Sugg, conto mais tarde.

7)Postar mais fotos minhas de no Instagram;

Mas tudo isso mudou quando eu tinha treze anos no meu último dia de aula no 7º ano.

–ooo-

♫ “HELP, I NEED SOMEBODY! … “♫

Bela música para começar o dia, né? Não! Nunca mais boto isto para toca de manhã. Meu Deus! Tente acordar com grito desses pra ver se você não se irrita também! Mas eu não posso ficar estressado, não quero meus cabelos caindo com apenas treze anos.

Bem, eu já estava estatelado no chão, então eu só tive que pegar meus óculos e ir me arrastando com minha cueca do Batman até a porta, só parando para passar a mão no cabelo no espelho que ocupava quase toda uma das paredes de meu quarto. Estava gato. Novidade?

Falando nos óculos, eu não tinha nada de errado na visão, mas ele dava um charmezinho, sabe? Ele é um daqueles New Wave Ray-Ban, preto e de grau, mas sem grau!

Ao passar pela sala, eu encontrei uma calcinha. Meu pai deveria ter “pagado” mais uma na noite passada. Nem me chamou. Um canalha...

Chegando à cozinha, tomei o resto da vitamina matinal de meu pai direto no liquidificador, e comi metade de uma torrada com geleia natural.

Estava absorto em um devaneio, quando ouvi passos descendo a escada.

— Bom dia pai. — disse eu, olhando para minha torrada. Então levantei a cabeça e apercebi que não era meu pai, mas a dona da calcinha que eu vira largada na sala. E devo te dizer, acho que a mulher não se importava em não ter nada escondendo suas “partes”, não esqueças as de cima também.

Não irei descrevê-la, porque eu não prestei atenção nela. CLARO! Aquelas coxas me tiraram a atenção e as... Ok. Acho melhor eu calar a minha boca. Se você for menina deve estar achando isso nojento, ou não. E se você for um cara, fique com água na boca. Pulando...

Então meu pai apareceu com seu roupão preto, sacou a carteira tirou uma quantia, tirou o roupão e de entregou para a mulher junto com o dinheiro. A mesma o vestiu, guardou o dinheiro que-você-não-quer-saber-onde, e se foi. Ah!, e para não achar que meu pai ficou nu na minha frente, ele estava com uma cueca do Superman. Coisa de família.

­— Fala aí filhão! — Meu pai se aproximou, quase pousando sua mão em minha cabeça para bagunçar meus cabelos, mas eu fui mais rápido e segurei a danadinha com força. Sua expressão era como se a coisa mais normal do mundo tivesse acabado de acontecer.

— Pai... — comecei, mas logo fui interrompido pelo mesmo.

— O que?! Tem alguma coisa no meu rosto?! — Ele exclamou como se eu tivesse matado a vovó. E mais rápido que um raio, meu pai pegou uma colher e com o reflexo da mesma inspecionou cada centímetro de seu rosto.

— Não é nada disso Pai! — disse eu, levantando e arrancando a colher de sua mão. Virei meu corpo e arremessei o objeto pela janela. ­— Larga de ser paranoico, pai! — Vi essa palavra na tevê.

— Ah, bom. — disse meu pai aliviado — Então...

Meu pai gesticulou as mãos de forma que eu prosseguisse.

Eu me remexi na cadeira, passei a mão no cabelo e mordi o meu lábio inferior. Levemente envergonhado e hesitante.

— É que...

— Desembucha! — exclamou meu pai com um pancada na mesa.

— Tá, hoje-eu-vou-dormir-na-casa-do-Ollie-então-eu-quero-que-você-me-dê-dinheiro, tudo bem? — Vomitei tudo o que tinha em mente. Uma pausa para respirar.

— Porra filho, sempre procurando problema onde não tem. — disse ele relaxando a expressão facial, que logo passou para o resto do corpo. Eu desviei o olhar enquanto ele tirava a carteira da cueca.

Logo ele levantou, rodeou a mesa e pousou um maço de notas de 10 dólares em meu peito nu.

— Hum, valeu pai — Apanhei a quantia e trotei para o banheiro. Já tinha aprontado a mala, que dizer mochila e preparado as minhas colas para a última prova de matemática do ano. EU TINHA QUE PASSAR DE ANO! Saí de casa e fui encontra com Ollie.

–ooo-

Sabe o que é pior que aula de História? Se você pensou mitologia, haha, isto nem chega perto de ter que acompanhar seu melhor amigo à loja de jardinagem.

— Cala tua boca projetil de marido da Barbie! É muito pior para eu acompanhar você no shopping, com seus: “Olha esse novo All Star!”. — Disse Ollie enquanto analisava uns pacotes de sementes quando percebeu minha expressão. Seus olhos não paravam quietos nem suas mãos.

Ollie Deyes, meu melhor amigo no mundo todo! Bem, o que falar dele? Ele tem hiperatividade. Ama o desenho Hora de Aventura, tanto que tem a mochila e lápis do desenho. Ele tem pele clara e cabelos castanhos, assim como os olhos e sempre tem um sorriso cheio de dentes para mostrar.

— Primeiramente — comecei eu, falsificando a minha atenção numas pás e regadores multicoloridos —, isso é um lugar maravilhoso. — menti e Ollie revirou os olhos — E segundamente, a Barbie se separou do Ken em 2004. — Ollie gargalhou.

— Ok, eu prometo que não irei demorar muito, já iremos para a escola, eu só queria ver se chegou uma nova... — Daí eu não sei descrever o que aconteceu. Os olhos de Ollie bateram em uma das várias prateleiras com mudas de plantas. Ele pegou um dos potes rapidamente, como se fosse ouro, mas mesmo assim delicadamente como se fosse um filhotinho.

— Bhut Jolokia? — Perguntei lendo a plaquinha que estava colada na frente desta prateleira.

— Também conhecida como Pimenta Fantasma — dava para perceber o brilho nos olhos quando ele falava —, é classificado como a pimenta mais picante do mundo! — Falava com orgulho.

— Papo de viado! — retruquei. — Pra mim, pimenta é tudo a mesma coisa! — Logo arranquei uma pimentinha do caule e sem nenhuma delicadeza, a espremi.

— Cara não!

Ele deu um tapa na minha mão, mas o frutos já estava totalmente desfeito. E você não acredita, por que ninguém avisou que pimenta ardia na pele? Pensei que era só na língua! Meu Deus! Este foi um dos piores momentos do dia! UM DOS!

— AI! Ai! AIIEEE! — minha mão estava praticamente em chamas! Estava vermelhíssima, e ardendo muito.

— Pera aê — Ollie passou a mochila da Hora de Aventura de suas costas para o chão na sua frente. Agachou-se, abriu a mochila puxando o zíper e começou a procurar algo. Segundos depois sacou um potinho de plástico que dentro tinha uma banana embalada em papel alumínio. Desembrulhou a banana e forrou a parte de dentro do pote com o papel metálico e logo descascou a banana e pousou a fruta dentro do pote e guardou tudo menos a casca de volta na mochila. Isso durou uns 7 segundos. Então ele pegou a casca e as posicionou nas palmas de minhas mãos e disse para mim as esfregar até virar uma pasta.

Ao poucos minha dor foi diminuindo. Parecia que ela foi transferida para a gosma amarelada que eu manuseava.

— Ollie, como você... — pasmo, tentei perguntar, mas fui interrompido.

— Não sei. Acho que... Intuição. — qualquer um que estivesse ali agora pensaria que Ollie estava mentindo, mas eu podia ver a verdade em sua expressão, também pasma. — ‘Bora, não quero atrasar!

Ele se virou em direção ao caixa, então uma mulher apareceu do nada! Ela tinha cabelos castanhos e trançados e uma expressão severa. Será que era a dona da loja? Mas ela não brigou conosco, ainda bem!

— Posso ajuda-lo? — Ela se dirigiu exclusiva e diretamente para Ollie, como se eu não existisse. Deveria ser coisa do meu olho, mas eu acho que ela irradiava luz, estranho...

— Sim, sim — disse Ollie rapidamente enquanto pegava um potinho novo — Eu quero comprar essa mudinha aqui.

Ela examinou o pote e disse:

— Pimenta Fantasma? Ótima escolha! — Ela deu um sorriso afetado e se dirigiu ao caixa. Quando nós chegamos lá Ollie começou procurar a carteira dentro da mochila e uma coisa estranha aconteceu, a moça tocou na plantinha e ela começou a irradiar uma luz verde e depois parou. Ollie não viu nada. Pagou e fomos.

–ooo-

Faltava menos de um quarteirão para alcançarmos a escola, quando eu avistei uma senhora que eu conhecia. Minha antiga empregada, que trabalhava lá em casa quando eu tinha nascido. Aquela dúvida tinha que acabar!

— Ollie vá em frente, te encontro mais tarde, não vou demorar muito. — Se ele ouviu, eu não sei, ele não parava de olhar para sua pimenta.

Com uma pitada de vergonha eu me aproximei e disse:

— Tia, como era minha mãe?! — Fui direto ao ponto, a aula já iria começar.

A moça levou um susto, mas logo deve ter me reconhecido.

— Ah! É você...

— ‘Bora tia! Lúcia, não?

— Eleonora. Ok eu te digo...

–ooo-

Faltavam dois minutos para o recreio que seguiria em prova de matemática. Sra. Warwick estava discursando o quanto ela iria sentir falta nossa ou alguma coisa assim. Eu não parava de pensar na descrição que Eleonora me disse. De acordo com ela, minha mãe é a mulher mais bonita que ela já tinha visto e que ele emanava uma luz, isso me fez lembrar a moça da loja de jardinagem...

—... Este período que eu passei com vocês foi exímio... — lágrimas começaram a sair de seus olhinhos, ajeitei meus óculos e me virei para a carteira de trás, onde Ollie se sentava. Ele não prestava atenção nela, acho que sua mudinha estava roubando a atenção dele. Ele a cutucava com seu lápis de um cachorro amarelo, Jake? Sei lá. Desvirei-me e foquei minha atenção na desatenta Mirella Sugg. Ahhh Mirela... Ok, eu irei contar o que tenho com ela.

Eu sou apaixonado por ela desde o ano passado, quando ela entrou na escola com o seu irmão Poe Sugg. Mas eu não sei o que ela tem comigo. Tipo, eu sou o avassalador da turma, eu olho para alguma menina e ela quase desmaia, mas com ela é diferente. Um tanto desligada, sabe? Eu não posso dizer nada também, mas ela é mais do que isso. Mas eu também nunca fui falar com ela. Vergonha de admitir isso. Acho que o irmão dela não vai gostar nada disso, mesmo ele parecendo um cara legal.

PEEEEEEEEEEEEMMM!...

O sinal bateu e algumas pessoas já estavam se levantando com seus lanches e seus cadernos em mãos (estudar no intervalo, quem nunca?), então Sra. Warwick disse:

— Calminha gente, eu quero registrar esse dia! — então ela sacou o phablet e chamou um inspetor que eu nunca tinha visto na vida. Ele se aproximava desengonçadamente, suas pernas eram tortas. Tinha pele clara e cabelos cacheados. Peguei minha proteína e suco e chequei as horas, queria saber quanto tempo essa bagunça iria gastar. Olhei para os irmãos Sugg e os dois se levantaram com livros em mãos e não era de matemática. Ela tinha “A Culpa É Das Estrelas” e ele “Morte Súbita”.

Quando o inspetor entrou na sala, parece que ele tomou um choque. Estranho, não? Não sei falar ao certo, parece que ele encontrou algo que ele procurava o dia inteiro, talvez. Mas quem se importa né? Nós no reunimos em frente do quadro branco. Tentei o máximo para ficar perto da Mirella (no futuro eu poderia dizer até que já éramos namoradinhos). Alisei a roupa, passei a mão no cabelo e ajeitei os óculos, mas no último segundo Ollie apareceu entre mim e ela e estragou meu clima.

–ooo-

— Haha, para cara! Sério que você vai fazer isso? ­— Perguntou Ollie, rindo enquanto comia a banana já descascada.

— Claro! — Disse eu arregaçando uma das mangas do meu hoodie (que era muito suspeito, era verão!) e mostrando as escrituras no meu pulso. — Aqui estão todas as formulas mais importantes, eu preciso passar cara! Ah!, e olha! — Eu enfiei a mão esquerda no bolso frontal do hoodie e retirei uma calculadora.

— Você não... — Mal conseguiu dizer.

— Haha, claro que vou! Enquanto uns rezam, eu faço cálculos! — Eu pus meu braço na testa e fingi estar digitando na calculadora.

PEEEEEEEEEEEEMMM!...

— Eu vou à frente, tenho que achar um lugar bom para não ficar tão suspeito! — Disse eu acenado com a mão e correndo em direção á sala. Nossa sala de aula era a 103, então não demorou muito para eu já estar dentro dela.

E sala não era grande, era retangular com paredes brancas, e uma porta numa das paredes maiores, bem no meio. Oposta à porta, existiam pequenas janelas no alto, onde você só conseguia ver o céu, que naquele dia, tinha um belo tom azulado. Hum, que frase bonita, “o céu tinha um belo tom azulado”, eu deveria escrever romances, eu sinto. Continuando a descrição... Carteiras azuis estavam distribuídas pela sala em quatro fileiras. Eu me posicionei na esquerda (parede da porta) na penúltima carteira. Aos poucos meus colegas foram chegando. Botavam suas mochilas perto do quadro e se espalhavam pela sala. Alguns iam para as carteiras só com uma caneta em mãos e outro com bolsos cheios de colas.

Todos já estavam confortavelmente sentados nas quatro fileiras, de maneira que intercalassem carteiras vazias com carteiras ocupadas, tipo sim não sim não.

Então o novo inspetor entrou na sala com uma expressão mais estranha que a anterior. Além de aparentar ter encontrado algo importante, parecia que ele estava amedrontado ou envergonhado ou sei lá. Aí ele disse gaguejando:

— Por f-favor, sentem-se em du-duas fi-fileiras apenas. — Os alunos ficaram um pouco intrigados, mas logo começaram a se mover, os alunos que estavam nas duas fileiras do lado direito se juntaram com os das fileiras do lado esquerdo. As quatro últimas carteiras foram ocupadas por mim, atrás de mim Poe Sugg, na minha direita o Ollie com sua mudinha e atrás dele Mirella.

Um meio sorriso, se é que eu posso chamar aquilo de sorriso, brotou nos lábios do inspetor.

PEEEEEEEEEEEEMMM!...

— Podem começar. — disse ele.

Meu Deus! Estava uma maravilha, todo mundo juntinho, o cara nem iria conseguir-me ver colando, e mais, Carmela Springs, a maior menina da turma estava na minha frente, era só me encolher que tudo estava feito.

O inspetor logo começou a andar (tremendo) pelas duas fileiras e quanto mais ele se aproximava de mim ele ficava mais estranho. Então quando ele chegou perto de Carmela eu ouvi alguns gritos do lado de fora. Então BUMMMM!

A parede da direita foi destruída, as janelas se estilhaçaram os ares condicionados explodiram e o inspetor pulo e me agarrou com Ollie e os irmãos Sugg.

—Vocês quatro são semideuses, sigam-me, os levarei para um lugar mais seguro! — Disse desesperadamente o homem de pernas tortas. Todos os meus colegas saíram correndo e gritando da sala e mesmo quando a poeira baixou e mesmo eu conseguindo ver o que tinha causado o estrago, o pânico não me deixava descrevê-lo.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acho? Ficarei grato se você comentasse! Abraço Leo. :D



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