Let Me Live That Fantasy escrita por Paula Greene


Capítulo 13
Uma Fada Incomum.


Notas iniciais do capítulo

Don't make me mad, don't make me sad (8)



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Ruby ia à frente farejando o rastro de Henry enquanto era seguida por Emma, Regina e Robin Hood.

Emma apertava a espada em uma das mãos enquanto a outra segurava Regina, suas mãos não haviam se soltado um segundo se quer desde que se reencontraram. É estranho isso que o amor faz com as pessoas, quer dizer, Emma Swan nunca fora do tipo apegada.

Robin estava na retaguarda, sempre alerta como um verdadeiro soldado, apesar de nunca ter sido soldado algum. Era um ladrão, um fugitivo que agora servia aos Charming.

O coração de Emma estava agitado, se sentia culpada por ter deixado que Henry saísse sozinho atrás daquela mulher e tinha medo de que Regina também a culpasse, se algo acontecesse a ele ela sabia que seria sua culpa.

Caminharam por quase uma hora até Ruby parar de repente.

– Aqui, ele esteve aqui e não esta muito longe.

A mata ao redor deles começou a se mexer. Emma se aproximou ainda mais de Regina erguendo a espada, Robin também ficou em posição de ataque.

O que aconteceu a seguir foi tão rápido que nem mesmo Ruby com seus sentidos apurados conseguiu escapar.

Foram atingidos por uma onda de fumaça e apagados.

Quando Emma abriu os olhos estava amarrada a uma arvore.

Sua cabeça estava pesada, mas ainda assim seus pensamentos procuravam por Regina e por Henry, Henry...

Ergueu a cabeça e viu a garota, deveria ter no máximo uns dezessete anos e usava uns trapos como roupa, tinha cabelos muito loiros e olhos deprimidos. As duas se encararam em silencio por alguns instantes até Emma se dar conta de que não podia falar porque estava amordaçada, aquilo somente serviu para deixá-la ainda mais irritada. Tentou se mexer, mas estava muito bem presa, suas pernas, suas mãos, tudo amarrado muito bem.

Olhou em volta procurando pelos outros, mas não os encontrou, aparentemente estava sozinha.

Emma começou a estudar o ambiente, era uma clareira rodeada de selva. Parecia ter um espaço muito grande, pois a garota desaparecia atrás dela e as vezes demorava a voltar. Depois de três vezes indo e vindo Emma já estava completamente acordada e se sacudia sem parar tentando escapar, inutilmente.

– Então vejo que todos já estão bem acordados, me desculpem pelo suspense e pela forma nada educada, mas me chamo Tinker Bell. É um prazer finalmente estar reunida com todos vocês.

Ninguém respondeu, Emma ficou imaginando se talvez os outros também estivessem ali, talvez atrás dela amordaçados e imóveis. Tentou usar magia, mas era inútil sem Regina a guiando.

– Emma Swan.

Emma sentiu o ódio percorrer seu corpo ao ouvir a pronuncia do seu nome. Escutou um barulho atrás de si, sabia que tinha mais alguém ali se debatendo, tentando se soltar assim como ela.

– A princesa mais estranha que eu já conheci na minha vida. Todo o reino conhece a sua história, como você salvou a todos quebrando a maldição da Rainha Má. Você destruiu os planos dela, arruinou a vida dela, fez dela uma fugitiva, uma isolada. Ela era a Rainha, a prefeita, todos a temiam, menos você. Você a destruiu e agora implora pelo amor dela, é patético.

Emma sentiu gosto de sangue quando apertou a mordaça com os dentes, rugiu de raiva, mas nada afetava a garota que continuava falando mesmo sem estar no seu campo de visão.

– Chapeuzinho Vermelho.

Ruby. Ruby estava ali. Emma buscou se acalmar para ouvir.

– A loba. Você comeu o seu namorado, não é mesmo?

Emma não conseguia se controlar, queria sair dali e dar um surra naquela menina, bateria tanto nela que talvez ela não sobrevivesse para contar a história.

– Uma fera selvagem. É mesmo uma pena que você não seja a fera da história dela. Uma pena. A fera dela é um homem de verdade, algo que você nunca poderá ser e ele tem coisas que você nunca poderia dar a ela, na verdade, ele possui tudo.

Emma não estava entendo aquela conversa, mas tudo havia ficado muito silencioso, exceto apenas pela voz daquela criança demoníaca.

– E finalmente a Rainha.

Emma estremeceu, Regina estava ali, estava bem ali.

– É uma pena que esteja sem magia, não é? Fico imaginando que tipo de maldição a sua mãe jogou em você para fazer com que perdesse todos os seus poderes.

– Se você esta tão curiosa assim adoraria te mandar pro lugar onde ela esta.

Emma se assustou ao ouvir a voz de Regina, então ela não estava amordaçada como os outros, será que também não estava amarrada, aquilo tudo só angustiava Emma ainda mais, não sabia o que estava acontecendo, mas precisava sair dali.

– Ah sim, você adoraria me afundar ainda mais. Só que dessa vez sou eu quem esta por cima.

Emma escutou um som abafado e então Regina gemendo de dor, as cordas começaram a cortar seus braços conforme ela se debatia tentando se soltar. Tentava gritar pra chamar a atenção da garota, mas tudo o que fazia no momento parecia inútil.

– Você nunca entrou, não é? Você fugiu, porque você fugiu?

A menina disse com amargura na voz, Emma não sabia do que estavam falando.

– Sim, eu fugi.

Regina gritou.

– Eu estava com medo, nunca cheguei a entrar. Era isso que você queria ouvir? Você disse que eu poderia me livrar da raiva, mas raiva era tudo o que eu tinha o que eu seria sem ela?

– Feliz.

– Fraca.

O coração de Emma se apertou de alguma forma aquela conversa a afetava completamente, mas ela não sabia ao certo como. Regina tinha a voz melancólica, parecia estar chorando.

– Eu não entendia naquela época, Tinker, mas entendo agora.

– Você não entende nada.

A garota gritou e tudo ficou silencioso.

– Você devia ter entrado, devia ter conhecido ele. O homem com a tatuagem de leão.

– Então é sobre isso que se trata? Você pegou o meu filho, você nos amarrou aqui por causa disso?

Emma só podia escutar os sons, mas sabia que a garota andava de um lado para outro enquanto Regina estava sempre em um lugar só então presumiu que ela estivesse amarrada também.

– Ah não querida. Eu só queria Henry. Ele me disse que traria o garoto até mim se eu prometesse não machucar você, mas é claro que depois de assistir você brincando de amor verdadeiro com a princesa ele entenderá que você merecia uns tapas.

– Do que você esta falando? Onde esta o meu filho?

– O homem com a tatuagem de leão.

A garota estava bem perto de Emma agora, ela podia escutar sua voz bem perto. Seus braços doíam tentando se soltar.

– Você o encontrou?

A voz de Regina soou fraca.

– Sim, eu o encontrei. Você não destruiu só a sua vida quando foi atrás dele, você destruiu a vida dele também.

Emma sentiu a corda ao redor de si se apertar mais a fazendo ficar ainda mais apertada contra a árvore.

– Mas eu amo Emma.

– Você acha que a ama. Pó de fada nunca se engana Regina. E apesar de todo o mal que você causou eu estou tentando me redimir, então vou dar a vocês uma segunda chance.

Nós quebramos uma maldição, pensou Emma, mas continuou em silencio, pois a corda a estava quase sufocando.

– Você vai nos deixar ir? Porque? O seu pó talvez estivesse certo naquela época, mas tudo mudou, eu a amo Tinker Bell, nós quebramos uma maldição com um beijo de amor verdadeiro.

– Não, não quebraram.

A voz da garota soava cada vez mais desesperada.

Ruby estava silenciosa e não havia sinal de Robin em lugar algum.

– Você nunca foi ingênua, Regina. Você devia saber que aquilo não foi real.

– Como você pode dizer...

– Não foi real. A princesa é mais poderosa do que imagina, você sabe disso, ela poderia tê-las tirado de lá quando quisesse, mas é pessimista de mais para compreender, ela não acredita em si mesma. O mundo caia ao redor dela e ela não conseguia se concentrar. É claro que ela conseguiria se focar na magia quando a mulher mais bonita de todo o reino se aproximou para beijá-la. Não foi o beijo em si que as tirou de lá, foi o fato de o beijo ter tirado o caos de dentro da cabeça dela. Você não ama a filha da sua maior inimiga, Regina. E o que ela sente por você não passa de tesão.

Emma já respirava com dificuldade e algumas lágrimas começaram a escorrer de sua face, não podia ser verdade, mas faria sentido se fosse.

Regina ficou em silencio, o que deixou Emma ainda mais preocupada, será que ela estava acreditando naquilo?

– Talvez você tenha razão.

A voz de Regina era confiante, Emma parou de lutar contra a corda que a sufocava. Deixou seu corpo ser esmagado, não se importava.

– É uma pena que terei de ficar com Henry, mas não se preocupe você ganhara outro garoto, um mais novo.

Emma estava tentando ficar acordada, mas o que acontecia a sua volta era de mais para ela.

Sentiu a corda lhe roubando os últimos sopros de ar, ouviu Regina concordando com a menina que deveria ser uma fada e por ultimo sentiu seu corpo tombando para o lado e tudo ficando escuro.

***

– Emma, Emma?

Ruby a sacudia, mas não parecia real.

Abriu os olhos devagar, se lembrando dos últimos acontecimentos desejou não acordar.

Sentou-se ainda meio zonza, sentindo os braços e o pescoço onde a corda a havia prendido arderem. Estava cheia de machucados, mas não importava.

Ruby estava na sua frente, vestindo a capa vermelha e nada mais. Tinha se transformado em logo, Emma percebeu, deve ter sido assim que conseguiu se soltar.

– Emma, acorde, precisamos nos apressar.

– Henry?

– Sim, temos que buscá-lo, e Regina também.

Emma se levantou meio desajeitada, só então reparando no homem ao seu lado.

Ele usava roupas prestas e um capuz também preto cobria seu rosto, mas a espada era visível e Emma logo a reconheceu. Era uma espada bonita, com pedras preciosas cravadas no punho, somente um rei possuiria algo assim.

– Pai?

Ele se aproximou e a abraçou.

– Foi você, você derrubou os guardas, mas porque?

– Ah Emma, será que você nunca vai botar um pouco de fé nos seus velhos pais? Sua mãe teve essa idéia.

Emma ficou em pé, olhando a sua volta pode ver o lugar onde Regina estava amarrada bem de frente pra Ruby que estava amarrada na mesma árvore de Emma.

– Mas porque? Porque prendê-la e me ajudar a soltá-la?

– Porque a sua mãe é a rainha, Emma. Ela jurou proteger esse povo contra tudo, inclusive Regina. Se deixasse que ela fosse, seria como traí-los, mas se vocês fugissem poderíamos enganar os guardas e ninguém nunca saberia e só assim vocês não seriam perseguidas.

Emma suspirou, estava feliz por ter o apoio dos pais, só que não importava mais, Regina tinha ido embora.

Ruby notou a expressão da loira e colocou a mão no ombro dela.

– Você não acreditou naquele papo, acreditou?

– Regina acreditou.

Ruby sorriu.

– Regina fingiu acreditar e agora Tinker Bell esta levando ela pra se despedir de Henry.

– Henry...

Emma sussurrou.

– Então temos que nos apresar, não podemos perder os rastros.

O rei disse a Ruby e os dois concordaram em seguir a trilha, Emma ainda estava confusa com tudo aquilo.

– Pai, você vem junto?

– Claro minha princesa, ajudarei vocês até o fim.

Emma conseguiu sorrir, apesar de aquelas terem sido as horas mais confusas de sua vida estava tudo ficando claro novamente e então ela pode ver que o único inimigo que ainda restava não era Tinker Bell, nem sua mãe, era o homem que estava tentando tirar sua mulher dela. Robin Hood.


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Notas finais do capítulo

Como diria a minha namorada linda "ai que tudoo!!" auhsuahsa'



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