Halloween High School escrita por Nicole


Capítulo 6
Em Busca Do Picles Sagrado


Notas iniciais do capítulo

Sem comentários... Apenas leiam.



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POV Dylan Thompson

–NICOLE HUDSON, LEVANTA ESSA SUA BUNDA GORDA, SUA VAGABUNDA!- Berrou Julie, tentando fazer a lobisomem se levantar. Eu estava sentado no chão, comendo meus tacos e assistindo os esforços inúteis de Julie para fazer a lobisomem se levantar para que nós possamos ir atrás de uma droga de pote de picles. É, o nosso querido diretor decidiu que precisava de um pote de 5 litros de picles. ÁS 5 DA MANHÃ.

–Não. - A lobisomem resmungou, se virando e voltando á dormir.

–Você não me deixa escolha. - Julie riu malignamente. - Aqua.

Bom, pode não ter sido a melhor ideia, mas que ela levantou, ela levantou. Ela saiu perseguindo Julie com seu bastão e a xingando de todos os nomes que ela sabia. E olha que são muitos.

–Nunca. Mais. Me. Acorde.- Ela ameaçou, voltando para a cama.

Julie olhou para mim. Eu olhei para ela. Ela olhou para mim. Eu olhei para ela.

–Por que estamos nos olhando?- Sussurrei. Ela bateu com a mão na testa.

Ela, delicadamente, empurrou a criatura que ainda dormia, da cama. E saiu correndo. Infelizmente, ela acordou. E seus olhos cor de sangue se fixaram em mim.

Um rosnado ameaçador pairou no ar. E eu fiz a coisa mais sensata naquele momento, gritar feito uma menininha.

–PELO AMOR DE DEUS, HUDSON! NÃO ME MATE!- Implorei caindo de joelhos. E a desgraça começou a rir.

–Maricas... - Ela murmurou, revirando os olhos e indo em direção ao banheiro do nosso belíssimo hotel. É, nós tivemos que viajar até São Francisco por causa dos míseros picles do Helsing. Por que os picles que ele queria tinham que ser feitos por uma senhora de 98 anos e meio, que usasse camisolas azuis bebês com estampas de coelhinhos, tivesse um joanete no pé esquerdo, uma verruga no dedo indicador, que usasse pantufas de patos e que usasse uma dentadura de vampiro. E aqui estávamos, no hotel mais imundo do país, tentando achar a droga do pote de picles.

Vinte minutos depois, Nicki saiu do banheiro, vestindo uma calça jeans rasgada, um moletom azul e All Stars pretos.

–Cadê a Carter?- Ela perguntou.

–Cá estou, cara Hudson. - Julie chutou a porta do quarto e entrou.

–Que bom, sua desgraçada. - Ela bufou. - Preciso de comida.

–E eu com isso?- Resmungou a loira.

E com as belíssimas palavras de uma certa loira, Nicki saiu do quarto.

POV Nicki Hudson

Enfiei a maior quantidade de comida que eu conseguia na boca, enquanto Julie me puxava pelo pé, dizendo que tínhamos que ir achar a droga do pote de picles.

–JUUUUUUUUUUUUUUUUUUULIE, ME DEIXA COMER, SUA CRIA DOS QUINTOS DOS INFERNOS!- Berrei, tentando comer meu terceiro pedaço de bolo.

–Nicki, pelo amor de Morgana, cala a boca. E você vai, nem que eu tenha que ir te arrastando. - Sussurrou ela.

–Affs, é só comprar qualquer pote de picles e dizer que é o que ele queria. - Resmunguei, fazendo biquinho por ter que abandonar o meu verdadeiro amor: O lindo, sexy, maravilhosamente perfeito... Bolo.

–Nicki, não é qualquer pote de picles, tem que ser O pote de picles.- Julie resmungou.

–Dá na mesma. Vamos, é só imaginar. - Abri um sorriso e movimentei as minhas mãos, como aqueles animalzinhos de desenhos animados hiperativos.

–Eu juro que vou te internar em um manicômio, sua demente!- Resmungou ela, bufando alto e chamando a atenção de todos na rua.

–.... Minha mãe disse que eu era especial, tá?- Mostrei a língua para ela. Que bateu com a mão na testa e saiu resmungando sobre lobisomens retardadas.

E então uma velhinha que usava camisolas azuis bebês com estampas de coelhinhos, tinha um joanete no pé esquerdo, uma verruga no dedo indicador, que usava pantufas de patos e que usasse uma dentadura de vampiro.

–ATRÁS DAQUELA VELHINHA!- Berrou Dylan, fazendo com que todas as pessoas que andavam na rua olharam para mim. A velhinha se virou e começou a dar bolsadas na cara dele.

–Seu pervertido!- Ela deu mais uma bolsada. - Querendo abusar de mim só por que eu estou no flor da idade!

Eu explodi em gargalhadas. Caí no chão, ofegante.

– A senhora... Na... Flor... Da... Idade?- Continuei rindo sem parar. E a adorável senhora, me deu pelo menos, 7 bolsadas na cara. Julie arrastou eu e Dylan para longe da senhora maníaca.

–Seus imbecis! Ela estava usando um vestido não sabem a diferença entre um vestido e uma camisola?- Ela sussurrou. Eu e Dylan negamos. - Imbecis.

Esbarrei com uma pessoa.

–PQP! É A VELHA DEMONÍACA DOS QUINTOS DOS INFERNOS!- Berrei. Infelizmente, ela pareceu me reconhecer e com um sorriso demoníaco, começou a me bater com sua delicada bolsinha que devia ter uma inocente bigorninha dentro.Sacaram a ironia?

–MUAHAHAHAHAHHAHHAHA, ENTÃO NOS REENCONTRAMOS, MENINA QUE EU NÃO SEI O NOME?- E começou a me bater com aquela bolsinha delicada já mencionada.

–JUUUUUUUUUUUUUUUULIET, SOCORRO! CHAME A S.W.A.T, A FBI, A SHIELD, OS OLIMPIANOS, O REN, OS MADRIGAIS, OS MAGOS EGÍPICIOS, SEI LÁ!- Berrei, apanhando da velhinha. Que deprimente. Estou sendo espancada por uma velhinha. Deveríamos aprender a usar bolsas em vez de armas medievais.

–Ér, senhora?- Chamou Dylan, cutucando levemente a velhinha. Que começou a bater nele. - AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!SERÁ QUE PODE PARAR DE ME BATER E BATER NA MINHA AMIGA, POR FAVOR?

–Pare de cochichar, menino pervertido e aproveitador de belas e jovens mulheres. - Retrucou ela, puxando a orelha dele.

E eu comecei a rir de novo. Ela me fuzilou com o olhar.

–Olha, queridinha, só por que você tem essas espinhas, cabelo mais seco que um palhal no verão, olhos sem graça e apagados, cara de que comeu e não gostou... - Admito que nessa hora,a minha mente maliciosa entrou em ação. - E esses cravos no nariz, não precisa ter inveja da minha jovialidade e sensualidade.

Ri mais ainda, rolando no chão.

–Sua amiga é bem problemática, garanhão!- Ela deu uma cutucadinha com o seu cotovelo pelancudo em Dylan, que fez uma careta de nojo. Ele me olhava, implorando para que eu fizesse alguma coisa. Mas o último comentário tinha me feito rir mais ainda. - Que tal irmos jantar?

Ele ficou verde. E desmaiou.

–Oh, pobrezinho! Teve ter sido a emoção!

POV Lola Midnight

Suspirei. A droga da salinha climatizada estava mais lotada do que o SUS aos domingos. Comi um dos biscoitinhos que haviam oferecido. Mary, eu e Polly, estávamos na fila á pelo menos 3 dias, acampando. Polly afiava sua faca.

–Hm, quais métodos de tortura eu uso? Modernos ou medievais?- Ela refletia, afiando sua faca. -Hm, os modernos são bons, mas os medievais permitem que a vítima sofra mais. Oh, dúvida cruel!

Enquanto Polly refletia, Mary xingava a maldita criatura que todas queriam matar. Bebi meu toddynho.

–Ô, TIAZINHA DA SENHAS!- Ela fingiu que não tinha me visto. É inveja do meu brilho, só pode!- EI, AQUI! OLHA PARA MIM, TIA!

–O quer, garota chata?- Resmungou a tiazinha.

–EXIJO PODER ASSASSINAR AQUELA VACA PRIMEIRO,OK?!- Berrei, terminando o meu toddynho.

–Me desculpe, mas a senhorita pediu que fosse apenas um de cada vez, respeitando a ordem da fila. - A atendente resmungou, voltando a ler uma revista.

–MOTIM! MOTIM!MOTIM!- Berrei, pulando em cima da mesa da tiazinha.

E então o Apocalipse começou. A Polly começou a matar qualquer coisa que se movia, Mary exclamava que poderia rever a sua irmã... E eu? Estava tentando arrombar a porta da criatura irritante que eu precisava matar por ter atrasado o capítulo que ela estava devendo... Acho que sabem quem é. Infelizmente, eu apaguei. Acho que tinha alguma coisa estranha naquele biscoitinho.

POV Dylan Thompson

Acordei, só usando cueca. Espera. UAAAAAAAAT? Eu estava deitado em uma cama em forma de coração coberta de pétalas de rosa.

–AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!- Berrei, procurando por alguma rota de saída.

–Que bom que acordou, gato!- A velha cheia de pelancas apareceu, usando uma coisa estranha, que deveria ter sido uma lingerie sexy á 7 séculos atrás... E olha que eu nasci á 4 séculos... -Ruuuuuuaaaaar.

Controlei a ânsia de vômito.

–Ér, oi!- Forcei um sorriso. PQP! Essa velha quer me estuprar! Sei que sou lindjo e sexy, mas não precisava tanto. -Posso saber onde está a minha amiga?

–Ai, lindinho, não liga para ela não!- A velha foi arrastando a sua pelanca em direção á cama. - Ela está fazendo companhia ao Flú Flú, meu cãozinho.

Engoli em seco. Havia um foto do "cãozinho". Que era apenas um fofinho e inocente Rotweillerr. Sabe, só! Ela se aproximou de mim e tentou me beijar. Virei o rosto e o beijo babado foi na minha bochecha. Senti o meu estômago revirar ao imaginar aqueles lábios encostando nos meus.

–C-calma aí, tigresa!- Sussurrei, evitando olha-lá.

–Por que, garanhão?- Ela murmurou, sentando na cama e deixando que suas pelancas ocupassem 98% da cama.

–P-porque?- Procurei por uma boa alternativa.- Ah, sim! Falta a música para dar o clima!

–Ah, é mesmo!- Ela sorriu. - Como pude esquecer?

E saiu procurando por um gramafone ou sei lá que aparelho primitivo ela usasse....

Procurei pelo meu celular. Vasculhei o quarto inteiro, até que o achei dentro de uma cômoda. O peguei e tentei ligar para Nicki, mas no mesmo instante, a velha voltou, saltitante. E ela segurava um gramafone... Sem comentários.

–Que tal escutarmos aquela música picante?- Ela parecia tentar lembrar o nome da música. - Vesga? Não! Varinha?Não!

–Valsa?- Arrisquei.

–Exato! Essa mesma!- E colocou o disco para tocar, me lançando um olhar que deveria ser sexy para ela. Quase vomitei no ato. A música preencheu o quarto. Ela se sentou na cama e deu dois tapinhas no local vago ao seu lado, me convidando a sentar lá. Sentei na cama. Onde estava a maldita Hudson ou até mesmo a Julie?

Ela passou a língua pelos lábios, deixando sua dentadura velha á mostra. Ela sorriu e foi se aproximando de mim. Me esquivei. Cheguei na borda da cama e a velha ainda me perseguia. Caí e bati a cabeça. Gemi levemente, tocando o local do ferimento.

–Oh, coitadinho! Fez dodói, né?- Ela sorriu. - Já vou cuidar de você, querido!

Ela foi até o banheiro. Corri para a cômoda e mandei uma mensagem para Nicki. Escutei passos. Joguei meu celular para trás, quebrando uma janela.

–O que foi isso?- Ela perguntou.

–Ah, isso?- Cocei a nunca, desconfortável. - É que um pássaro, ér, bateu aí, caiu e o Flú Flú está com ele agora.

A velha pareceu acreditar na mentira. Escutei rosnados e depois um grito muito conhecido.

–ARGH! ME DEIXA EM PAZ, SUA BOLA DE PELOS PULGUENTA!

POV Julie Carter

Abri a porta do quarto, com um delicado chute. A velha estava praticamente agarrando Dylan, que tentava se soltar dela desesperadamente. Nicki tirou uma foto com o celular, murmurando algo como: Tenho que postar isso no Facebook! Murmurei um feitiço e fiz com que a velha se congelasse. Dylan tocou os lábios, estático. Eu ri.

–Vocês conseguiram o picles?- Perguntei, procurando pelo pote.

–Ela me beijou?- Murmurou ele.

–Tcha rãm!- Nicki tirou o pote de picles da sua mochila.

–Como conseguiu? - Perguntei.

–É uma longa história!- Ela dramatizou.- Mentira, eu que estou com preguiçosa de contar. Envolve um cachorro tarado, uma velha psicótica, dois palhaços e uma pizza de calabresa.

E com essas palavras, saímos da casa da velha. Dentro de 5 horas, estávamos na sala do Helsing. Entreguei o pote. Ele sorriu.

–Ah legal!- Ele sorriu. - Maaaaassss, eu não quero mais picles, eu quero um tablete de chocolate amargo feito por um negro que masca fumo, tem dois tapa-olhos, usa camiseta preta, calças jeans surradas e velhas, tênis de corrida e que anda todo dia 7 quilômetros.

Bufei, revirando os olhos. Nicki o olhou, raivosa.

–ENTÃO EU SOU SEQUESTRADA POR UMA VELHA DEMONÍACA, NÃO COMI NADA POR 2 HORAS, LEVEI UMAS TROCENTAS BOLSADAS E VOCÊ DIZ QUE NÃO QUER A PORCARIA DOS PICLES?- Ela berrou, jogando os picles no Helsing, que desviou no último segundo. - VÁ PARA O QUINTO DOS INFERNOS, HELSING!

–Mulheres... - Riu Helsing e se sentou como se nada tivesse acontecido. E se virou para nós. - E o meu chocolate?


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