Acordo com o alarme irritante do meu despertador,me reviro na cama e fico fitando o teto.

Minha cabeça é um amontoado de pensamentos,embora a maior parte deles seja sobre meu lar e sobre o meu eu,afinal já fui muitas pessoas,já vivi com centenas de personalidades,tantas que se tentasse me lembrar jamais conseguiria,mas de toda essas vidas que ja tive nenhuma merece a atenção da minha mente nesse momento ela se foca na minha vida original uma vida que começou muito antes de eu chegar a terra.

Vejo as últimas memórias que tenho do meu planeta voltarem a minha cabeça os wivernianos* destruindo o palácio e nós sendo arrastados para uma nave de fuga pelo assistente do Rei,meu pai o homem do qual conheci muito pouco mas que sempre admirei,revivo a cena de de Gray o feiticeiro da guarda nos lançando um encantamento protetor,ele nos explicando que quando aterrisasemos aqui devíamos nos separar para que só pudéssemos ser mortos em uma ordem numérica,cada um dos dez de nós ganhamos um número,o rei disse que nos encontraria aqui,mais quando aterrisamos na terra após uma saída forçada eu vi Vintas e sei que ninguém que estava lá sobreviveu,mas mesmo assim continuo vagando por ai o humano que me recebeu aqui na terra Matt está na cozinha preparando o café,ele é um cara legal,me toco que o despertador ainda esta tocando quebro ele com um soco e susuro:

–Pelo menos assim não tenho mais que ouvir essa merda.

Me levanto da cama lentamente e vou pro banheiro escovar os dentes,termino de escová-los e vou pra cozinha Matt está cantando uma música italiana,sento na mesa e ele começa a puxar papo comigo:

–Você quer o que de café?

–Qualquer coisa,Dou de ombros

Ele sorri para mim e diz:

–Espero que esteja pronto pra depois.

–Pode apostar que estou.Sorrio e começo a cantar com ele aquela música de antes