Circus escrita por Nico kaulitz


Capítulo 21
Capítulo 21




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Continua ...

 

 

 

E por isso tratei de investigar. E claro, não para minha surpresa era algo realmente muito maior.

 

Nesse ponto da história ele novamente fez uma pausa. Ficou de pé e olhando pra mim  e  disse:

 

 

 

- E tudo isso ao mesmo tempo em que começa também se encerra em você.

 

Eu quase me virei para olhar se tinha alguém atrás de mim, mas não ele realmente falava sobre mim.

 

 

 

-Eu? – Eu perguntei colocando o indicador na minha direção.

 

-Exatamente minha cara Audrey! – ele disse – Você e seu incrível talento.

 

Eu fiquei tão surpresa quanto na primeira vez que vim a essa casa e Baltazar disse que conhecia o que eu podia fazer.

 

 

 

-Você estava certa. Realmente já nos conhecemos, só que eu geralmente uso outra aparência.

 

 

 

-Conhecemos?- eu perguntei relembrando que ele provavelmente poderia ler minha mente.

 

 

 

-Sim. Eu moro no apartamento 203, no fim do corredor.

 

 

 

Eu entrei em choque completo. Podia sentir uma náusea.

 

 

 

-Você Bill, é o Bill? Aquele Bill? O dos pirciengs? Do final do corredor?

 

Eu quase cheguei a me aproximar. A maneira como se movia, era isso que eu achava tão semelhante. Uma das coisas que eu achava tão bizarras naquele cara.

 

 

 

-Impossível. Aquele Bill morava a pelo menos seis meses no prédio – eu disse por fim.

 

Ele sorriu.

 

-Têm razão. E eu moro há pelo menos seis meses - ele veio se aproximando mais de mim. – Eu tinha que encontrar uma maneira de me aproximar de você que você discreta.

 

 

 

-Mas porque eu? Qual o problema comigo? – eu perguntei me sentindo quase culpada.

 

 

 

-Como eu estava dizendo, descobri que Baltazar tinha planos muito maiores que um circo medíocre. Você Audrey, você e seu talento. Como todos aqui, você é especial e possui um dom, mais o seu dom ele é único.

 

 

 

-Não! – eu disse – Existem outros, existe todo tipo de gente por aí que deve conseguir fazer o mesmo.

 

 

 

-Você tem razão em dizer que existem muitos outros. Existem outros telepatas como os gêmeos, outros ilusionistas comoTom, e até existem outros controladores de chamas que tem poderes semelhantes aos seus. Mas você é única. E eu demorei pra entender o que Baltazar pretendia; mas eu lembrei.

 

 

 

 Certa vez Magnus estava me explicando da origem do meu dom, e então ele contou de uma antiga profecia para nós dois. Profecia essa que falava de quatro crianças que viriam a esse mundo possuindo dons únicos. Cada um delas viria dotado de poderes ligados diretamente a um elemento. Ar, Terra, Água e Fogo. Juntando-se essas quatro crianças elas produziriam um poder inimaginável.

 

 

 

Eu respirei fundo.

 

 

 

Toda aquela história me parecia conto de fadas demais. Elementos, crianças pré-destinasdas e profecias. Era tudo louco demais pra minha cabeça.

 

-Sei que pode parecer absurdo – disse Bill. – Mas me diga, você não se sente deprimida quando o sol aparece encoberto?

 

 

 

- Isso é normal. Muitas pessoas não gostam de chuva, e se sentem meio tristes sei lá. – eu respondi sabendo que isso não era nada demais.

 

-Não você. Você é quase diretamente ligada àquela estrela de fogo.

 

 

 

 Pergunto-me o que você seria capaz de fazer se chegasse perto o suficiente de um vulcão. Seus poderes são muito mais abrasivos do que você pode pensar, e Baltazar sabia disso.

 

 

 

Estavam todos ali parados como idiotas olhando pra mim fazendo cara de idiota.

 

 

 

E aquilo me fazia sentir mal, pior do quando eu sobrevivi ao incêndio no colégio, pior do que quando meu pai soube que fora eu quem causara o incêndio nos papéis dele.

 

Pior.

 

Eu não me sentia especial de forma alguma. Muito menos tão grandiosa. Muito menos capaz de fazer alguma coisa realmente importante. Eu só queria sair dali.

 

 

 

-E então? – perguntou Tom  dando uma basta no silêncio todo. – E daí que ela pode ter enormes poderes. Sem os outros de nada vale, foi o que você disse.

 

-Exatamente meu caro Tom. – disse Bill. – Mas quanto tempo você acha que os gêmeos rastreadores vão demorar a encontrá-los?

 

Eu me sentia cansada. Fazia tempo que não tinha uma noite de sono inteira.

 

-Enfim, notícias em dia. Eu vou terminar o que venho fazendo desde o princípio. – prosseguiu o vampiro Bill.

 

-Espera – eu disse – Foi você? Quem me encurralou naquele dia no beco, pra me alertar?

 

-Exatamente querida. Mas como você não me escutou precisei vir fazer uma aparição em público.

 

Bill atravessou o cômodo e foi até a outra extremidade onde estava Baltazar. Ficaram ali parados por um instante provavelmente batendo um papinho mentalmente quando Bill disse:

 

-Você sabe que preciso fazer isso. E eu te dei um intervalo muito generoso até que esse dia chegasse.

 

-Parece mesmo que não tenho mais pra onde correr não é? – disse Baltazar que agora parecia quase um idoso. Seu rosto estava inumanamente pálido e apareciam linhas de expressão que antes não possuía.

 

-Não. Você está fraco, não poderá fugir dessa vez irmão. – disse Bill parecendo tentar ser gentil.

 

 

 

-Pare com isso Baltazar – ele continuou – Um século e meio eu esperei. Você a matou. Matou Catarina como o monstro que você é. E fugiu... e eu não deveria ter a mínima piedade que já tive esse tempo todo com você.

 

Baltazar abaixou a cabeça, tive a impressão de que iria chorar.

 

-No que você se tornou Bill?  O que você precisou fazer para chegar nisso? – perguntou Baltazar encarando o vampiro a sua frente com os olhos completamente secos.

 

 

 

-Você não tem o menor direito de me julgar.respondeu Bill.

 

 

 

-Eu sei o que eu fiz, sei o que planejava fazer. E sei que a matei para me vingar. Mas isso? – protestou Baltazar – Eu nem sei o que você se tornou.

 

Bill soltou sua gargalhada sarcástica.

 

 

 

-Não é hora para ter consciência moral Baltazar. – ele disse o nome com total desprezo. – Você não é menos monstruoso do que eu. E sim, eu fiz isso.

 

 

 

E voltou a gargalhar ferozmente.

 

 

 

- Logo que você desapareceu eu O procurei e fiz um acordo. Muito generoso na verdade – ele suspirou e deu um sorriso distorcido. - Fui atrás de todos os feiticeiros possíveis, procurei em todo tipo de livros e tentei ao máximo trazê-la de volta. Mas não foi viável, dessa forma então cedi minha alma e ganhei como pode ver uma enorme força. Porém isso se encerraria no momento que eu o encontrasse e o matasse, e então nossas almas apodreceriam no inferno.

 

 

 

-Você desceu fundo dessa vez. – disse Baltazar quase rindo.

 

-Adoro seu senso de humor meu irmão.

 

 

 

E enquanto nós cinco observávamos aquela estranha confraternização. Bill retirou um lança de dentro de sua capa, e antes mesmo que nós pudéssemos vê-la ele a cravou no peito de Baltazar, que nesse momento sorria. O sangue viscoso começou a despejar em grande quantidade pelo seu peitoril manchando sua camisa branca de um carmim escuro. Seu corpo pendeu e Bill o segurou num abraço dramático. Eu pude ver que ele nos dava uma última olhada. Seus olhos fecharam – se apesar de que ele ainda respirava. Em seguida Bill também pendeu e olhando para mim  e disse:

 

- Poderia nos fazer um favor? – seus olhos inocentes que agora mais pareciam de uma criança. – Queime nossos corpos. Minha intenção era fazer isso a luz do dia, mas como viram não foi possível.

 

 

 

Eu o encarei totalmente espantada. Eu não queria fazer aquilo. Não seria responsável pela morte de ninguém, mesmo que esse fosse um vampiro.

 

-Como um último pedido, por favor! – disse ele agora com a voz débil.

 

-Faça – ouvi Tom que estava agora ao meu lado. – Faça Audrey.

 

Eu os olhei. Fechei os olhos. Senti a mão quente de Dilan em meu ombro.

 

Em seguida uma bola de fogo azul se formou em volta dos dois. Eu abri imediatamente os olhos. Por mais estranho que pareça não era eu quem fizera aquilo.

 

-Não sou eu! – disse num sussurro pra Tom. – Não fui eu quem pôs fogo.

 

-Com assim não é você?

 

Havia um cheiro forte vindo da fogueira, mas não era nada que eu já tivesse sentido. Só muito tempo depois Tom foi me explicar que aquele cheiro estranho era enxofre.

 

E então o fogo se extinguindo da mesma forma que surgiu: do nada.

 

Ficamos nós cinco ali, como um bando de órfãos, nos olhando. Agora que eu percebia que Kathelin tinha lágrimas nos olhos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Penúltimo capítulo.Se vocês tiverem qualquer dúvida e so perguntar e logo eu responderei.

http://fanfiction.nyah.com.br/historia/54525/Rock_On_Rails
Gente eu indico essa one pra ler.Adorei a historia .Não e do TH e dos originais.