Circus escrita por Nico kaulitz


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Tokio Hotel não me pertence.Os outros personagens são totalmente ficticios e me pertecem..



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Meu nome é Audrey Shandow, moro com meu noivo em um apartamento luxuoso, na zona norte da cidade.

Mentira.

Na verdade eu moro num quarto alugado em um dos bairros mais asquerosos dessa cidade. Na verdade também não moro sozinha, moro com o Narow, o meu gato inútil. Esse prédio pertence a um cara chamado Rudy Black, um gordo, ex-viciado em heroína que me dá nojo só de olhar. É um tarado também, que tenta sempre passar a mão em mim quando vem aqui cobrar o aluguel.O quarto não é ruim,o ruim são só os ratos enormes e as baratas que aprecem por todo lugar,sem falar nos meus receptivos vizinhos.

 

 

Meus vizinhos.

Do meu lado direito mora a Sra. Gómez, uma porto-riquenha que tem quatro filhos e fugiu do país porque o marido batia nela. Do outro lado vive o Ernesto e a namorada dele. Ele é trabalhador e, gente boa, mas a namorada, bem, essa é uma piranha.

E no final do corredor mora o Bill. É só Bill, porque ninguém sabe o sobrenome dele, desconfio que até ele mesmo não saiba.Ele nunca fala,ninguém sabe de onde ele veio,só que um dia ele apareceu por aqui com todos aqueles piercings e por aqui ficou.

 

Todos aqui têm seus problemas. Alguns estão sem trabalho, outros tem câncer, outros são viciados e uns simplesmente soltam fogo pelas mãos. É isso mesmo.

Eu não nasci essa aberração, mas eu também não sei explicar como aconteceu.

Há uns sete anos atrás, eu estava no banheiro da escola fumando, ouvi o alarme de incêndio, mas eu pensei que fosse só treinamento. Quando eu vi, estava tudo cheio de fumaça e eu não conseguia mais passar. Quando os bombeiros me encontraram, tudo já tinha sido dominado pelas chamas. Mas misteriosamente eu ainda estava viva,e o mais estranho,sem nenhuma queimadura.Nos dias que se passaram todos foram me ver no hospital,família,amigos,padres, todos pensaram que era um milagre.Só que com tempo,todo mundo percebeu que eu era só mais uma vadiazinha com uma sorte tremenda.

Saí de casa aos dezessete anos, e desde então eu moro nessa pocilga.

Trabalho numa loja de conveniência com um salário dos infernos e to sempre batalhando pra um dia sair dessa vida. É mais ou menos isso.

-Audrey!Audrey! – ele batia na porta aos murros. – Será que dá pra você abrir essa droga, a gente precisa conversar.

Esse é o Vinny, meu namorado, ou melhor, ex-namorado, só ele ainda não memorizou isso.

-Que droga, será que dá pra parar de bater?!- eu me levantei e apaguei a bituca de cigarro no cinzeiro. – Eu já vou.

Eu abri a porta e me deparei com a visão nojenta do Vinny bêbado, com a barba pra fazer e a camisa meio aberta.

Eu me pergunto como eu consegui ficar com ele por longos três anos?

O Vinny não era feio. Só era acabado. Ele tinha lindos olhos verdes, cabelo curto e bem escuro que contornava uma face infantil. 

-Poxa Audrey, porque você demorou tanto? – a boca dele fedia. – Eu preciso muito falar com você, você nem responde aos m...

Nem preciso dizer que ele vomitou bem na minha porta.

-Seu porco bêbado! – eu o arrastei até a sala. -O que você quer aqui Vinny? Meu, será que eu vou precisar repetir que a gente não tem mais nada?!- eu parei colocando a mão cintura. – Vinny? Vinny?

 

Ele dormiu no meu sofá. Que nojo.

Enquanto eu preparava um café, pra quando ele acordasse, eu ia ensaiando todo um discurso que eu iria dizer pra ele.

Seu grande filho de uma mãe, será que você não entendeu que a gente já era. Acabou, sem volta. Vai procurar um emprego, cuida da tua vida,é melhor assim cara.Até porque,você é um safado,sabe quantas vezes você me traiu?Que droga Vinicius, você é um bundão. Seu babaca.

-Eu tinha me esquecido de como você era linda.

Eu me virei, e ele estava encostado na porta sem camisa me olhando.

-Quer me matar do coração?Anda, toma isso aqui. - eu servi o café numa uma xícara.

Eu sentei na mesa olhando pra ele.

-Uiii.

-Ta quente né, sua anta. Acabei de preparar.- eu apoiei meus cotovelos na mesa e comecei a roer as minhas unhas.

-Foi mal aí, pela porta. Eu não queria. – ele sentou ao meu lado.

-Caramba Vinny, vai pra casa. – na hora me faltou coragem pra dizer tudo que eu queria. - Poxa, já acertamos tudo o que tinha pra ser acertado.

-Não Audrey. Não acertamos não. – ele colocou o café sobre a mesa e me puxou mais pra perto dele. – Eu ainda te amo, e eu sei que você também ainda me ama.

-Amar você? – eu passei a mão no cabelo e soltei uma gargalhada forçada. – Como eu posso amar alguém que pega qualquer garota que vê por aí. Caramba, sabe quantas vezes eu já te perdoei?

-Eu sei, eu sei. – ele me olhava com aqueles olhos de cachorro pedinte. – Eu sou um sacana. Mas eu te amo muito Audrey. O que eu posso fazer?

-Segue em frente, porque eu também já te amei, e hoje você faz parte do passado Vinny.

Eu me levantei bruscamente e fui pra sala.

-Audrey. – eu me virei a tempo de ver ele me pegar em seus braços e me beijar mais docemente que o normal. Eu tentei me desvencilhar – é serio – mais ele fazia mais pressão entre nossos corpos.

Bem o resto, vocês podem imaginar.

 


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Notas finais do capítulo

Rewiens? o que acharam?