– Bem vindos, mais uma vez, à Casa de Terapia Madame Amberlu':

[...]

1961

– Não! Pela última vez digo: Isto não é um hospício!
– Ah.. vamos!!! Podemos ampliar o nosso negócio... e... Ganhar mais dinheiro!
– Mas irá por em risco o nosso segredo, ele não é como os outros e já basta aquela garotinha...
– Amberlu, você concordou em fazer aquilo... Agora tudo irá mudar!
– Está bem... Mas ele ficará em quarto solitário, igualmente a Charlotte...
– Não deixarei mal algum acontecer entre nós e... Cuidarei para todos não saberem nosso segredo...

[...]

O que eles fizeram foi horrível, eu... Charlotte... vi aquilo tudo. Acho que eles querem o que carrego aqui comigo... Não sei lidar com isso.
Só sei que... O amor deles pelo dinheiro os trará em si a própria ruína....
A partir de agora a situação só irá piorar.

[...]

Atualmente

10:40am

– Está atrasada Senhorita Jones! - Bem, Anne esperava algo como JoJo! Pelo seu amigo Dave, mas ele não estava presente, então foi recebida por Robert.

– Mas... Onde está o Dave? O turno dele começa às 9:30! – Disse Anne espantada e curiosa para saber quem era esse homem que a recebeu ao entrar no Instituto.

– Bem, não sei quem é Dave, pois sou novo aqui. A propósito, meu nome é Robert! Sou substituto da Senhorita Parks, ela foi demitida!
Anne ficou paralisada... Observando Robert, no qual era um homem alto, forte, e muito... muito esperto, porém parecia ser de dupla personalidade e um pouco egoísta, mas charmoso.

– Ei! Senhorita Jones? – Interrompendo Robert os devaneios de Anne.

– Ah! Desculpa... Como sabe o meu nome? E... pode me chamar de Anne.

– Halff me falou sobre você, mas não foi nada demais. Estou atrasado, esperando meu próximo paciente... Adeus Anne!

–Tchau!

Anne ficou curiosa para saber direito quem era Robert? “Curiosa”? Ou simplesmente fora seduzida por ele... E ela certamente estava caindo em seus laços de paixão pervertida.

[...]

– Nenhum paciente hoje? – Pensei comigo mesma sentada em minha cadeira, fumando, como sempre.

Ainda não consigo parar de pensar no Dave, desde ontem, foi tudo tão maravilhoso e hoje está tão pacato. Sem Dave, Sem pacientes.... E ainda me pergunto onde está Angela, parece que todos quem começo a amar simplesmente desaparecem depois disso. Eu não quero mais me decepcionar, estou afogada em um mar de ilusões.

[...]

– Anne, Anne... me escute... você está ai? Eu e o Dave precisamos de você, agora.

Anne se viu novamente em seus momentos catatônicos, começara a escutar vozes de Angela e Dave, por todos os lados. Ela se sentia fria e fraca. Alucinações passavam diante de seus olhos. Seu passado a confrontava novamente. Sentia-se ignorada, desesperada, esquecida por tudo e todos. Mal sabia que sua própria mente a enganava, ela não estava sozinha.
– Acorda!!! Anne!!

[...]

11:59am

Sua sala havia se tornado uma bagunça, Anne acordou como se nada tivesse acontecido. Havia documentos espalhados por todo lugar, mas tudo parecia ter voltado ao "normal".

– Ah, não importa... preciso saber onde Dave está. - resmungando, assustada e revoltada consigo mesma, Anne saia da sala, ignorando todos a sua volta, em busca de Dave, partindo em direção à casa dele.

[...]

12:41pm

As portas da casa estavam abertas, a polícia ainda investigava o local.... Duas pessoas mortas estranguladas e esquartejadas, suas partes do corpo estavam espalhadas pela casa e poças de sangue se formavam dentro da mesma. Mas e o assassino? Desaparecido.

[...]

– Barbara Winters..... Mas.... essa não é a esposa de Dave? - Anne pensou consigo mesma, chocada... também pensara que ele estava morto, mas ao perguntar ao policial, o homem morto não era Dave.... parecia ser o amante de Barbara.

Para Anne, agora tudo faria sentido... Dave poderia ter matado sua mulher e o amante ao ter visto ela o traindo, mas agora ela não quer acreditar que seu melhor amigo se tornou um assassino.

[...]

00:00am

"Vi Dave caminhando na esquina desta rua, vindo em direção à mim, Carregando uma arma, Ele apontava para a sua própria cabeça... parecia estar insano... Ele dissecava a sua saúde mental... enquanto daria um fim à sua vida.

– Não Dave!!!!!! Nãaaaaaaaao!!!! - Corri em direção à ele, gritando o mais alto possível, mas não adiantou... a loucura havia o dominado, sua esperança havia acabado."

[...]

A rua estava silenciosa à meia noite, após uma série de bebidas, Anne ia andando do bar para casa... sozinha... insana. Era uma das únicas vezes que foi para um bar se afogar na bebida... ela não era dessas. Mas sua esperança havia acabado, quis por um fim nisso, mas presenciou algo que nunca imaginaria.
Bêbada e Alucinada, andando desesperada para casa, mesmo não sabendo onde estava. Suas lágrimas queimavam, a chuva e suas súplicas quebravam o silêncio da madrugada.

Até que caíra na estrada, loucamente e sem forças para levantar, esperando a morte vir até ela.... um carro indo a atropelar.