Sombras escrita por Dan


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. Caso perceberem algum erro ou ver algo que poderia melhorar, não esquece de comentar. Boa leitura :D



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–Quem é Eveline? – perguntou Louis, virando na rua da minha casa.

–Uma amiga. –pigarreei. – de infância. Não a vejo há um tempo.

–Hm. – murmurou Jud.

–Amy, quer ir a um teste comigo? – disse Louis. – para uma banda. – acrescentou.

–Claro. –falei.

–Passo as duas.

Entrei e sentei no sofá. Peguei o colar que estava no meu pescoço – Zoey tinha me forçado a colocá-lo. - e segurei pela ponta. Eveline tinha voltado, por que depois de tanto tempo? Seis anos, é muito tempo não?

Apertei o botão do telefone que estava na mesinha de centro, para ver se tinha recado. – AQUI É A CASA DAS... (RISOS) EVANS, DEPOIS DO BIP DEIXE SEU RECADO. Oi filha, mamãe só vai poder voltar na segunda. Estou com saudades. Beijos Amy.

Corri pra cozinha e fui procurar alguma coisa rápida pra fazer e comer, sem sucesso. Peguei o telefone e liguei para o Ding Ging Comida Chinesa. Enquanto não traziam a comida, subi até o banheiro, liguei o chuveiro e tomei banho. Vesti uma calça jeans, uma camiseta preta, como meu cabelo estava molhado, deixei-o solto.

Quando comecei a comer a campainha tocou. Era Louis.

–Tem comida? – perguntou ele entrando.

–Ah, oi pra você também. – fechei a porta. – tem, pra mim.

Depois de Louis comer quase toda a minha comida, fomos ao Jimmy’s, para o teste. As nuvens se formavam, avisando que logo uma forte chuva cairia sobre Portland. Nunca tinha visitado o Jimmy’s, por fora as paredes eram vermelhas, cobertas por cartazes de bandas e pichações. Por dentro era grande e espaçoso, uma mulher de cabelo branco-azulado, servia bebidas atrás de um enorme balcão, no lado direito tinha um pequeno palco, onde um cara tocava guitarra, mais no fundo algumas maquinas de fliperama, mesas quadradas num canto e por fim uma mesa de sinuca onde 4 caras jogavam.

–Você deve ser o Adrian. – disse Louis ao cara que tocava.

–É o que dizem. Pronto para o teste? Louis. – disse ele deixando a guitarra de lado e olhando numa pequena ficha.

Os dois entraram numa pequena sala, que ficava próxima ao palco e eu encostei-me ao balcão e fiquei esperando.

–Olá. – disse a garota. – vai beber alguma coisa?

–Não... Obrigada. Estou só esperando.

–Ok... Sabe o que eu reparei? – disse ela passando um pano no balcão. –Aquele loiro lá da mesa de sinuca não tira os olhos de você. – disse ela num leve sorriso.

Olhei para a mesa de sinuca e não vi loiro nenhum. Procurei pelo bar com os olhos, nada.

–Achou.

Virei para o lado, ali estava ele. Vestia uma calça Levi’s preta e uma jaqueta da mesma cor, seu cabelo loiro estava bagunçado. Ele tragou seu cigarro, soltando a fumaça para outro lado.

–Odeio cigarros. – fiz menção de sair, mas ele me segurou de leve pelo braço.

–Só um minuto. Amy? – ele perguntou, deixando o cigarro no cinzeiro que a garota tinha posto ali. – Amy Evans?

Assenti. Como esse sujeito sabia o meu nome? Não devia ser da escola, parecia ser mais velho.

–Não está reconhecendo esse charme todo? Esses olhos esverdeados? Eu sei que você se lembra. – disse ele.

–Hããã. Johnny? Johnny Lewis?

Quando eu e Louis saímos de lá já estava chuviscando, então andamos meio que apressados. Fomos quase o caminho inteiro falando da nova banda de Louis, ele conseguira passar no teste.

Chegamos ao cruzamento, onde dividia a rua dele e a minha, se despedimos e eu segui para minha casa. Andei com os braços cruzados apertando contra o peito por causa da fina chuva gelada que caia sobre mim. O celular tocou, era o Johnny.

–Alô. – atendi.

–Amy, oi. Ah droga, esqueci, você acabou ficando com o meu isqueiro. Engraçado você disse que não gostava de cigarros.

–Eu não... – coloquei a mão no bolso da calça, e lá estava o bendito isqueiro.

–Preciso dele. É uma pena, mas vamos ter que nos ver de novo.

–Você é um idiota. –sorri.

A chuva engrossou, então desliguei o celular e fui correndo pra casa. Entrei na varanda, já estava quase ensopada. Fechei a porta e no mesmo instante um raio cortou o céu. Me virei, Eveline estava lá, parada me olhando.


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